A ALEGORIA DA CAVERNA (PONTOS REFLEXÕES 2)
Prof. Esp. Francisco
das C. M. dos Santos
1. O que o interior da
caverna representa e o que significa viver numa caverna acorrentado e sempre
olhando sombras projetadas numa parede?
Os prisioneiros julgam que
essas sombras sejam a realidade. O mito
da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz
respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de
superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto
visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é
racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na
causalidade. Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da
consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e
pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade
está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da
ignorância, no mundo das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens
(eikasia), as quais são mutáveis, não são funcionais e, por isso, não são
objetos de conhecimento.
2. O que significa sair da caverna e por que essa saída é acompanhada de tanto esforço, dor e sacrifício?
2. O que significa sair da caverna e por que essa saída é acompanhada de tanto esforço, dor e sacrifício?
O sair da caverna pode-se
considerar sendo o encontro com o mundo das ideias, é como se alcançasse um
mundo externo, onde a visão seria mais intensa, globalizada e ampliada, não
mais a apreensão de imagens das coisas sensíveis, de maneira a atingir o
conhecimento (episteme) rompendo com a inércia da ignorância (agnosis).
Entretanto, essa descoberta que nos fascina, pode vir acompanhado de
dificuldades e obstáculos, no que se refere ao julgamento das coisas em
verdadeira realidade ou ilusão do senso comum projetada pela apreensão das
imagens, e que pode ocasionar conflitos (dor e sacrifício) e necessidade da
busca por uma superação (esforço), além de ser necessário se adaptar a essa
nova realidade e de compreendê-la numa totalidade, não sendo mais de maneira
limitada.
3. O que significa voltar à caverna, após ter visto o mundo exterior?
Numa visão filosófica pode-se considerar que é ficar de costas à realidade, após tê-la vislumbrado e voltar a enxergar o mundo das coisas sensíveis, é voltar a ficar acorrentado à inércia da ignorância, voltando ao acostume de antes e viver a sombras de outros homens. Voltando a viver e sofre novamente todas as ilusões de antes, ou seja, é volta à condição humana a partir do senso comum com apreensão de imagens imutáveis, que não são funcionais e, por isso, não são elementos de conhecimento, vivendo no acaso, sem leva em consideração a visão de mundo baseada na explicação das idéias de forma racional (lógica), sistemática e organizada, que são essenciais para adquirir consciência da própria e fundamentar a tomada de decisões e do agir de maneira ativa e consciente.
3. O que significa voltar à caverna, após ter visto o mundo exterior?
Numa visão filosófica pode-se considerar que é ficar de costas à realidade, após tê-la vislumbrado e voltar a enxergar o mundo das coisas sensíveis, é voltar a ficar acorrentado à inércia da ignorância, voltando ao acostume de antes e viver a sombras de outros homens. Voltando a viver e sofre novamente todas as ilusões de antes, ou seja, é volta à condição humana a partir do senso comum com apreensão de imagens imutáveis, que não são funcionais e, por isso, não são elementos de conhecimento, vivendo no acaso, sem leva em consideração a visão de mundo baseada na explicação das idéias de forma racional (lógica), sistemática e organizada, que são essenciais para adquirir consciência da própria e fundamentar a tomada de decisões e do agir de maneira ativa e consciente.
Referência
RIBEIRO, Luís Felipe
Bellintani. História da filosofia I.
Florianópolis: EaD/UFSC, 2008.