AFETIVIDADE NA LEITURA E
ESCRITA (Uma Reflexão)
Ler e escrever, mais do que um processo
individual é uma prática social. Quer dizer, há diferentes práticas de leitura
que se realiza em diferentes espaços sociais nos quais as pessoas circulam.
Além disso, a leitura e a escrita tem papel fundamental no processo de
alfabetização, representa um passo importante para a entrada da criança no
mundo da escrita.
Nessa perspectiva, na escola se deve ler para
aprender a participar das práticas sociais de leitura. E, nesse contexto
democrático, a escola é instituição social com uma finalidade especifica:
possibilitar ao aluno o acesso orientado e sistematizado a parcela do
conhecimento produzido social e historicamente selecionado por ela como
relevante para a constituição do cidadão.
Segundo Sara Pain (1989), o processo de
ensino-aprendizagem constitui um momento histórico, um organismo, uma etapa
genética da inteligência e um sujeito, o que implica na contribuição teórica do
materialismo histórico da epistemologia genética de Piaget e da psicanálise
freudiana que dizem respeito à ideologia, à operatividade e ao inconsciente,
respectivamente. Está aí o sujeito
integral e integralizado no seu ambiente.
Para tanto, as crianças tem então sua
percepção estimulada de maneira a aceitar as diferenças entre as pessoas aos
modos de expressão e de comportamento, a aprendizagem é um desafio nesta fase
ensino. As pessoas que falam determinadas línguas sabem reconhecer e produzir
textos e sabem também distinguir os que fazem dos que não fazem sentido. Uma
passagem que é incoerente ou absurda causa um estranhamento nos ouvintes ou nos
leitores.
Para compreender e saber produzir textos, as
pessoas possuem uma competência linguística denominada competência textual.
Mesmo as crianças pequenas possuem essa capacidade, que pode ser melhorada por
meio de exercícios, e, atividades orais e escritas.
A afetividade no processo de leitura e
escrita está intimamente ligada ao processo de aprendizagem humana. Tem como
concepção olhar para o indivíduo e destacar suas singularidades e
potencialidades enquanto sujeito. Do ponto de vista da Psicologia, cabe a
escola o desenvolvimento cognitivo e sócio afetivo do aluno, que pode ser
estimulado por meio de uma aprendizagem significativa, na qual haja uma
articulação com o cotidiano e a vivência de forma motivadora, criativa e
crítica. (BOSSA, 2000)
A aprendizagem constitui um dos prazeres da
vida. O ensino, por isso, precisa ser agradável, leitura para encantar o
aprendente e ajudá-lo a se apropriar dos saberes que podem favorecer a sua
integração com o mundo que o cerca.
Dessa forma, a leitura lúdica surge como um
instrumento otimizador que objetiva dinamizar os processos de aprendizagem e
ressignificar práticas escolares dentro do processo de aquisição da linguagem
da criança, ou seja, um recurso auxiliador do processo da aprendizagem linguística
onde estimula e busca desenvolver a inteligência e as emoções, construindo
conhecimentos e valores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário