sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

FREGE E A ANALISE LÓGICO-SEMÂNTICA DE LINGUAGEM
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
De acordo com Frege, o indivíduo forma sua ideia a partir de uma representação própria que tem como base a sua experiência de forma subjetiva e que possivelmente pode ser garantida pela uniformidade de assentimento entre os membros de uma determinada comunidade. Assim, o teórico, busca construir a significação de uma expressão em seu emprego e o uso da mesma tendo como base a unidade semântica da frase (sentença), e não das palavras que a compõem.
[...] Frege, no texto “Sobre o sentido e a referência”, de 1892, defendeu que os nomes vinculam-se aos objetos pela mediação de um sentido, e este sentido tem a ver com os atributos do objeto nomeado, pois no sentido está um modo de apresentação daquilo mesmo que é nomeado. (BRAIDA, 2009, p. 80)
Nesse sentido, não se pode apenas dentro de um contexto de uma frase completa, afirmar que o indivíduo é detentor do pensamento, mas sim do pensar são nomes próprios, pois uma determinada frase expressa um pensamento completo somente se possui uma referencia com vista aos objetos observado no mundo. Assim, o sentido é o que nos permite chegar a uma referencia no mundo e ao mesmo tempo dar nomes aos objetos, a partir de um referencia linguístico já existem.
Segundo Braida (2009, p. 83): “Frege postulou que todas as expressões designadoras de objetos, os termos singulares da lógica, tais como os nomes próprios, as descrições definidas e os pronomes, expressariam um sentido e designariam um objeto”. Dessa forma, o sentido só nos permite reconhece algo se a ele está vinculado a uma referencia. Em outros termos, o sentido permite alcançarmos um objeto existente no mundo, entretanto é o objeto existente no mundo que nos permite estabelecer um juízo de valor, ou seja, que nos permite realizar uma avaliação desse objeto em falso ou verdadeiro.
Nesse contexto, observa-se que para Frege, a concepção lógico-semântica constitui-se em uma conexão estreita entre o significado, a verdade e a referência (objetividade) dos objetos observados no mundo, e que a explanação do significado de uma determinada frase (sentença) consiste em especificar as condições sob as quais essa sentença poderá ser verdadeira ou falsa. Dessa forma, possibilita ao indivíduo o livre ato do pensar, no entanto, não do pensamento, pois o mesmo sofre influências das subjetividades do mundo.
Referência
BRAIDA, Celso Reni. Filosofia da linguagem. Florianópolis: UFSC, 2009. Disponível no ambiente UEMANET AVA Moodle. Acessado em maio de 2013.

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