quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Considerações a cerca do conceito de Filosofia da Ciência
Para Pelella (2001, p. 21), a Filosofia da Ciência traz como função, a busca da elucidação e catalogação de: fundamentos, definições, teorias e leis do conhecimento, a partir da articulação da lógica com ideias tendo em vista as asserções e inferências, de forma a realizar a re-elaboração de maneira inteligível de conteúdos das áreas especificas da ciência, no intuito de beneficiar a própria sociedade.
Nesse Sentido, a Filosofia da Ciência apresenta-se epistemologicamente e antologicamente descrita como parte da ciência que trata de temáticas filosóficas que analisa estudos, pressupostos e fundamentos de implicações filosóficas referentes à Ciência, dentre as quais as temáticas referentes às: Ciências Naturais (Biológicas e Físicas) e Sociais (economia e psicologia).
[...] tentamos aproximar o conceito de ciência ao de "Filosofia da Ciência". Podemos assim resumir os seus objetivos:
• Definir o conceito de ciência e encontrar seus fundamentos;
• Ilustrar seus métodos;
• Construir uma linguagem científica;
• Desvendar a estrutura lógica dos sistemas científicos;
• Definir a construção do saber científico;
• Apontar o seu papel social. (PELELLA 2001, p. 23)
O que se observa, de acordo com Pelella, no intuído de buscar uma melhor compreensão conceitual de Filosofia da Ciência, é necessário analisar alguns objetivos, que direcionam um olhar para o papel da mesma que é de o controle da análise crítica das ciências específicas, de maneira a justificar o entendimento analítico que permite a projeção dos saberes encontrados a partir da Ciência, para além do domínio dos resultados observados, que tem como base o cotidiano, de modo questionador que vai do observável para o do não observável.
Outro ponto importante destacado pelo autor é o pressuposto que fundamenta a Filosofia da Ciência, ao qual, reside no aspecto que aborda a contextualização do conhecimento científico com relação à sua história e seu objetivo de refletir sobre os diversos aspectos problemáticos de tal trajetória, dentre os quais:
a) Os antigos filósofos gregos e medievais nos quais apresentam a ciência como produto formado pelo intelecto, sem suporte de experiência, articulado principalmente pela dedução;
b) Os modernos com destaque para Descartes ao qual o conhecimento da verdade só é possível de início, se colocar tudo o que conhecemos em dúvida, questionando para criteriosamente; e, Hume que apresenta a concepção de que todos os objetos do conhecimento se dividem em ralações de ideias e de quentões de fato baseado em causa e efeito;
c) Filosofia transcendental de Kant que apresenta a ciência como universal e verdadeira, sendo o conhecimento científico a priori;
d) E a fase contemporânea, relacionada aos pressupostos teóricos e metodológicos do conhecimento científico, com destaque para o empirismo lógico; a teoria de Quine; a crítica de Popper ao empirismo lógico; e, as críticas à teoria popperiana de Kuhn e Feyerabend.
Nesse contexto, Filosofia da Ciência pode ser conceituada como o estudo dos pressupostos (fundamentados nos aspectos racionais, empíricos e pragmáticos), teorias e métodos (simbólicos e estruturais lógicos) decorrentes das áreas específicas da Ciência, sobrepondo-se sobre a metafísica e a epistemologia, de forma a investigar os conhecimento e resultados encontrados de modo crítico para uma re-elaboração do conhecimento sobre homem e do mundo em que o mesmo vive.
Referências
PELELLA, Giovanni. Filosofia das ciências. São Luís: UemaNet, 2011. Disponível no ambiente uemanet. Acessado em outubro de 2011.

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