PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO: dos Jesuítas ao Período Imperial (Tópicos)
1 Período jesuítico: 1549 a
1759
A
Companhia de Jesus tinha com missão, difundir a fé católica, objetivando a conversão
dos indígenas, por meio da catequese e instrução. As escolas jesuítas eram
regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio
Studiorum. A obra educacional desenvolvida pelos jesuítas era mantida pela
coroa. Expulsão dos jesuítas em 1759.
2 Reforma Pombalina: de 1759 a
1808
Formação
do chamado “Império Temporal Cristão”. Educação Cristã para a Companhia e não
para os interesses do país e sim criar uma escola útil aos fins do Estado,
educação laica. Da organização do ensino: Aulas régias – autônomas e isoladas,
com professor único e uma não se articulava com as outras. Educação restrita às
elites locais. Financiamento da educação, em 1772, é instituído o
"subsídio literário”. A dificuldade de cobrança desse tributo na colônia
não permitiu a adequada manutenção do ensino.
3 Período Joanino: 1808 a 1821
A
partir de 1808, com a vinda da coroa para o Brasil – a colônia virou metrópole
- houve a valorização do ensino técnico.
D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina. Preocupação
de formar os dirigentes do país com foco no ensino superior com escolas de
primeiras letras esquecida.
4 Período Imperial: 1822 a
1888
Processo
de Independência do Brasil. Dívida externa: Inglaterra. Em 1824 é outorgada a
primeira Constituição brasileira. Sobre
a educação, o Art. 179 da Constituição afirmava que a "instrução primária
é gratuita para todos os cidadãos”. Prática pedagógica: para suprir a falta de
professores institui-se o Método Lancaster, (ensino mútuo), em que um aluno
treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida
vigilância de um inspetor. Lei de primeiras letras: O Império aprovou em 1827,
a lei das escolas de primeiras letras, cujo artigo primeiro estabelecia: “em
todas as cidades, vilas e lugares mais populosos haverá escolas de primeiras
letras”. Um Ato Adicional à Constituição promulgado em 1834, colocou o ensino
primário sob a responsabilidade das Províncias, desobrigando o Estado Nacional de
cuidar desse nível de ensino. Em 1835 surgiu a primeira Escola Normal do país,
em Niterói.
Referências
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda. História da
educação. São Paulo: Moderna, 1989.
BREJON,
Moysés. (org.) Estrutura e funcionamento
do ensino de 1° e 2° graus: leituras. 7 ed. São Paulo: Pioneiras, 1976.
PILLETTI,
Nelson. Estrutura e funcionamento do
ensino de 1° grau. 22 ed. São Paulo: Ática, 1996.
________.
História da educação no Brasil. 6.
ed. São Paulo: Ática, 1996.
RIBEIRO,
Maria Luísa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. 13
ed. São Paulo: Autores Associados, 1993.
ROMANELLI,
Otaíza de Oliveira. História da educação
no Brasil. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 1991.
SILVA,
Francisco de Assis. História do Brasil.
São Paulo: Moderna, 1992.
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