sábado, 6 de janeiro de 2018

A Psicologia Cognitiva e alguns de seus Paradigmas (Recortes de Reflexões)
Profa. Esp. Patrícia Regina C. da Silva
Na história da Psicologia Cognitiva em seus primórdios teve como paradigma dominante o processamento de informação (PI) que descreve os eventos conscientes em três partes: entrada da informação, operações sobre a informação e a saída.
Seu surgimento foi possibilitado pelo avanço tecnológico após a Segunda Guerra Mundial, trazendo um novo referencial que se relaciona com o processamento de dados por uma máquina, sendo esta capaz de processar símbolos poderia simular os processos cognitivos, comparando o cérebro humano com um computador atribuindo-lhe um significado através de outras informações anteriormente armazenadas, que são conservadas para uso posterior quando forem necessárias.
Outro paradigma que podemos citar é o culturalista, que trata da internalização dos chamados processos psicológicos superiores (processos cognitivos) a partir de transformações: reconstrução da atividade externa que passa a ocorrer internamente e transformação de processo interpessoal em processo intrapessoal.
Também conhecido como Socioculturalista, Piaget e Vygotsky são apontados por alguns teóricos com precursores deste paradigma, focaram em dois processos cognitivos fundamentais: o pensamento e a linguagem. Eles acreditam que o desenvolvimento decorre da interação social, pois, acredita-se que é na relação na troca entre os indivíduos que os processos cognitivos se desenvolvem.
Para Piaget há a organização dos esquemas que vão organizar as estruturas cognitivas na estruturação do pensamento e Vygotsky considera que a interação favorece o desenvolvimento das estruturas superiores já que as funções inferiores são inatas.
Diante dos paradigmas apresentados considera-se que há uma proximidade quando se trata da existência de mecanismos para organização do cognitivo, mas se distanciam quando o primeiro desconsidera os processos internos, individuais e exteriores e ainda nas capacidades de alterações dos processos cognitivos, porém vale ressaltar a importância dos paradigmas para o desenvolvimento da psicologia.
Referências
BARBOSA, Laura Monte Serrat. “A História da Psicopedagogia contou também com Visca”In: Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.
Tópicos da Teoria Vygotskyana (Pontos de Reflexões)*
1) A formação social da mente
Para Vygotsky o aprendizado decorre da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade, é o que chamamos de relação homem-ambiente. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais o ser humano já carrega ao nascerem às características que desenvolverá ao longo da vida, quanto às empiristas e comportamentais, que vêem o ser humano como um produto dos estímulos externos.
Dessa forma, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor – ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é passível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente significativa.
Portanto, para Vygotsky o indivíduo se forma pela influência do meio em que se encontra, onde sofre influências de outros indivíduos e, portanto constrói a sua natureza social da aprendizagem, daí ser chamado de um ser social.
2) A linguagem e o pensamento
Vygotsky (1989) explica a relação entre o pensamento e a fala a partir da passagem da fala exterior para a fala interior. Tendo em vista que, para ele, o desenvolvimento acontece num movimento do social para o individual, isto é, das experiências externas que são interiorizadas, a fala a princípio é para o outro, para adaptação social, portanto, em voz alta, enquanto a fala interior é silenciosa, o sujeito fala para si e é capaz de operar mentalmente.
Há ainda a fala egocêntrica, por meio da qual acontece essa passagem da fala externa para a fala interna: ao mesmo tempo em que fala para si, buscando compreender o mundo, o faz em voz alta. A fala egocêntrica aproxima-se da fala interior por possuir a mesma função: organizar o pensamento e a ação. Ao mesmo tempo em que fala para si, buscando compreender o mundo, o faz em voz alta.
A partir dessa explicação, Vygotsky (1989, p. 44) afirma que “o desenvolvimento do pensamento é determinado pela linguagem”, colocando a grande importância do uso dos instrumentos lingüísticos  para o pensamento. Todavia, notamos que Vygotsky continua afirmando que o sujeito se constrói a partir de pessoas a seu lado que e que também sofre influência ferramentas de linguagem utilizadas para que o conhecimento seja benéfico a si indivíduo, onde o homem difere do selvagem pelo pensamento e linguagem.
3) Os sujeitos e a formação de conceitos
De acordo com estudos a teoria vygotskiana, mostra toda relação do indivíduo com o mundo é feita por meio de instrumentos técnicos – como, por exemplo, as ferramentas agrícolas, que transformam a natureza – e da linguagem – que traz consigo conceitos consolidados da cultura à qual pertence o sujeito.
Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança "se apropria" dele, tornando-o voluntário e independente. Isso nos leva a pensar e refletir sobre as afirmações de Vygotsky, quando o mesmo afirma que as influências que o homem tem com sociedade.
Nesse sentido, quando uma determinada pessoa aprende ler com o outro, a mesma tem a real possibilidade de formar (construir) conceitos e passa a refletir sobre o que aprende com aquele que é seu mediador na construção (ou mesmo, reconstrução) do conhecimento.
Referência
VYGOTSKY, Lev Semenovitch, 1896-1934. Pensamento e linguagem. Trad. Jefferson Luiz Camargo. Editora Martins Fontes, São Paulo, 2005.
FREITAS, M. T. de A. Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e educação: um intertexto. São Paulo: Ática, 1994.
TENREIRO, Maria Odete Vieira. Psicologia da educação. Ponta Grossa: Ed.UEPG, 2009.
*Compilação: Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Um breve histórico da Educação Física Escolar no Brasil*
A Educação Física Escolar teve sua oficialização 351 anos após os primeiros relatos, na Reforma de Couto Ferraz em 1851, apesar dos já existentes relatos do ano de 1500 no período da colonização do Brasil.
Conforme registro na carta de Pero Vaz de Caminha (1500) relata que os indígenas praticavam danças, lutas e exercícios tais como: saltos, corrida e arremesso. Tais atividades tinham aspectos naturais, para aprimorarem suas performances nas caças, e em cunho religioso tinham as danças para agradecerem aos deuses (Gutierrez, 1972).
Posteriormente ainda no Brasil Colônia com aparições das senzalas, surge as expressões ritmas através da capoeira e danças ríspidas trazidas pelos escravos originais da África (Ramos, 1982).
No Brasil Império entre 1822 a 1889 surgem os primeiros tratados sobre Educação Física.
Em 1823, Joaquim Antônio Serpa, elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse tratado postulava que a educação englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos deveriam ser divididos em duas categorias: 1) os que exercitavam o corpo; e 2) os que exercitavam a memória (Gutierrez, 1972). Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação Física e vice-versa (Gutierrez, 1972). O início da Educação Física escolar no Brasil inicialmente chamada de Ginástica foi oficializada como a reforma de Couto Ferraz em 1851, no entanto foi somente em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, denota importância à Ginástica na formação do brasileiro (Ramos, 1982).
De 1890 a 1946, Brasil Republica, a Educação Física no Brasil pode ser subdividida em duas fases: a primeira remete o período de 1890 até a Revolução de 1930 (que empossou o presidente Getúlio Vargas); e a segunda fase, configura o período após a Revolução de 1930 até 1946. Em meados de 1920 outros estados da federação começaram a elaborar seus planos educacionais e incluíram a Ginastica nas escolas, no mesmo período surge varias escolas de Educação física que tinham como objetivo a formação militar (Ramos, 1982). No entanto, após a criação do Ministério da Educação e Saúde na segunda fase do Brasil Republica, a Educação Física ganha destaque perante os objetivos do governo, sendo inserida na constituição brasileira e obrigatória no ensino secundário (Ramos, 1982).
Após a segunda Guerra Mundial até meados da década de 1960 a Educação Física nas escolas manteve o caráter gímnico e calistênico, com a tomada do poder executivo por militares, ocorreu um acréscimo abrupto do sistema educacional, onde o governo planejou transforma as escolas publicas e particulares como fonte de programa do regime militar (Darido e Rangel, 2005). Neste período era priorizado o Esportivísmo, fazendo a acepção dos menos aptos, buscando rendimentos de alto níveis em torneio e campeonatos, fazendo com que a situação política da época seja camuflada através das glórias que o esporte proporciona.
A partir de 1980 são criadas Tendências, abordagens e concepções diferentes da incutida concepção mecanicista engessada nos esportes, tais eles são: Psicomotricidade, desenvolvimentista, saúde renovada e os mais recentes Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil, 1997).
De forma geral tais novas concepções e abordagens desempenham um papel de desmistificação de teorias que priorizem a Eugenismo (acepção dos aptos e não aptos), trabalhando principalmente a participação global de indivíduos nos mais diversos modelos de apreciação das atividades físicas realizadas dentro do ambiente escolar e social, priorizando os aspectos: físicos, efetivos, cognitivos e sociais.
De maneira geral podemos concluir que a Educação física no Brasil vem se desenvolvendo a partir de importantes mudanças político-sociais e que atualmente é vista como elemento essencial para a formação do cidadão brasileiro.
Referências
RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte. São Paulo: Ibrasa. 1982
DARIDO, S. C. e Rangel, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005.
GUTIERREZ, W. História da Educação Física. 1972.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
*Compilação: Prof. Esp. Allysson Edward da S. S. Batista
FILOSOFIA E LÓGOS: o ato de filosofar como condição de ordenamento da realidade pela linguagem (ponto de reflexão)*
Ao longo do tempo o desenvolvimento da humanidade delineou uma herança cultural de conhecimento (o saber) e experiências no mundo, sendo tal herança, disseminada de geração para geração, principalmente através da língua. “O grande patrimônio do saber humano é transmitido principalmente pela língua.” (FERNANDES & OLIVEIRA, 2010).
A língua por sua vez, em grego, significa Lógos (derivado do verbo grego légein que significa “falar, dizer”), apresenta mesmo significado para “razão”, e dessa forma, pode-se considerar que toda experiência e saber grego está relacionado intimamente à racionalidade, ou seja, à razão.
O desenvolvimento conceitual do Lógos possibilitou a realização de interpretações analíticas de forma ordenada, e ao mesmo tempo a ciência e a filosofia tornou-se um mecanismo operatório da própria linguagem, produto humano resultado de um processo histórico na qual enfatiza os papéis da linguagem, entre os quais: a aprendizagem a comunicação e difusão das experiências e do saber.
Assim, a partir do desenvolvimento da filosofia, como mecanismo operatório, dentro do ato de filosofar, a linguagem foi empregada de maneira a favorecer a sistematização e externalização do pensamento humano, bem como a construção e transmissão do saber e das experiências, pelo homem vivenciado.
Nesse contexto, pode-se considerar que a Filosofia e Lógos (na ação de pensar embasada na racionalidade) estão intimamente ligados e contribui para o movimento que envolve: as atividades intelectuais, a imaginação e a memória, articulando as experiências sensíveis e o conhecimento já adquirido, numa dimensão da consciência, exercitando a reflexão, a crítica, a análise, a síntese, a interpretação e possíveis conclusões (passiveis de serem reanalisadas).
Referência
TENREIRO, Maria Odete Vieira. Psicologia da educação. Ponta Grossa: Ed.UEPG, 2009.
*Compilação: Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
ASSIS BRASIL: UM POUCO SOBRE SUA VIDA

Francisco de Assis Almeida Brasil, Assis Brasil, nasceu no dia 18 de fevereiro de 1932 em Parnaíba, cidade Piauiense, cidade onde existe uma fundação cultural com o seu nome. É romancista, cronista, crítico literário e jornalista. Como crítico literário, atuou intensamente na imprensa brasileira, especialmente no Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Correio da Manhã e O Globo e na revista O Cruzeiro, Enciclopédia Bloch e Revista do Livro. Membro número 36 da Academia Parnaibana de Letras, possui mais de 100 obras publicadas nos mais diversos gêneros da literatura, entre elas: "Beira Rio Beira Vida” e "Os Que Bebem Como os Cães".
Fonte: https://assisbrasil.org/almeida.html
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Atividade elaborada pelo Prof. Francisco Santos (UIM Profa. Magnólia Hermínia Araújo) em Dezembro/2017 para XV Feira de Literatura Realizada em Caxias - MA