RELAÇÃO ENTRE LIBERDADE E NATUREZA: NA VISÃO DE KANT, FICHTE E
SCHELLING (Pontos de Reflexões 01)
1
Na Visão de Kant
Emmanuel Kant é
considerado o centro do pensamento na modernidade, e dele depende todo o
pensamento posterior, e, em que podemos citar de forma particular, o idealismo
clássico alemão. A investigação e a compreensão do pensamento kantiano têm como
base de sustentação dois problemas, a serem destacados: o primeiro trata do
conhecimento da Natureza e o segundo da Liberdade humana. A filosofia kantiana,
quebra com os preceitos religiosos cristãos porque, passando a responsabilidade
da ética para a razão.
2
Na Visão de Fichte
João Amadeu Fichte
dedicou-se entusiasticamente à filosofia kantiana, Ao ser convidado para
lecionar na universidade em 1794, teve que enfrentar a oposição das autoridades
religiosas e políticas, por conta de seu ateísmo e anticristianismo. Para
Fichte, a opção por decidir entre idealismo e não dogmatismo, isto é, do
realismo, seria prático, moral, é uma, questão de caráter. Para ele, Dogmatismo
significa: passividade, acomodação, fraqueza, debilidade; ao passo que
idealismo é sinônimo de independência, liberdade, isto é, posse de si mesmo. O
que ficou sendo base do idealismo posterior, justificado teoricamente em uma concepção
metafísica monista-imanentista.
Nesse ínterim,
Fichte idealististicamente entende a realidade espiritual e a material como uma
produção do eu. Um eu universal, transcendental, absoluto, Eu puro que, empíricos, e unicamente
neles, o Eu puro vive, operam, desenvolve-se, em um processo infinito, ético,
em que está a sua divindade infinita.
Com base na razão
prática de Kant, Fichte, afirma que a natureza íntima, profunda, baseada do eu
seja atividade, moralidade. Assim para que ela se realize, o eu criaria o mundo da natureza, opondo-se
a si mesmo o não-eu. Pra tanto,
este seria precisamente o campo da sua atividade, o obstáculo a ser superado
para que seja realizado a sua eticidade. Neste caso a antítese que ele põe como
tese, a fim de que seja possível a síntese ética. Nessa perspectiva o processo torna-se ascendente,
pois, não tem fim, porque, se terminasse, apagaria a vida do espírito, a qual é
atividade, eticidade, e a realidade cairiam do nada.
3
Na Visão de Frederico
Schelling
Frederico
Guilherme Schelling foi um autor variado e fecundo. As faces do seu
pensamento são fundamentalmente duas: o período da filosofia da identidade, e o
da filosofia da liberdade. A filosofia de Schelling é, fundamentalmente,
idealista. Para ele, o espírito, o sujeito, o eu, são os princípios de tudo.
Também como Fichte, ele admite que a natureza seja uma produção necessária do
espírito; sobretudo, discorda do conceito de Fichte de que a natureza tenha uma
existência puramente relativa ao espírito. A natureza mesmo que forma
idealística possui uma realidade no que diz respeito ao sujeito e a
consciência. Para ele, a natureza – mesmo
que concebida idealisticamente, tem uma realidade autônoma com respeito ao
sujeito, à consciência. A natureza é o espírito na fase de consciência obscura,
como o espírito é a natureza na fase de consciência clara.
REFERÊNCIA
SALATIEL, José Renato. História da filosofia moderna. São Luís: UemaNet, 2011.
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