quinta-feira, 6 de julho de 2017

PRÁTICA DE LEITURA E A PESQUISA-AÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Profa. Esp. Carmem S. Mota
A prática de leitura e escrita corresponde a uma prática social que ao ser pesquisada no âmbito da formação de professores torna necessário seguir um caminho metodológico voltado para a ação levando em conta a realidade social, assim a pesquisa-ação é uma opção viável visto que:
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 2002, p 14)
 Barbier (1993, p. 74), faz referência sobre um modelo aberto de pesquisa-ação, ao mencionar que:
É preciso situar a pesquisa-ação existencial como um modelo aberto da pesquisa-ação que se organiza em dois eixos: a implicação e o distanciamento, o mundo e os outros. Ela situa-se, então, no lado da mais intensa implicação.
Sabe-se que o modelo abordado pelo respectivo autor, refere-se a quatro tipos de pesquisa-ação: uma pesquisa-ação predominantemente psicossocial, uma ação predominantemente experimental, uma pesquisa-ação predominantemente transpessoal, uma pesquisa-ação predominantemente existencial.
Nota-se que o ser humano para ter formação precisa de atitudes, que interagem as dimensões do plano intelectual, afetivo e existencial. A criança do Ensino Fundamental necessita de socialização e contato com informações, porém com afetividade, para desenvolver com mais êxitos a leitura e a escrita diante do próprio letramento.
E nesse sentido, a temática de análise sobre a formação Continuada de Professores tendo em vista o currículo de alfabetização para Ensino Fundamental deve-se direcionar para estudo das práticas sociais de leitura e escrita na perspectiva de letramento, com a finalidade de desencadear a sistematização didática de práticas de formação do professor.
A pesquisa-ação estruturada de acordo com seus princípios geradores, é eminentemente pedagógica à medida que o exercício pedagógico se configure como uma ação que confira caráter cientifico à pratica educativa com base em princípios éticos que visualizem a continua formação e emancipação de todos os sujeitos da prática (FRANCO, 2010), na ação interventiva e serão feitas observações, participações e uma análise da prática docente.
O educador precisa ser exigido por implicância de si próprio a formar-se, cumprir o currículo, através da leitura na perspectiva de letramento, socializando o educando com afetividade e despertando-o ao conhecimento, pois a criança ao buscar mais informações se distancia e o educador da mesma forma, mas vem a interagir-se com os demais, após ter mais conhecimento a partir da formação continuada de professores e aplicabilidade do currículo.
Portanto a pesquisa-ação, apresenta-se como um estudo, que visa a análise e transformação da realidade no contexto escolar, tendo em vista que o ato de ler deve ser praticado com criatividade e prazer, para a criança tornar-se letrada e leitora de fato, sendo este voltado para a intervenção, devido a necessidade de atingir a finalidade do mesmo, que se trata de analisar a vivência da sistematização didática das práticas sociais na formação do professor que colabora para eles construírem o currículo de alfabetização do Ensino Fundamental.
REFERÊNCIAS
BARBIER, René. A pesquisa-ação na instituição educativa. Paris: Gauthier: Villas, 1993.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 17 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
FRANCO, Maria Amélia Santoro; PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Pesquisa em Educação: possibilidades investigativo-formativas da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2010.
FUSARI, J. C. A educação do educador em serviço. São Paulo: PVC, 1988.
MORIN, André. Pesquisa-ação integral e participação cooperativa. vol. 1. Montreal, Quebu, 1992.
SILVA, Ezequiel T. da. Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
THIOLLENT, Michael. Metodologia da pesquisa-ação. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2002. Coleção temas básicos de pesquisa-ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário