FILOSOFIA
E LÓGOS: o ato de filosofar como condição de ordenamento da realidade pela
linguagem (ponto de reflexão)*
Ao
longo do tempo o desenvolvimento da humanidade delineou uma herança cultural de
conhecimento (o saber) e experiências no mundo, sendo tal herança, disseminada
de geração para geração, principalmente através da língua. “O grande patrimônio
do saber humano é transmitido principalmente pela língua.” (FERNANDES &
OLIVEIRA, 2010).
A
língua por sua vez, em grego, significa Lógos (derivado do verbo grego légein
que significa “falar, dizer”), apresenta mesmo significado para “razão”, e dessa
forma, pode-se considerar que toda experiência e saber grego está relacionado intimamente
à racionalidade, ou seja, à razão.
O
desenvolvimento conceitual do Lógos possibilitou a realização de interpretações
analíticas de forma ordenada, e ao mesmo tempo a ciência e a filosofia
tornou-se um mecanismo operatório da própria linguagem, produto humano
resultado de um processo histórico na qual enfatiza os papéis da linguagem,
entre os quais: a aprendizagem a comunicação e difusão das experiências e do
saber.
Assim,
a partir do desenvolvimento da filosofia, como mecanismo operatório, dentro do
ato de filosofar, a linguagem foi empregada de maneira a favorecer a sistematização
e externalização do pensamento humano, bem como a construção e transmissão do
saber e das experiências, pelo homem vivenciado.
Nesse contexto, pode-se considerar que
a Filosofia e Lógos (na ação de pensar embasada na racionalidade) estão intimamente
ligados e contribui para o movimento que envolve: as atividades intelectuais, a
imaginação e a memória, articulando as experiências sensíveis e o conhecimento
já adquirido, numa dimensão da consciência, exercitando a reflexão, a crítica,
a análise, a síntese, a interpretação e possíveis conclusões (passiveis de
serem reanalisadas).
Referência
TENREIRO,
Maria Odete Vieira. Psicologia da
educação. Ponta Grossa: Ed.UEPG, 2009.
*Compilação: Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
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