Tecnologia de Informação para Pessoas
Surdas (Parte 4)
Alguns critérios de
acessibilidade ambientes sociais e educacionais para o surdo
Mesmo
sem critérios específicos, para que as redes sociais atendem uma comunidade com
necessidades específicas, deve haver itens que favoreçam a usabilidade. Celina
Oliveira, Costa e Moreira (2001) estabelecem critérios para programas
educativos e ambientes informatizados de aprendizagem, e a análise desses
critérios contribui para entender o apelo das redes sociais como o Facebook à
comunidade surda e a busca pela melhorias em ambientes educacionais.
·
Universalidade da linguagem, abrangendo um
público alvo amplo;
·
Navegabilidade, facilidade para buscar as
partes;
·
Layout de tela, visual adequado, texto bem
distribuído, imagens e animações, falas adequadas ao conteúdo;
·
Quantidade adequada de elementos em tela,
para captar a atenção do usuário sem sobrecarga;
·
Legibilidade, diferentes usuários entendem o
programa;
· Rastreabilidade,
o usuário encontra seu caminho no programa.
A
grande aceitação e uso dessas redes pelos usuários surdos revela, além de
critérios de aceitação, a existência de interatividade e afetividade nesse
ambiente. Por permitir que se comuniquem por imagens e textos curtos, permite
também que usem o ambiente sem grande domínio da língua portuguesa. Dessa
maneira, a predominância de fotos, vídeos, ícones, e texto curto possibilita
maior compreensão, e essa grande presença do visual atende o principal critério
da leitura desse grupo.
Refletindo sobre possibilidades do uso de softwares para o surdo
Criar
o software para o usuário surdo necessita dos cuidados discutidos, e
caracterizar avaliar o que é oferecido é essencial para que alcance o objetivo, principalmente quando estas estão atreladas a ambiente onlines.
As seguintes possibilidades, apesar de apenas algumas delas, podem ser pensadas
ao realizar essa avaliação:
·
O formato de exibição na tela é adequado?
·
A densidade de informações por tela é
adequada?
·
As mensagens usam vocabulário e sinais
simples e adequados ao usuário?
·
A língua de sinais, e a escrita da língua de sinais,
são adequadas?
·
O programa adapta-se às necessidades do
usuário?
· Oferece
estímulos motivadores?
Referências
Dicionário da Língua
Brasileira de Sinais. Disponível <http://www.acessobrasil.org.br/libras/>.
Acessado em 18/12/2013.
Mult-Trilhas.
Disponível. <http://www.multi-trilhas.com/>. Acessado em 18/12/2013.
OLIVEIRA, Celina
Couto de; COSTA, José Wilson da; MOREIRA, Mercia. Ambientes Informatizados
de Aprendizagem: Produção e Avaliação de Software Educativo. Campinas:
Papirus, 2001.
OLIVEIRA, Ramon de. Informática
Educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas: Papirus, 1997.
ROSSI, Marianne Stumpf. Educação
de Surdos e Novas Tecnologias. Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
VAZ, Vagner Machado. O Uso da Tecnologia na Educação do Surdo
na Escola Regular. Faculdade de Tecnologia de São Paulo, São
Paulo, 2012.