sexta-feira, 6 de setembro de 2019

PROCESSO DE APRENDIZAGEM (DA CRIANÇA AO IDOSO): COMO O ALUNO APRENDE? (Pontos de reflexões)
O aluno, ao desenvolver maior conhecimento de suas características individuais de aprendizagem, poderá planejar seu método de estudo, levando em conta os fatores que, de acordo com a auto-observação, são mais relevantes para seu rendimento pessoal e para uma experiência significativa.
Para que esse processo seja possível, é necessário buscar compreender as concepções, atitudes e habilidades que constituem e apoiam o seu estudo, dentre as quais: a percepção do desenvolver das capacidades de procurar, localizar, gerir e analisar a informação disponível; e, da forma do aprender por si próprio, mas sem esquecer que a interação com os outros é fundamental para que a aprendizagem aconteça.
E nesse contexto, surgem a ideia sobre autoaprendizagem, que sugerem que não devemos oferecer um único procedimento metodológico ou roteiro de estudo para todos os alunos no processo de aprendizagem, pois cada um tem um estilo e ritmo distintos de aprendizagem, de maneira a evitar a inibição das ricas experiências adquirida anteriormente no deu cotidiano.
Aprendizado ou aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato direto com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas. [...] Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo (OLIVEIRA, 2009, p. 59).
Assim, é necessário identificar características que favoreçam a aprendizagem do aluno, dentre as quais: como atingir objetivos reais/concretos; como valorizar as experiências trazidas por cada aluno; como relacionar as experiencias com novos conhecimentos e às situações da vida real; e, como motivar para o aprender.
E dentro desses aspectos podemos ressaltar alguns estímulos que podem ser utilizados para motivar o aprendizado, sendo estes: maior satisfação; elevação da autoestima; melhoria da qualidade de vida, buscando evita os entraves (barreiras) bloqueadores como: autoconceito negativo; falta de oportunidades, recursos e escassez de tempo.
Portanto, a aprendizagem do aluno precisa ser permeada de atividades voluntárias apoiadas numa grande bagagem de experiências, regida por motivação intrínsecas e favorecidas pelos estímulos externos, baseada na interdisciplinaridade, com objetivos claros, dentro de um clima afetivo e que contemple os diferentes estilos de aprendizagem, necessidades e experiências vividas dos alunos.
Referências
AUSUBEL, David P. Psicologia Educativa: um ponto de vista cognoscitivo. México: Editorial Trillas, 1976
BANDEIRA, Sandra Virginia Orly Pinto. Psicologia do desenvolvimento. São Luís: Uemanet, 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Apontamentos sobre pedagogia critico-social e socioconstrutivismo. Goiânia: Mimeo, 1995.
OLIVEIRA, M. K. de. Ciclos de vida: algumas questões sobre a psicologia do adulto. Educação e Pesquisa. São Paulo. v. 30, n.2, maio/ago/2004; pp.211-229.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
TENREIRO, Maria Odete Vieira, et al. Psicologia da Educação. Ponta Grossa-PR:  Ed.UEPG, 2009.

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