PROCESSO DE APRENDIZAGEM (DA CRIANÇA AO IDOSO): COMO O
ALUNO APRENDE? (Pontos de reflexões)
O aluno, ao desenvolver maior conhecimento de
suas características individuais de aprendizagem, poderá planejar seu método de
estudo, levando em conta os fatores que, de acordo com a auto-observação, são
mais relevantes para seu rendimento pessoal e para uma experiência
significativa.
Para que esse processo seja possível, é
necessário buscar compreender as concepções, atitudes e habilidades que
constituem e apoiam o seu estudo, dentre as quais: a percepção do desenvolver das
capacidades de procurar, localizar, gerir e analisar a informação disponível;
e, da forma do aprender por si próprio, mas sem esquecer que a interação com os
outros é fundamental para que a aprendizagem aconteça.
E nesse contexto, surgem a ideia sobre
autoaprendizagem, que sugerem que não devemos oferecer um único procedimento metodológico
ou roteiro de estudo para todos os alunos no processo de aprendizagem, pois cada
um tem um estilo e ritmo distintos de aprendizagem, de maneira a evitar a inibição
das ricas experiências adquirida anteriormente no deu cotidiano.
Aprendizado ou aprendizagem é o
processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes,
valores, etc. a partir de seu contato direto com a realidade, com o meio
ambiente e com as outras pessoas. [...] Em Vygotsky, justamente por sua ênfase
nos processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a
interdependência dos indivíduos envolvidos no processo (OLIVEIRA, 2009, p. 59).
Assim, é necessário identificar características
que favoreçam a aprendizagem do aluno, dentre as quais: como atingir objetivos reais/concretos;
como valorizar as experiências trazidas por cada aluno; como relacionar as
experiencias com novos conhecimentos e às situações da vida real; e, como
motivar para o aprender.
E dentro desses aspectos podemos ressaltar alguns
estímulos que podem ser utilizados para motivar o aprendizado, sendo estes: maior
satisfação; elevação da autoestima; melhoria da qualidade de vida, buscando
evita os entraves (barreiras) bloqueadores como: autoconceito negativo; falta
de oportunidades, recursos e escassez de tempo.
Portanto, a aprendizagem do aluno precisa ser
permeada de atividades voluntárias apoiadas numa grande bagagem de experiências,
regida por motivação intrínsecas e favorecidas pelos estímulos externos,
baseada na interdisciplinaridade, com objetivos claros, dentro de um clima
afetivo e que contemple os diferentes estilos de aprendizagem, necessidades e
experiências vividas dos alunos.
Referências
AUSUBEL, David P. Psicologia Educativa: um ponto
de vista cognoscitivo. México: Editorial Trillas, 1976
BANDEIRA, Sandra Virginia Orly Pinto. Psicologia
do desenvolvimento. São Luís: Uemanet, 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Apontamentos sobre
pedagogia critico-social e socioconstrutivismo. Goiânia: Mimeo, 1995.
OLIVEIRA, M. K. de. Ciclos de vida: algumas
questões sobre a psicologia do adulto. Educação e Pesquisa. São Paulo. v. 30,
n.2, maio/ago/2004; pp.211-229.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky aprendizado e
desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
TENREIRO, Maria Odete Vieira, et al. Psicologia
da Educação. Ponta Grossa-PR: Ed.UEPG,
2009.
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