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DE FILOSOFIA DA MENTE* (Parte 02)
1.
Materialismo: É a grande moda da filosofia da mente dos séculos XX e XXI. Sua
ideia básica é que toda a nossa vida mental nada mais seria do que uma grande
variação dos estados químicos e físicos de nosso cérebro.
2.
Variações teóricas do materialismo (correntes): Delineiam possíveis soluções
para o problema mente-cérebro – Estados Mentais são estados cerebrais, ou seja,
há uma identidade entre estados mentais e estados cerebrais (teoria da
identidade) ou estados mentais são redutíveis aos estados celebrais (teoria
reducionista).
3.
Fisicalismo: Chamado de materialismo, empregada como sinônimo de materialismo,
no sentido de que estados mentais são estados físicos. A afirmação popular de
que a mente seria algum tipo de energia é um tipo de fisicalismo, pois a
energia é uma entidade física.
4.
Escola australiana: defendia a teoria da identidade mente-cérebro. Apregoaram
que a neurociência, num futuro não muito distante, provaria, definitivamente a
verdade de sua ‘equação’ (mente é igual a cérebro). Seus representantes são
U.Y. Place, J.J.C. Smart, D.M. Armstrong.
5.
U.Y. Place: ilustra a teoria da identidade como a figura de uma nuvem, a qual
numa visão mais refinada, nada mais é que uma multiplicidade de gotículas de água.
Ou seja, a nuvem é a aparência e o conjunto de gotículas, a essência. Nesse
sentido, para ele, os estados mentais são aparência de um imenso conjunto de
eventos neurais no cérebro. A linguagem psicológica e a linguagem física
designam que usamos para expressar as coisas do mundo, na verdade, um Nico e
mesmo conjunto de objetos, a saber, os eventos neurais no cérebro.
6.
Ludwig Wittgenstein: critico da teoria da identidade levou a outros pensadores
levantarem o seguinte paradoxo – ‘minha ansiedade ocorreu a cinco centímetros
do hemisfério esquerdo de meu cérebro’. A teoria da identidade diz que mente
não é igual a cérebro.
7. Diferença entre a teoria da identidade e
teoria reducionista: Teoria da Identidade – afirma que estados mentais são
estados cerebrais; e, Teoria Reducionista – estados mentais podem ser reduzidos
a estados cerebrais.
8.
Teoria Reducionista: Acha que a psicologia vai ser completamente subsumida
(tragada) pela Neurociência, a Neurociência pela Bioquímica, a Bioquímica pela
Química, a Química pela Física. Ou seja, é um programa completo, um programa
onde acredita-se com toda certeza que tudo aquilo que acontecer nas nossas
mentes e no pensamento é simplesmente uma questão de movimentação de elementos
químicos de átomos e de substâncias dentro de nossos corpos.
9. O maior paradoxo do materialismo: está
nele mesmo, pois ao sustentar que ‘todos os estados mentais são estados
cerebrais’, está afirmando que esta proposição também é um estado cerebral, que
depende do próprio cérebro. Mas isso poderia mudar pela ingestão, por exemplo,
de alguma droga.
· Estados
mentais podem ser influenciados pela aquilo que ingerimos (o consumo de uma
bebida alcoólica poderá afetar a mente) ou por problemas emocionais (dor,
susto, raiva).
·
A teoria reducionista vem buscar resolver,
explicar todas as questões e todos os problemas que envolvem as questões mente
e cérebro.
*Compilação: Prof.
Esp. Francisco das C. M. dos Santos
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