quarta-feira, 6 de julho de 2016

AFETIVIDADE NA LEITURA E ESCRITA (Uma Reflexão)

Ler e escrever, mais do que um processo individual é uma prática social. Quer dizer, há diferentes práticas de leitura que se realiza em diferentes espaços sociais nos quais as pessoas circulam. Além disso, a leitura e a escrita tem papel fundamental no processo de alfabetização, representa um passo importante para a entrada da criança no mundo da escrita.
Nessa perspectiva, na escola se deve ler para aprender a participar das práticas sociais de leitura. E, nesse contexto democrático, a escola é instituição social com uma finalidade especifica: possibilitar ao aluno o acesso orientado e sistematizado a parcela do conhecimento produzido social e historicamente selecionado por ela como relevante para a constituição do cidadão.
Segundo Sara Pain (1989), o processo de ensino-aprendizagem constitui um momento histórico, um organismo, uma etapa genética da inteligência e um sujeito, o que implica na contribuição teórica do materialismo histórico da epistemologia genética de Piaget e da psicanálise freudiana que dizem respeito à ideologia, à operatividade e ao inconsciente, respectivamente.  Está aí o sujeito integral e integralizado no seu ambiente.
Para tanto, as crianças tem então sua percepção estimulada de maneira a aceitar as diferenças entre as pessoas aos modos de expressão e de comportamento, a aprendizagem é um desafio nesta fase ensino. As pessoas que falam determinadas línguas sabem reconhecer e produzir textos e sabem também distinguir os que fazem dos que não fazem sentido. Uma passagem que é incoerente ou absurda causa um estranhamento nos ouvintes ou nos leitores.
Para compreender e saber produzir textos, as pessoas possuem uma competência linguística denominada competência textual. Mesmo as crianças pequenas possuem essa capacidade, que pode ser melhorada por meio de exercícios, e, atividades orais e escritas.
A afetividade no processo de leitura e escrita está intimamente ligada ao processo de aprendizagem humana. Tem como concepção olhar para o indivíduo e destacar suas singularidades e potencialidades enquanto sujeito. Do ponto de vista da Psicologia, cabe a escola o desenvolvimento cognitivo e sócio afetivo do aluno, que pode ser estimulado por meio de uma aprendizagem significativa, na qual haja uma articulação com o cotidiano e a vivência de forma motivadora, criativa e crítica.  (BOSSA, 2000)
A aprendizagem constitui um dos prazeres da vida. O ensino, por isso, precisa ser agradável, leitura para encantar o aprendente e ajudá-lo a se apropriar dos saberes que podem favorecer a sua integração com o mundo que o cerca.
Dessa forma, a leitura lúdica surge como um instrumento otimizador que objetiva dinamizar os processos de aprendizagem e ressignificar práticas escolares dentro do processo de aquisição da linguagem da criança, ou seja, um recurso auxiliador do processo da aprendizagem linguística onde estimula e busca desenvolver a inteligência e as emoções, construindo conhecimentos e valores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário