terça-feira, 6 de dezembro de 2022

 CONCEITOS SOBRE GESTÃO ESCOLAR ((Tópicos de reflexões – Recortes de textos)

A gestão compartilhada da qual se pretende, significa não só “fazer parte”, mas também “tomar parte” na realização de suas ações, na avaliação, na reorientação das práticas, no aperfeiçoamento das escolas da Rede Municipal, no melhor alcance dos objetivos.

Gestão compartilhada significa “partilhar com”, “participar de”, “partilhar” a gestão nas suas diferentes dimensões. A dimensão administrativa não está dissociada da pedagógica e da financeira. Ao educador, monitor, coordenador local ou de polo, cabe entender e se corresponsabilizar tanto pelo pedagógico quanto pelas dimensões administrativas e financeiras. À equipe administrativa cabe entender o sentido pedagógico do trabalho que realizam. O alcance dos objetivos, implica um conjunto de ações e de pessoas. (SANTOS, 2003).

A gestão compartilhada promove o diálogo entre as dimensões administrativa, financeira, de pessoal e os diferentes sujeitos nelas envolvidos. Assim como precisamos preparar aulas, fazer avaliações, precisamos prestar contas, organizar documentos, fazer a gestão de pessoas, de arquivos, de recursos. Quando aqueles que se responsabilizam pela organização do calendário das aulas também entenderem o sentido da organização da documentação, da prestação de contas, e vice-versa, quando os responsáveis pelo administrativo e financeiro entenderem o pedagógico, mais chances teremos de ampliar o alcance dos objetivos. E é isso que almejamos buscar. Se cada um ficar cuidando de um pedacinho sem “partilhar com” todos o sentido do que está sendo feito podemos enfraquecer as forças. (SANTOS, 2003).

A gestão compartilhada significa, então, espaços de encontro e relação das diferentes perspectivas para pensar, refletir, planejar, acompanhar, avaliar, fazer a gestão do projeto, numa perspectiva democrática, por isso de forma dialógica, participativa, comunitária, visando à garantia do direito de aprender. A gestão é compartilhada também porque envolve diferentes parceiros que também participam da condução e dos rumos do projeto.

A construção dessa gestão compartilhada, em cada nível de execução municipal, está orientada por princípios democráticos, que implicaram uma redefinição dos mecanismos políticos, administrativo-financeiros, de comunicação e do papel da prática pedagógica nesse contexto.

A coerência com os princípios e referencial teórico-metodológico freiriano exige mudança cultural dos sujeitos participantes. É a compreensão da gestão como processo educativo, um movimento social, histórico e político, em permanente construção por meio do diálogo, que permite a construção compartilhada das atividades e do conhecimento. (FREIRE, 1998).

Referências

CAXIAS. Conselho Municipal de Educação – CME. Lei nº 002 de 27 de fevereiro de 2019. Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino de Caxias/Ma.

_______. Plano Municipal de Educação de Caxias/MA – PME. Decênio 2015 - 2025.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SANTOS, Maria Alice de Paula Santos; CUKIERKON, Monica M. de O. Braga (Org.). Projeto MOVA-Brasil: alfabetização, cidadania e organização social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Comitê Gestor do Projeto – Petrobras, Federação Única dos Petroleiros; São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.

SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, Leôncio J.G. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA (Tópicos de reflexões – Recortes de textos)

Cada aula é uma situação didática especifica e singular, onde objetivos e conteúdos são desenvolvidos com métodos de realização da instrução e do ensino, de maneira a proporcionar aos alunos conhecimentos e habilidades, expressos por meio da aplicação de uma metodologia compatível com a temática estudada.

A aula deve estar vinculada às temáticas abordando um conteúdo especifico. O professor responderá às demandas relacionadas ao aprendizado do aluno, deve integrar conhecimento com os princípios da LDB.

A aula ao cumprir a sua função educativa é um método de construção continuo e não isolado, o percurso se faz junto aos alunos, sustentando a partir da abertura para o novo, com flexibilidade e autonomia para ambos os lados, valorizando o trabalho, a ciência, a tecnologia e respeitando a condição humana.

O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profissional de educação escolar. Nada substitui a tarefa de preparação da aula em si. Cada aula é um encontro curricular, no qual, nó a nó, vai-se tecendo a rede do currículo escolar proposto para determinada faixa etária, modalidade ou grau de ensino.

Referências

CAXIAS. Conselho Municipal de Educação – CME. Lei nº 002 de 27 de fevereiro de 2019. Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino de Caxias/Ma.

_______. Plano Municipal de Educação de Caxias/MA – PME. Decênio 2015 - 2025.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SANTOS, Maria Alice de Paula Santos; CUKIERKON, Monica M. de O. Braga (Org.). Projeto MOVA-Brasil: alfabetização, cidadania e organização social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Comitê Gestor do Projeto – Petrobras, Federação Única dos Petroleiros; São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.

SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, Leôncio J.G. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 APRENDIZAGEM COLABORATIVA (Tópicos sobre Metodologias Ativas)

1 Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-Based Learning – PBL):

a) os alunos são apresentados a algum problema, e em grupos, organizam suas b) ideias e tentam definir o problema e solucioná-lo;

c) fundamentada na Pedagogia Construtivista;

d) autodirigido;

e) autoreflexivo;

f) o professor é um facilitador, apoiando e modelando os processos de raciocínio.

2 Problematização:

a) apresenta o problema como ponto de partida;

b) observação da realidade na identificação dos resultados;

c) arco de Maguerez

3 Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning):

a) desenvolvida por John Dewey

b) situações problema apresentadas em forma de projetos que envolveriam o conteúdo curricular

c) grupos de trabalho com número reduzido de participantes (4 – 6 alunos); definição de prazos (2 – 4 meses);

d) definição de temas por meio da negociação entre aluno e professor.

4 Aprendizagem Baseada em Times (Team-Based Learning – TBL):

a) grupos de 5 a 8 membros; Valorização do conhecimento prévio;

b) discussão interna e apresentação das propostas de solução para a classe;

5) Sala de aula invertida:

a) a sala de aula invertida constitui-se em uma modalidade de e-learning (“aprendizagem eletrônica”), com o conteúdo e as instruções sendo estudados pelos alunos de forma online e a sala de aula sendo o local para trabalhar os conteúdos já estudados de forma colaborativa.

6 Instrução por pares:

a) criada na Universidade de Harvard;

b) participação efetiva de todos os alunos durante as aulas;

c) os pares agem como facilitadores ou mediadores da aprendizagem

d) diálogo entre os pares.

 APRENDIZAGEM COOPERATIVA (Tópicos sobre Metodologias Ativas)

1 Jigsaw

a) desenvolvida pelo psicólogo Elliot Aronson em 1978, no Texas

b) divisão em grupo

c) os alunos ensinam uns aos outros

d) incentivo à liderança;

e) utiliza a aplicação de texto e recebimento de recompensa.

2 Divisão dos Alunos em Equipes para o Sucesso (Student-Teams-Achievement Divisions – STAD):

a) desenvolvido nos anos de 1970 por Robert Slavin e seus associados na Universidade Johns Hopkins;

b) o sucesso do grupo depende das contribuições individuais de cada integrante, introduzindo um fator de responsabilidade individual;

c) os alunos são organizados em grupos, nos quais se ajudam nas atividades sugeridas pelo professor;

d) o objetivo central é a aprendizagem do conteúdo, centralizada nos conceitos básicos.

3 Torneios de Jogos em Equipes (Teams-Games-Tournament – TGT):

a) desenvolvido por David Devries e Keith Edwards

b) as equipes são formadas de forma heterogênea nas dimensões de habilidade, sexo e etnia

c) os torneios de jogos são baseados em jogos de perguntas e respostas.

 CONTEXTUALIZADO AVALIAÇÃO (Tópicos de referências)

O ato de avaliar deve, ser uma forma de verificar o nível de desempenho do aluno, pois só ao ponderar o que o educando aprendeu em relação aos objetivos do ensino, é possível organizar a trajetória da aprendizagem (MAGALHÃES; MARSÍGLIA, 2013).

A avaliação pode ser considerada um processo que atende aos métodos de ensino utilizados e ao currículo proposto visando à superação da concepção de avaliação excludente, seletivista e punidora para uma avaliação que favorece aprendizagem significativa do estudante. (MARANHÃO, 2019, p. 316)

A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em todo o percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na identificação da perspectiva político social, como também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo em vista a sua construção. (LUCKESI, 2003, p.118):

As avaliações fazem parte do processo de ensino-aprendizagem por permitir ao professor, percepções que orientam as suas aulas, ou seja, como os estudantes estão aprendendo e se estão alcançando os objetivos previamente definidos. (PARANÁ, 2016, p. 1)

A avaliação tem por objetivo diagnosticar, registrar e redimensionar a aprendizagem dos estudantes, respeitando suas especificidades e níveis de desenvolvimento, o que possibilitará a auto avaliação dos envolvidos no processo educativo, levando-os à reflexão quanto aos procedimentos necessários para a efetivação das aprendizagens.   (MARANHÃO, 2019, p.24)

A avaliação deve ser realizada mediante o compromisso da escola e de seus profissionais com a aprendizagem dos estudantes como sujeitos do processo educativo. Também deve ser concebida numa perspectiva democrática e de autonomia da unidade de ensino, a partir das normas já instituídas e com foco em uma vivência marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da responsabilidade com o coletivo, da mediação e da participação. (MARANHÃO, 2019, p.24)

Referências

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. 1a ed. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

MARANHÃO. Documento Curricular do Território Maranhense: para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental (DCTM). Rio de Janeiro: FGV Editora, 2019.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de orientações pedagógicas - caderno de Avaliação de Aprendizagem. São Luís: SEDUC, 2017.

PARANÁ. Avaliação externa e interna: relações e articulações possíveis. Coordenação de planejamento e avaliação - departamento de educação básica. Curitiba, 2016. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_fafipa_ped_artigo_maria_lucia_dos_santos.pdf. Acesso em: 28 nov. 2022.