terça-feira, 6 de março de 2018

VIRTUDE (ARISTÓTELES) X VIRTÚ (MAQUIAVEL)
O conceito de Virtude para Aristóteles
A Virtude para Aristóteles é um acondicionamento com predisposição para um comportamento estável em relação à prática do bem, é o desenvolvimento do comportamento humano que está acima de aptidões ou mesmo uma potencialidade para a realização de uma determinada boa ação, ou seja, é um hábito de ordem de disposição e que se trata de uma grande e verdadeira inclinação constante do ânimo para a realização do bem, que está intimamente ligado à vontade e ao mesmo tempo à moral e bons costumes.
O conceito de Virtú para Nicolau Maquiavel
Para Nicolau Maquiavel Virtú é a capacidade no qual permite ao príncipe ser flexível a determinada circunstância, transformando-a de maneira que permita ao mesmo agarrar e ao mesmo tempo dominar a fortuna, ou seja, de acordo com as necessidades uma determinada circunstância poderia se tomar decisões dentro de uma inconstância, podendo o mesmo, mudar com a sorte, devendo assim tomar decisões de maneira instável, ser cruel ou generoso, menti ou ser honrado, ceder à vontade dos outros ou ser inflexível.
Virtude (Aristóteles) versus Virtú (Nicolau Maquiável)
O que se observa, é que enquanto para Aristóteles a Virtude é um acondicionamento adquirido de forma voluntária, que consiste em atitudes ponderadas definidas pela razão em consonância com a boa conduta moral, Nicolau Maquiavel idealiza Virtú como atitudes de esperteza e habilidade para adaptar-se às circunstâncias e aos tempos, com tomadas de decisões, sem se preocupar com a ética e moral, buscando atingir resultado favorável para si, independente se as ações condizem com a boa conduta ou não.
Referências
A virtude segundo o filósofo Aristóteles. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/philosophy/1857340-virtude-segundo-fil%C3%B3sofo-arist%C3%B3teles/>. Acessado em: fev. 2012.
LEAL, Djaci Pereira. A virtude em Aristóteles e Sêneca. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/6278591/Etica-01-a-Virtude-Em-Aristoteles-e-Seneca>. Acessado em: fev. 2012.
NASCIMENTO, Valdirene Santos. A Fortuna e a Virtù de Nicolau Maquiavel intrínsecas na atuação dos profissionais de relações internacionais do século XXI. Disponível em: <http://www.fsa.br/santoandre/upload/arquivo/Proj.Embri%E3o_III.pdf>. Acessado em: fev. 2012.
Ribeiro, Paulo Silvino. Maquiavel e a autonomia da política.  Disponível em: <http://www.brasilescola.com/sociologia/ciencia-politica-maquiavel.htm>. Acessado em: fev. 2012.
PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DAS PROPOSTAS POLÍTICAS DA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (AIB)
Ação Integralista Brasileira (AIB) desenvolvidas na terceira década do século XX, fundada em 1932 pelo escritor Plínio Salgado, teve suas bases fundamentadas em valores morais, religiosos, e em ideais nacionalistas, e, tinha como lema: “Deus, Pátria e Família”, e que representava também suas principais concepções filosóficas que buscava superar o materialismo que vinha atrofiando as potencialidades dos indivíduos em função do sentimento de competição difundido pelos regimes democratas liberais e da homogeneização das sociedades comunistas, como cita Silva (artigo online, 2005):
Para os defensores do integralismo brasileiro o futuro não pertencia à democracia-liberal e a experiência soviética era execrável, portanto, diferentes modalidades de tipo nacionalista (fascismo, nazismo e integralismo) deveriam triunfar. Porém, a carga simbólica existente em cada sociedade daria os aspectos exteriores e interiores desses regimes. Dever-se-ia pensar em um regime que respeitasse as características histórico-culturais do Brasil e que fosse essencialmente nacionalista. 
Dentro das concepções filosóficas que o grupo defendia temos; a espiritualista cristã, que tinha como definição o progresso moral como a finalidade superior do ser humano ao qual tem seu destino dirigido somente por Deus; que o homem deve praticar sempre as virtudes que o eleva e o aperfeiçoa, prática que deve ser realizada para com os outros e consigo mesmo; e que o valor do homem é medido pelo seu trabalho e principalmente pelo sacrifício que o mesmo tem em favor da família, da Pátria e também da Sociedade na sua totalidade.
No Manifesto de outubro de 1932, Plínio Salgado expõe com clareza seus propósitos para o Brasil. Para o autor: “A Nação Brasileira deve ser organizada, una, indivisível, forte, poderosa, rica, próspera e feliz. Para isso precisamos de que todos os brasileiros estejam unidos.” (GONÇALVES, 2009, p. 124).
Tais concepções tinham como objetivo (entre outros), o de proporcionar o desenvolvimento de cooperação entre os homens (capaz de propiciar uma nova mentalidade e um novo homem) e entre todos os seguimentos que formam a sociedade, e ao mesmo tempo construísse um Estado Integral e alicerçado a partir dos princípios de hierarquia, unidade, ordem, disciplina e de solidariedade cristã, de maneira que o Estado se tornaria agente transformador da sociedade, tendo o mesmo, a função de organizar, de manter e distribuir justiça e equilíbrio da sociedade.
No discurso de Plínio Salgado, o ponto de destaque é a defesa do nacionalismo, em que o autor não aceita a existência de uma dependência cultural, realiza uma grande luta ideológica contra a ameaça imperialista cosmopolita que cerca o Brasil e para isso cria um movimento nacionalista. (GONÇALVES, 2009, p. 122).
O que se observa com base no contexto histórico é que o projeto político da Ação Integralista Brasileira (AIB) tinha como princípio ideológico a “Revolução do Espírito” que vinha aliceçada dentro de numa proposta que se propunha realizar uma reforma moral cristã, juntamente como propostas políticas de um discurso em defesa do sentimento de responsabilidade e de Nacionalismo no intuito de criar um Estado forte e com uma identidade própria.
Referência
GONÇALVES, Leandro Pereira. A intelectualidade integralista: nacionalismo e identidade na literatura de Plínio Salgado. Artigo recebido em 18 de setembro de 2009 e avaliado em 01 de dezembro de 2009. Disponível em: http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/locus/article/viewFile/923/793. Acessado em: jul. 2012.
JUNIOR, Antonio Gasparetto. Integralismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/integralismo/. Acessado em: jul. 2012.
OLIVEIRA Flavio dos Santos. Reflexões sobre o integralismo em cachoeiro de Itapemirim: contribuições para a compreensão da expansão integralista no espaço brasileiro. Disponível em: http://www.historia.ufes.br/sites/www.historia.ufes.br/files/FLAVIO%20DOS%20SANTOS%20OLIVEIRA%201.pdf. Acessado em: jul. 2012.

SILVA, Rogério Souza. A política como espetáculo: a reinvenção da história brasileira e a consolidação dos discursos e das imagens integralistas na revista Anauê! Artigo recebido em 03/2005. Aprovado em 10/2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882005000200004&script=sci_arttext. Acessado em: jul. 2012.

http://www.historia.ufc.br/admin/upload/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Rameres.pdf. Acessado em: jul. 2012.

Triângulo: conceito, elementos e classificação


EXPLICAÇÃO FILOSÓFICA ACERCA DO CONHECIMENTO (Tópicos comparativos)

1. Homem X Conhecimento
RACIONALISMO - Descartes: É uma substância essencialmente pensante.
EMPIRISMO - Locke: A mente é uma tábula rasa.
CETICISMO – Hume: Não crê na possibilidade do conhecimento.

2. Fonte / Origem do conhecimento
RACIONALISMO - Descartes: O intelecto humano é uma fonte de conhecimento e procede de duas fontes fundamentais do espírito: a 1ª é o poder de receber representações (receptividade ou sensibilidade) a 2ª, o de conhecer por meio dessas representações (espontaneidade dos conceitos ou entendimento).
EMPIRISMO - Locke: A origem de todo o conhecimento, advém da experiência e é condicionada por ela.
CETICISMO – Hume: Nossas percepções estão pautadas nas impressões e ideias, respectivamente as ideias são cópias de impressões.

3. Como ocorre o conhecimento
RACIONALISMO - Descartes: A dúvida é o primeiro passo para se chegar a verdade. O conhecimento da verdade só é possível de início, se colocarmos tudo o que conhecemos em dúvida, questionando para criteriosamente.
EMPIRISMO - Locke: Ocorrer através de experiências e não por deduções ou especulações.
CETICISMO – Hume: Todos os objetos do conhecimento se dividem em ralações de ideias e de quentões de fato (baseado em causa e efeito).

4. Sentido X Razão
RACIONALISMO - Descartes: A intuição e a dedução são faculdades essenciais da razão humana.
EMPIRISMO - Locke: Não há nada na mente que antes não tenha passado pelos sentidos.
CETICISMO – Hume: Reconhece que os sentidos podem enganar e que, por isso, a sua informação deve ser apoiada com a razão.

5. O que são as ideias
RACIONALISMO - Descartes: Os problemas filosóficos podem ser resolvidos quando fazemos exame do intelecto e coloca-se ordem nas ideias
EMPIRISMO - Locke: Constituem o material primitivo e fundamental do conhecimento.
CETICISMO – Hume: As impressões de ideias se baseiam em três princípios: semelhança, contiguidade (de tempo ou de lugar) e causa ou efeito (ou causação).

REFERÊNCIAS

DUTRA, Luiz Henrique de Araújo. Teoria do conhecimento. Florianopolis: UEMANET, 2008.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC

01. O QUE É?
É o documento que define os conhecimentos essenciais que todos os alunos da Educação Básica têm o direito de aprender, e que observada na elaboração e implementação de currículos das redes públicas e privadas, urbanas rurais.
a) Referência nacional e obrigatória para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos entes federados e das propostas pedagógicas das escolas.
b) Define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica;
c) Busca assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

02. BNCC E OS CURRÍCULOS
As redes e escolas seguem com autonomia para elaborar, por meio do currículo, metodologias de ensino, abordagens pedagógicas e avaliações, incluindo elementos da diversidade local e apontando como os temas e disciplinas se relacionam. A BNCC e os currículos têm, portanto, papeis complementares: a Base dá o rumo da educação, mostrando aonde se quer chegar, enquanto os currículos traçam os caminhos.

03. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS
a) Desenvolvimento de competências – as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências;
b) O compromisso com a educação integral - a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global.

04. COMPETÊNCIAS DA BNCC
As dez Competências da BNCC são definidas como a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, no pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

05. ESTRUTURA DA BNCC (Educação Infantil ao Ensino fundamental)

Competências gerais
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Direitos de aprendizagem
e desenvolvimento
Campos de experiências
0 - 1a6m
1a7m - 3a
4a - 5a11m
Objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento
Áreas de conhecimento
Competências específicas
de área
Componentes curriculares
Competências específicas
de componente
Anos Iniciais |  Anos Finais
Unidades
temáticas
Objetos de
conhecimento
Habilidades

06. ETAPA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA BNCC
a) A etapa da Educação Infantil integra a Educação Básica a partir da LDB nº 9.394/96;
b) Compreende a faixa etária de 0 a 5 anos a partir de 2006;
c) Torna-se obrigatória para crianças de 4 e 5 anos a partir da Emenda Constitucional nº 59/2009;
d) A etapa da Educação Infantil integra atualmente a Educação Básica.

Organização Curricular da Educação Infantil
a) Direitos de aprendizagem e desenvolvimento: Conviver; Brincar; Participar; Explorar; Expressar; e, Conhecer-se.
b) Campos de experiência: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; e,  Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
Os objetivos estão organizados em três grupos por faixa etária e correspondem às possibilidades de aprendizagem e às características do desenvolvimento das crianças: Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental; e, Busca garantir integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crianças.

Sínteses de aprendizagem
Objetivos esperados em cada campo de experiências, ou seja, elemento balizador e indicativo do que o aluno aprendeu na etapa da Educação Infantil.

07. ETAPA DO ENSINO FUNDAMENTAL NA BNCC
a) Atende estudantes entre 6 e 14 anos;
b) Duração de 9 anos Resolução CNE/CEB nº 07/2010;
c) Divide-se em duas fases: Anos Iniciais e Anos Finais;
d) Compreende as seguintes áreas: Linguagem, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso;
e) Estabelece competências para cada área.

Ensino Fundamental Anos Iniciais
a) A BNCC do Ensino Fundamental Anos Iniciais valoriza a articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil, prevendo a sistematização com as novas formas de relação com o mundo;
b) A prática pedagógica se organiza em torno dos interesses manifestos pela crianças, das vivências  tendo como foco a alfabetização.
c) A progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e outras.
d) A elaboração dos Currículos a partir da BNCC deve considerar a continuidade das aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental.

Ensino Fundamental Anos Finais
a) É importante ainda o fortalecimento da autonomia dos adolescentes para acessar e interagir criticamente com os diferentes conhecimentos e fontes de informação;
b) A Escola nos Anos Finais deve incentivar os jovens no sentido da continuidade dos estudos no Ensino Médio, visando o desenvolvimento pessoal e social.
c) A organização dos componentes curriculares deve retomar e resinificar as aprendizagens do Ensino Fundamental Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas.

Referência
BNCC. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/. Acessado em: 01/03/2018.
Material de Apoio BNCC. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/materiais-de-apoio/. Acessado em: mar. 2018.