CONCEITOS DE INTERFACE E INTERAÇÃO
Em se tratando de sistemas computacionais,
entendemos que a interface, nosso principal contato com o computador, se dá, de
modo geral, através do monitor. Logo, esse dispositivo de saída do computador é
que permite a “comunicação” entre o homem e a máquina, a qual chamamos interação.
Dessa forma, a interface é a grande responsável por garantir que a interação
seja a mais promissora possível.
Uma interface com o usuário,
que seja coerente, deve integrar a interação do usuário e a apresentação das
informações.
A história da computação nos
mostrou que a qualidade da interface é determinante para a aceitabilidade de um
sistema. Quando um usuário tem dificuldades em compreender o funcionamento do sistema,
ou mesmo realizar tarefas triviais, evita utilizá-lo, pois considera-o
desacreditado. Na computação, temos uma área denominada interface humano-computador
(IHC) que se preocupa com “o design, avaliação e implementação de sistemas computacionais
interativos para uso humano e com o estudo dos principais fenômenos ao redor
deles” (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003, p. 14).
Essa área estabeleceu critérios para o projeto
de interfaces para que propiciem a interação. Vamos de modo sucinto, explicar
alguns desses critérios:
a) Identificar o perfil dos usuários,
considerando suas habilidades, seus conhecimentos e respeitando seus limites;
b) Identificar como os usuários realizam as
tarefas a serem oferecidas pelo sistema;
c) Considerar que os elementos da interface
devem ser consistentes, ou seja, devem ter o mesmo comportamento em todo o
sistema;
d) Projetar a interface para dar respostas
coerentes às ações do usuário;
e)
Utilizar termos e conceitos do domínio do usuário, se possível.
A IHC trouxe inúmeros benefícios
aos usuários de computador, pois tem, de certo modo, revolucionado as práticas
de desenvolvimento de software, fazendo com que o desenvolvedor, ao elaborar um
projeto de desenvolvimento de software, preocupe-se primeiro em atender às
especificidades do usuário do sistema, o que nós chamamos de projeto centrado
no usuário.
Como se já não bastassem todos esses motivos
para se preocupar com a interface do seu produto, o desenvolvedor não pode se esquecer
de que o propósito do projeto da interface é o aprendizado. Só isso já é motivo
suficiente para você se dedicar bastante ao criar uma interface que seja fácil
de usar, propiciando ao estudante-usuário do seu sistema uma forma tranquila de
aprendizado. Se o estudante-usuário, além de usar seu esforço cognitivo para
aprender o tema de estudo, tiver que se esforçar para compreender a interface,
com certeza, se sentirá desmotivado para interagir com o sistema, erguendo
dessa forma uma barreira para seu aprendizado.
Referência
Textos compilados integralmente de: Souza,
Patrícia Cristiane. Sistemas Multimídia.
Cuiabá: UAB/ UFMT, 2010.