PONTOS FUNDAMENTAIS PARA A CRIANÇA GOSTAR DE PRODUZIR TEXTOS (*)
A escola precisa está alerta e
permanentemente criando condições e espaço para a criança escrever. Dentro das
instituições estamos caminhando em direção a uma nova forma de vê o aprendizado
de escrita. Assim a linguagem escrita se insere como um elemento de relevante
interesse e uma base sólida na fase de alfabetização.
Para Jolibert (1994) “a
aprendizagem da produção de textos deve ser realizada em situações reais, onde
tenha uma função social concreta e que a tarefa do aprendiz seja basicamente a
de construir textos com significados”.
Segundo a autora a produção de
texto é como uma construção singular de cada sujeito, que ocorre com maior
potencialidade em situações reais, vividas em grupo, com um objetivo claro e
coordenado pela intervenção do professor.
Nesse cenário de preocupação
com a língua escrita, é importante evidenciar uma intervenção pedagógica com
bastante motivação positiva, pois a criança só escreve aquilo que ela aprecia
algo que faísca no interior de seu corpo.
Portanto, o gosto pela
produção escrita pode ser aflorado com atividades que nas quais podemos citar:
festas de vaquejada, das igrejas, suas brincadeiras como casinhas de bonecas,
reprodução de história de bruxas, vampiros entre outros. Nessa perspectiva
devem-se realizar as atividades de produção de textos na mais absoluta
convivência e parceria entendendo que deve está lado a lado com a criança. Este
cuidado deve existir desde que ela comece a fazer garatujas até que faça suas
tentativas de uma produção de textos na forma convencional.
Entre os pontos relevantes
para a construção das produções textuais estão: a motivação, preparo, treino da
linguagem oral, imitação, criatividade, troca de ideias, enriquecimento das
experiências dos alunos, temas interessantes para o nível da turma e leitura em
voz alta pelo professor de contos de fada, fábulas e outros texto que circula
na sociedade. Bajard (1994) afirma que:
“A criança precisa escutar
histórias, abrir e percorrer e tentar escrever pequenas mensagens desde cedo,
para construí-la aos poucos o sistema de escrita e a habilidade para servi
dela”. (BAJARD 1994).
Para fim de análise, neste
estudo, o desejo de escrever é expresso através das necessidades, dos
interesses, das invenções e das emoções das crianças. Dessa forma, enquanto
escreve, a criança aprende à escrita, vivenciando situações reais e
significativas.
Outra razão importante que tem
promovido a realização das produções textuais na escola destaca-se o desenho
que é o ponto de partida para aprender escrever. A produção de textos neste
estágio da evolução da escrita, a criança expressa seu pensamento através dos
desenhos, dos rabiscos, das garatujas e das letras aleatórias. Nesse
sentido, Ferreiro & Teberosky (1985) assinala:
Que o desenho é uma das
atividades que prepara a criança para a alfabetização, pois, desenhando ela
organiza suas ideias e sua mão para a leitura e a escrita, pelo desenho ela
coloca no papel seus conhecimentos e seus pensamentos. O desenho é como se
fosse escrita, através dele a criança vai escrevendo no papel no chão e em
outros lugares o que sabe do mundo e das pessoas. (Ferreiro; Teberosky 1985)
Segundo as autoras para que o
desenho seja uma forma de preparação para aprender a escrever ele tem que ser
feito livremente pela criança não importa se não está muito parecido com aquilo
que a criança desenhou, o importante é que a criança desenha e desta forma
aprenda a se comunicar.
Neste contexto para que uma
criança se aproprie desde cedo da língua escrita é necessário possibilitar que
sua criatividade e sensibilidade seja aflorada, se assim proceder a criança
pode desenvolver muito com a brincadeira de desenhar, de olhar e de comentar o
que desenhou. Neste sentido, Seber, (2009) coloca que:
Ao dar nome àquilo que
registram no papel, as crianças deixam para trás a etapa dos rabiscos e
conquistam outro patamar evolutivo, do desenho propriamente dito. A
convergência entre a expressão oral e gráfica manifesta avanço da capacidade
representativa. O desenho progride e ocorre a diferenciação dos grafismos.
Surgem então as primeiras intenções de escrever algo, pois elas imitam a
conduta do adulto. (SEBER, 2009, p. 202).
Referências
(* Material compilado)
FERREIRO, Emília. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
JOLIBERT Josette. Formando criança produtora de texto.
Porto Alegre. Artmed, 1994.
LERNER Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
MARTINS, Maria Silvia Cintra. Oralidade, escrita na infância. Campinas,
SP: Mercado das letras, 2008.
PARREIRAS, Ninfa. Confusão de línguas na Literatura: o que o adulto escreve, a
criança lê. Belo Horizonte: RHJ, 2009.
SABER, Maria da Glória. A escrita infantil: o caminho da construção. São Paulo: Scipione.
2009.
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