A Psicologia
Cognitiva e alguns de seus Paradigmas (Recortes de Reflexões)
Profa. Esp. Patrícia Regina C. da Silva
Na história da Psicologia
Cognitiva em seus primórdios teve como paradigma dominante o processamento
de informação (PI) que descreve os eventos conscientes em três partes: entrada
da informação, operações sobre a informação e a saída.
Seu
surgimento foi possibilitado pelo avanço tecnológico após a Segunda Guerra
Mundial, trazendo um novo referencial que se relaciona com o processamento de
dados por uma máquina, sendo esta capaz de processar símbolos poderia simular
os processos cognitivos, comparando o cérebro humano com um computador
atribuindo-lhe um significado através de outras informações anteriormente
armazenadas, que são conservadas para uso posterior quando forem necessárias.
Outro
paradigma que podemos citar é o culturalista, que trata da internalização dos
chamados processos psicológicos superiores (processos cognitivos) a partir de
transformações: reconstrução da atividade externa que passa a ocorrer
internamente e transformação de processo interpessoal em processo intrapessoal.
Também
conhecido como Socioculturalista, Piaget e Vygotsky são apontados por alguns
teóricos com precursores deste paradigma, focaram em dois processos cognitivos
fundamentais: o pensamento e a linguagem. Eles acreditam que o desenvolvimento
decorre da interação social, pois, acredita-se que é na relação na troca entre
os indivíduos que os processos cognitivos se desenvolvem.
Para
Piaget há a organização dos esquemas que vão organizar as estruturas cognitivas
na estruturação do pensamento e Vygotsky considera que a interação favorece o
desenvolvimento das estruturas superiores já que as funções inferiores são
inatas.
Diante dos paradigmas apresentados considera-se que
há uma proximidade quando se trata da existência de mecanismos para organização
do cognitivo, mas se distanciam quando o primeiro desconsidera os processos
internos, individuais e exteriores e ainda nas capacidades de alterações dos
processos cognitivos, porém vale ressaltar a importância dos paradigmas para o
desenvolvimento da psicologia.
Referências
BARBOSA, Laura Monte
Serrat. “A História da Psicopedagogia contou também com Visca”In:
Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.