segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

ALGUNS CONCEITOS SOBRE EDUCAÇÃO À DISTANCIA (EaD)*
O que é?
Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais (MOORE & KEARSLEY, 2008, p. 2).
Estudo na EaD
a) é um estudo de aprendizado e ensino;
b) é um estudo de aprendizado que é planejado, e não acidental;
c) é um estudo de aprendizado que normalmente está em um lugar diferente do local de ensino;
d) é um estudo de comunicação por meio de diversas tecnologias.
Autores da EaD
Estudantes: têm papel central no processo de ensino e de aprendizagem e devem ter uma participação de qualidade nas atividades propostas ao longo das disciplinas.
Professor: é o responsável por planejar e preparar uma disciplina (materiais educacionais e atividades avaliativas); coordenar continuamente a equipe de tutores virtuais e presenciais ao longo de sua oferta; bem como acompanhar e orientar os processos de ensino e de aprendizagem.
Tutor a Distância: é o responsável por acompanhar e orientar os processos de ensino e de aprendizagem de um grupo de estudantes ao longo de uma disciplina, por meio do ambiente virtual de aprendizagem da disciplina.
Tutor presencial: é o responsável pelo acompanhamento dos estudantes no polo de apoio presencial, auxiliando em orientações técnicas, na organização para os estudos e na realização de atividades presenciais. Além do acompanhamento presencial, são responsáveis por acompanhar o aluno no ambiente virtual.
Coordenador de Curso: são os responsáveis por articular, integrar e acompanhar a equipe de professores durante o processo de planejamento, preparação e oferta das disciplinas; interagir com os estudantes para acompanhamento de suas dificuldades.
Coordenador de tutoria: é o responsável pelo acompanhamento e na orientação de tutores. Também estabelece um importante canal de comunicação com os estudantes por meio dos Fóruns.
Algumas Características do Aluno EaD
O princípio da Cooperação: é fundamental por permitir auxiliar outrem, realizar um esforço “junto com”, trabalhar em equipe, fazer parte de um grupo.
O princípio da interação: complementa as relações interpessoais que ocorrem na EaD.
Autonomia: iniciativa para ter disposição e, principalmente, ter consciência e responsabilidade a respeito de suas decisões.
Saber viver na EaD requer o esforço para interagir, cooperar e ser autônomo(a) ao ponto de organizar seu tempo de estudo e fazer um autogerenciamento do seu percurso de aprendizagem.
*Créditos: Profa. Simone Costa Andrade dos Santos (IFMA)
CARACTERÍSTICAS QUE DEFINE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA*
Nunes (1992)
1. A presença do professor ou do tutor se dá de maneira virtual em quase todo o processo, especialmente quando os recursos de comunicação utilizados são mídias que dependem de conexão com a Internet.
2. O estudo acontece de forma individualizada e independente pelo aluno.
3. Deve haver um sistema que viabilize e incentive a autonomia dos
estudantes durante o processo de aprendizagem.
4. O uso de várias tecnologias que permitem a mediação entre os envolvidos no processo de ensino aprendizagem.
5. Estabelecimento de diálogo entre professor e aluno, mesmo a distância.
Michael Moore e Greg Kearley (1996)
1. Separação física e geográfica entre estudante e professor.
2. Planejamento e preparação dos materiais de aprendizado por uma organização educacional.
3. No processo de ensino e aprendizagem, os suportes que viabilizam e incentivam a autonomia dos alunos são importantes para encorajar a interação entre eles e contribuir para a aprendizagem.
4. O aprendizado é planejado, e não acidental.
5. A comunicação acontece por meio de tecnologias e mídias diversas.
Keegan (1996)
1. A separação física entre professor e aluno durante quase todo o processo educativo.
2. A separação do aluno de um grupo de aprendizado.
3. A participação de uma organização educacional, contendo planejamento, sistematização, plano, projeto e organização dirigida.
4. O uso de várias tecnologias e mídias para a distribuição do conteúdo do curso.
5. A comunicação é de “mão dupla”, ou seja, permite que o aluno também possa iniciar um diálogo com o professor.
6. Tem encontros ocasionais presenciais com objetivos didáticos e de socialização.
Moran (2002)
1. A Educação a Distância é o processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias, no qual professores e estudantes estão separados espacial e/ou temporalmente.
2. É ensino-aprendizagem quando professores e estudantes não estão normalmente juntos fisicamente, mas podem estar conectados e interligados por tecnologias, principalmente as TELEMÁTICAS, como a Internet.
3. Na expressão “ensino a distância”, a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância).
Legislação Brasileira (1998), no Decreto nº 2.494
Educação a Distância caracteriza-se como modalidade educacional na qual a mediação dos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Estudantes e professores desenvolvem atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
*Créditos:  IFMA/CERTEC. Textos compilados do Fascículo: Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância.
Referência
GOMES. Silvane Guimarães Silva. Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância. Instituto Federal Maranhão (IFMA). CERTEC/E-TEC BRASIL, 2010. p. 11-14).
APRESENTAÇÃO CRONOLÓGICA DA EVOLUÇÃO DA EaD NO BRASIL (1923 A 2008)
• 1923/1925 – criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
• 1941 – início do Instituto Universal Brasileiro – cursos por correspondência, cursos técnicos para formação profissional básica.
• 1970 – criação do Projeto Minerva, programa de rádio elaborado pelo governo federal com a finalidade de educar pessoas adultas. Era transmitido por rádio em cadeia nacional.
• 1991 – a Fundação Roquete Pinto cria o Programa Um Salto para o Futuro, para a formação continuada de professores do Ensino Fundamental.
• 1995 – o Programa TV Escola é criado pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação (SEED/MEC).
• 1997 – a SEED/MEC desenvolve o PROINFO, Programa Nacional de Informática na Educação.
• 2000 – as primeiras universidades são credenciadas pelo MEC para oferecerem cursos a distância.
• 2000 – criação da UNIREDE – Rede de Educação Superior a Distância, consórcio que reúne 68 instituições públicas do Brasil.
• 2002 – criação do Projeto Veredas, para a formação de professores das séries iniciais em nível superior, pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.
• 2005 – criação da Universidade Aberta do Brasil, programa do Ministério da Educação. A UAB é formada por instituições públicas de ensino superior, que se comprometem a levar ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros.
• 2006 – participação das Instituições de Ensino Federais (IEFs) no projeto-piloto da Universidade Aberta do Brasil.
• 2008 – lançamento do Projeto e-Tec Brasil/Programa Escola Técnica Aberta do Brasil, parte da política de expansão da educação profissionalizante, por meio da articulação da Secretaria de Educação a Distância (SEED) e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica.
*Créditos:  IFMA/CERTEC. Textos compilados do Fascículo: Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância.
Referência
GOMES. Silvane Guimarães Silva. Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância. Instituto Federal Maranhão (IFMA). CERTEC/E-TEC BRASIL, 2010 (p. 44).
AS PRINCIPAIS TECNOLOGIAS UTILIZADAS EM EaD*
Mídia impressa: texto impresso, caderno de estudos, jornais e boletins, notas de aulas, livros didáticos, apostilas etc.
Mídia sob a forma de áudio e vídeo: fitas gravadas, CD-ROM e outros.
Rádio e televisão: programas ao vivo e gravados.
Tecnologia de telecomunicação interativa, que pode ser via áudio, audiografia (agrega imagens visuais ao áudio), vídeo e computador.
Audioconferência: os participantes são conectados por linhas telefônicas.
Audiográfico: tecnologia que agrega imagens visuais, o áudio e também é transmitida por linhas telefônicas.
Videoconferência: permite a transmissão nos dois sentidos de imagens televisivas via satélite ou a cabo. Outros tipos de equipamento, como monitores de televisão, gravadores/ aparelhos de videocassete, microfone, câmeras e computadores também são usados.
Aprendizado com o uso do computador: programas de estudo autogerenciado que o aluno usa sozinho no computador. O programa educacional pode ser disponibilizado em CD-ROM ou conectado à internet para ter acesso ao hipertexto (conteúdo, página ou texto de internet) e hipermídia (permite ao usuário a interatividade de acesso pelas “ligações” existentes no conteúdo ou página ou documentos da internet).
Com o surgimento da internet tornou-se possível uma nova forma de disseminação por vídeo, denominada vídeo transmissível, ou seja, vídeo no formato digital que permite que as pessoas façam DOWNLOAD na forma compacta, direto de um servidor da WEB.
*Créditos:  IFMA/CERTEC. Textos compilados do Fascículo: Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância.
Referência
GOMES. Silvane Guimarães Silva. Ambientação para Educação a distância: Tópicos em Educação a Distância. Instituto Federal Maranhão (IFMA). CERTEC/E-TEC BRASIL, 2010. (p. 88-90).
CONCEITO SOBRE VARIÁVEL (INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO)*
O que é?
Uma variável é um local na memória principal, isto é, um endereço que armazena um conteúdo (Lopes e Garcia, 2002).
Basicamente, uma variável possui três atributos: um nome, um tipo de dado associado à mesma e o dado por ela guardado.
Todas as variáveis utilizadas na elaboração de um programa devem ser declaradas.
Declaração de Variáveis
A semântica de uma declaração de variáveis corresponde à criação de locais na memória rotulada com o nome da variável (identificador) e marcada com o tipo de valores que ela pode conter.
(GUIMARÃES; LAGES, 1994)
Um dos objetivos de se declarar uma variável no início do algoritmo é para que seja alocada uma área na memória para a variável. Outro objetivo é que, após a declaração, o algoritmo sabe os tipos de operações que cada variável pode realizar.
(LOPES E GARCIA, 2002)
A sintaxe de declaração de variáveis adotada para nossos algoritmos é a seguinte: Identificador: Nome da variável, pelo qual ela será referenciada dentro do algoritmo; Tipo da variável: Define o tipo de dado que a variável por armazenar.
Regras para formação de identificadores
a) Nunca utilizar palavras reservadas.
b) O primeiro caractere do nome de uma variável deve, obrigatoriamente, ser uma letra.
c) Os demais caracteres podem ser letras, números ou sublinhado.
d) Nunca utilizar caracteres especiais (@, #, !, *, etc), espaço em braço ou acentos em nomes de variáveis.
e) Na sintaxe da nossa pseudolinguagem, não há diferença entre letras maiúsculas e minúsculas
Identificadores Válidos
NUM, NOTA1, ALTURA_MEDIA, AlturaMedia, maiorNumero
Identificadores Inválidos
1Nota (não inicia com letra)
Nota 1 (contém espaço)
FIM (palavra reservada),
Not@ (contém um caractere especial),
Altura.Media (contém um caractere especial)
Tipos de Dados
a) Tipo: INTEIRO. Descrição - Não possuem parte fracionária e podem ser positivos ou negativos. Exemplos: 100, 12, -56, -48.
b) Tipo: REAL. Descrição - Possuem parte fracionária e podem ser positivos ou negativos. O ponto é usado como separador da parte decimal. Exemplos: 12.5, 100, -0.456.
c) Tipo: CARACTERE. Descrição - Podem conter sequências de letras, dígitos e símbolos. Representa texto entre aspas duplas. Exemplos: “Introdução à Programação”, “A”, “1234”, “HPU 1597”.
d) Tipo: LÓGICO. Descrição - Representa valores lógicos. Exemplos: VERDADEIRO, FALSO.
Exemplos
Num: Inteiro - Aqui estamos reservando um espaço na memória, apelidado de Num, suficiente para guardar um número inteiro
Nome, EstCivil: Caractere - Aqui declaramos duas variáveis do tipo Caractere. Ou seja, alocamos dois espaços na memória, identificados por NOME e EstCivil, que poderão armazenar uma sequência de caracteres cada uma.
*Créditos: Prof. Raimundo Osvaldo Vieira (IFMA)