quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Benefícios e as limitações para a arte com a introdução da tecnologia. (Recortes de pensamentos)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Com o surgimento da tecnologia a arte passa a ser concebida como uma expressão criativa, deixando de ser idealizada como criação somente intelectual (genial), tornado-se assim, parte integrante da ciência e da técnica. “[...] As artes deixaram de ser concebidas como criação genial e passaram a ser expressões criativas”. “[...] As artes tornam-se inseparáveis da ciência e da técnica”. (VERÁSTEGUI, 2012, p. 103).
Dessa forma, ciência e técnica passam a ser possíveis fontes de soluções de problemas artísticos. Entretanto, ao mesmo tempo em que a tecnologia aliada à ciência e técnica, possibilitava a busca pela solução de problemas, tornava o homem em uma espécie de máquina técnica, “Heidegger critica a técnica e argumenta que o próprio ser humano é jogado para dentro do projeto técnico-maquinador, que transforma o mundo humano em um universo técnico aprisionador”. (VERÁSTEGUI, 2012, p. 103).
E, dentro desse contexto, as tecnologias acabam mudando a própria visão do que é arte, além de dar novas formas para a mesma, e consequentemente, favorecendo o acesso, “[...] o desenvolvimento de tecnologias reprodutivas mudou a percepção do espectador, e, de alguma maneira, democratizou a arte e a tornou mais acessível”. (VERÁSTEGUI, 2012, p. 103).
Nesse sentido podemos lembrar o caso das superproduções de filmes e a televisão juntamente com o aparelho de DVD, que favorecem esse acesso, dentre outros, mas, por outro lado, com a tecnologia há um distanciamento do artista para com seu público, que é o caso do teatro, onde: “[...] O ator perde contato com o público, já não é a peça de teatro, por isso, aparentemente, o filme banaliza a atuação, torna-se uma imagem unicamente, um simples acessório”. (VERÁSTEGUI, 2012, p. 106).
Referências

VERÁSTEGUI, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética. São Luís: UemaNet, 2012.
Relação da tecnologia no ensino de arte (Recortes de pensamentos)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
A tecnologia pode proporcionar tanto benefícios, quanto empecilho dentro do processo de ensino da arte, isso porque, todo o aparato tecnológico (que vai deste a mais simples, uma folha de papel, por exemplo, até a mais sofisticada, nesse caso podemos citar as tecnologias da informação e comunicação que está ligada com o processo educacional, dentre outros exemplos), pode contribuir com um processo educacional mais participativo, colaborativo e cooperativo.
É claro que o educador deve buscar acompanhar o avanço tecnológico para direcionar o uso desses recursos de forma coerente, por ele e também pelos alunos, de maneira a dominar a tecnologia, e não ser dominado por ela (ou mesmo atrapalhado), de forma a fazer da tecnologia, uma aliada para contribuir com o processo de ensino e aprendizagem, dentro de um contexto dinâmico e lúdico.
Mas por outro lado, toda essa técnica proporcionada pela tecnologia, pode atrapalhar, pois com o avanço tecnológico, “A técnica passa a exercer imenso poder sobre a sociedade, porque ela está a serviço dos grupos dominantes ou economicamente mais fortes da sociedade. A racionalidade da técnica identifica-se então com a racionalidade destes grupos dominantes”. (VERÁSTEGUI, 2012, p. 109).
Portanto, nessas condições, pode ocorrer o mau uso desses recursos, modelar o cotidiano e influenciar a campo da cultura e provocar simplesmente um sentimento de bem de consumo, dentro de um artículo industrial, podendo provocar a falta de consciência crítica no educando, e em consequência, deixando-o sem um pensamento próprio e sim dentro da ideologia do grupo dominante.
Referências
VERÁSTEGUI, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética. São Luís: UemaNet, 2012.
Domínio indústria cultural na atualidade X as ações educativas para formação consciente e crítica. (Recortes de pensamentos)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
A Indústria Cultural, na atualidade, ainda domina a cultura e exerce grande influencia na vida cotidiana da população, principalmente no que diz respeito à formação de opinião ideológica de valores estéticos e do consumo de produtos, sobretudo, por meio das programadas através das mídias, as quais provocam em muitos jovens o conflito de identidade (a exemplo, temos a questão relacionada à imitação de personalidades – onde muitos jovens imitam jogadores e jogadoras, cantores e cantoras, atores e atrizes, dentre outros; além é claro, da compra de produtos que essas celebridades anunciam em propagandas, não só estéticos, também de moda, músicas, filmes, etc.).
Diante desse panorama, uma das ações a ser desenvolvida, é o trabalho educativo filosófico, dentro e fora do ambiente educacional, de maneira que venha ajudar os educandos (e sua família), a encontrar a sua própria identidade. Dessa forma, o educador, deve buscar e provocar os avanços nos alunos, levando sempre em conta a sua realidade e ao mesmo tempo, reforçar a capacidade crítica do educando, substituindo a coibição e a proibição, por uma educação, a partir da regulagem das ações e reações originadas pelos sonhos e desejos, é claro, que dentro de uma ação conjunta, entre todos os agentes que formam a comunidade escolar. (dentre desse trabalho podem ser desenvolvidas atividades de: palestras, seminários, oficinas, atividades culturais, esportivas e interdisciplinares).
 Referências
VERÁSTEGUI, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética. São Luís: UemaNet, 2012.
A relação de verdade e arte nos dois grandes momentos de teorização da arte: na arte poética e na arte estética. (Recortes de pensamentos)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
A Arte Poética dentro de seu desenvolvimento se direcionou para as coisas produzidas pelos seres humanos, retratando o imaginário, e em especial a tragédia, pautadas pelas paixões dos personagens, do sentimento, se apresentado também, como um papel pedagógico de moralidade da própria arte, mas que de alguma forma, em momentos se afastava da verdade.
Para Platão, a poesia afasta-se da verdade. O poeta copia e ao relatar façanhas ele canta a cópia, que se converte num remedo ou sombra da verdade”. (VERÁSTEGUI 2012, p. 90). Por outro lado a mesma tem sua relação com a expressão da verdade, “Porque a poesia desoculta o ente; a essência da arte é a poesia e a essência da poesia é instaurar a verdade”. (VERÁSTEGUI 2012, P. 93)
A Arte Estética tem seu significado relacionado ao conhecimento sensorial, experiência e sensibilidade, e, tem como finalidade a contemplação: do lado do artista, a busca do belo, sendo caracterizado por três condições fundamentais: integridade ou perfeição, proporção ou harmonia, claridade ou luminosidade, sem se preocupar sobre a sua utilidade ou mesmo se é agradável; e, do lado do público, a apreciação e julgamento do valor de beleza alcançado pela obra, e nesse contexto, o belo às vezes, torna-se diferente do verdadeiro.
Entretanto, a verdade dentro da visão estética, em sua singularidade (a beleza) é manifestada pelo entendimento a partir da abstração e do desvelar do próprio ser, “A obra de arte incorpora primeiro a verdade e depois a beleza. Na medida em que a obra de arte aparece como a obra que é, também pode manifestar o ser de um ente”. (VERÁSTEGUI 2012, p. 95).
Referências
VERÁSTEGUI, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética. São Luís: UemaNet, 2012.
Contribuições da Bioética e dos códigos de Nuremberg e Helsinque
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Atualmente, a bioética vem ganhando espaço cada vez mais no mundo acadêmico nas diversas áreas do conhecimento pela sua forma de contribuir, na criação de espaços de debates e reflexões para o qual convergem preocupações e interesses capazes de organizar privilegiados campos interdisciplinares, multi e transdisciplinares. “Ela é essencialmente multi e transdisciplinar, isto é, a incorporação da visão ética de uma disciplina nas outras e vice versa”. (SAKAMOTO, 2012, p. 99). E, diante da dinâmica acelerada das transformações do sistema social, das mudanças de valores das sociedades e do avanço científico e globalizado tenta a partir da reflexão: “[...] equacionar valores, frequentemente em conflito, implicando em opção, segue-se que deve haver liberdade para opção com a assunção da devida responsabilidade”. (SAKAMOTO, 2012, p. 100).
A pessoa humana é o fundamento de toda reflexão da Bioética, e sua qualidade deve ser preservada. É assegurado a todos os seres humanos a dignidade que deve ser respeitada, independentemente, não reduzi-los à estas características genéticas, sendo imperativo não manipulá-los inescrupulosamente, respeitando a singularidade do genoma de cada ser humano. (SAKAMOTO, 2012, p. 101).
Nesse contexto, a bioética surge como um campo de reflexão no qual busca estabelecer discussões capazes de auxiliar no momento de fazer escolhas e avaliar opções para uma ação mais coerente, ou seja, um campo que permita a reflexão sobre as formas de manusear, redefinir ou mesmo reinventar, o progresso científico, dentro de um sistema de valores que venha orientar toda a sociedade para um real progresso e desenvolvimento orientado para haja uma interação com o meio ambiente de forma organizada com liberdade e ao mesmo tempo com responsabilidade, justiça e igualdade social.
Referente ao Código de Nuremberg tornou-se um documento específico com normas éticas para pesquisa médica com seres humanos influenciado do julgamento dos crimes cometidos pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial, e observa-se que “[...] serviu de norteador para as diretrizes que regem a pesquisa científica, em especial a que envolve seres humanos, com a finalidade de evitar abusos”. (SAKAMOTO, 2012, p. 105). E, a Declaração de Helsinque apresentou, “[...] princípios básicos, onde expõe a responsabilidade e as precauções que devem ser tomadas na pesquisa envolvendo seres humanos, salientando os riscos e a avaliação das consequências” (SAKAMOTO, 2012, p. 108), tornando-se normas adicionais ao Código de Nuremberg que foram elaboradas pela Associação Médica Mundial.
O que se observa, é que a bioética, juntamente com os códigos de Nuremberg e Helsinque, fazem parte da ética que é aplicada  às questões relacionadas ao avanço das ciências biológicas e também da medicina, e dentro das questões éticas surge a investigação que envolve a interação com a filósofia, que contribui para as reflexões de dilemas morais e problemas relacionados às condutas sociais do ser humano e da manipulação e uso da ciência (dentre outros) com os quais nos defrontamos na sociedade, a exemplo temos as questões relacionadas: ao aborto, à reprodução humana assistida, transplante de órgãos e eutanásia.
Referências
Bioética. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br/textos.htm. Acessado em maio de 2012.
BOCCATTO, Marlene. A importância da bioética. Disponível em: http://www.geneticanaescola.com.br/ano2vol2/03.pdf. Acessado em maio de 2012.
SAKAMOTO, Bernardo Alfredo Mayta. Ética. São Luís: UemaNet, 2012.