DIREITO
E POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO NO CONTEXTO SOCIAL
Profa. Esp. Marline dos S. F. Ferreira
As deficiências e síndromes
são diferenças físicas, sensoriais ou
intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter
temporário ou permanente, (Política Nacional de educação Especial).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde - O.M.S., 10% da população de
todo país, em tempo de paz, são constituídos por pessoas com algum tipo de
deficiência.
Muitas deficiências podem ser
evitadas por meio da prevenção de acidentes, medidas de segurança, vacinação,
exames precoces, etc., mas não se pode impedir a existência de todas as
deficiências. Sempre existirão pessoas com deficiência. É importante estarmos
preparados para oferecer a elas oportunidades diferenciadas que promovam seu desenvolvimento
e a inclusão na sociedade.
Os direitos das pessoas com
deficiência são os mesmos de todas as pessoas, no entanto, muitas vezes, para
exercer esses direitos, as pessoas com deficiência precisam que certas medidas
especiais sejam adotadas. Por exemplo, o
direito de ir e vir das pessoas com deficiências físicas é cerceado pelas
barreiras ambientais, representadas pelas escadas, degraus, calçadas
esburacadas, portas estreitas, pisos escorregadios. Para transpor tais
barreiras é necessário providenciar rampas, rebaixamento de guias (nos
meio-fios), adaptação de sanitários para comportarem cadeiras de rodas, etc.
Um
exemplo de possibilidade de inclusão, é o portador da Síndrome de Down, que é capaz
de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, "73%
deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a
todo momento o que deve ser feito." (SCHWARTZNAN, 1999, p. 12). Isso
demonstra a necessidade e ao mesmo tempo possibilidade desses indivíduos de
participar e interferir com certa autonomia em um mundo onde
"normais" e deficientes são semelhantes em suas inúmeras diferenças.
Como se sabe, o referencial
de pessoas que vivem segregadas acarreta o desenvolvimento de sentimentos
preconceituosos, aumentando a visão de mundo estereotipado. Neste contexto, a
escola acaba “privando” esses indivíduos de expandir suas relações sociais e
impede que seus esforços intelectuais cresçam, assim, todo aquele com
necessidades especiais, precisa ser parte integrante e respeitado em suas
limitações e alcances dentro da sociedade.
Referências
FERNANDEZ.
A. A inteligência aprisionada. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1990.
SCHWARTZNAN,
José Salomão. Síndrome de Down, São
Paulo: Mackenzie, Memnon, 1999.
SOUZA,
Dayse Campos. Educação Inclusiva: Um
sonho possível. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2004.
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