quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 OS RECURSOS AUDIOVISUAIS E AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO*

Estamos cotidianamente envoltos cada vez mais em uma quantidade crescente de informações que se utilizam dos diversos recursos para chegar até nós. Sons e imagens estão presentes em nossas vidas comunicando-nos o que nem sempre é importante para nós. Nossa capacidade de lidar com estas informações passa pelo reconhecimento de seus suportes, ou seja, os recursos audiovisuais utilizados.

No que diz respeito à educação, o uso adequado destes recursos é que potencializarão o significado destas informações transformando-as em conhecimento. Daí a importância do trabalho docente no sentido de utilizar estes recursos com esta finalidade: a aprendizagem significativa, especialmente pelas vantagens proporcionadas por esses recursos.

Vantagens do uso dos recursos audiovisuais

De forma resumida, podemos dizer que os recursos audiovisuais podem se apresentar em suportes impressos ou digitais. O que é fato é que, independente do suporte, eles:

- Ampliam a compreensão dos ouvintes;

- Ajudam a reter as informações por tempo mais prolongado;

- Permitem ao orador ordenar e esquematizar melhor a sequência do discurso;

- Auxiliam no esclarecimento e reforço das informações mais importantes do que se pretende apresentar.

Cabe ressaltar que o uso dos recursos audiovisuais é mais adequado quando pretendemos:

- Fazer comparações;

- Apresentar dados estatísticos;

- Destacar informações essenciais;

- Expor dados técnicos ou científicos;

- Informar sobre algo que é novo ou ausente da realidade do ouvinte;

- Ampliar a retenção de informações dos ouvintes durante a fala;

- Esclarecer conceitos, procedimentos ou ideias;

- Orientar o raciocínio;

- Estabelecer relacionamentos;

- Evidenciar relações entre os elementos da discussão proposta.

Referência

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 RECURSOS DIGITAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS*

Sobre o papel do professor ou orador como mediador, este tanto pode ocorrer através das técnicas convencionais (quadro, cartaz, projetores) ou mesmo por meio das tecnologias digitais (computador e internet). Em ambos os casos a mediação a partir dos diferentes recursos deve possibilitar a aprendizagem a autoaprendizagem, a interaprendizagem, a formação permanente, o diálogo, a pesquisa de novas informações, o registro de documentos, a construção de reflexão pessoal. A seguir, apresentaremos alguns destes recursos digitais e suas características:

1) Teleconferência:

Contato entre especialista e telespectadores. Perspectiva da mediação pedagógica (não instrucionista):

- Precedida por estudos do tema;

- Deve ser dialogada;

- Prevê continuidade através de atividades.

2) Chats ou bate-papo:

Convite à expressão de ideias sem preocupações conceituais:

- Possibilita a associação livre de ideias, indicando temas para posterior aprofundamento;

- Indica possibilidade de síntese de ideias e orientação para outras atividades.

3) Lista de discussão:

Técnica de grupo de pessoas para debater um tema com reflexão contínua:

- Exige do educador reorientação, feedback e contextualização do educando;

- Requer estudo prévio;

- Possibilita o avanço no conhecimento e nas informações;

- Produz conhecimento e opiniões qualitativamente superiores às ideias originais.

4) Correio Eletrônico:

Interatividade entre educador-educando, educando-educando:

- Produz informações novas, sugestões interessantes;

- Troca de informações, aprendizagens e interaprendizagens.

5) Internet:

Recurso dinâmico que oportuniza o contato com diversas fontes. Possibilita a aprendizagem múltipla (ler, buscar informações, comparar, analisar, criticar e organizar dados), autoaprendizagem e interaprendizagens;

- Requer do educador mediação para a produção de conhecimento e não uma cópia;

- Orientações de modo a explorar o recurso com criatividade, ética e coerência com valores políticos e sociais;

- Exige o reconhecimento do papel do educador como aquele que também aprende, mas que está apto a debater e desenvolver sua criticidade diante do que venha a encontrar.

6) CD-ROM e Power point:

Técnicas multimidiáticas que integram imagem, luz, som, texto, movimento, pesquisa, busca e links já organizados. Sua confecção exige cuidado de especialista e presença do educador para a mediação;

- Devem funcionar como incentivadores das várias aprendizagens;

- Não podem substituir as atividades dos educadores;

- Devem prever atividades, momentos para o educando perguntar, refletir, debater, pesquisar, trabalhar, redigir.

Referência

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE AO CENÁRIO EDUCACIONAL E FRENTE ÀS TECNOLOGIAS*

Na contemporaneidade, a abundância de tecnologias na sociedade tem provocado diversas mudanças no modo de agir e de pensar das pessoas. No que diz respeito à Educação, as tecnologias de uma maneira geral têm demandado cada vez mais métodos mais assertivos para lidar com o conhecimento que produz e que é produzido por estas tecnologias.

Especificamente as Tecnologias da Comunicação e Informação impactam nos modos de produção e apropriação do conhecimento, pois disponibilizam cada vez mais informações para serem transformadas em conhecimento. No entanto, o desafio no campo educacional ainda é a utilização destas tecnologias como dispositivo para potencializar aprendizagens. Neste sentido, faz-se indispensável refletir sobre a ação do professor.

Atualmente vivemos em um mundo que se revela ao mesmo tempo homogêneo e heterogêneo, num processo de globalização e individuação, afetando sentidos e significados de indivíduos e grupos, criando múltiplas culturas, múltiplas relações, múltiplos sujeitos. Neste sentido, podemos afirmar que a ação educativa, de natureza dialética, é fundamental para as relações cotidianas e experiências socioculturais.

“Educamos ao mesmo tempo para a subjetivação e a socialização, para a autonomia e para a integração social, para as necessidades sociais e necessidades individuais, para reprodução e para a apropriação ativa de saberes, para o universal e para o particular, para a inserção nas normas sociais e culturais e para a crítica e produção de estratégias inovadoras. Isso requer portas abertas para análise e integração de conceitos, captados de várias fontes – culturais, psicológicas, econômicas, antropológicas, simbólicas, na ótica da complexidade e da contradição, sem perder de vista a dimensão humanizadora das práticas educativas. Esta união propõe situar o novo em conexão com o anterior, o que pode ocorrer ou não de modo espontâneo”. (LIBÂNEO 2005, p. 23).

A função da educação na construção da autonomia e da integração social vem sendo cada vez mais desafiada a ocorrer via a educação mediada pelas TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), dado que estamos cotidianamente sendo permeados por estas tecnologias seja em casa, seja no trabalho (imprensa, rádio, TV e internet). Estas tecnologias proporcionam o contato com outros valores de diferentes atores que interagem nos processos sociais e nos processos de produção.

Referência

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 PLANEJANDO O USO PEDAGÓGICO DAS TIC*

Em todas as atividades humanas o planejamento é fundamental. Mesmo sem nos darmos conta, planejamos os modos para realizarmos novas ações. No caso da educação, que envolve pessoas, conteúdos e métodos, o planejamento se faz mais relevante ainda para atingirmos nossos objetivos de forma eficaz.

Como ato pedagógico, o planejamento está diretamente relacionado à racionalização, organização e coordenação da ação docente. No entanto, cabe destacar que este ato pedagógico só será efetivo se articulado ao contexto social. Nesta aula pretendemos discutir o planejamento para o uso pedagógico das tecnologias.

As Tecnologias da Informação e Comunicação, quando utilizadas de forma coerente, têm uma importância essencial para promover o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade em que estamos inseridos. Aos educadores torna-se imprescindível utilizar adequadamente os recursos dessas tecnologias e explorar seu potencial pedagógico, tendo em vista a configuração de novos ambientes de ensino e aprendizagem.

A partir deste contexto, Pérez (2003, p.2) , afirma que:

A informática e as novas tecnologias de comunicação impulsionam com rapidez mudanças vertiginosas na indústria que pede com clareza o desenvolvimento de um novo paradigma que há de ser necessariamente cognitivo, enquanto há de explicitar o cenário e o aluno e o seu potencial de aprendizagem (individual e social).

Nesse cenário, podemos enfatizar que todo o desenvolvimento tecnológico tem introduzido significativos desafios para o sistema educacional em função das possibilidades de articulação que são oferecidas pelos meios tecnológicos de informação e comunicação. Não restam dúvidas, no entanto, da magnitude do fenômeno que trata destas informações disponíveis por meio das novas tecnologias. Diante do exposto, para o uso das TIC com fins pedagógicos, é imprescindível a elaboração de um planejamento para potencializar o processo de ensino e aprendizagem na escola.

Vasconcellos (2000) trata o planejamento como um processo contínuo e dinâmico de reflexão, de tomada de decisão, de colocação em prática e de acompanhamento. Nesta abordagem o planejamento, enquanto processo, é permanente; enquanto o plano é provisório.

Referência

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 A SEQUÊNCIA DIDÁTICA USANDO AS TIC*

O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino proposto para determinada disciplina. Portanto, o professor deverá rever seus objetivos gerais e a sequência de conteúdos (sequências didáticas) organizando conceitos, problemas e ideias a serem discutidas com os alunos em torno de uma de uma ideia central, de modo que o aluno possa ter uma percepção clara do assunto em questão, bem como atribuir sentido para a mesma. Para o professor, a sequência didática organiza o quê fazer e como fazer, estabelecendo inclusive os modos como utilizar as TIC.

Elementos da sequência didática e seus significados

1. Tema: Aqui você deverá escolher o tema que será trabalhado na aula, o qual será resultado da articulação entre o conteúdo programático e o atual contexto que o grupo vive.

2. Objeto de estudo: Nesta etapa o professor irá definir qual será o objeto de estudo para problematizar o tema escolhido.

3. Objetivos: Neste item o professor deverá identificar o que ele deseja que o seu aluno saiba e que competências e habilidades ele quer desenvolver através dos recursos utilizados.

4. Introdução: Diagnosticar, através do diálogo com os alunos, os conhecimentos prévios dos alunos, tanto com relação ao tema, quanto com relação ao domínio dos recursos audiovisuais utilizados para a compreensão do tema.

5. Sistematização: O professor nesta etapa irá integrar o objeto, em consonância com conteúdo curricular, através dos recursos audiovisuais utilizados, explicitando como esta aula será desenvolvida e qual será o produto esperado. O professor deverá propor atividades, os meios para realizá-las, bem como os recursos necessários.

6. Proposição de síntese: Neste item serão desenvolvidas atividades que contemplem a proposta do plano de aula, com o intuito de possibilitar que o grupo exponha o que foi aprendido e, se possível, utilizando e ampliando os recursos que o professor utilizou.

Vale salientar que em cada uma das etapas o professor deverá indicar quais os métodos, procedimentos e recursos que serão utilizados na sequência didática, focando principalmente na utilização das mídias de forma integrada com o conteúdo curricular.

Referência

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.