PRÁTICA
DE LEITURA E A PESQUISA-AÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Profa. Esp. Carmem S. Mota
A prática de leitura e escrita corresponde a
uma prática social que ao ser pesquisada no âmbito da formação de professores torna
necessário seguir um caminho metodológico voltado para a ação levando em conta
a realidade social, assim a pesquisa-ação é uma opção viável visto que:
Pesquisa-ação é um tipo
de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 2002, p 14)
Barbier (1993, p. 74), faz referência sobre um
modelo aberto de pesquisa-ação, ao mencionar que:
É preciso situar a
pesquisa-ação existencial como um modelo aberto da pesquisa-ação que se
organiza em dois eixos: a implicação e o distanciamento, o mundo e os outros.
Ela situa-se, então, no lado da mais intensa implicação.
Sabe-se
que o modelo abordado pelo respectivo autor, refere-se a quatro tipos de
pesquisa-ação: uma pesquisa-ação predominantemente psicossocial, uma ação
predominantemente experimental, uma pesquisa-ação predominantemente
transpessoal, uma pesquisa-ação predominantemente existencial.
Nota-se
que o ser humano para ter formação precisa de atitudes, que interagem as
dimensões do plano intelectual, afetivo e existencial. A criança do Ensino
Fundamental necessita de socialização e contato com informações, porém com
afetividade, para desenvolver com mais êxitos a leitura e a escrita diante do
próprio letramento.
E nesse
sentido, a temática de análise sobre a formação Continuada de Professores tendo
em vista o currículo de alfabetização para Ensino Fundamental deve-se
direcionar para estudo das práticas sociais de leitura e escrita na perspectiva
de letramento, com a finalidade de desencadear a sistematização didática de
práticas de formação do professor.
A
pesquisa-ação estruturada de acordo com seus princípios geradores, é
eminentemente pedagógica à medida que o exercício pedagógico se configure como
uma ação que confira caráter cientifico à pratica educativa com base em
princípios éticos que visualizem a continua formação e emancipação de todos os
sujeitos da prática (FRANCO, 2010), na ação interventiva e serão feitas observações,
participações e uma análise da prática docente.
O educador precisa ser exigido
por implicância de si próprio a formar-se, cumprir o currículo, através da
leitura na perspectiva de letramento, socializando o educando com afetividade e
despertando-o ao conhecimento, pois a criança ao buscar mais informações se
distancia e o educador da mesma forma, mas vem a interagir-se com os demais, após
ter mais conhecimento a partir da formação continuada de professores e
aplicabilidade do currículo.
Portanto a pesquisa-ação, apresenta-se como um
estudo, que visa a análise e transformação da realidade no contexto escolar,
tendo em vista que o ato de ler deve ser praticado com criatividade e prazer,
para a criança tornar-se letrada e leitora de fato, sendo este voltado para a
intervenção, devido a necessidade de atingir a finalidade do mesmo, que se
trata de analisar a vivência da sistematização didática das práticas sociais na
formação do professor que colabora para eles construírem o currículo de
alfabetização do Ensino Fundamental.
REFERÊNCIAS
BARBIER,
René. A pesquisa-ação na instituição
educativa. Paris: Gauthier: Villas, 1993.
FERREIRO,
Emília. Alfabetização em processo.
17 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
FRANCO, Maria Amélia Santoro; PIMENTA, Selma
Garrido (Org.). Pesquisa em Educação:
possibilidades investigativo-formativas da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo:
Loyola, 2010.
FUSARI,
J. C. A educação do educador em serviço.
São Paulo: PVC, 1988.
MORIN,
André. Pesquisa-ação integral e
participação cooperativa. vol. 1. Montreal, Quebu, 1992.
SILVA,
Ezequiel T. da. Elementos de pedagogia da
leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
THIOLLENT,
Michael. Metodologia da pesquisa-ação.
11 ed. São Paulo: Cortez, 2002. Coleção temas básicos de pesquisa-ação.
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