quinta-feira, 6 de agosto de 2020

MÍDIA VIDEOGRÁFICA E A EAD (*Recorte de texto)

Arlindo Machado (1993) afirma que o vídeo surgiu em um contexto diferente do cinema em meados da década de 1960 por uma exploração criativa subvertida de um lado e pela incontrolável proliferação de práticas autônomas de outro. Essa afirmação nos conduz a acreditar que o vídeo tem todas as potencialidades para “prender”, transformar, cativar as pessoas, uma vez que o uso do audiovisual consegue mexer com os sentidos mais sagazes do nosso organismo: a visão e a audição.

Nesse sentido, podemos constatar que o uso da mídia videográfica na educação fez com que o professor assumisse de fato o papel de mediador, estabelecendo um elo entre o estudante e o conhecimento, rompendo com a função mecânica de transmissor. Com a introdução das tecnologias da informação e comunicação na educação, em especial, do vídeo, fez com que a função do professor enquanto mediador assumisse características de orientador, motivador, facilitador, como afirma Ferres (1996), uma vez que sua responsabilidade agora é estabelecer um diálogo entre as mídias utilizadas no processo educativo.

Na perspectiva da educação a distância, o vídeo é uma das mídias mais ricas e poderosas no processo formativo, uma vez que aproxima os sujeitos estudantes distantes dos sujeitos docentes distantes através da visão e da audição, tornando-os próximos e interligados.

O vídeo na educação a distância é utilizado de várias maneiras como afirma Cordeiro (2007) e como podemos constatar a seguir:

Vídeo aula – aula expositiva de determinado tema.

Vídeo informativo – busca apresentar uma demonstração clara e concisa de uma realidade explorada no conteúdo de trabalho.

Vídeo motivacional – busca promover a motivação, despertar algum aspecto afetivo, cognitivo ou motor necessário para o momento de reflexão e/ou relaxamento.

Vídeo reportagem / documentário – objetiva apresentar com clareza de detalhes a relação cotidiana, empírica de algum conteúdo estudado.

Vídeo entrevista – busca apresentar pontos de vista diferenciados e/ou ampliados sobre determinado tema de trabalho.

Para o uso da mídia videográfica na EaD devemos buscar “surpreender constantemente com novidades cada vez mais sofisticadas que lhe abres novas perspectivas como meio de expressão audiovisual” (FERRES, 1996) e nesse sentido, não pensar o vídeo de forma muito sistematizada, fechada e definitiva.

O vídeo elaborado para EaD tem a necessidade de possuir:

• linguagem clara;

• tema definido e claro;

• informações relacionadas aos conteúdos trabalhados;

• utilização de recursos complementares de explicação do conteúdo (Power point, imagens, fotografias)

• tamanho médio (para não ficar cansativo e desinteressante);

• dinâmico.

Assim, podemos concluir que o aspecto-chave que valida o uso do vídeo na educação, em especial na educação a distância, é o fato dele trazer elementos vivos de ação que o tornam complementar a qualquer outra mídia.

*Texto compilado de: SALES, Mary Valda Souza. Design e elaboração de material didático. Especialização em Educação a Distância. Salvador: UNEB/ EAD, 2009. (Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação).

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