RECORTE DE CITAÇÕES REFLEXIVAS SOBRE A IDENTIDADE ÉTNICA-RACIAL NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
“A identidade por ser mutável, ou seja, em
constante construção, segue a oscilação social, política e econômica de cada
época, e são esses símbolos ligados a memória que manterá o sentimento de
pertencimento”.
(HALL, 2003, p. 346)
“Nossa identidade, por tanto, vai sendo tecida,
de modo complexo, em meio as relações estabelecidas, que variam conforme as
situações em que nos colocamos [...] é importante ressaltar que a identidade se
associa intimamente com a diferença: O que somos se define em relação ao que
não somos”.
(CANDAU; MOREIRA, 2008, p. 42-43)
“[...] E é no campo da liberdade que a questão
étnica-racial deve ser pensada. Ser negro, reconhecer-se negro e ser reconhecido
como tal, na perspectiva ética, nunca deveria ser motivo de vergonha, negação e
racismo, mas de reconhecimento, respeito e valorização. Significa trazer no
corpo, na cultura e na história a riqueza de um ancestral e um processo de luta
e resistência que continua no mundo contemporâneo”.
(CANDAU; MOREIRA, 2008, p. 82)
[...] o livro didático é um importante veículo
portador de um sistema de valores, de uma ideologia, de uma cultura. Várias
pesquisas demonstraram como textos e ilustrações de obras didáticas transmitem
estereótipos e valores de grupos dominantes, generalizando temas como família,
criança, etnia, de acordo com os preceitos da sociedade branca burguesa. [...]
assim, o papel do livro didático na vida escolar pode ser o de instrumento de
reprodução de ideologias e do saber oficial imposto por determinados setores do
poder e do estado.
(BITTENCOURT, 2006, p. 72 – 73).
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT,
Circe (org.). O saber histórico na sala
de aula. 11. Ed. São Paulo: Contexto, 2006.
CANDAU,
Vera; MOREIRA, Antônio Flávio. (Orgs).
Multiculturalismo: Diferenças Culturais e Práticas Pedagógicas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
HALL,
Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 7 ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
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