Estágio
Supervisionado: Classificação e Concepções
Profa. Esp. Lêda Maria de S. Rodrigues
1.
Os estágios podem ser classificados em três grandes grupos
Ø Estágio
de Observação - Aquele em que o estagiário está presente sem participar diretamente
da aula.
Ø Estágio
de Participação - Aquele em que o aluno auxilia o professor, sem com tudo
assumir a total responsabilidade pela aula.
Ø Estágio
de Regência - Aquele em que o estagiário tem a responsabilidade da condução da
sala.
2.
Aspectos a serem considerados no estágio de observação
Ø Situação
geral da escola:
ü Uma
breve descrição do estabelecimento de ensino, abrangendo as características e
condições das instalações;
ü Uma
analise da clientela matriculada;
ü Observação
sobre a administração e possíveis relações entre o tipo de direção;
ü Relações
entre professores, alunos e funcionários.
Ø Nível
cognitivo das aulas:
ü Inclui
os aspectos relativos à forma como os docentes organizam o ensino, visando o
desenvolvimento intelectual dos estudantes;
ü Devem
analisar as formas pelas quais o professor organiza a sequencia dos conteúdos e
como elas são integradas com os tópicos da mesma disciplina e com outras
disciplinas.
Ø Clima
afetivo das aulas:
ü Análise da dimensão emocional do processo
ensino-aprendizagem e das relações sociais estabelecidas na escola;
ü O
comportamento de alunos e professores durante os períodos de recreio;
ü Desempenho
do professor que promovem um clima de livre participação nas aulas e aqueles
que, ao contrário, coíbem essa participação.
Ø Organização
das aulas:
ü As
modalidades didáticas escolhidas e os procedimentos usados na elaboração e
aplicação de avaliação;
ü Análise
do uso dos recursos e do material de apoio;
ü Frequência
dos vários tipos de aulas, expositivas e práticas.
Ø Observações
gerais e incidentes críticos:
ü São
as informações não previstas durante o período de planejamento do estágio.
3.
Estágio de Participação
Ø Auxilia
o professor nas tarefas para as quais for solicitado.
ü Ajuda na preparação de aulas práticas;
trabalhos em grupos; preparação de material etc;
ü Orientação
e supervisão de grupos de alunos durante a realização de trabalhos práticos,
pesquisa;
ü Colaborando
no planejamento das aulas, elaboração dos exercícios ou instrumentos de
avaliação;
ü Correção
de provas, testes, trabalhos feitos em sala de aula, etc.
4.
Modalidades de estágio de regência
Ø Execução
de atividades esperadas durante o curso regular:
ü O
estagiário é encarregado de aula, discussões, atividade prática etc., pelo professor-monitor, como preparação
para a fase final do estágio.
Ø Execução
de uma unidade durante o curso regular:
ü Um
aluno ou, de preferência, grupo de alunos é encarregado de uma unidade de cerca
de dez (10) aulas. O assunto é combinado com antecedência com o
professor-monitor , e o planejamento é feito durante as aulas de prática de
ensino, com a assessoria do professor e
os colegas.
Ø Minicursos:
ü Também
compreende cerca de dez (10) aulas, diferem em vários aspectos, do estágio em
que o aluno executa uma unidade (os tópicos não fazem parte do programa
obrigatório do curso e podem ser escolhido livremente pelos estagiários).
ü Obs.:
quando não é possível conseguir professores que queiram ceder suas aulas para
que os estagiários desenvolvam unidades, os minicursos podem servir para
solucionar a situação.
Ø Atividades
extraclasse:
ü Experiência
interessante é fazer com que os estagiários se encarreguem de atividades extraclasse,
trabalhando com alunos interessados na execução de projetos de investigação ou
em outras atividades similares nos clubes de ciências.
ü Vantagens –
promove o desenvolvimento de excelentes relações entre o professor-monitor, os
estagiários e os alunos, principalmente em excursões , feiras de ciências etc.
ü Desvantagens –
apresenta uma visão deformada da realidade das escolas, pois o estagiário só
trabalha com os alunos motivados e interessados em ciências e em biologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL.
Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP 02/2002.
CARVALHO,
A. M. P. Et al. Ensino de Ciências. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2004.
DELIZOICOV,
Demétrio. Et al. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. 3 ed. São
Paulo: Cortez, 2009.
HRASILCHIK,
M. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
LEITE,
L. S. Pocho, C. L. AGUIAR, M. M. SAMPAIO, M. N. Tecnologia Educacional. 2 ed. Petrópolis: RJ. Vozes, 2003.
PIMENTA,
S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Corte. 2004.