Considerações
a cerca do conceito de Filosofia da Ciência
Para Pelella (2001, p. 21), a Filosofia da Ciência traz
como função, a busca da elucidação e catalogação de: fundamentos, definições,
teorias e leis do conhecimento, a partir da articulação da lógica com ideias
tendo em vista as asserções e inferências, de forma a realizar a re-elaboração
de maneira inteligível de conteúdos das áreas especificas da ciência, no
intuito de beneficiar a própria sociedade.
Nesse Sentido, a Filosofia da Ciência apresenta-se epistemologicamente
e antologicamente descrita como parte da ciência que trata de temáticas
filosóficas que analisa estudos, pressupostos e fundamentos de implicações filosóficas
referentes à Ciência, dentre as quais as temáticas referentes às: Ciências
Naturais (Biológicas e Físicas) e Sociais (economia e psicologia).
[...] tentamos
aproximar o conceito de ciência ao de "Filosofia da Ciência". Podemos
assim resumir os seus objetivos:
• Definir o
conceito de ciência e encontrar seus fundamentos;
• Ilustrar
seus métodos;
• Construir
uma linguagem científica;
• Desvendar a
estrutura lógica dos sistemas científicos;
• Definir a
construção do saber científico;
• Apontar o
seu papel social. (PELELLA 2001, p. 23)
O que se observa, de acordo com Pelella, no intuído
de buscar uma melhor compreensão conceitual de Filosofia da Ciência, é
necessário analisar alguns objetivos, que direcionam um olhar para o papel da
mesma que é de o controle da análise crítica das ciências específicas, de maneira
a justificar o entendimento analítico que permite a projeção dos saberes
encontrados a partir da Ciência, para além do domínio dos resultados observados,
que tem como base o cotidiano, de modo questionador que vai do observável para
o do não observável.
Outro
ponto importante destacado pelo autor é o pressuposto que fundamenta a Filosofia
da Ciência, ao qual, reside no aspecto que aborda a contextualização do conhecimento
científico com relação à sua história e seu objetivo de refletir sobre os diversos
aspectos problemáticos de tal trajetória, dentre os quais:
a) Os antigos filósofos gregos e medievais nos
quais apresentam a ciência como produto formado pelo intelecto, sem suporte de
experiência, articulado principalmente pela dedução;
b) Os modernos com destaque para Descartes ao qual o conhecimento
da verdade só é possível de início, se colocar tudo o que conhecemos em dúvida,
questionando para criteriosamente; e, Hume que apresenta a concepção de que todos
os objetos do conhecimento se dividem em ralações de ideias e de quentões de
fato baseado em causa e efeito;
c) Filosofia transcendental de Kant que apresenta a
ciência como universal e verdadeira, sendo o conhecimento científico a priori;
d) E a fase contemporânea, relacionada
aos pressupostos teóricos e metodológicos do conhecimento científico, com
destaque para o empirismo lógico; a teoria de Quine; a crítica de Popper ao
empirismo lógico; e, as críticas à teoria popperiana de Kuhn e Feyerabend.
Nesse
contexto, Filosofia da Ciência pode ser conceituada como o estudo dos
pressupostos (fundamentados nos aspectos racionais, empíricos e pragmáticos), teorias
e métodos (simbólicos e estruturais lógicos) decorrentes das áreas específicas
da Ciência, sobrepondo-se sobre a metafísica e a epistemologia, de forma a
investigar os conhecimento e resultados encontrados de modo crítico para uma
re-elaboração do conhecimento sobre homem e do mundo em que o mesmo vive.
Referências
PELELLA,
Giovanni. Filosofia das ciências. São Luís: UemaNet, 2011. Disponível no
ambiente
uemanet. Acessado em outubro de 2011.
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