quarta-feira, 6 de setembro de 2017

TÓPICOS DE FILOSOFIA DA MENTE* (Parte 02)
1. Materialismo: É a grande moda da filosofia da mente dos séculos XX e XXI. Sua ideia básica é que toda a nossa vida mental nada mais seria do que uma grande variação dos estados químicos e físicos de nosso cérebro.
2. Variações teóricas do materialismo (correntes): Delineiam possíveis soluções para o problema mente-cérebro – Estados Mentais são estados cerebrais, ou seja, há uma identidade entre estados mentais e estados cerebrais (teoria da identidade) ou estados mentais são redutíveis aos estados celebrais (teoria reducionista).
3. Fisicalismo: Chamado de materialismo, empregada como sinônimo de materialismo, no sentido de que estados mentais são estados físicos. A afirmação popular de que a mente seria algum tipo de energia é um tipo de fisicalismo, pois a energia é uma entidade física.
4. Escola australiana: defendia a teoria da identidade mente-cérebro. Apregoaram que a neurociência, num futuro não muito distante, provaria, definitivamente a verdade de sua ‘equação’ (mente é igual a cérebro). Seus representantes são U.Y. Place, J.J.C. Smart, D.M. Armstrong.
5. U.Y. Place: ilustra a teoria da identidade como a figura de uma nuvem, a qual numa visão mais refinada, nada mais é que uma multiplicidade de gotículas de água. Ou seja, a nuvem é a aparência e o conjunto de gotículas, a essência. Nesse sentido, para ele, os estados mentais são aparência de um imenso conjunto de eventos neurais no cérebro. A linguagem psicológica e a linguagem física designam que usamos para expressar as coisas do mundo, na verdade, um Nico e mesmo conjunto de objetos, a saber, os eventos neurais no cérebro.
6. Ludwig Wittgenstein: critico da teoria da identidade levou a outros pensadores levantarem o seguinte paradoxo – ‘minha ansiedade ocorreu a cinco centímetros do hemisfério esquerdo de meu cérebro’. A teoria da identidade diz que mente não é igual a cérebro.
 7. Diferença entre a teoria da identidade e teoria reducionista: Teoria da Identidade – afirma que estados mentais são estados cerebrais; e, Teoria Reducionista – estados mentais podem ser reduzidos a estados cerebrais.
8. Teoria Reducionista: Acha que a psicologia vai ser completamente subsumida (tragada) pela Neurociência, a Neurociência pela Bioquímica, a Bioquímica pela Química, a Química pela Física. Ou seja, é um programa completo, um programa onde acredita-se com toda certeza que tudo aquilo que acontecer nas nossas mentes e no pensamento é simplesmente uma questão de movimentação de elementos químicos de átomos e de substâncias dentro de nossos corpos.
9. O maior paradoxo do materialismo: está nele mesmo, pois ao sustentar que ‘todos os estados mentais são estados cerebrais’, está afirmando que esta proposição também é um estado cerebral, que depende do próprio cérebro. Mas isso poderia mudar pela ingestão, por exemplo, de alguma droga.
·      Estados mentais podem ser influenciados pela aquilo que ingerimos (o consumo de uma bebida alcoólica poderá afetar a mente) ou por problemas emocionais (dor, susto, raiva).
·      A teoria reducionista vem buscar resolver, explicar todas as questões e todos os problemas que envolvem as questões mente e cérebro.
*Compilação: Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário