sexta-feira, 6 de junho de 2014

O FETICHISMO DA MERCADORIA: UM FENÔMENO SOCIAL E PSICOLÓGICO
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Introdução
O termo Fetichismo da mercadoria apresenta-se como fenômeno social e psicológico, onde as mercadorias acabam que possui uma espécie de vontade própria e independente a seus fabricantes, adquirindo mais valor do que os seres humanos que os produzem e que, a partir de sistemas midiáticos, acabam se transformando em objetos venerados e de consumo. E dessa forma, tal mercadoria torna-se objeto de consumo estimulado pela mídia que vem se configurando como uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões, valores, anseios e sentimentos subjetivos, influenciando nas interações e relacionamento entre humanos, bem como no seu agir.
Fetichismo da mercadoria
Dentro desse fenômeno, as mercadorias acabam por adquiri uma forma extraordinária capazes de ofertar muito mais do que uma simples utilidade, apresenta-se como uma espécie de prazer dependente, que traz, dentre outro sentimento, o de: felicidade, poder e status social. Esse Fenômeno tem como origem a própria à produção capitalista (Provinda do Sistema Capitalista) e que a parti das relações de produção ganha “vida própria”, principalmente pelos mecanismos ideológicos midiáticos e que resulta no conjunto de relações sociais entre o processo de produção, a mercadoria, a propaganda e o consumidor.
Dessa forma, esse efeito (Fetichismo da mercadoria), parte, sobretudo do sistema capitalista de produção em vista aos anseios e desejos de consumo da sociedade, ou seja, é desenvolvido a partir da produção de um determinado bem ou um objeto que venha satisfazer uma necessidade qualquer do homem. Outro ponto é a necessidade de que se tenha “valor de uso” e utilidade, que tenham também determinada qualidade e/ou característica material, sendo este fenômeno, impulsionado pelo poder midiático, de forma a condicionar a vida material e as relações de processo da vida social, econômica, cultural, política e até mesmo espiritual.
O poder midiático dentro do fenômeno do Fetichismo da mercadoria
A mídia dentro do processo do Fetichismo da mercadoria influencia o consumismo, transformando as informações em verdadeiros produtos, de forma a manipular o consumidor, influenciado direta e indiretamente o modo de viver, bem como a construção personalidade sociais e conduta de vida, tornando o consumo uma espécie de uma forma de lazer, de libertação e até mesmo de exercício de cidadania.
Desta forma a mídia acaba que levando o homem a desenvolver um tipo de obrigação de consumismo mesmo sem necessidade, conduzindo o ser humano à concepção de que o seu valor é medido pelo seu poder de consumo, ou seja, pelo seu poder de compra. Essa atitude acaba que gerando em certas pessoas, o chamado consumo desenfreado e a construção de um mundo utópico de realizações das subjetividades interiores, como se os produtos fossem capazes de propiciar o completo bem-estar social.
Considerações
O que nota-se com o fenômeno do Fetichismo da mercadoria, é a ocorrência da desvalorização do mundo humano (das suas virtudes) e a valorização do mundo material (o produto – mercadoria) com bases ideológicas e concepções políticas, religiosas, dentro de uma ilusão de prazer e poder e que influencia o modo de pensar e concepções de vida e do mundo. E, nesse contexto a mídia surge como uma ferramenta poderosa, manipuladora, e ao mesmo tempo criadora de opiniões, normas e conduta social, do agir humano e das realizações dos desejos pessoais, onde o consuma ilusoriamente o tornará um ser cada vez mais feliz, ou seja, que a plena realização pessoal e adquirida através do consumo.
Referência
SAKAMOTO, Bernardo Alfredo Mayta. Filosofia política contemporânea. São Luís: UemaNet, 2013. Disponível no Ambiente AvaMoodle.

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