domingo, 6 de maio de 2018

Dia Nacional da Matemática, 06 de maio
(singela homenagem ao Professor Elon Lages Lima)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
No dia Nacional da Matemática, não tem como não se lembrar dos grandes matemáticos do país: Artur Avila; Mauricio Peixoto; Jacob Palis; Elon Lages; Júlio César de Melo e Sousa (Malba Tahan), dentre outros. E nada mais justo do que destacar, nesse dia, o Professor Elon Lages Lima, e, conhecer um pouco sobre sua história.
Nascido em Maceió, em 9 de julho de 1929. De origem simples, estudou no Colégio Batista (com 10 a 11 anos entrou no curso ginasial), depois se mudou para Fortaleza (Ceará) onde estudou na Escola Militar, estudando dois primeiros anos da faculdade. Em seguida, no terceiro ano, ao ganhar uma bolsa de estudo, passou a estudar no o Rio de Janeiro, local onde conheceu o IMPA, sendo um dos primeiros estudantes do instituto.
Mestre e doutor (PhD) pela Universidade de Chicago, se destacando por seus trabalhos de pesquisa sobre estudos voltados para o campo da topologia diferencial, topologia algébrica, e geometria diferencial, e na área do ensino médio como escritor e didata. Foi diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) por três períodos (1969 a 1971; 1979 a 1980; e, 1989 a 1993) e Membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1963, participando de 2001 e 2002, do projeto de História Oral da Escola de Ciências Sociais da FGV (CPDOC) e do contexto do projeto dos 50 anos de história do IMPA.
Atuou na Educação Básica no início de sua trajetória matemática, como professor, aos 18 anos, no Ginásio Farias Brito e no Colégio Estadual do Ceará. Colaborou para estruturar cursos na Universidade Federal do Ceará entre os quais: de licenciatura, bacharelado e pós-graduação, de onde recebeu, em 1989, o título de Professor Honoris Causa, sendo também doutor Honoris Causa, titulo recebido pela Universidade Federal de Alagoas. Idealizou e dirigiu obras, entre as quais: “Coleção Projeto Euclides” e “Coleção Matemática Universitária”, e criador, no ano de 1990, do Programa de Formação e Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio (PAPMEM).
Foi professor da UnB (até o ano de 1965), presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (1973 a 1975), fazendo parte do Conselho Nacional de Educação e o Conselho Superior da Faperj (1987 a 1981). Autor de mais de 40 livros, ganhado por duas vezes do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, recebedor dos prêmios: Ordem do Mérito Científico na Classe Grã-Cruz, da Presidência da República e Anísio Teixeira do Ministério da Educação (MEC).
O Grande Matemático (que tem muito mais a ser conhecido, da sua história de vida e contribuições), que um dia pensou em ser escritor poeta (chegando até a escrever textos, sonho que de alguma forma foi realizado indiretamente com suas obras na área do conhecimento matemático, que mesmos não sendo poesias, não deixam de ser “obras literárias” de grande e valoroso valor), deixou-nos em 7 de maio de 2017 (Rio de Janeiro), aos 87 anos, foi (e continuará sendo), sem dúvida um dos grandes matemáticos do Brasil, que influenciou e continuará influenciando novos talentos na área da Matemática.
Referências
Diálogo em Janeiro com Elon Lages Lima. GAZETA DE MATEMÁTICA Janeiro 2001 - nº 140. Disponível em: <http://gazeta.spm.pt/getArtigo?gid=25>. Acessado: maio 2018.
https://impa.br/page-noticias/morre-no-rio-o-matematico-elon-lages-lima-ex-diretor-do-impa-aos-87-anos/. Acessado: maio 2018.
https://portal.fgv.br/noticias/entrevista-elon-lages-lima-integra-acervo-programa-historia-oral-cpdoc. Acessado: maio 2018.
Refletindo sobre a Filosofia e sua importância (recorte de pensamentos)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Ao falar sobre Filosofia, dentre os primeiros questionamentos realizados no contexto da introdução da filosofia é: “O que é Filosofia?” “Para que ser a Filosofia?”. Para explicar partimos sempre da sua etimologia, a palavra filosofia vem do grego (φιλοσοφία), Philos + Sophia, onde: Philos = Amor ou Amizade e Sophia = Sabedoria, e nesse sentido, Filosofia, apresenta-se com o significa de amor à sabedoria, sendo o filósofo, amigo da sabedoria, e que a mesma serve para despertar o senso critico, trabalhar a formação e reflexão de idéias, e, enxergar bem mais além das simples aparências.
Todavia, dentro desse contexto, há quem acredite que toda afirmação é filosófica, entretanto, ao fazer afirmação sem um aprofundamento, não quer dizer que é filosofar. É necessário ver o mundo de outra forma, não apenas fazer afirmações, mas, necessita-se ir além dessas afirmações, é preciso: repensar conceitos; realizar escolha consciente; buscar novos caminhos; é sai das paredes que se apresenta como uma prisão; é quebra antigos paradigmas, avançando cada vez mais nas profundezas do saber.
Nesse sentido, a Filosofia (ao se aprender a filosofar) pode contribui na reflexão sobre problemas e questões sobre a vida, sobre o desconhecimento, sobre os obstáculos encontrados na busca de superação, resolve questões cuja resposta se desconhece, contudo se necessita conhecer, buscando compreender o mundo em seus variados aspectos, partindo de questionamentos de origem do senso-comum (doxa – ideias, valores e costumes estabelecidos), na busca por conhecimentos que tenha suas bases fundamentadas (aletheia, verdade – lógico racional a parti de justificativas).
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
MAYER, SÉRGIO, Sérgio. Filosofia com jovens: em busca da amizade com sabedoria. Petrópolis: Vozes, 2004.
PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2010.
Classificação dos Softwares: conceitos educacionais
O software educativo pode ser compreendido com toda e qualquer ferramenta tecnológica que faz a junção entre a informática e educação, desde que tenha um contexto de usabilidade no processo de ensino aprendizagem. De acordo com Viera (2008) os softwares educativos apresenta classificação com vista nas suas características, podendo estes ser classificados em:
1) Softwares de exercício e prática: são destinados à aprendizagem de habilidades específicas, sendo este tipo, o fácil de ser desenvolvido, especialmente por apresentar características do fazer, memorizar a informação, tempo curto e reforça, bem como o direcionamento para respostas corretas e realização de correção das respostas erradas.
2) Softwares tutoriais: as informações são organizadas de acordo com uma sequência que é apresentada ao estudante, sendo estas disponíveis aos estudantes de forma já definida e organizada previamente, tendo como características, a utilização de estratégias, mostrando os objetivos a serem alcançados e orientação, com inclusão de pistas e diretrizes por meio de tutoriais.
3) Softwares de simulação e modelagem: é um modelo onde faz a imitação de situações do mundo real para imaginário, ande pode possibilitar a vivência de situações difíceis de se criar em sala de aula ou mesmo aquelas que podem trazer perigo como experiências, a exemplo: experimentos químicos.
4) Softwares jogos educativos: são programas que apresentam conteúdo e atividades práticas com objetivos educativos, por meio de uma competição com regras e objetivos, desenvolvido por meio da ludicidade, instruções claras, exploração a fantasia e a criatividade.
5) Softwares multimídia: utilizam vários tipos de mídias para representar as informações com textos, imagem, vídeo, som, podendo ser interligadas através de hiperlinks, bem como, pode proporcionar o desenvolvimento de trabalho em que o aluno seu próprio sistema de autoria.
6) Software programação: são programas que permitem o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático com objetivo de resolver algum problema.
Vale lembrar que o uso de qualquer recurso, desde o mais simples até o mais complexos, necessita ser analisado pelo professor, bem como, a elaboração de planos para o uso desses recursos, com vista nos objetivos da área de conhecimento, objetos de conhecimentos e habilidades, e que devem está alinhados aos objetivos gerais da educação.
Referências
VALENTE, José Armando. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1999.
VIEIRA, Fábia Magali Santos. Avaliação de Software Educativo: Reflexões para uma Análise Criteriosa. Disponível em: http://www.ise.unimontes.br/cead/artigos/avaliacao.php. Acesso: maio 2018.
Software Educacional (reflexões)
As tecnologias da informação, junto com os softwares educacionais, apresentam-se como instrumentos que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem, e, que podem ser utilizados por professores e alunos dentro de uma perspectiva dinâmica de comunicação, podendo enriquecer as aulas, contribuindo para “o despertar” de estimulo dos alunos e proporcionar um aprendizado bem mais atrativo e lúdico, além é claro, de forma colaborativa, cooperativa e de transformação, como afirma Mercado (2002),
[...] pode contribuir para auxiliar professores na sua tarefa de transmitir o conhecimento e adquirir uma nova maneira de ensinar cada vez mais criativa, dinâmica, auxiliando novas descobertas, investigações e levado sempre em cona o diálogo. E, para o aluno, pode contribuir para motivar a sua aprendizagem e aprender, passando assim, a ser mais um instrumento de apoio no processo ensino-aprendizagem [...] (MERCADO, 2002, p. 131).
E, é nessa perspectiva, que deve-se repensar sobre o uso das tecnologias e softwares educacionais no desenvolvimento de atividades nas disciplinas curriculares, considerando que as mesmas são de grande relevância para o desenvolvimento da aprendizagem interativa dos alunos, podendo as mesmas, proporcionar o desenvolvimento do raciocínio lógico, bem como, estimular a criatividade e a capacidade de releitura e de resolução problemas.
A importância da utilização da tecnologia computacional na área educacional é indiscutível e necessária, seja no sentido pedagógico, seja no sentido social. [...] Hoje, com o novo conceito de inteligência, em que podemos desenvolver as pessoas em suas diversas habilidades, o computador aparece num momento bastante oportuno, inclusive para facilitar o desenvolvimento dessas habilidades lógica-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical, corpo-sinestésico, naturista e pictórica (TAJRA, 2000).
Assim, os recursos tecnológicos, entre os quais os softwares educacionais, podem ser concebidos como ferramentas educacionais, constituindo como apoio à aprendizagem dos alunos e permitem criar situações de aprendizagem estimulante e permitem criar situações de aprendizagem estimulante, dentro de uma linguagem que pode abrir pontes que abrem da sala de aula para o mundo, podendo representar e mediar o conhecimento transformando de forma abstrata em forma concreta, de forma estática para dinâmica, se aproximando mais de situações reais.
Referências
TAJRA, Evandro. Inovações Tecnológicas na Educação. UFP-PR, 2000. Disponível em: http://www.ticnaeducacao.com.br.htm>. Acesso em: maio de 2018.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Formação continuada de professores e novas tecnologias. Maceió. EDUFAL, 1999.
Etonografia por Meio de Cenas...
Profa. Me. Lêda Ferreira Cabral
Viajando pelo espaço-tempo da etnografia revivi algumas cenas e encontros... Eis alguns que destaco e compartilho com vocês...
Eis a viagem de um estrangeiro, de um estranho, de um outro. É uma viagem que, como política, incomoda, gera desconforto, tira do lugar. Viagem de uma experiência de pensamento que inquieta e impede continuar a pensar da maneira como se pensava. Viagem de polêmica e desacordos. Experiência de interrogação e de fratura da própria experiência. (KOHAN, 2007, p.54).
Lembrei-me que por algum tempo procurei e foi então que voltei a encontrar...
Encontrar é achar, é capturar, é roubar, mas não há método para achar, nada além de uma longa preparação. Roubar é o contrário de plagiar, de copiar, de imitar, de fazer como. A captura é sempre uma dupla-captura, o roubo, um duplo-roubo, e é isso que faz, não algo mútuo, mas um bloco assimétrico, uma evolução a-paralela, núpcias, sempre “fora” e “entre” [...] (DELEUZE e PARNET, 1998, p.15).
Quando olhamos uma comunidade ou determinado grupo cultural, precisamos ter cuidado para não silenciar o que há de belo e sublime, pois... 
Há algum tempo neste lugar onde hoje os bosques se vestem de espinhos ouviu-se a voz de um poeta gritar “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar”[…] (POEMA – CANTARES, ANTONIO MACHADO).
É compreensível que na escrita deixemos escapar algo, pois...
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. (CLARICE LISPECTOR).
Nesse caminho, Agamben alerta-nos...
Todo discurso sobre a experiência deve partir atualmente da constatação de que ela não é mais algo que ainda nos seja dado fazer. Pois, assim como foi privado da sua biografia, o homem contemporâneo foi expropriado de sua experiência: aliás, a incapacidade de fazer e transmitir experiências talvez seja um dos poucos dados certos de que disponha sobre si mesmo. (AGAMBEN, 2005, p.21).
Mas, para não nos fechamos à possibilidade de viver a experiência precisamos...
[...] parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço. (LARROSA, 2002, p.24-25).
Como nos diz Deluze...
O amor é um estado, uma relação de pessoas, de sujeitos. Mas a paixão é um acontecimento subpessoal que pode durar o tempo de uma vida. (Deleuze).
Tentei compartilhar o que me aconteceu naquele encontro usando palavras... juntando... colando... recriando... sozinha e acompanhada... Mas de certo... ao tentar prender...
[...] o que me aconteceu usando palavras. Ao usá-las estarei destruindo um pouco o que senti – mas é fatal. (LISPECTOR, p. 81, 1998).
O segredo não pode ser revelado... a experiência é única... e o aprendizado também...