sexta-feira, 6 de abril de 2018

CONCEPÇÕES PSICOLÓGICAS E O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO (Recortes de Pensamentos)

Dentro do contexto do processo de desenvolvimento temos concepções psicológicas que procuram, dentro de cada abordagem teórica, explicar como ocorre o desenvolvimento e a aprendizagem, sendo destacadas três concepções: a Inatista, a Ambientalista e a Interacionista, concepções em que ora priorizando o sujeito, ora o objeto de conhecimento.

A concepção Inatista

Nessa concepção, o desenvolvimento é resultante do amadurecimento progressivo de estruturas pré-formadas. A mesma tem duas origens: uma na Teologia e a outra na Embriologia:

ü Na origem teologia: que entende que o homem, ao nascer, já traz uma forma definitiva determinada pelo Criador, onde o ser humano é ativo e definidor único do desenvolvimento: a experiência só tem valor como estímulo ao surgimento de características que já preexistem no indivíduo.
ü Na origem embriológica, descobertas revelaram sequências invariáveis no desenvolvimento humano “[...] fatores biológicos, como a hereditariedade e a maturação orgânica, são os principais responsáveis pela aprendizagem e pelo desenvolvimento das capacidades humanas” (TENREIRO, 2009, p. 11), onde a prática pedagógica deve ir a reboque das características individuais. Dá-se ênfase nos testes de aptidão e inteligência.

A concepção Ambientalista

Já essa concepção, o desenvolvimento é resultado da ação do meio sobre o indivíduo, e nesse sentido, “[...] aprendizagem é a modificação do comportamento observável em função da experiência [...]” (TENREIRO, 2009, p. 59), com vista na relação entre os estímulos e as contingências do meio sobre o comportamento humano.

ü O ser humano é passivo e as estimulações do ambiente é que imprimem seu caráter e sua personalidade.
ü O conhecimento se reduz à cópia do real.
ü A prática pedagógica pressupõe comandos docentes.

A concepção Interacionista

Na concepção, o desenvolvimento é o resultado da ação do sujeito sobre a realidade e desta sobre o sujeito, e “destacam que o organismo e o meio exercem ação recíproca. Um influencia o outro e essa interação acarreta mudanças sobre o individuo” (TENREIRO, 2009, p. 34).

ü O ser humano é inteligente.
ü O conhecimento resulta da relação do sujeito com o meio.
ü A prática pedagógica pressupõe atividade do aluno e a ação docente, no sentido de ampliar seus conhecimentos.

Compreendemos, dentro do conceito sobre as concepções psicológicas, que as mesas buscam dar suporte para um melhor entendimento do indivíduo, do meio em que vive, e, principalmente das contribuições sobre desenvolvimento humano nos seus diversos aspectos, podendo estas, no campo educacional, proporcionar condições reflexivas, com vista num possível rompimento das posturas e práticas pedagógicas tradicionais, para uma valorização de um processo de desenvolvimento com uma formação humana direcionada para uma consciência crítica reflexiva.

Referência

TENREIRO, Maria Odete Vieira. Psicologia da educação. Ponta Grossa: Ed.UEPG, 2009.
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO (Recortes de Pensamentos)

A Psicologia busca junto com outras áreas, dentre as quais: Medicina, Biologia, Filosofia, Genética, Antropologia, Sociologia e a Pedagogia, investigar as modificações que ocorreram dentro do processo na relação que envolveu (e que envolve) o indivíduo com o mundo, no intuito de realizar, possíveis propostas de melhores e mais eficazes formas de interações.
E no campo da Pedagogia, a Psicologia busca compreender as variáveis psicológicas do fenômeno educativo, com vista nas relações entre os sujeitos, bem como do sujeito e os objetos de conhecimentos, dentro do processo de desenvolvimento do ser humano e a aprendizagem, assim, “Psicologia da Educação vem se construindo progressivamente a fim de responder à necessidade de fazer um elo entre conhecimentos advindos da ciência psicológica e a teoria e a prática educacionais” (TENREIRO, 2009, p. 24).
Nesse sentido, “A Psicologia, como uma ciência da consciência, tem o papel de investigar as mudanças que ocorrem no sujeito em sua interação com o mundo (mudanças cognitivas, afetivas, comportamentais, sociais, morais etc.)”. (TENREIRO, 2009, p. 34-35), dentro desse aspecto, a Psicologia, no campo educacional apresenta as seguintes contribuições (dentre outras):

1) No desenvolvimento: Estudos das mudanças evolutivas na pessoa, nas questões biológicas, cognitivas, comportamentais, afetivas e sociais, culturais (dentre outros);
2) Na aprendizagem: Estudos dos processos ativos e interativos de apropriação pelo sujeito, do mundo em que vive; interativo de orientação e experiências mútuas.

Concluímos então, que dentro do processo educacional, a Psicologia  objetiva, reformular ideias para a construção de práticas educativas que garanta um processo de aprendizagem significativo, tendo como papel fundamental a promoção do desenvolvimento psicológico dos indivíduos (na busca de entender o humano - natureza e cultura, sujeito e objeto, homem e sociedade), a parti de conclusões obtidas pela ciência psicológica, dentro de situações educativas, das práticas educativas vivenciadas no cotidiano escolar.

Referência

TENREIRO, Maria Odete Vieira. Psicologia da educação. Ponta Grossa: Ed.UEPG, 2009.
A FILOSOFIA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS (Recortes de pensamentos)

A Filosofia é uma palavra grega, formada por duas outras palavras: Philos e Sophia, cuja a junção das duas, traduzem-se em amor pela sabedoria ou mesmo amigo do saber, que “para os pitagóricos designa: o aprendiz que não sabe, que só no final do aprendizado será sábio” (RIBEIRO, 2008, p. 16), Nessa dimensão, o filósofo ou sábio é toda pessoa que tem curiosidade pelo saber, e nesse sendo:

A filosofia surge quando os sábios de então: poetas, sacerdotes, adivinhos, reis, legisladores, cedem espaço para os que se reconheciam não-sábios e assim justificavam que buscassem a sabedoria. A ignorância é o começo da filosofia, a sabedoria e só o fim, alcançável e alcançado, ou não. (RIBEIRO, 2008, p. 16)

Assim, mesmo que inicialmente tenha sendo vista como privilégio dos Deuses, mas segundo Pitágoras de Samos, pode ser desejada pelo homem, caminho pelo qual o tornará filósofo. A filosofia nasceu da necessidade de se encontrar respostas para as questões existentes, e, apresenta algumas características próprias, que são:

ü A razão, surge como preceito para explicação da existência das coisas;
ü A demonstração, a análise crítica no intuito de evitar crença ou opinião particular;
ü A discussão, traz a perspectiva de comprovar seu pensamento e submetê-lo a análise;
ü O método, é o que servirá como diretriz a ser seguida, forma de comprovação;
ü a universalização, é uma forma de demostrar que o conhecimento sobre determinada coisa possa servir com explicação para várias outras questões existentes.

Nesse sentido filosofia consiste no processo do pensar sobre o pensamento. E, nesse sentido, permite-nos a tratá-la como uma reflexão da reflexão, sobre géneros não somente particulares de pensamento, mas, do próprio conhecimento existente, sobre o mundo ou mesmo, sobre porções significativas do mundo, dentro de um pensar racional e crítico, de modo mais ou menos sistemático.

Referência

RIBEIRO, Luís Felipe Bellintani. História da filosofia I. Florianópolis: Filosofia/EaD/UFSC, 2008.
FUNCIONAMENTOS DA TECNOLOGIA EAD E SUAS CARACTERÍSTICAS

1. Ferramentas Administrativas na EaD
ü Gerenciamento de alunos, educadores e grupos;
ü Inscrições e datas de início e término dos cursos;
ü  Controle de acessos;
ü  Estatísticas de participação;
ü  Configuração de idiomas e layout.

2. Ferramentas Comunicacionais na EaD
Síncronas
ü Web conferência;
ü  Chats (bate-papo);
ü  Lousa eletrônica.
Assíncronas
ü Fóruns;
ü  Lista de discussão;
ü  E-mails;
ü  Murais virtuais.

3. Ferramentas Pedagógicas na EaD
Ferramentas
ü Agendas e/ou calendários;
ü Formulários;
ü  Bancos de questões;
Possibilidades
ü Conteúdos;
ü  Materiais de apoio;
ü  orientações às atividades;
ü  Acompanhamento de atividades;

4. elementos que constituinte da EaD
ü Separação professor/aluno;
ü  Utilização sistemática de meios e recursos tecnológicos;
ü  Aprendizagem individual;
ü  Apoio de uma organização de caráter tutorial;
ü  Comunicação bidirecional.

Referência

FILATRO, A. Design Instrucional na Prática. São Paulo – SP: Editora Pearson Prentice Hall, 2008.
PONTOS DE REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM EM EAD

A Tecnologia, na atualidade, apresenta-se como expressão da inteligência humana, e juntamente com diversidade e evolução dos meios de comunicações, acaba por favorecer o desenvolvimento dos diversos setores da sociedade, e em especial, na educação e seu processo de ensino aprendizagem, favorecendo a construção de novos conceitos sobre o espaço de aula frete a essa evolução tecnológica, como aponta Moran (2001, p. 16) apud CATAPAN, 2008, p. 43):

A aula não é um espaço determinado, fixo, mas tempo e espaço contínuos de aprendizagem, que podem ser definidos pelos diferentes estilos de professores e alunos, tecnologias e conteúdos. O importante é aprender e não impor um padrão único sobre onde e como ensinar.

Outro ponto interessante é a forma que Tecnologia de Informação, possibilita na sua diversidade, no diz respeito à: geração, armazenamento, processamento e reprodução das informações, bem como à própria de forma de veicular dessas mesmas informações.
Temos também na Educação à Distância, uma busca, dentro de seu processo, do desenvolvimento de ações que permita mediações, sendo a primeira a Humana (formada pelos tutores, professores, e, os agentes técnicos, administrativos e pedagógicos) e a segunda temos a tecnológica, formada por seu sistema de comunicação, direcionando para uma mudança de postura do aluno: de passivo, em que geralmente é induzido, para produtor ativo de conhecimentos, como afirma Valente (2000) apud CATAPAN (2008, 17), “[...] receptor  passivo” de informações [...]. O ideal seria um sistema educacional que estimulasse o aluno a “buscar a informação, aprender como usá-la, tornando-se um aprendiz permanente e desenvolvendo as habilidades de “caçador-ativo”.
Nesse sentido a EaD, busca possibilita ao aluno, o desenvolver capacidades de buscar, localizar, administrar e avaliar criticamente as informações disponíveis, bem como, desenvolver seu aprendizado por si próprio, contudo sem esquecer que a interação, a colaboração e cooperação com os demais participante do processo, a parti de motivações intrínsecas que favoreça estímulos, além é claro de direcionamentos para um processo baseado na interdisciplinaridade, sentes estes, de fundamental importância para que aconteça um real aprendizagem.

Referência

CATAPAN, A. H., et al. Introdução a Educação a Distância, Florianópolis – SC: Filosofia/UFSC/EAD, 2008.