sexta-feira, 6 de outubro de 2017

DIREITO E POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO NO CONTEXTO SOCIAL
Profa. Esp. Marline dos S. F. Ferreira
As deficiências e síndromes são diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente, (Política Nacional de educação Especial). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde - O.M.S., 10% da população de todo país, em tempo de paz, são constituídos por pessoas com algum tipo de deficiência.
Muitas deficiências podem ser evitadas por meio da prevenção de acidentes, medidas de segurança, vacinação, exames precoces, etc., mas não se pode impedir a existência de todas as deficiências. Sempre existirão pessoas com deficiência. É importante estarmos preparados para oferecer a elas oportunidades diferenciadas que promovam seu desenvolvimento e a inclusão na sociedade.
Os direitos das pessoas com deficiência são os mesmos de todas as pessoas, no entanto, muitas vezes, para exercer esses direitos, as pessoas com deficiência precisam que certas medidas especiais sejam adotadas.  Por exemplo, o direito de ir e vir das pessoas com deficiências físicas é cerceado pelas barreiras ambientais, representadas pelas escadas, degraus, calçadas esburacadas, portas estreitas, pisos escorregadios. Para transpor tais barreiras é necessário providenciar rampas, rebaixamento de guias (nos meio-fios), adaptação de sanitários para comportarem cadeiras de rodas, etc.
Um exemplo de possibilidade de inclusão, é o portador da Síndrome de Down, que é capaz de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, "73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a todo momento o que deve ser feito." (SCHWARTZNAN, 1999, p. 12). Isso demonstra a necessidade e ao mesmo tempo possibilidade desses indivíduos de participar e interferir com certa autonomia em um mundo onde "normais" e deficientes são semelhantes em suas inúmeras diferenças.
Como se sabe, o referencial de pessoas que vivem segregadas acarreta o desenvolvimento de sentimentos preconceituosos, aumentando a visão de mundo estereotipado. Neste contexto, a escola acaba “privando” esses indivíduos de expandir suas relações sociais e impede que seus esforços intelectuais cresçam, assim, todo aquele com necessidades especiais, precisa ser parte integrante e respeitado em suas limitações e alcances dentro da sociedade.
Referências
FERNANDEZ. A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
SCHWARTZNAN, José Salomão. Síndrome de Down, São Paulo: Mackenzie, Memnon, 1999.
SOUZA, Dayse Campos. Educação Inclusiva: Um sonho possível. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2004.

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