segunda-feira, 6 de julho de 2015

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 12 ed. São Paulo: Cortez,  2002.
O livro “Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente” do autor José Carlos Libâneo. Libâneo nasceu em 1945 no interior de São Paulo, graduado e pós-graduado pela PUC-SP onde obteve o título de doutor em Filosofia e História da Educação em 1990. Exerceu vários cargos ligados à educação municipal e estadual, dentre os quais: diretor de uma escola pública experimental (GEPE lI) em São Paulo até 1972, professor de instituições de ensino superior e colaborador em projetos da Secretaria da Educação (estadual e municipal); exerceu funções na Secretaria da Educação Estadual, em Goiânia, desde 1973, onde fundou e dirigiu por três anos o Centro de Formação de Professores; foi professor titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, tendo coordenado por quatro anos o Mestrado em Educação. Atualmente é professor titular da Universidade Católica de Goiás, onde é vice-coordenador do Mestrado em Educação.
Introdução
A obra “Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente”, está organizada em três capítulos dando enfoco às competência e objetividade como requisitos básicos para que os novos profissionais da educação possam ser inseridos no mercado de trabalho, numa concepção crítica-dialética entre o concreto e o abstrato, dentro de uma abordagem Crítica-Social dos conteúdos,no qual os objetivos de conhecimentos são relacionados com outros fatos e fenômenos da realidade.
Capítulo I
No primeiro capítulo: “Profissão professor ou adeus professor, adeus professora? Exigências educacionais contemporâneas e novas atitudes docentes” é o mais extenso do livro, Libâneo explana sobre o tipo de sociedade na qual estamos inseridos (sociedade pós-industrial ou pós-moderna caracterizada), caracterizada pelas novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s), sendo trabalhada a questão: escolas e professores são necessários? Apresentando os benefícios e prejuízos causados por essas mudanças, nos diferentes setores, dentre os quais: na economia, na política, na ética que ocorre de forma sistemática e interligada até chegar ao cotidiano.
Outro ponto abordado é referente à educação que para o mesmo, deixa de ser um direito sendo transformada em serviço, como uma mercadoria, ao mesmo tempo em que se acentua o dualismo educacional, com diferentes qualidades de educação para ricos e pobres. Dessa forma, a educação considerada democrática chega ser uma utopia, pois o importante, para nossa sociedade atual, é o desenvolvimento econômico e não o desenvolvimento dos indivíduos de maneira igualitária. Nesse contexto (o autor), dentro de um pensamento lógico e crítico, faz considerações sobre a educação visando uma nova escola e com novas atitudes docentes.
Nessa perspectiva, a escola não deve ser vista como única detentora do conhecimento, não sendo meramente uma transmissora de informações, deve assumir uma postura crítica diante de seus de seus alunos, tornando os alunos agentes ativos e não como embalagem de informações. Para isso é necessário um novo professor, que venha atender estes novos tempos com uma: formação cultural; capacidade de aprender a aprender; estar aberto às mudanças; competências para saber agir; habilidades comunicativas; domínio de linguagens informacional; habilidades de articular as aulas.
Capítulo II
Já no segundo capítulo “As novas tecnologias da comunicação e informação, a escola e os professores”, o autor, discorre sobre implicações da relação entre as exigências educacionais com novas tecnologias da comunicação (TIC’s) e o processo de ensino dentro do contexto educacional pedagógico.
Inicialmente, Libâneo, esclarece que pedagogia é a teoria da prática da educativa e que a mesma está fundamentada na intencionalidade, uma vez que o conhecimento (saber) pode ser transmitido de maneira informal em distintos lugares e por distintos grupos sociais: como as famílias e igrejas. Em seguida reforça que: os “produtores e criadores de mídias” são também pedagogos como os nossos “educadores escolares”, semelhança vista em seu sentido amplo, dando ênfase à questão do favorecimento e do desenvolvimento crítico dos alunos e não simplesmente prepará-los para o trabalho.
Outra consideração feita é a de se abrangi a conjunto do ser humano, nas suas dimensões física, afetiva, cognitiva, não se reduzindo à dimensão econômica, onde propõe aos professores uma nova postura pedagógica de trabalho, na qual os conteúdos, conectados a uma problemática do contexto social, político ou econômico da criança, desenvolvem-se através de Projetos de Trabalho, significando uma mudança de postura, outra maneira de repensar a prática pedagógica e as teorias que a embasam.
Capítulo III
Por fim, no terceiro capítulo III, Libâneo faz abordagens diretas aos professores, no que diz respeito ao assumir profissional e inclusão digital, na primeira abordagem apresenta a urgência que o professor deve assumi no que se refere à dignidade e fidedignidade aos requisitos profissionais e éticos para a otimização do processo ensino-aprendizagem e ao mesmo tempo conectando-se às mudanças para não ser substituídos pela tecnologia, tornando o ato de ensinar e o processo de aprender dinâmico, eficaz e interessante. Na segunda abordagem é que, faz referencia sobre a sociedade atual e sua exigência profissional, exige profissionais mais versáteis, com domínio das mídias como instrumentos didáticos e principalmente com capacidade de aproveitar o uso das mesmas, dentro de uma competência, qualidades, valores e habilidades que irão determinar o sucesso ou o fracasso desta nova geração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário