VISÃO CRÍTICA DO PAPEL DO PLANEJAMENTO NA DINÂMICA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PELO EDUCANDO
O ensino é o principal meio de
progresso intelectual dos alunos, através dele é possível adquirir
conhecimentos e habilidades individuais e coletivas. Por meio do ensino, o
professor transmite os conteúdos de forma que os alunos assimilem esse
conhecimento, auxiliando no desenvolvimento intelectual, reflexivo e crítico.
Por meio do processo de ensino
o professor pode alcançar seu objetivo de aprendizagem, essa atividade de
ensino está ligada à vida social mais ampla, chamada de prática social,
portanto o papel fundamental do ensino é mediar à relação entre indivíduos,
escola e sociedade.
Percebemos muitas vezes, que a
maioria dos professores encontram dificuldades em planejar suas aulas, devido
ao fato de muitas vezes não ter formação teórica metodológica necessária para
compreender a verdadeira importância do ato de planejar em sua prática
pedagógica.
Na visão de Oliveira (2007, p. 21),
[...] o ato de planejar
exige aspectos básicos a serem considerados. Um primeiro aspecto é o
conhecimento da realidade daquilo que se deseja planejar, quais as principais
necessidades que precisam ser trabalhadas; para que o planejador as evidencie
faz-se necessário fazer primeiro um trabalho de sondagem da realidade daquilo
que ele pretende planejar, para assim, traçar finalidades, metas ou objetivos
daquilo que está mais urgente de se trabalhar.
Planejar é o ato de organizar
ações a fim de que estas sejam bem elaboradas e aplicadas com eficiência, se
possível, nos momentos relacionados da ação ou com quem se age. Por isso, para
planejar bem é necessário conhecer para quem se está planejando, no caso, o
professor deve conhecer a turma com que trabalha e mais, o aluno com quem
trabalha. Quanto mais se conhece, melhor se planeja e se obtêm melhores
resultados. Para Luckesi, (2011, p. 125), “Planejar significa traçar
objetivos, e buscar meios para atingi-los”.
Logo, entendemos que, para que haja planejamento
são necessárias ações organizadas entre si, às quais correspondem ao desejo de
alcançar resultados satisfatórios em relação aos objetivos traçados. Em relação
a isso, Holanda apud Luckesi (2011, p.19) afirma que:
Podemos definir o
planejamento como a aplicação sistemática do conhecimento humano para prever e
avaliar cursos de ação alternativos, com vista a tomada de decisões adequadas e
racionais, que sirvam de base para a ação futura. Planejar é decidir
antecipadamente o que deve ser feito, ou seja, um plano é uma linha de ação pré-estabelecida.
Uma aprendizagem significativa
resulta de uma educação de qualidade que vem de acordo com as necessidades do
aluno e afirmamos também que a educação de qualidade só se faz com a construção
do conhecimento, a partir de ações voltadas para o desenvolvimento cultural do
aluno.
SANT’ANA (1986. p. 26) o planejamento é
dividido em três etapas:
A
primeira é a preparação ou estruturação do plano de Trabalho Docente: Esta etapa é onde o
professor prevê como será desenvolvido o seu trabalho durante certo período. O
professor relaciona os conteúdos que serão trabalhados e como serão
trabalhados, ou seja, busca uma metodologia adequada, recursos didáticos e
tecnológicos que contribuam para melhor desenvolvimento dos conteúdos. Na
sequência é determinado os objetivos a serem alcançados, viabilizando
estratégias para que no decorrer do trabalho os objetivos sejam atingidos,
A
segunda etapa é o desenvolvimento do plano de trabalho: neste momento as ações
que foram organizadas durante a elaboração do planejamento são colocadas em
prática, para que o processo ensino aprendizagem sejam efetivados. O trabalho é
direcionado e constante por parte do professor, para que o aluno construa seu
conhecimento ou transforme o conhecimento existente passando do senso comum, em
um conhecimento organizado e sistematizado.
A terceira etapa é a do
aperfeiçoamento:
Esta etapa envolve a verificação para perceber até que ponto os objetivos
traçados foram alcançados. Neste momento de avaliação é que se fazem os ajustes
na aprendizagem de acordo com os acertos dos alunos e as necessidades dos
mesmos.
Referências
DALMÁS,
Ângelo. Planejamento Participativo na
Escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. 12 ed. Petrópolis: Vozes,
1994.
LIBÂNEO,
J.C. Didática. São Paulo: Cortéz,
1994.
LIBÂNEO,
José Carlos. Didática. São Paulo:
Cortez, 1992.
LUCKESI,
Cipriano C. Avaliação educacional
escolar: para além do autoritarismo. ANDE, Revista da Associação Nacional
de Educação, n. 10, São Paulo, 1986.
OLIVEIRA,
Alaíde. Nova Didática. Belo
Horizonte: EDDAL, 1973.
PARRA,
Nelio. Planejamento de Curículo. Revista Escola, nº 5, São Paulo, Abril,
1972.
MASETTO,
Marcos. Didática a Aula como Centro.
São Paulo: F.T.D, 1997.