quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

 ESTRATÉGIAS PARA TRAÇAR O PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR (*Recorte de Textos)

1) Questionários: questões impressas para que os familiares preencham os dados que a escola considere relevante para a compreensão do seu contexto escolar. Podem ser, tanto dados cadastrais, como também relacionados à saúde, situação socioeconômica, preferências e desagrados do discente, expectativas dos pais quanto à escola, etc.

2) Entrevistas: as entrevistas proporcionam um contato mais próximo e informal entre a equipe escolar, o educando e seus familiares, permitindo que aquela conheça mais de perto a realidade do aluno e o seu contexto familiar. Talvez esta seja a estratégia mais difícil de traçar um diagnóstico da comunidade quando a escola é muito numerosa. Uma possibilidade é o próprio professor de uma turma fazer as entrevistas. Assim como no questionário, as questões devem privilegiar o que a escola necessita para traçar o perfil da sua comunidade.

3) Painéis de opinião: esta estratégia é interessante para que o gestor tenha respostas acerca de questões mais abrangentes da comunidade, como, por exemplo: expectativas em relação à escola, sugestões de melhorias diversas, identificação de problemas, entre outras. Estes painéis devem ser grandes e colocados em pontos de circulação dos pais para que estes possam escrever. Devem, ainda, ter uma caneta acoplada a eles. Neste procedimento, a opinião de quem escreve é anônima. Isto pode trazer alguns aspectos negativos, a se considerar, como a utilização de uma linguagem inadequada e a não totalidade de participação da comunidade em se manifestar sobre uma questão que requer um grupo significativo.

4)  Meios virtuais: os recursos tecnológicos modernos são um grande aliado para a gestão participativa. A escola pode utilizar blogs, sites e redes sociais como os aplicativos de mensagens para se comunicar com a escola e opinar sobre questões de interesse geral, quando solicitado.

*Compilação: MARANHÃO. Escola Digna – Pacto pela Aprendizagem – Orientações de organização do Ciclo Formativo Municipal. SEE. São Luís, 2023

UMA VIAGEM AO TERRITÓRIO DA LEITURA

1) Escutar leituras literárias: É necessário inserir nas rotinas formativas o acercamento do(a) professor(a) a diferentes textos literários, através de escutas de leituras compartilhadas, pois a leitura se constrói socialmente, a partir da mediação de outros.

2) Degustar leituras literárias: É preciso conhecer para poder gostar e compreender que é necessário considerar o sentido não como algo a ser explicado e sim como algo a ser experimentado.

3) Relacionar texto-vida: É importante ressaltar que a identificação precisa ser acompanhada da abstração, da possibilidade de participar do jogo simbólico favorecido pela leitura de literatura.

4) Efetivar práticas de leitura literária: É essencial inserir na rotina a leitura por fruição como um efeito a ser experimentado de forma criativa, estética, imaginativa e fluidora.

5) Fazer da leitura um cerimonial: Deve haver um momento mágico para começar e terminar uma história, como se fosse uma celebração, o início e o fim de um rito, que deve ser ao mesmo tempo sagrado e lúdico, sonhador e prazeroso. 

 ALGUMAS DICAS DE ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS PARA PROJETO DE LEITURA

1) Cantinho da leitura: contendo variados textos e livros estimulantes, proporcionando um local agradável para que os alunos sintam-se a vontade para ler;

2) Rodas de conversas: Propor momentos de leitura que envolvam toda a escola, como roda de contação e encenação de histórias;

3) Produção textual através de painéis, lembretes, cartazes, poesias, e expor em todos os ambientes da escola;

4) Jornal da Escola: criar o jornal na escola, desenvolvendo e apresentado pesquisas sobre acontecimento do cotidiano da escola e comunidade;

5) Baú de leitura: uma caixa de livros, resultantes de uma escolha feita pelos professores, onde os alunos terão a oportunidade de escolher o livro que gostaria de ler para depois socializar com a turma.

6) Hora da leitura: Criar momentos de leitura diária de diversos gêneros textuais, incluindo mensagens, reflexões, poesias, piadas, charge, HC etc.

7) Música e leitura: Recontar histórias através de paródia musicais, estabelecendo relações de sentido e construções de significados com os textos.

8) Modernização de histórias tradicionais: instigar a imaginação dos alunos pedindo que coloquem nas histórias clássicas objetos modernos, mudar o final inspirando-se nos dias de hoje, ou ainda transformar um drama numa comédia;

9) Teatro de leitura: realizar dramatização de histórias lidas ou construídas por grupos de alunos;

10) Propaganda de leitura: Professores indicam e divulgam leituras através de resenhas expostas no mural da escola, de forma a contar parte da história de forma que o leitor se sinta instigado a ler a obra inteira;

11) Feira de leitura: Realizar exposição de produções dos alunos, dramatizações realizadas durante os trabalhos, visando desenvolver habilidades de comunicação e argumentação orais.

 ALGUMAS DICAS PARA UMA MEDIAÇÃO EFICAZ NA LEITURA E CRIAÇÃO DE NOVOS LEITORES

1) Escolha um livro ou texto de que você goste em que o mesmo provoque admiração para com a leitura;

2) Demonstre entusiasmo para com o livro ou texto ao apresentá-lo a possíveis novos leitores;

3) Comece mostrando a capa, contracapa, dizendo o nome do autor, ilustrador e editora;

4) Pratique antes para ter uma boa entonação e escolha partes para modificar a voz ou dar clima de suspense;

5) Sendo possível, para melhor envolver o ouvinte, faça associações da história com outras linguagens artísticas;

6) Busque dentro da história evoca em você, mediador, algo especial, fale sobre isso durante a leitura;

7) Não é preciso parar para explicar as palavras difíceis do texto, mas busque responder caso alguém pergunte o significado;

8) Caso o livro tenha ilustrações, durante a leitura, apresente elas e explore cada detalhe que possua;

9) Leia em voz alta e vez por outra, faça pausas para olhar nos olhos dos ouvintes;

10) Faça perguntas sobre os personagens, buscando saber qual(is) chama(m) mais atenção do ouvinte;

11) Pergunte o que as pessoas acharam da história e deixar as pessoas se expressarem;

12) É importante ler “com” e não “para” a pessoa e precisa mediar leitura envolvendo o ouvinte.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA (PDE-E) – MEC: ORIENTAÇÕES E CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DA EFICÁCIA E QUALIDADE ESCOLAR (*Recorte de Textos):

1) Ensino e aprendizagem: diz respeito à aquisição de conhecimentos e habilidades por parte dos alunos, proposta pedagógica, planejamento pedagógico, método pedagógico, estratégias de ensino, práticas educacionais, avaliação da aprendizagem e do material didático.

2) Clima escolar: está relacionado com as condições observáveis de liderança, compromisso, motivação, disciplina, segurança da comunidade escolar, isto é, a atmosfera geral da escola.

3) Pais e comunidade: envolve a participação dos pais e da comunidade em geral no desempenho da escola.

4) Gestão de pessoas: diz respeito à coordenação da equipe para que todos tenham um bom desempenho profissional.

5) Gestão de processos: está relacionada ao planejamento das ações da escola, bem como ao gerenciamento delas.

6) Infraestrutura: são as condições materiais de funcionamento (instalações e equipamentos) para que o ensino-aprendizagem ocorra de maneira adequada.

7) Resultado: está relacionado com tudo que indica o desempenho geral da escola, como: taxa de aprovação, reprovação, abandono e distorção idade/série; satisfação dos alunos, pais, colaboradores e da sociedade; indicadores de melhoria das práticas de gestão e cumprimento das metas estabelecidas.

*Compilação: MARANHÃO. Escola Digna – Pacto pela Aprendizagem – Orientações de organização do Ciclo Formativo Municipal. SEE. São Luís, 2023

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

 COMPETÊNCIAS GERAIS DO DIRETOR ESCOLAR (Recorte de Textos*)

1ª) Coordenar a organização escolar nas dimensões político-institucional, pedagógica, administrativo-financeira, e pessoal e relacional.

2ª) Configurar a cultura organizacional com a equipe.

3ª) Assegurar o cumprimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis.

4ª) Valorizar o desenvolvimento profissional de toda a equipe escolar.

5ª) Coordenar a construção e implementação da proposta pedagógica da escola.

6ª) Realizar a gestão de pessoas e dos recursos materiais e financeiros.

7ª) Buscar soluções inovadoras e criativas para aprimorar o funcionamento da escola.

8ª) Integrar a escola com outros contextos, incentivando a parceria com as famílias e a comunidade.

9ª) Exercitar a empatia, o diálogo e a mediação de conflitos e a cooperação.

10ª) Agir e incentivar pessoal e coletivamente, com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência, a abertura a diferentes opiniões e concepções pedagógicas.

*Compilação – Fonte: Parecer sobre a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar em análise no CNE.

 DIMENSÃO ADMINISTRATIVO FINANCEIRA DO DIRETOR ESCOLAR: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E DESCRIÇÕES (Recorte de Textos*)

a) Coordenar as atividades administrativas da escola: O diretor assina a documentação, de acordo com os dispositivos legais do sistema/rede de ensino, relativa à vida escolar dos estudantes, bem como assina declarações, ofícios e outros documentos, responsabilizando-se pela sua atualização, expedição, legalidade e autenticidade. O diretor deve saber utilizar novas tecnologias de informação e comunicação, enquanto recursos importantes para a gestão escolar.

b) Zelar pelo patrimônio e pelos espaços físicos: O diretor se responsabiliza pela manutenção e conservação do espaço físico, pela segurança do patrimônio escolar e pela manutenção atualizada do tombamento dos bens públicos sob a guarda da instituição que dirige.

c) Coordenar as equipes de trabalho O diretor escolar organiza o quadro de pessoal da escola com a devida distribuição de funções, construindo coletivamente critérios de atribuições de turmas aos docentes, priorizando as necessidades dos estudantes. Acompanha o desenvolvimento profissional e estimula o comprometimento das pessoas e das equipes. Conduz o trabalho de forma colaborativa com a equipe, promovendo sua motivação, proatividade, resiliência, sensibilidade e ética.

d) Gerir, junto com as instâncias constituídas, os recursos financeiros da escola: O diretor se responsabiliza pela administração financeira e pela prestação de contas dos recursos materiais e financeiros recebidos. Deve incentivar a participação da comunidade, na indicação de elementos que possam tornar o plano de aplicação de recursos financeiros consistente com os anseios da comunidade e do projeto político-pedagógico da escola.

*Compilação – Fonte: Parecer sobre a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar em análise no CNE.

 DIMENSÃO PESSOAL E RELACIONAL DO DIRETOR ESCOLAR: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E DESCRIÇÕES (Recorte de Textos*)

a) Cuidar e apoiar as pessoas: O diretor escolar promove e constrói respeito e confiança por meio de seu comportamento ético, promovendo relacionamentos positivos e uma colaboração efetiva entre os membros da comunidade escolar. Inspira confiança, devido à sua capacidade de ser profissionalmente imparcial, justo e respeitoso.

b) Agir democraticamente: O diretor deve ser o principal promotor do diálogo na comunidade escolar, onde a escuta e o incentivo à conversa com todos são decisivos para um projeto educativo democrático e de qualidade.

c) Desenvolver alteridade, empatia e respeito as pessoas: O diretor deve respeitar e promover o respeito mútuo entre os agentes escolares e da comunidade, em relações de alteridade e empatia. Comprometer-se com o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

d) Agir orientado por princípios éticos, com equidade e justiça: O diretor orienta sua atuação pela ética, integridade, transparência, imparcialidade e justiça, garantindo o respeito ao direito à educação e em favor da superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania.

e) Saber comunicar-se e lidar com conflitos: O diretor busca sempre a melhor forma de se expressar. Busca compreender a origem dos problemas e conflitos, mediando a construção de soluções alternativas em diálogo com todas as partes interessadas, mostrando capacidade de escuta ativa e argumentação.

f) Ser proativo: O diretor precisa ter capacidade de atuar nas mais diversas circunstâncias, buscando soluções adequadas, oportunas e inovadoras, contextualizadas, demonstrando talento criativo e proatividade.

g) Comprometer-se com o seu desenvolvimento profissional: O diretor escolar busca ampliar e atualizar seus conhecimentos gerais e especialmente sobre a educação, a escola, seus sujeitos e processos.

*Compilação – Fonte: Parecer sobre a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar em análise no CNE.

 DIMENSÃO PEDAGÓGICA DO DIRETOR ESCOLAR: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E DESCRIÇÕES (Recorte de Textos*)

a) Focalizar seu trabalho no compromisso com o ensino e a aprendizagem na escola: O diretor tem a responsabilidade fundamental no desenvolvimento de uma cultura de ensino-aprendizagem eficaz e efetiva, realizando os objetivos acadêmicos e educacionais da escola. Cabe a ele liderar, coordenar e conduzir o trabalho coletivo e colaborativo para garantir a qualidade do ensino e da aprendizagem dos estudantes em todos os aspectos de seu desenvolvimento.

b) Conduzir o planejamento pedagógico: O diretor promove, lidera e articula a construção coletiva da proposta pedagógica e do plano de gestão da escola.

c) Apoiar as pessoas diretamente envolvidas no ensino e na aprendizagem: O diretor deve garantir apoio e formação continuada para os professores e empenhar-se na busca de condições adequadas para o ensino-aprendizagem. Cabe ao diretor também estimular a avaliação continuada das atividades docentes e de suas eventuais necessidades de formação.

d) Coordenar a gestão curricular e os métodos de aprendizagem e avaliação: O diretor e a equipe técnico-pedagógica coordenam a implementação geral das Bases Curriculares e dos programas de estudos e monitoram a aprendizagem dos estudantes. Esse aspecto da gestão pedagógica da escola deve se articular com o compromisso com os processos democráticos e participativos internos, no sentido do desenvolvimento de uma comunidade de aprendizagem.

e) Promover clima propício ao desenvolvimento educacional: O diretor deve assegurar na escola um ambiente educativo de respeito às diferenças, acolhedor e positivo, apoiado em valores democráticos, como condição de promoção da aprendizagem, do desenvolvimento e do bem-estar dos estudantes, contribuindo significativamente para reduzir as desigualdades educacionais.  Desenvolver ação formativa na convicção de que todos os estudantes podem aprender e incentivar atitudes e comportamentos progressivamente responsáveis e solidários.

f) Desenvolver a inclusão, a equidade, a aprendizagem ao longo da vida e a cultura colaborativa: O diretor deve ampliar seu conhecimento sobre inclusão, equidade, aprendizagem ao longo da vida e as estratégias para promovê-los, bem como a compreensão das políticas educacionais nesta matéria, como condição para garantir o desenvolvimento equânime e a aprendizagem integral de todos os estudantes.

*Compilação – Fonte: Parecer sobre a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar em análise no CNE.

 DIMENSÃO POLÍTICO INSTITUCIONAL DO DIRETOR ESCOLAR: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E DESCRIÇÕES (Recorte de Textos*)

a) Liderar a gestão da escola: O diretor desenvolve, reforça, revisa e fortalece os valores, princípios e metas da escola, coletivamente. O diretor usa uma variedade de métodos e tecnologias de gestão de dados para garantir que os recursos e trabalhadores da escola sejam organizados e dirigidos de forma eficiente, adequada e com qualidade para fornecer um ambiente de aprendizagem eficaz e de desenvolvimento seguro. Isso inclui a delegação apropriada de tarefas aos membros da equipe, o acompanhamento das responsabilidades partilhadas e o apoio à execução.

b) Trabalhar/Engajar a comunidade: O diretor escolar deve ter capacidade de análise do contexto intra e extra escolar, com base no conhecimento sobre as características socioeconômicas, políticas, culturais, as questões atuais, as possíveis tendências futuras que afetem a comunidade escolar e os múltiplos recursos que estão disponíveis na comunidade em geral, entre outras variáveis de contexto que possam emergir.

c) Implementar e coordenar a gestão democrática na escola: O diretor administra a unidade escolar em consonância com as diretrizes da gestão democrática registradas na legislação nacional e nas normativas do sistema/rede de ensino a que a escola pertence, garantindo a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico e das comunidades escolar e local no Conselho Escolar.

d) Responsabilizar-se pela organização escolar: O diretor é o responsável geral pela escola, garantindo as condições de funcionamento adequado à sua função social.

e) Relacionar-se com a administração do sistema/rede de ensino: O diretor deve relacionar-se articuladamente com as instâncias de administração do sistema/rede de ensino, bem como com outras instituições e instâncias que mantêm algum grau de relacionamento com o desenvolvimento das funções da escola. Contribuir para a integração e funcionalidade da escola no âmbito da rede de ensino.

f) Coordenar as ações que promovem a segurança na escola: O diretor deve zelar pela segurança e pela integridade física, psicológica e moral das pessoas que trabalham e estudam na escola.

g) Desenvolver visão sistêmica e estratégica: O diretor precisa ser capaz de pensar a escola de forma sistêmica, criativa e antecipatória, analisar contextos emergentes, tendências e aspectos-chave para determinar suas implicações e possíveis resultados em uma perspectiva local e global.

*Compilação – Fonte: Parecer sobre a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar em análise no CNE.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAR O ENSINO DA ALFABETIZAÇÃO (*Recortes de Textos)

Introdução

Planejar é definir, passo a passo, o caminho capaz de desenvolver nos estudantes as habilidades e conhecimentos para que se tornem alfabetizados, ou seja, leitores fluentes e produtores de textos.

Há diferentes formas de construir e registrar um planejamento, desde que estejam presentes os elementos essenciais, indispensáveis para orientar de forma eficiente a realização das atividades.

1 Elementos essenciais do planejamento

a) Habilidade: Que habilidade irei contemplar nessa aula?

b) Objetivos: O que os estudantes vão aprender com essa aula?

c) Avaliação: Que atividade de verificação irei utilizar no final dessa aula?

d) Experiências de aprendizagem: Que sequência de atividades irá equipar os estudantes nessa aula? Quais estratégias melhor possibilitarão a compreensão dos objetivos?

2 Planejamento de rotina de alfabetização

Devem contemplar as atividades permanentes, pois possibilitam que as crianças tenham acesso, de forma regular, a atividades que envolvem o alfabetizar letrando. A rotina de sala de aula deve contemplar as práticas de linguagem como objeto de ensino.

É importante desenvolver atividades permanentes, dentre as quais: agenda, calendário, correção da atividade de casa.

3 A avaliação no processor de alfabetização

A avaliação revela sobre o desenvolvimento dos objetivos, além de alimentar o planejamento das aulas futuras. Todas as práticas realizadas em sala de aula podem ser entendidas como oportunidades de avaliar.

Nesse sentido a avaliação busca oferecer dados das práticas de leitura usadas pelas crianças, permitindo mapear as dificuldades dos alunos leitores que se encontram em processo de formação ou seus avanços dentro do campo da leitura.

*Compilação:  Intervenções Pedagógicas para a evolução dos perfis de leitores. Veridiana Farias.

 A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO NA ROTINA DIDÁTICA CONCEITOS (*Recortes de Textos)

Introdução

A organização do tempo dentro das rotinas na alfabetização contribui tanto para a prática de ensino como para o processo aprendizagem da criança. Organiza o tempo pedagógico e o professor conduz melhor a aula.

1) Tempo literário

O principal objetivo desse momento é ler com/por prazer. Acreditamos que a finalidade do letramento, na escola, é possibilitar aos aprendizes práticas de leitura com sentido e significado. É importante que o(a) professor(a) planeje e organize esse tempo.

2 Tempo de leitura e oralidade

O principal objetivo é a aquisição da leitura e o desenvolvimento da fala, ambos com compreensão: a compreensão do que se lê e do que se fala; a produção oral de textos; a relação do texto escrito com a oralidade; o desenvolvimento da consciência fonológica; a pronúncia das palavras; a reflexão do vocabulário; a apropriação e o reconhecimento de diferentes gêneros textuais. É o momento do diálogo, da “roda de conversa”, do discurso oral.

3 Tempo de escrita (Análise linguística/Semiótica e Produção de Textos)

O principal objetivo é a apropriação da linguagem escrita e do escrito: produção de escritas, textos escritos; compreensão do que se escreve; relação do texto escrito com a leitura; a reflexão do escrito e reescrita; escrita de diferentes gêneros textuais.

*Compilação:  Intervenções Pedagógicas para a evolução dos perfis de leitores. Veridiana Farias.

 LEITOR PRÉ-LEITOR: PERFIL E CONCEITOS (*Recortes de Textos)

Introdução: Perfil

Os estudantes alocados neste perfil não dispõem de condições mínimas para realizar a leitura oral, ainda que de palavras isoladamente.

1 Característica do estudante leitor pré-leitor

a) Ainda não se apropriaram dos princípios que organizam o sistema alfabético de escrita.

b) Ainda não venceram os desafios relacionados à decodificação das palavras escritas, e, por essa razão, ainda não leem oralmente.

c) Considerando-se como métrica o tempo de 60 segundos, leem aproximadamente 10 palavras dicionarizadas (em uma lista com 60 palavras) e/ou 5 pseudopalavras (em uma lista com 40 pseudopalavras).

d) Geralmente não conseguem ler sequências textuais e sua precisão (assertividade) de leitura encontra-se abaixo de 90%.

2 Níveis para o perfil do estudante leitor pré-leitor

Nível 1 – O estudante não realizou a leitura.

Nível 2 – O estudante disse letras, sílabas ou palavras que não constavam no item. Esse estudante ainda não consegue relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas.

Nível 3 – O estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras constantes no item. Esse estudante já consegue relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro de cada palavra, realizando uma soletração.

Nível 4 – O estudante omitiu, substituiu ou inseriu fonema ou sílaba nas palavras constantes no item.

Nível 5 – O estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando.

Nível 6 – O estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras constantes no item.

3 Práticas de Leitura para o estudante leitor pré-leitor

a) Textos com rimas e aliterações, para que os estudantes percebam a sonoridade das palavras.

b) Leitura de poemas para as crianças, apresentando o texto escrito, apontando as palavras do texto à medida que se lê.

c) Trava-línguas e parlendas, pois, são textos da tradição popular, bastante adequados às atividades de leitura com estudantes com o perfil pré-leitor.

d) Leitura de diversos tipos de textos literários, em que o professor se constitui como um modelo de leitor para esses estudantes.

*Compilação:  Intervenções Pedagógicas para a evolução dos perfis de leitores. Veridiana Farias.

 LEITOR INICIANTE: PERFIL E CONCEITOS (*Recortes de Textos)

Introdução: Perfil

Os estudantes alocados neste perfil leem palavras e pequenas sequências textuais, porém o fazem de forma pausada, em um padrão de leitura silabada, pois ainda precisam de tempo para realizar uma decodificação, sílaba a sílaba, da palavra escrita.

1 Característica do estudante leitor iniciante

a) Apropriaram-se das regras que organizam o sistema de escrita alfabética, mas ainda apresentam dificuldades com a base ortográfica.

b) Considerando-se como métrica o tempo de 60 segundos, leem aproximadamente 11 ou mais palavras (em uma lista com 80 palavras) e 6 ou mais pseudopalavras (em uma lista de 60 pseudopalavras)

c) Apesar de conseguirem ler um maior número de palavras/pseudopalavras, a precisão da leitura desses estudantes ainda se encontra abaixo de 90%. Na leitura de textos, os estudantes apresentam padrão de leitura semelhante ao observado em relação à tarefa de decodificação de palavras e pseudopalavras: lenta, pausadas e muitas vezes silabada.

2 Práticas de Leitura para o estudante leitor iniciante

a) A primeira etapa da leitura oral seja iniciada silenciosamente. Nela, os estudantes podem esclarecer suas dúvidas sobre palavras desconhecidas, observar a pontuação do texto, dentre outros aspectos relevantes.

b) A segunda etapa da leitura oral seja feita pelo professor, considerado o leitor mais experiente, assim os estudantes conseguem observar os aspectos prosódicos do texto.

c) A terceira etapa da leitura oral seja feita pelos estudantes em voz alta. Reflexão com os estudantes sobre o desempenho deles em leitura através da gravação de vídeos.

*Compilação:  Intervenções Pedagógicas para a evolução dos perfis de leitores. Veridiana Farias.

 LEITOR FLUENTE: PERFIL E CONCEITOS (*Recortes de Textos)

Introdução: Perfil

Estudantes alocados neste perfil são aqueles que já venceram os desafios relacionados à decodificação das palavras e, por isso, leem mais rapidamente, ou seja, de modo mais automático.

Dessa forma, é possível que esses estudantes possam se dedicar mais esforços à compreensão do que estão lendo e construam significados para cada vocábulo lido.

1 Característica do estudante leitor fluente

a) Leem textos com vocabulário e/ou estrutura sintática mais complexa e/ou de maior extensão. Tendo em vista seu nível de escolarização, os textos podem ser lidos sem respeito à pontuação ou sem entonação, comprometendo a compreensão de seu conteúdo.

b) Podem ser considerados já alfabetizados, mas ainda não proficientes em leitura, uma vez que a proficiência é uma característica de leitores que não apenas localizam informações na superfície textual, mas são capazes também de realizar inferências com base no que leem.

c) Considerando-se como métrica o tempo de 60 segundos, leem textos narrativos ficcionais, por exemplo, que mesclam estruturas morfossintáticas variadas, com uma extensão média entre 150 e 180 palavras, lidas com precisão superior a 90% (acima de 65 palavras corretas).

2 Práticas de Leitura para o estudante leitor fluente

a) Seleção de textos que desafiem os estudantes, com léxico mais variado e padrões sintáticos mais complexos.

b) Estudantes sendo modelos de leitores para outros estudantes.

c) Apresentação de um telejornal, pois favorece o maior desenvolvimento da fluência em leitura, especialmente porque, nesse caso, os aspectos prosódicos cumprem um importante papel: a entonação certa para dar uma determinada notícia.

d) Gravação das atividades de leitura em voz alta para reflexão com a turma sobre a atuação dos leitores.

*Compilação:  Intervenções Pedagógicas para a evolução dos perfis de leitores. Veridiana Farias.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

 SUBSISTEMAS DO SISTEMA EDUCATIVO/SOCIAL (EXPRESSÕES DAS PRÁTICAS RELACIONADAS COM O CURRÍCULO), SEGUNDO SACRISTÁN (2000, P. 23) (*)

1 – O âmbito da atividade político-administrativa: a administração política regula o currículo. Este âmbito evidencia os determinantes exteriores do currículo, ainda que estejam legitimados por serem provenientes de poderes democraticamente estabelecidos.

2 – O subsistema de participação e de controle: o controle e a concretização do currículo estão a cargo de determinadas instâncias com competências mais ou menos definidas, que variam de acordo com o campo jurídico, com a tradição administrativa e democrática de cada contexto. Exemplo: associações de pais, sindicatos etc.

3 – A ordenação do sistema educativo: estrutura dos níveis de ensino, numa organização que pode ser vertical e horizontal, refletindo assim, na seleção curricular, fornecendo as finalidades essenciais de cada período de escolaridade.

4 – O sistema de produção de meios: os meios são agentes instrumentais, que têm papel ativo, na concretização do currículo, bem como, na formação do professor. Esta prática curricular está fundamentada em materiais didáticos diversos, que acabam exercendo controle sobre a prática e as decisões dos professores.

5 – Os âmbitos de criação culturais, científicos etc.: na medida em que o currículo diferencia o ser, pela sua competência e habilidades, por outro lado, também existem os contrassensos, ou melhor, existem os interesses que podem ser manifestados de forma individual ou coletiva. Dessa forma, as influências podem ser exercidas sobre os mesmos, por meio de imposições ou ponderações organizacionais, bem como, formas metodológicas na produção de textos e de diversas formas escritas. O que pode criar dependências, principalmente nas coletividades de docentes, onde os professores são apenas especialistas em determinadas áreas ou disciplinas do saber em questão.

6 – Subsistema técnico-pedagógico: formadores, especialistas e pesquisadores em educação. Estes profissionais chamados de técnico-pedagógicos criam os conceitos, sistematizam as informações, criam linguagens e produzem conhecimentos sobre a realidade educativa para distribuir a prática curricular e as formas de realizá-la.

7 – O subsistema de inovação: dentre as diversas formas de saberes, existem as estratégias de inovação curricular, em que, agentes (grupos de professores, professores isolados), se dedicam para realizar reformas curriculares, que venham a atender às necessidades e os desejos sociais.

8 – O subsistema prático-pedagógico: configura a prática concreta do professor e do aluno, contextualizada nas escolas. Assim, este subsistema faz referência à interação entre professores e alunos, expressando as práticas de ensino-aprendizagem sob os mais diversos enfoques metodológicos, configurando assim, o posto de trabalho do professor e o de aprendiz dos alunos.

*Compilação de texto de: BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; FAVERE, Juliana de. Teorias e Práticas do Currículo. Indaial: Uniasselvi, 2013. (p. 227)

Referências

SACRISTÁN, Gimeno. O Currículo uma reflexão sobre a prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A. I. Perez. Compreender e transformar o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CONCEITOS DA ORGANIZAÇÃO PROGRESSIVA DAS APRENDIZAGENS (Recorte de textos)

1) Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997): Parâmetro de caráter indutor, não obrigatório. Base para a Formação continuada de professores. Modernização das práticas de ensino.

2) Diretrizes Curriculares Nacional – DCN (1990 – 2004): Determinadas pela LDB. Princípios, fundamentos e procedimentos capazes de orientar as escolas na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação das suas propostas pedagógicas.

3) Base Nacional Comum Curricular – BNCC: É uma referência obrigatória, mas não é o currículo nem estabelece expectativas de aprendizagem. Seu papel é ser um insumo para a elaboração e revisão dos currículos da educação básica

4) Currículo: Construção social do conhecimento pressupondo a sistematização dos meios para que essa construção se efetive seleção dos conhecimentos e formas para repasse e assimilação

5) Habilidades: Expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.

6) Ensino: Atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os alunos se tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos.

7) Trabalho docente: uma atividade intencional, planejada conscientemente visando atingir os objetivos previamente estabelecidos. Por isso precisa ser estruturado e ordenado

8) Modificadores: devem ser entendidos como a explicitação da situação ou condição em que a habilidade deve ser desenvolvida, considerando a faixa etária dos alunos.

9) Pesquisa como princípio pedagógico: Processo que busca que levar o estudante em direção a uma atitude de curiosidade e de crítica, por meio da qual ele é instigado a buscar respostas.

10) Trabalho como princípio educativo: Processo que considera o trabalho como espaço de formação do sujeito; um processo que permeia todo ser do indivíduo e constitui sua especificidade.


 FATORES, IMPLICAÇÕES LIMITADORAS E FLEXÍVEIS DO CURRÍCULO QUE REFLETEM NA PRÁTICA DO PROFESSOR, SEGUNDO SACRISTÁN (2000, P. 292-293) (*)

a) As diretrizes curriculares que, com maior ou menor precisão e rigidez, estabelecem o currículo e sua sequência para um determinado nível, curso, ciclo ou modalidade de ensino.

b) O tipo de avaliação ou controle externo que se exerce sobre o currículo, que não é o que o próprio professor pode utilizar.

c) A dependência que possa existir nos professores quanto aos materiais didáticos, livros-texto etc. Dependência condicionada não apenas pela formação dos professores, mas também pela variedade de sua oferta e pela legislação e normas administrativas a respeito. Essa dependência diminui o papel profissional do docente e torna-se empobrecedora do mesmo quando a oferta é homogênea.

d) A operatividade de sua formação profissional para identificar as variáveis que determinam a experiência e os resultados de aprendizagem, atuando sobre as mesmas.

e) A formação para poder intervir no que chamamos de tradução pedagógica dos conteúdos curriculares, que lhe proporcionará autonomia real para selecioná-los, ponderá-los, organizá-los ou adaptá-los às necessidades dos alunos. Professores com escasso domínio da matéria mal podem traduzi-la pedagogicamente.

f) O campo organizativo da escola que, quanto tem um projeto educativo conjunto, estabelece as grandes coordenadas dentro das quais se desenvolve a atividade individual de cada professor.

g) As possibilidades materiais reais para dedicar-se a esta função de preparação da prática, prévia à realização do ensino, devido às condições de seu trabalho.

*Compilação de texto de: BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; FAVERE, Juliana de. Teorias e Práticas do Currículo. Indaial: Uniasselvi, 2013. (p. 227)

Referências

SACRISTÁN, Gimeno. O Currículo uma reflexão sobre a prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A. I. Perez. Compreender e transformar o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

 IMAGENS DO PROFESSOR – TÉCNICO ESPECIALISTA E OUTRO COMO PRÁTICO AUTÔNOMO, DE ACORDO COM GÓMEZ (1997) (*)

1 – O professor como técnico especialista

Essa imagem permaneceu pelo século XX, a partir de uma concepção positivista, em que o trabalho pedagógico era entendido como a aplicação de técnicas científicas, baseado em uma racionalidade técnica. A psicologia comportamental aplicada ao ensino contribuiu para esse viés, na qual “desenvolveu a imagem do professor como um técnico especializado que aplica as regras que derivam do conhecimento científico, sistemático e normalizado”. (GÓMEZ, 1997, p. 98). Os processos de ensino e o currículo eram baseados em uma visão simplista e linear. Assim, a formação do professor não precisa muito mais que a aprendizagem de técnicas para serem aplicadas e domínio de conteúdos para serem transmitidos.

2 – O professor como prático autônomo

Com a intenção de superar o modelo linear e mecânico do conhecimento e da prática docente, é um profissional, comprometido com sua prática, que é permeada por reflexão e ação. O que é importante entendermos, acadêmicos, que não é possível definir e apresentar como se reflete, pois ela “não é apenas um processo psicológico individual, passível de ser estudado a partir de esquemas formais [...]. a reflexão implica a imersão consciente do homem no mundo da sua experiência”. (GÓMEZ, 1997, p. 103). Desse modo, a reflexão passa a ser uma prática constante no trabalho e na formação do professor.

*Compilação de texto de: BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; FAVERE, Juliana de. Teorias e Práticas do Currículo. Indaial: Uniasselvi, 2013. (p. 199-200)

Referência

GÓMEZ, Angel Pérez. O pensamento prático do professor - A formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, Antonio (org.). Os professores e a sua formação. 3 ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997.

 FUNÇÕES NO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DE ACORDO COM SACRISTÁN (2000) (*)

1 – O currículo prescrito como cultura comum: prescrições ligadas à ideia de um currículo comum para todos os alunos e integrantes da comunidade escolar, portanto, homogêneo para todas as escolas.

2 – O currículo mínimo prescrito e a Igualdade de oportunidades: possibilitam que seja oferecida a todos a igualdade de oportunidades em relação aos conhecimentos mínimos que o ensino obrigatório deve oferecer. No entanto, conforme Sacristán (2000), é preciso ter cuidado na regulação dos conteúdos mínimos ou currículo comum, para não cair na ingenuidade de acreditar que se cumprirá tal potencialidade pelo fato de ser regulada administrativamente, sendo necessário analisar o poder igualador e normatizador que o currículo prescrito conjuntura.

3 –   O currículo prescrito e a organização do saber dentro da escolaridade: são os conteúdos base da ordenação do sistema, estabelecendo a sequência de progresso pela escolaridade e pelas especialidades que o compõem. O progresso dentro da escolaridade seria a promoção dos alunos, ao ordenar o tempo de sua aprendizagem em ciclos ou em cursos.

4 – O currículo prescrito como via de controle sobre a prática de ensino: pré-condiciona o ensino, em torno de códigos que se projetam em metodologias concretas nas instituições educativas.

5 – Controle da qualidade: são as prescrições de um determinado currículo para que se torne um referencial de controle da qualidade do sistema educativo.

6 – Prescrição e meios que desenvolvem o currículo: os meios podem significar a autonomia profissional ou orientar a prática pedagógica através do controle do processo. Sacristán (2000) diz que quando os profissionais da educação organizam a sua prática ou quando realizam seus planos “têm dois referenciais imediatos: os meios que o currículo lhe apresenta com algum grau de elaboração, para que seja levado à prática, e as condições imediatas de seu contexto”.

7 – O formato do currículo: a organização do sistema escolar sobre as projeções das escolas e da prática de ensino, em seus aspectos de conteúdos e métodos, vai depender de determinantes históricos, políticos, de orientações técnicas e da própria valorização que se realiza sobre a função que o formato curricular deve cumprir. (SACRISTÁN, 2000).

*Compilação de texto de: BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; FAVERE, Juliana de. Teorias e Práticas do Currículo. Indaial: Uniasselvi, 2013. (p. 227)

Referências

SACRISTÁN, Gimeno. O Currículo uma reflexão sobre a prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A. I. Perez. Compreender e transformar o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

domingo, 6 de agosto de 2023

 RELEMBRANDO UM POUCO SOBRE NOSSO SISTEMA DE NUMERAÇÃO (Recortes de texto)

1º) Número e Numeral

Numeral é a forma usada para expressar um número. O numeral pode ser um símbolo gráfico, uma palavra ou um gesto.

Na linguagem comum, costumamos usar a palavra número no lugar da palavra numeral. Para representar um mesmo número, podemos usar numerais diferentes, por exemplo: sete, seven, VII, 7.

2ª) A palavra Algarismo

Vem do nome de um matemático árabe, Mohammed ibn Musa al-Khowarizmi, que escreveu e traduziu muitas obras matemáticas levadas pelos árabes para o Ocidente.

3º) O número Zero

Sem um símbolo para indicar a ausência de agrupamentos em determinada posição, fica difícil diferenciar registros feitos com os mesmos algarismos, como: 53, 503, 5003, etc.

Assim temos, o símbolo (o zero) para representar no número a ausência de unidades, dezenas, centenas etc. Cada posição à esquerda vale 10 vezes a posição imediatamente à direita.

4º) O termo Indo-arábico

O sistema de numeração que hoje usamos é conhecido como sistema de numeração decimal, ou indo-arábico.

Indo porque o antigo povo indiano foi seu criador, e arábico porque os árabes ajudaram a aperfeiçoá-lo e também foram os responsáveis por sua divulgação, principalmente na Europa.

5º) Sistemas de Numeração Decimal

Partindo da direita para a esquerda, cada algarismo corresponde a uma ordem. Separamos os algarismos da direita para a esquerda em grupos de três ordens forma uma classe.

As Características do Sistema decimal: usamos as quantidades de 1 a 9  (algarismos) para representa a escrita de números, sendo chamado de sistema decimal ou de base 10, ou seja, agrupamos de 10 em 10.

Com somente dez símbolos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 (algarismos) é possível registrar todos os números, pois o mesmo algarismo assume valor diferente de acordo com sua posição na escrita do número, como exemplo: 23 e 32; 12 e 21.