PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DAS PROPOSTAS POLÍTICAS DA
AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (AIB)
Ação Integralista Brasileira (AIB) desenvolvidas na
terceira década do século XX, fundada
em 1932 pelo escritor Plínio Salgado, teve suas bases
fundamentadas em valores morais, religiosos, e em ideais nacionalistas, e,
tinha como lema: “Deus, Pátria e Família”, e que representava também suas
principais concepções filosóficas que buscava superar o materialismo que vinha
atrofiando as potencialidades dos indivíduos em função do sentimento de
competição difundido pelos regimes democratas liberais e da homogeneização das
sociedades comunistas, como cita Silva (artigo online, 2005):
Para
os defensores do integralismo brasileiro o futuro não pertencia à
democracia-liberal e a experiência soviética era execrável, portanto,
diferentes modalidades de tipo nacionalista (fascismo, nazismo e integralismo)
deveriam triunfar. Porém, a carga simbólica existente em cada sociedade daria
os aspectos exteriores e interiores desses regimes. Dever-se-ia pensar em um
regime que respeitasse as características histórico-culturais do Brasil e que
fosse essencialmente nacionalista.
Dentro das concepções filosóficas que o grupo
defendia temos; a espiritualista cristã, que tinha como definição o progresso
moral como a finalidade superior do ser humano ao qual tem seu destino dirigido
somente por Deus; que o homem deve praticar sempre as virtudes que o eleva e o
aperfeiçoa, prática que deve ser realizada para com os outros e consigo mesmo;
e que o valor do homem é medido pelo seu trabalho e principalmente pelo
sacrifício que o mesmo tem em favor da família, da Pátria e também da Sociedade
na sua totalidade.
No Manifesto de
outubro de 1932, Plínio Salgado expõe com clareza seus propósitos para o
Brasil. Para o autor: “A Nação Brasileira
deve ser organizada, una, indivisível, forte, poderosa, rica, próspera e feliz.
Para isso precisamos de que todos os brasileiros estejam unidos.”
(GONÇALVES, 2009, p. 124).
Tais concepções tinham como objetivo (entre
outros), o de proporcionar o desenvolvimento de cooperação entre os homens
(capaz de propiciar uma nova mentalidade e um novo homem) e entre todos os
seguimentos que formam a sociedade, e ao mesmo tempo construísse um Estado
Integral e alicerçado a partir dos princípios de hierarquia, unidade, ordem,
disciplina e de solidariedade cristã, de maneira que o Estado se tornaria
agente transformador da sociedade, tendo o mesmo, a função de organizar, de
manter e distribuir justiça e equilíbrio da sociedade.
No discurso de Plínio
Salgado, o ponto de destaque é a defesa do nacionalismo, em que o autor não
aceita a existência de uma dependência cultural, realiza uma grande luta ideológica
contra a ameaça imperialista cosmopolita que cerca o Brasil e para isso cria um
movimento nacionalista. (GONÇALVES, 2009, p. 122).
O que se observa com base no contexto
histórico é que o projeto político da Ação Integralista Brasileira (AIB) tinha
como princípio ideológico a “Revolução do Espírito” que vinha aliceçada dentro
de numa proposta que se propunha realizar uma reforma moral cristã, juntamente
como propostas políticas de um discurso em defesa do sentimento de
responsabilidade e de Nacionalismo no intuito de criar um Estado forte e com
uma identidade própria.
Referência
GONÇALVES,
Leandro Pereira. A intelectualidade
integralista: nacionalismo e identidade na literatura de Plínio Salgado.
Artigo recebido em 18 de setembro de 2009 e avaliado em 01 de dezembro de 2009.
Disponível em:
http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/locus/article/viewFile/923/793.
Acessado em: jul. 2012.
JUNIOR,
Antonio Gasparetto.
Integralismo.
Disponível em: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/integralismo/.
Acessado em: jul. 2012.
OLIVEIRA
Flavio dos Santos. Reflexões sobre o
integralismo em cachoeiro de Itapemirim: contribuições para a compreensão
da expansão integralista no espaço brasileiro. Disponível em:
http://www.historia.ufes.br/sites/www.historia.ufes.br/files/FLAVIO%20DOS%20SANTOS%20OLIVEIRA%201.pdf.
Acessado em: jul. 2012.
SILVA, Rogério Souza. A política como espetáculo: a reinvenção da história brasileira e a consolidação dos discursos e
das imagens integralistas na revista Anauê! Artigo recebido em 03/2005.
Aprovado em 10/2005.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882005000200004&script=sci_arttext.
Acessado em: jul. 2012.
http://www.historia.ufc.br/admin/upload/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Rameres.pdf.
Acessado em: jul. 2012.
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