HERÁCLITO, PLATÃO E ARISTÓTELES (PONTOS REFLEXÕES 4)
Prof.
Esp. Francisco das C. M. dos Santos
1. Descreva as influências de Heráclito,
Pitágoras e Sócrates no pensamento de Platão.
Heráclito – sua influencia é relacionada à
concepção de que o mundo sensível está em eterno andamento, sendo que os
agentes e pacientes se revezam ao infinito, onde cores e visões, odores e
olfações, a rigor, são todas individuais e intransferíveis, de maneira que
nada, nesse terreno (no meio em que ocorrem tais relações), resta uno em si, de
modo que pudesse ser tema de um discurso universal.
Pitágoras – a influencia é pautada no o culto à
matemática, de cujo ser exclusivo tira a convicção na imortalidade da alma e na
teoria da reminiscência e do conhecimento. Outro ponto é a concepção
relacionada à própria distinção entre sensível e puramente inteligível (como
são os entes matemáticos), relacionada ao esquema para pensar o descontínuo,
que também está na base de sua teoria e das ideias filosóficas.
Sócrates – Tem sua influencia relacionadas às
universais morais, no sentido de que não apenas devem ser entes autônomos, como
até os mais entes dentre os entes, dessa forma, a existência de um fator de
distinção e hierarquização dos saberes e dos discursos, escapa ao relativismo e
perspetivismo, logo, a filosofia tem um fim prático, moral, sendo uma grande
ciência que resolve o problema da vida. Dessa forma, o fim prático realiza-se,
no entanto, intelectualmente, através da especulação, do conhecimento da
ciência e que o conhecimento empírico, sensível, chegar ao conhecimento
intelectual, conceptual, universal e imutável.
2. Quais as principais críticas de Aristóteles a
Platão?
Platão idealizava dois mundos existentes: o mundo
concreto, aquele que é apreendido por nossos sentidos, que se encontra em
constante transformação e o mundo abstrato, o das idéias, acessível somente
pelo intelecto, estável e independente do tempo e do espaço material, já
Aristóteles, ao contrário, defende a existência de um único mundo: este em que
vivemos, e o que está além de nossa experiência sensível, não pode ser
considerado como um mundo existente, ou seja, não é nada para nós.
Nesse contexto, para Aristóteles, o que consistia
era discursar cientificamente sobre as coisas concretas desse mundo sensível, e
não apenas sobre certas essências inteligíveis que dele estariam fora, pois o
real (concreto) não se realiza de qualquer maneira, mas de uma maneira
determinada e sistemática, ou seja, significa que existe uma ordem natural,
embora os seres dotados de percepção e inteligência, segundo as transformações
de estado de seus corpos e suas almas, apreenderem-na de modo variável. Dessa
maneira, os universais têm vivência ativa, mas não existem como indivíduos
separados.
3. Como Aristóteles define matéria e forma, de um
lado, e potência e ato, de outro? Por que a matéria e a potência são
consideradas indeterminadas?
A matéria é um subjacente (hypokeímenon) inerte, ou seja, é aquela coisa que, por si, não é nem algo já determinado, nem uma quantidade nem qualquer outra das consignações do ser , é como material bruto, amórfico, inerte e receptivo, do qual as coisas naturais são compostas; e a forma, é o que determina cada coisa como isso ou como aquilo, é o que define o que o ser é.
Potência é a capacidade de uma coisa transformar-se em outra, em função de sua necessidade, ou até mesmo, devido sua impossibilidade de continuar sempre constante, ou seja, permanecer a ser o que é sem possibilidade de modificação, já o ato é a condição existência e do ser das coisas, assim, uma coisa é assim ou não. “[...] ou há uma árvore ou não há, ou a árvore é assim ou não é”. (RIBEIRO, 2008).
A matéria é um subjacente (hypokeímenon) inerte, ou seja, é aquela coisa que, por si, não é nem algo já determinado, nem uma quantidade nem qualquer outra das consignações do ser , é como material bruto, amórfico, inerte e receptivo, do qual as coisas naturais são compostas; e a forma, é o que determina cada coisa como isso ou como aquilo, é o que define o que o ser é.
Potência é a capacidade de uma coisa transformar-se em outra, em função de sua necessidade, ou até mesmo, devido sua impossibilidade de continuar sempre constante, ou seja, permanecer a ser o que é sem possibilidade de modificação, já o ato é a condição existência e do ser das coisas, assim, uma coisa é assim ou não. “[...] ou há uma árvore ou não há, ou a árvore é assim ou não é”. (RIBEIRO, 2008).
Tanto a matéria como a potência quando no limite
da potencialidade e materialidade, propagam uma completa e absoluta
indeterminação, pois pode originar qualquer coisa indistintamente, dessa forma,
a matéria está entrelaçada com a potência, sendo que esta é operante e ativa de
maneira a incitar a própria matéria e mantendo um caráter de atividade.
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