quarta-feira, 6 de setembro de 2017

TÓPICOS DE FILOSOFIA DA MENTE* (Parte 03)
1. Emergentismo (Morgan 1923; Sperry 1969; McLaughlin 1992): concebi a relação entre mente e cérebro como uma propriedade emergente. A localização estrita dos estados mentais no espaço vai desaparecer.
·      O seu princípio nuclear é a afirmação de que algumas propriedades de segunda ordem, em particular a consciência e a intencionalidade, são emergentes no sentido de que, embora só apareçam quando se verifica um conjunto favorável de condições físicas, são propriedades genuinamente novas que não são explicáveis nem previsíveis em termos das suas condições físicas subjacentes. 
·      A tese geral do emergentismo seria a de que, quando a matéria adquire certo grau de complexidade, aparecem propriedades genuinamente novas, que não estão presentes em cada uma das partes separadas do todo. Isso que queremos considerar como “genuinamente novo” seria objeto de muito debate, e o reducionista poderia até aceitar que as propriedades macroscópicas como a elasticidade ou “ser úmido” só podem surgir como propriedades coletivas em sistemas complexos.
2. Materialismo eliminativista: radicalização do materialismo reducionista (que afirma que tudo vai ser explicado através da física e reações químicas). Acredita que todos os problemas poderão se tratados através de substâncias químicas e o materialismo vai explicar todos os problemas mentais e alma humana. O materialismo eliminativo sustenta que não existe essa coisa mental: que tudo é material no sentido estrito de "físico".
·      Para os eliminativistas, a estrutura psicológica de nosso senso comum, por ser completamente errônea, não pode ser reduzida mediante correspondências neurológicas ‘um-a-um’ como desejam os reducionistas, porém ela deve ser pura e simplesmente eliminada, cedendo lugar ao arcabouço de uma neurociência amadurecida.
·      É o modelo de consciência que decorre da doutrina do neurônio (Ramon y Cayal). Os estados psicológicos, eventos ou processo mentais são estados, eventos e processos do cérebro e são produtos específicos da arquitetura neuronal. Assim, qualquer tipo de explicação que recorra a uma dimensão mentalista para dar conta do comportamento humano é enganoso.
*Compilação: Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos

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