quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Estágio Supervisionado: Classificação e Concepções
Profa. Esp. Lêda Maria de S. Rodrigues
1. Os estágios podem ser classificados em três grandes grupos
Ø Estágio de Observação - Aquele em que o estagiário está presente sem participar diretamente da aula.
Ø Estágio de Participação - Aquele em que o aluno auxilia o professor, sem com tudo assumir a total responsabilidade pela aula.
Ø Estágio de Regência - Aquele em que o estagiário tem a responsabilidade da condução da sala.
2. Aspectos a serem considerados no estágio de observação
Ø Situação geral da escola:
ü Uma breve descrição do estabelecimento de ensino, abrangendo as características e condições das instalações;
ü Uma analise da clientela matriculada;
ü Observação sobre a administração e possíveis relações entre o tipo de direção;
ü Relações entre professores, alunos e funcionários.
Ø Nível cognitivo das aulas:
ü Inclui os aspectos relativos à forma como os docentes organizam o ensino, visando o desenvolvimento intelectual dos estudantes;
ü Devem analisar as formas pelas quais o professor organiza a sequencia dos conteúdos e como elas são integradas com os tópicos da mesma disciplina e com outras disciplinas.
Ø Clima afetivo das aulas:
ü  Análise da dimensão emocional do processo ensino-aprendizagem e das relações sociais estabelecidas na escola;
ü O comportamento de alunos e professores durante os períodos de recreio;
ü Desempenho do professor que promovem um clima de livre participação nas aulas e aqueles que, ao contrário, coíbem essa participação.
Ø Organização das aulas:
ü As modalidades didáticas escolhidas e os procedimentos usados na elaboração e aplicação de avaliação;
ü Análise do uso dos recursos e do material de apoio;
ü Frequência dos vários tipos de aulas, expositivas e práticas.
Ø Observações gerais e incidentes críticos:
ü São as informações não previstas durante o período de planejamento do estágio.
3. Estágio de Participação
Ø Auxilia o professor nas tarefas para as quais for solicitado.
ü  Ajuda na preparação de aulas práticas; trabalhos em grupos; preparação de material etc;
ü Orientação e supervisão de grupos de alunos durante a realização de trabalhos práticos, pesquisa;
ü Colaborando no planejamento das aulas, elaboração dos exercícios ou instrumentos de avaliação;
ü Correção de provas, testes, trabalhos feitos em sala de aula, etc.
4. Modalidades de estágio de regência
Ø Execução de atividades esperadas durante o curso regular:
ü O estagiário é encarregado de aula, discussões, atividade prática  etc., pelo professor-monitor, como preparação para a fase final do estágio. 
Ø Execução de uma unidade durante o curso regular:
ü Um aluno ou, de preferência, grupo de alunos é encarregado de uma unidade de cerca de dez (10) aulas. O assunto é combinado com antecedência com o professor-monitor , e o planejamento é feito durante as aulas de prática de ensino, com a assessoria do professor  e os colegas.
Ø Minicursos:
ü Também compreende cerca de dez (10) aulas, diferem em vários aspectos, do estágio em que o aluno executa uma unidade (os tópicos não fazem parte do programa obrigatório do curso e podem ser escolhido livremente pelos estagiários).
ü Obs.: quando não é possível conseguir professores que queiram ceder suas aulas para que os estagiários desenvolvam unidades, os minicursos podem servir para solucionar a situação.
Ø Atividades extraclasse:
ü Experiência interessante é fazer com que os estagiários se encarreguem de atividades extraclasse, trabalhando com alunos interessados na execução de projetos de investigação ou em outras atividades similares nos clubes de ciências.
ü Vantagens – promove o desenvolvimento de excelentes relações entre o professor-monitor, os estagiários e os alunos, principalmente em excursões , feiras de ciências etc.
ü Desvantagens – apresenta uma visão deformada da realidade das escolas, pois o estagiário só trabalha com os alunos motivados e interessados em ciências e em biologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP 02/2002.
CARVALHO, A. M. P. Et al. Ensino de Ciências. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
DELIZOICOV, Demétrio. Et al. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
HRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
LEITE, L. S. Pocho, C. L. AGUIAR, M. M. SAMPAIO, M. N. Tecnologia Educacional. 2 ed. Petrópolis: RJ. Vozes, 2003.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Corte. 2004.

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