quinta-feira, 6 de julho de 2017

PRÁTICAS DE LEITURAS: PERSPECTIVAS INCLUSIVAS E INTEGRADORAS
Profa. Esp. Marline dos S. F. Ferreira
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Ler e escrever, mais do que um processo individual é uma prática social que ocorre a parti de diferentes práticas de leitura que se realiza em diferentes espaços sociais nos quais as pessoas circulam. Além disso, a leitura e a escrita têm papel fundamental no processo de alfabetização, representa um passo importante para a entrada da criança no mundo da escrita.
[...] para aprender a ler é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre a o que a escrita representa e pensar sobre como a escrita representa graficamente a linguagem oral. Para isso, o aluno precisa ler, embora ainda não saiba ler, e escrever, ainda que não saiba escrever. (BOZZA, 2008, p. 27)
Nessa perspectiva, na escola deve direcionar para ações de aprendizagens que desenvolva práticas sociais de leitura, necessitando adentrar em um contexto democrático, em que a escola apresenta-se como instituição social com uma finalidade especifica: possibilitar ao aluno o acesso orientado e sistematizado a parcela do conhecimento produzido social e historicamente selecionado por ela como relevante para a constituição do cidadão.
Segundo PAIN (1989), o processo de ensino-aprendizagem constitui um momento histórico, um organismo, uma etapa genética da inteligência e um sujeito, o que implica na contribuição teórica do materialismo histórico da epistemologia genética piagetiana e da psicanálise freudiana que dizem respeito à ideologia, à operatividade e ao inconsciente, respectivamente, sendo este, um ponto importante para o desenvolvimento do sujeito integral e integralizado.
Para tanto, as crianças têm então sua percepção estimulada de maneira a aceitar as diferenças entre as pessoas aos modos de expressão e de comportamento, a aprendizagem é um desafio nesta fase ensino. Assim, as pessoas que falam determinadas línguas sabem reconhecer e produzir textos e sabem também distinguir os que fazem dos que não fazem sentido, distinguindo o que é incoerente, podendo superar os possíveis estranhamento nos ouvintes e/ou novos leitores.
Para compreender e saber produzir textos, as pessoas precisam desenvolver competência linguística concomitantemente com a competência textual. E, mesmo as crianças pequenas podem desenvolver essa capacidade, que pode ser melhorada por meio de exercícios, e, atividades orais e escritas a parti de ações dinâmicas e lúdicas, compartilhadas e forma colaborativa e cooperativa, com leituras e releituras em textos com vista no pretexto e contexto.
[...] formar o leitor competente supõem formar alguém que compreenda o que lê, que possa aprender ler também o que possa aprender ler tambem r, esenta graficamente a lingragem oral,.par que não está escrito, identificando elementos implícitos: que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuído a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos que permitam fazê-lo. (PCN’s de LÍNGUA PORTUGUESA, 1997, p. 36) a sua leitura a partir da localizaç
E nesse sentido, as práticas de leituras, apresentam-se como ações intimamente ligada ao processo de aprendizagem humana, tendo como concepção olhar para o indivíduo e destacar suas singularidades e potencialidades enquanto sujeito que amparado pelo ponto de vista da Psicopedagogia, nos ressalta que: cabe a escola o desenvolvimento cognitivo e sócio afetivo do aluno, que pode ser estimulado por meio de uma aprendizagem significativa, na qual haja uma articulação com o cotidiano e a vivência de forma motivadora, criativa e crítica (BOSSA, 2000).
 [...] o desenvolvimento humano não ocorre da ação isolada de fatores genéticos que buscam condições para o seu amadurecimento nem de fatores ambientais que agem sobre o organismo, controlando seu comportamento. Decorre antes, das trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a vida entre indivíduo e meio, cada aspecto influenciando sobre o outro. (OLIVEIRA, 2002, p.126)
Portanto, as práticas de leituras, podem promover (e devem ser ações que promova) o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, direcionando-os para uma aprendizagem que desperte para um sentimento de prazer, onde o ensino, torne-se um processo agradável, com leituras que encantem os alunos, de forma que contribua para uma melhor apropriação e construção de saberes, favorecendo ao mesmo, uma maior integração e compreensão do mundo que o cerca.
REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
BOZZA, Sandra. Ensinar a Ler e a Escrever: Uma Possibilidade de Inclusão Social. 1 ed. São Paulo: Editora Melo, 2008.
BRASIL, Ministério da Educação e Desenvolvimento. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: 1997.
OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
PAIN Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
PIAGET, J. Aprendizagem e Conhecimento. São Paulo: Freitas Bastos, 1974.
__________. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1987.
PRÁTICA DE LEITURA E A PESQUISA-AÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Profa. Esp. Carmem S. Mota
A prática de leitura e escrita corresponde a uma prática social que ao ser pesquisada no âmbito da formação de professores torna necessário seguir um caminho metodológico voltado para a ação levando em conta a realidade social, assim a pesquisa-ação é uma opção viável visto que:
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 2002, p 14)
 Barbier (1993, p. 74), faz referência sobre um modelo aberto de pesquisa-ação, ao mencionar que:
É preciso situar a pesquisa-ação existencial como um modelo aberto da pesquisa-ação que se organiza em dois eixos: a implicação e o distanciamento, o mundo e os outros. Ela situa-se, então, no lado da mais intensa implicação.
Sabe-se que o modelo abordado pelo respectivo autor, refere-se a quatro tipos de pesquisa-ação: uma pesquisa-ação predominantemente psicossocial, uma ação predominantemente experimental, uma pesquisa-ação predominantemente transpessoal, uma pesquisa-ação predominantemente existencial.
Nota-se que o ser humano para ter formação precisa de atitudes, que interagem as dimensões do plano intelectual, afetivo e existencial. A criança do Ensino Fundamental necessita de socialização e contato com informações, porém com afetividade, para desenvolver com mais êxitos a leitura e a escrita diante do próprio letramento.
E nesse sentido, a temática de análise sobre a formação Continuada de Professores tendo em vista o currículo de alfabetização para Ensino Fundamental deve-se direcionar para estudo das práticas sociais de leitura e escrita na perspectiva de letramento, com a finalidade de desencadear a sistematização didática de práticas de formação do professor.
A pesquisa-ação estruturada de acordo com seus princípios geradores, é eminentemente pedagógica à medida que o exercício pedagógico se configure como uma ação que confira caráter cientifico à pratica educativa com base em princípios éticos que visualizem a continua formação e emancipação de todos os sujeitos da prática (FRANCO, 2010), na ação interventiva e serão feitas observações, participações e uma análise da prática docente.
O educador precisa ser exigido por implicância de si próprio a formar-se, cumprir o currículo, através da leitura na perspectiva de letramento, socializando o educando com afetividade e despertando-o ao conhecimento, pois a criança ao buscar mais informações se distancia e o educador da mesma forma, mas vem a interagir-se com os demais, após ter mais conhecimento a partir da formação continuada de professores e aplicabilidade do currículo.
Portanto a pesquisa-ação, apresenta-se como um estudo, que visa a análise e transformação da realidade no contexto escolar, tendo em vista que o ato de ler deve ser praticado com criatividade e prazer, para a criança tornar-se letrada e leitora de fato, sendo este voltado para a intervenção, devido a necessidade de atingir a finalidade do mesmo, que se trata de analisar a vivência da sistematização didática das práticas sociais na formação do professor que colabora para eles construírem o currículo de alfabetização do Ensino Fundamental.
REFERÊNCIAS
BARBIER, René. A pesquisa-ação na instituição educativa. Paris: Gauthier: Villas, 1993.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 17 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
FRANCO, Maria Amélia Santoro; PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Pesquisa em Educação: possibilidades investigativo-formativas da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2010.
FUSARI, J. C. A educação do educador em serviço. São Paulo: PVC, 1988.
MORIN, André. Pesquisa-ação integral e participação cooperativa. vol. 1. Montreal, Quebu, 1992.
SILVA, Ezequiel T. da. Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
THIOLLENT, Michael. Metodologia da pesquisa-ação. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2002. Coleção temas básicos de pesquisa-ação.
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO HISTÓRICA
Profa. Me. Vânia S. M. Oliveira
A literatura nos revela que Filosofia e Educação nutrem uma relação intrínseca desde sua origem na Grécia. O filosofar começa quando o homem já tinha satisfeito as necessidades básicas de sua existência e toma consciência de que não é mais possível viver em um mundo de ilusões.
Nessa perspectiva, Severino (1994) afirma: “A consciência emerge e se desenvolve como estratégias da vida. O pensar surge, assim, concomitante ao agir, com ele se confunde. O pensamento não é anterior à ação, pois surge no próprio fluxo do agir”.
É nesse movimento de mudança e com o propósito de fazer o tempo fluir em um caminhar contínuo, Sócrates tenta o que ele mesmo intitula de correção do pensamento ateniense, e cria o método conhecido como Maiêutica. A maiêutica tinha como objetivo induzir o indivíduo a partejar ou parir ideias. Isto numa compreensão de que era preciso ultrapassar o modelo simples e utilitário da forma de pensar.
Esta foi uma alternativa encontrada por Sócrates ao discordar das atitudes dos Sofistas e compreender que a educação proposta por ele não atendias a exigências da sociedade grega e não perceber a confiabilidade nos ensinamento repassado como fonte de conhecimento verdadeiro. Sócrates parte do princípio de que não se chega ao conhecimento com base em opiniões (doxa) e percepções consideradas fonte de erro impossibilitando assim se chegar a uma verdade cabal da realidade. 
Isto posto, percebe-se agora que a luta é pela serenidade e as regras próprias da razão natural. A Filosofia torna-se uma forma de experiência do homem no mundo já não mais direcionada por uma compreensão mítica, mas do próprio pensamento, e nesse sentido, ato de pensar torna-se parte integrante da condição do homem no mundo.
REFERÊNCIAS
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010.
SAVIANI, Dermerval. Contribuições da Filosofia para a Educação. Brasília: v. 9, n. 45. p. 3-9, jan./mar. 1990. Disponível em: www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/717/640. Acessado em: Acessado em Maio de 2014.
SEVERINO, Antonio J. A contribuição da Filosofia para a Educação. Brasília: v. 9, n. 45, p. 19-25, já/mar. 1990. Disponível em: www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/717/640. Acessado em: Acessado em Maio de 2014.
____________. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1994.
ZUBEN, Newton Aquiles Von. Filosofia e Educação: Atitude Filosófica e a Questão da Apropriação do Filosofar. Disponível no site: www.fae.unicamp.br/vonzuben/fileduc.html. Acessado em junho de 2014.
ESTUDANTE DIGITAL! (Recortes de Reflexões)
Profa. Esp. Cleide C. do Nascimento
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
As novas tecnologias na atualidade influenciam o homem na sua maneira de pensar, ser e agir, principalmente na forma de se comunicar, na aquisição de conhecimentos e na construção de novos conhecimentos. As influencias, ocorrem em todos os âmbitos e áreas da sociedade, e, dependendo é claro, da forma como esses recursos são adquiridos, compreendidos e usados, podem contribuir ou não na aquisição de uma qualidade de vida.
É nesse contexto, as instituições educacionais surgem, na pessoa do educador, como promotores de conscientização sobre a convivência e uso dessas tecnologias, de maneira a criar dentro do ambiente educacional, possibilidades para o desenvolvimento de uma aprendizagem que promova a colaboração e a cooperação entre os educandos.
Assim, neste “novo” contexto educacional, a identificação do estudante digital, tem entre outras características a coletividade dentro de um espaço dinâmico e interativo. E, deste modo, no contexto da linguagem digital, a interação e a coletividade podem produzir novas e diferentes experiências e relações interpessoais, podendo alterar a concepção e formação do sujeito participante.
Deste modo, o educador deve refletir sobre as formas de como utilizar-se dessa nova concepção educativa, de maneira a aproveitá-la como ferramenta facilitadora no desenvolvimento da aprendizagem, tendo assim, as novas tecnologias como um valioso aliado na (re)construção do sujeito, possibilitando ao mesmo a capacidade de autoaprendizagem.
Diante disso, os desafios dentro do processo educativo surgem a partir da interação e comunicação do sujeito na era da tecnologia de informação digital, e exige do profissional da educação, um perfil de educador facilitador do processo de aprendizagem, de forma a contribuir para diminuição da dificuldade de interação, bem como a aquisição do conhecimento da linguagem digital.
Portanto, é importante que o educador desenvolva em si e no educando, uma visão crítica para a construção de consciência que desperte uma ação transformadora e emancipadora, objetivando preparar os educandos para serem capazes de interagir dentro de uma análise e reflexão crítica para apreensão e construção do conhecimento e uma atitude política coerente para um verdadeiro exercício de cidadania.
Referências
BOHADANA, Estrella. O terceiro milênio e a reconfiguração da Humanidade: ética, educação e cultura. Disponível em: www.redem.buap.mx/word/estrella1.doc. Acessado em 08/06/2017.
BOHADANA, Estrella. OLIVEIRA, Sandra Lúcia de. Conhecimento, educação e construção do sujeito: as novas tecnologias de interação e de comunicação. Disponível em: www.revistateias.proped.pro.br/index.php/revistateias/article/. Acessado em 08/06/2017.
Seminário Sobre Interatividade. Disponível em: www.faced.ufba.br/~pretto/edc266/sem972/alunos972/manuela/trabalho.htm. Acessado em 07/06/2017.
USO DA INTERNET NAS ESCOLAS (Recortes de Reflexões)
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Dentro do processo educacional as ferramentas tecnológicas apresentam-se com uma oportunidade, a parti da interatividade virtual, para que as escolas cresçam. E, diante disso, é importante que professores e alunos obtenham informações de como utilizar a Internet, para que a torne uma ferramenta não somente de auxilio à pesquisa, mas um complemento educacional que contribua de forma dinâmica para a produção de conhecimentos.
Assim, torna-se importante a prática para se navegar na internet de forma segura, dentro de ações que parte da conscientização e de informações que deve ser buscada por professores para que venha orientar e ensinar aos alunos a navegar não meramente mecânica (ou de qualquer jeito, acessando qualquer coisa) e sim, de um jeito pedagógico, lúdico e divertido, em prol de uma educação de qualidade e que prime pela segurança do aluno.
Para se navegar de forma protegida é preciso que os educadores orientem os educandos com informações para uso certo desse suporte tecnológico, além é claro, de auxiliar na indicação de sites seguros, com atividades interessantes para os alunos visem os reais objetivos propostos dentro da atividade e do próprio processo de apreensão e construção dos conhecimentos.
E, nesse sentido, deve-se pensar no suporte ao uso da tecnologia na educação como um importante pilar para a construção de uma educação renovadora e mais dinâmica, de maneira que os professores busquem apoio à utilização da internet em trabalhos não somente na sala de aula, mas também para da assistência ao aprendizado e na ajuda para planejar aulas e torna-las mais atraentes.
Para tanto, todos os alunos que venham usar a Internet na escola devem seguir instruções de conduta orientada pelo professor para uma ação educacional coerente. É aconselhado, e recomenda-se também que instale software de filtragem em nas escolas para impedir o acesso a páginas eletrônicas na internet que sejam inadequadas, primando pela segurança, e ao mesmo tempo, para proporcionar ao aluno, um melhor direcionamento do processo educacional.
Referências
http://www.mcafee.com/br/default.asp
http://www.symantec.com.br/
http://www.cert.org/
http://www.pypbr.com/infovir/seguran_b.asp
http://www.hudson.k12.ma.us/technology/elem_internet_rules_port.pdf
http://cartilha.cert.br/
http://www.cert-rs.tche.br/