domingo, 6 de julho de 2014

REFORMA E CONTRA REFORMA: SEMELHANÇA E DIVERGÊNCIAS NA AÇÃO PEDAGÓGICA
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
1 Semelhança na ação pedagógica
Uma ação pedagógica vista na reforma é o olhar para ascensão de uma cultura escrita e a difusão da educação para fora dos mosteiros que se pode considerar semelhante à ação pedagógica da Companhia de Jesus, praticada na contra reforma, ao qual, foram utilizados trabalhos voltados à cultura letrada, e a difusão do espaço escolar “os jesuítas fundaram muitas escolas [...]” (BARBOSA, p. 32) 
O que se observa é que a reforma e contra reforma, direcionaram uma ação pedagógica voltada para um pensamento educativo de difusão do processo de aprendizagem numa linha direcional de realização no contexto da salvação. Tendo também de ações voltadas um pouco mais para classes populares como vista na educação elementar (a exemplo temos na educação voltada para os colonos e aos índios, educação média aos homens da classe dominante, na contra reforma) e ensino superior (em ambas).
2 divergência na ação pedagógica
A reforma buscava valorizar as escrituras sobre a tradição religiosa, considerando a base cultural e possibilitasse ser introduzido o conhecimento na sociedade, sua utilidade na ação divina, bem como nas ciências humanas; enquanto que a contra reforma procurava preparar o individuo a compreensão dos valores espirituais cristãos, tendo como base a formação humanística sem intenções para a economia brasileira, baseada na agricultura rudimentar.
[...] o espírito da Contra-Reforma, apego às formas dogmáticas de pensamento, pela revalorização da escolástica, pela prática de exercícios intelectuais, com a finalidade de robustecer a memória e capacitar o raciocínio para fazer comentários de textos, e o desinteresse, quase que total, pela ciência e a repugnância pela atividade técnica e artística. (ROMANELLI Apud BARBOSA, 2010, p. 32)
Nesse contexto, o que observamos, na ação pedagógica da contra reforma, é a defesa ao apego às formas dogmáticas de pensamento, revalorização da escolástica, prática de exercícios intelectuais, com a finalidade de robustecer a memória e capacitar o raciocínio para fazer comentários de textos, e o desinteresse, quase que total, pela ciência e a repugnância pela atividade técnica e artística. Por outro lado, a Reforma propunha a substituição do currículo acadêmico por um enciclopédico, com disciplinas científicas e o ensino seriado.
Referência
BARBOSA, Maria Simara Torres. História da educação. São Luís: UemaNet, 2010. Fascículo disponível em: <http://ava.nead.uema.br/moodle/course/view.php?id=196>. Acessado em: março de 2011.
CHAUI, Marilena. Filosofia moderna. Universidade de S. Paulo, USP. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/chaui.htm> Acessado em: março de 2011.
Reforma e Contra-Reforma. Disponível em: <http://www.algosobre.com.br/historia/reforma-e-contra-reforma.html> Acessado em: março de 2011.
AFETIVIDADE E O PROCESSO EDUCACIONAL: UM DESAFIO ATUAL
Profa. Mestranda Vânia Sebastiana Macedo
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Profa. Francisca Gomes da Silva
Introdução
Os índices relacionados à violência urbana, no Brasil, crescem a cada dia, principalmente nos grandes centros urbanos, onde há maior fluxo econômico e social, o que possibilita que ela se manifeste de múltiplas formas. O tema ainda é tratado por poucos estudiosos, embora seja de interesse público e privado, ou seja, da sociedade em geral.
Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou: “em todo o mundo a violência vem se afirmando como um dos mais graves problemas sociais e de saúde pública” (SILVA, 2010).
As diversas formas de violência que acontecem no meio urbano têm como ponto em comum a estrutura das grandes cidades, que promove por si só um distanciamento da natureza. A massa de construções faz perder a simples perspectiva do horizonte, da natureza, inclusive da natureza afetiva humana. A isso se pode adicionar as formas de viver em geral, cada vez mais empilhadas e apertadas. A aglomeração populacional é inversamente proporcional à possibilidade de contatos afetivos mais profundos (PHEBO & MOURA, 2005).
Esta falta de proximidade entre as pessoas alimenta a perpetuação da violência urbana, uma vez que ela é resultante das dinâmicas sociais e que nem sempre há a o desenvolvimento de estratégias voltadas para o seu enfrentamento.
Além da estrutura das grandes cidades, outros fatores também podem influenciar a perpetuação da violência urbana, envolvendo esferas sociais e econômicas, tais como: desemprego, baixa escolaridade, concentração de renda, exclusão social e também, comportamental e cultural, como o machismo, racismo e homofobia (SILVA, 2010).
Conceito de afetividade
A afetividade é uma dinâmica profunda e complexa que se inicia a partir do momento em que um sujeito se liga a outro pelo amor e proporciona ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada.
Afetividade desafio educacional
É tarefa e ao mesmo tempo, desafio da instituição escolar, assumir efetivamente, em parceria com os pais (família em geral), a difícil e complicada função de proporcionar aos educandos oportunidades de evoluir como pessoas humanas.
Para Marchand (1985), o aspecto afetivo torna-se um elemento importante que deve ser considerado no processo de ensino-aprendizagem, isso porque na prática pedagógica, podem surgir entre professor e aluno, o sentimentos de atração ou de repulsão, sendo que essas atitudes sentimentais têm o poder de influenciar a metodologia com risco de alterá-la, provocando no aluno, rudes transformações afetivas mais ou menos desfavoráveis ao processo educativo.
Assim, percebe-se que é importante compreendermos que as emoções e os sentimentos que compõem os seres humanos são constituídos de um aspecto de importância fundamental na vida psíquica do sujeito, visto que emoções e sentimentos estão presentes em todas as manifestações de nossa vida, tornando-se um fator importante no processo de aprendizagem.
Escola, um ambiente afetivo e de inclusão
Na atualidade, a escola é a mais importante instituição que pode contribuir para a inclusão do individuo nas relações de convívio social, por ser um ambiente que tem possibilidade de discutir e ensinar as questões relativas às temáticas que afligem a sociedade.
Para isso, o trabalho pedagógico educacional tem papel de cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhes limites, e acima de tudo, despertando nos mesmos, a afetividade, que é de suma importância para o convívio na escola e na sociedade que são fundamentais para a formação de personalidades sadias e capazes de aprender, pois é a partir da interação entre aluno e professor, que se estabelecem as afinidades ou afetividade.
Considerações
Diante disso, perceber-se que a inclusão escolar não se restringe aos aspectos relacionados às deficiências, mas também às necessidades da afetividade dentro do processo de ensino-aprendizagem. Sendo a afetividade, um fator importante no relacionamento entre os educandos, entre professores, educador-educandos ou mesmo entre todos os envolvidos no processo educacional. Sendo esse relacionamento afetivo imprescindível para o desenvolvimento de habilidades, competências e de relações sociais, e, por consequência, a afetividade pode se tornar um fator de inclusão ou mesmo exclusão escolar. 
Referências
MARCHAND, Max. A afetividade do educador. Tradução de Maria Lúcia Spedo Hildorf Barbanti e Antonieta Barini; direção da Coleção Fanny Abromovich. São Paulo: Ed. Summus, 1985.
NJAINE, Kathie. Mídia e violência urbana. Cad. Saúde Pública. 1994, vol. 10, n. 4, pp. 512-515. ISSN 0102-311X. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/csp/v10n4/v10n4a14.pdf> Acesso em maio de 2014.
NUNES, Mônica. Idiomas culturais como estratégias populares para enfrentar a violência urbana. Ciênc. saúde coletiva. 2005, vol.10, n. 2, pp. 409-418. ISSN 1413-8123. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n2/a19v10n2.pdf> Acesso em maio de 2014.
PHEBO, Luciana; MOURA, Anna Tereza M. S. de. Violência urbana: um desafio para o pediatra. J. Pediatr. (Rio J.) 2005, vol. 81, n.5, suppl. pp. s189-s196. ISSN 0021-7557. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa09.pdf>Acesso em junho de 2014.
SILVA, Marta. Violência: um problema de saúde pública. 2010. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/violenciamartasilva.pdf> Acesso em junho de 2014.
SOUZA, Edinilsa Ramos de;  LIMA, Maria Luiza Carvalho de. The panorama of urban violence in Brazil and its capitals. Ciênc. saúde coletiva. 2006, vol.11, n.2, pp. 363-373. ISSN 1413-8123. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/csc/v11n2/30424.pdf> Acesso em maio de 2014.
TECNOLÓGICAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO E A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
O desenvolvimento das tecnológicas de comunicação e informação (TIC’s) surge como um novo centro de referência educacional objetivando preparar os educandos para uma nova forma de pensar e trabalhar com maior rapidez, renovando o processo de ensino aprendizagem dentro da perspectiva do saber ensinar em saber aprender.
As instituições que possuem cursos à distância fazem uso das TIC’s dentro de sua proposta pedagógica interativa, tais como: o uso de canais de comunicação (programas de rádio e TV), teleconferências, DVDs, publicações, multimídias, tutoria de orientação com uso da internet e plataforma EaD (ambientes de aprendizagem à distância, a exemplo temos o TELECUDC usado pela UFRGS e o AVA-Moodle utilizado pelo IFMA), fax ou telefone, de acordo com o tipo de conteúdo que é trabalhado e as competências que se objetiva serem desenvolvidas.
Nesse contexto, o desenvolvimento das TIC’s surge na educação pela necessidade de se romper fronteiras, com uma modernidade frente à forma pedagógica educacional utilizada, renovando o trabalho de acesso e difusão do conhecimento, propiciando ao educando, eficiência na construção de saberes, transformando a sala de aula num espaço de interação através de trocas de experiências com o uso das tecnologias.
Dessa forma, observa-se que a utilização das TIC’s contribui muito no processo de formação dentro dos cursos à distância, pela flexibilização proporcionada nas questões referentes ao gerenciamento de tempos e espaços, na interação e metodologias utilizadas, especialmente no campo das práticas docentes, resultando das inovações no ato de ensinar e aprender apoiada em tecnologias.
Referências
IFMA. <http://raposa.cefet-ma.br/moodle/login/index.php>. Acessado em junho de 2014.
TELEDUC-UFRGS. <http://teleduc.cinted.ufrgs.br/pagina_inicial/index.php?>. Acessado em maio de 2014.

UEMANET. <http://ava.nead.uema.br/moodle/course/view.php?id=69>. Acessado em junho de 2014.
UMA REFLEXÃO SOBRE O USO DA RÁDIO NO AMBIENTE ESCOLAR
Prof. Esp. Francisco das C. dos Santos
A rádio é uma mídia que proporciona as diversas classes sociais, culturais, religiões e níveis intelectuais, o acesso às informações e entretenimento, e, por uma linguagem mais acessível ao seu publico, a escola deve utilizá-lo com estratégias de comunicação no processo de comunicação entre escola e aluno para facilitar a transmissão de conhecimentos no processo de ensino-aprendizagem.
Para que isso aconteça é necessária a criação de laboratório de comunicação o qual aluno poderá mostrar sua capacidade criativa, de trabalhar em equipe, a possibilidade de mostrar seu talento.
O uso da rádio no ambiente escolar pode auxiliar o processo de transmissão de conhecimentos e ampliar a possibilidade na melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, bem como cria condições para que os agentes do processo educacional adquiram técnicas e experiências para melhoria na habilidade de comunicação e estimular a melhoria das condições de trabalhos dos profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
As etapas para implementação de um projeto com o uso da rádio no ambiente escolar consistem em estruturar a rádio (espaço e materiais); criar condições para treinamento e formação de equipes de comunicadores no meio escolar; estimular a produção de materiais de apoio pedagógico e elaboração de ações pedagógicas interdisciplinares.
As etapas de projetos de uso da rádio visam permiti a realização de produções que possam atender as necessidades internas e da comunidade escola seguem os passos a segui.
  • Estudo sobre a história do Rádio, sua importância como meio de comunicação, e seu funcionamento (como manejar os equipamentos, como gravar os programas, como eleger a melhor música, etc.)
  • Capacitação (professores e alunos-monitor);
  • Levantamento de necessidade de equipamentos – aparelhagem básica, colhendo orçamentos;
  • Aquisição de espaço e equipamentos;
  • Trabalhos em sala de aula com suporte de alunos capacitados que possa auxiliar o professor em atividades com rádio;
  • Organizar equipe de comunicadores;
  • Roteiro de desenvolvimento de programação e uso da rádio;
  • Encontros periódicos para avaliação;
  • Analisar o impacto e o alcance do Projeto com o fim de melhorar a cada programa.

Equipamentos básicos
  • Mesa de som de 4 canais;
  • Microfones;
  • Aparelho de CD;
  • CD’S de músicas;
  • Caixas de som;
  • Caixa amplificada;
  • Mesa;
  • Cadeiras;
  • Prateleira;
  • Computador.

Referências
Curso de formato e linguagem radiofônica. Disponível no site: <http://www2.metodista.br/unesco/regiocom99/forlinrad.htm>. Acessado em janeiro de 2014.
Projeto de ensino-aprendizagem e extensão do Curso de Comunicação da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista/UNESP-Bauru, SP. Disponível no site: <http://mundodigital.incubadora.fapesp.br/portal/radiovirtual/historia>. Acessado em janeiro de 2014.

<http://eproinfo.mec.gov.br/fra_def.php?sid=D99FB4F2E5182C649D07F383CE3595E0>. Acessado em fevereiro de 2010.
UMA FORMAÇÃO MATEMÁTICA PARA COMPETÊNCIAS
Profa. Me. Leda Ferreira Cabral
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Ser matematicamente competente para enfrentar o mundo atual, exige muito mais do que simplesmente o que os alunos demonstram conhecer, e, a escola tem a função de ajudar as crianças a desenvolver as competências necessárias para viver dignamente, bem como, utilizar-se desse menos conhecimento para o seu crescimento.
Para se desenvolver as competências matemáticas essenciais a um cidadão, é necessário ter em mente que a aprendizagem não pode está baseada no conhecimento de regras e na memorização, mas sim na competência de reconstrução e utilização do conhecimento já adquirido.
E, é nesse sentido, que a noção de competências matemáticas está associada á conhecimentos e atitudes relativas à matemática prática, que de forma integrada, a criança deve desenvolver e ser capaz de usar.
Para desenvolver as competências matemáticas necessárias ao exercício da cidadania, é preciso explorar conhecimentos matemáticos presentes no cotidiano e em outras áreas de conhecimento; além de estimular diferentes tipos de cálculo, com o cálculo mental e aproximado e o uso da calculadora. Explorar atividades que permita desenvolver a leitura, a realidade e a escrita.
Dentro dessa perspectiva, para exercer a cidadania, é essencial que todas as pessoas tenham domínio da leitura e da escrita e do conhecimento matemático, a fim de compreender: o mundo, a natureza, sua sociedade e cultura, o sistema político, o uso das tecnologias, a beleza das artes e os valores morais e sociais em que se fundamenta a sociedade, dela participando de forma crítica.
Referências
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Editora: Ática, 2000.
SCHLIEMANN, Analúcia Dias; Carraher, David Willian; Carraher; Terezinha Nunes. Na vida dez na escola zero. RJ: vozes, 1995.