sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

PONTOS DE REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Para iniciar nossa reflexão, acredito que devemos partir de da necessidade contextual da formação, que são, dentre outras, a Institucional, a Profissional e a Pessoal.
Na Institucional, devemos observar a visão da ação coletiva dentro do ambiente escolar, de maneira a tentar formar uma rede de interação, de maneira que possibilite desenvolver o sentimento de responsabilidade no que diz respeito à criação da cultura de valorização do espaço pedagógico, bem como, (re)definir ações que diz respeito a maneira de como pode-se manter e assumir conjuntamente inciativas e possiblidades no cotidiano escolar do processo e participação da formação continuada de professores.
No Profissional, a observação deve se direcionar para a responsabilidade coletiva pela busca da formação continuada, nos aspectos da revelação da necessidade formativa, ou seja, no próprio desenvolvimento profissional, é também importante que busque a ressignificação da ação (prática) docente e especialmente do compromisso com o aprendizado do aluno.
Já no Pessoal, é direcionado para a questão da autor-responsabilidade pela própria formação continuada, com vista na realização de reflexões sobre a prática docente, no intuito de buscar superação dos desafios diários e envolvimento com o cotidiano escolar, bem como, aproveitando oportunidades de formação continuada.
Outro ponto importante, é o desenvolvimento de discursões temáticas nos cursos de qualificação de docentes, no qual deve-se abrir para relatos que envolvam a relação entre subjetividade dos docentes e sua prática pedagógica, relacionando mais diretamente  com desempenhos docente em sala de aula, de forma a romper com modelos estereotipados, que tem como ideia, uma homogeneização no desenvolvimento profissional dos professores em sua prática, aspectos que não são vistos suficientemente nos cursos de formação de professores, como afirma:  Schunidt; Ribas; Carvalho (2003, p. 20),
[...] os cursos de formação de professores, da maneira como vêm sendo desenvolvidos, não são suficientes para que o profissional da educação desempenhe, efetivamente, uma prática pedagógica consciente que leve à transformação de si próprio e daqueles que estão sob sua responsabilidade”.
Nesse sentido é importante buscar uma melhoria da qualidade da educação, de forma que serva como mecanismo de ressignificação da prática docente, no intuito de suprir necessidades do professor, e que venha a valorizar os saberes experienciais do professor com vista na autoformação, na qual suas experiências e práticas vão se configurando em seus saberes (PIMENTA apud FACCI, 2004, p. 47).
Considerações
Observamos dentro do contexto que se refere a formação de professores, tem-se a necessidade de reelaborar e ressignificar os saberes para alcançar uma melhor qualidade do processo de ensino-aprendizagem, a partir do confronto entre suas experiências e práticas docente, que de forma consciente, são vivenciadas diariamente nos contextos do campo escolar. É nesse sentido que afirma Day (apud VIEIRA, 2011, p.2), que:
O desenvolvimento profissional envolve todas as experiências espontâneas de aprendizagem e as atividades conscientemente planificadas, realizadas para benefício, direto ou indireto, do indivíduo, do grupo ou da escola e que contribuem através destes, para a qualidade da educação na sala de aula. É o processo através do qual os professores enquanto agentes de mudança, vêem, renovam e ampliam, individual ou coletivamente, o seu compromisso com os propósitos morais do ensino, adquirem e desenvolvem de forma crítica, juntamente com as crianças, jovens e colegas, o conhecimento, as destrezas e a inteligência emocional, essenciais para uma reflexão, planificação e prática profissionais eficazes, em cada uma das fases das suas vidas profissionais.
Portanto a formação continuada apresenta-se como um conjunto de aprendizagens experienciais socialmente construída permanente e inacabada, resultante da ação conjunta de todos os atores participantes do processo, dentro de um ambiente integrador e dialético, sensível a diferenciação.
Referências
FACCI, Marilda Gonçalves Dias. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor?: Um estudo crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo do constritivo e da psicologia vigotskiana. Campinas-SP: Autores Associados, 2004.
SCHMIDT, Leide Mara; RIBAS, Mariná  Holzman; CARVALHO, Marlene  Araújo  de. A prática pedagógica como fonte de conhecimento. In: QUELUZ, Gracinda; ALONSO, Myrtes (Orgs.).  O trabalho docente: Teoria e prática. São Paulo: Pioneira Tomson Learning, 2003.
VIEIRA, Eulália soares. Formação Continuada de Professores da EJA e Desenvolvimento Profissional: o Papel da Colaboração. Disponível em: http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0180.pdf acessado em: 30 dez. 2019.

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