ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CURRÍCULO
Profa. Esp. Carmem S. Mota
O currículo escolar que se
apresenta como projeto e prática, não de resistência, mas possui no contexto educacional
um sentido mais extenso e amplo. O currículo escolar atual não é o mesmo e
aceito por todas as escolas, logo, usa uma estrutura planejada conforme a
realidade escolar e local. Desta forma enquanto especializando em Educação de
Formadores de professores, pode-se contextualizar e buscar subsídios teóricos e
práticos para melhor aplicabilidade do currículo no processo educativo.
Ao mencionar sobre currículo escolar, é bom
lembrar sobre a vida do aluno e a escola em constante e em dinâmica ação, ou seja,
educandos e educadores, no espaço escolar, constroem e formam através de
processos de valorização do cotidiano que vivenciam, para elaborar de fato um
currículo favorável no desenvolvimento das habilidades necessárias ao
desempenho educacional dos alunos. Enfim, as atividades educativas que ocorrem
na escola constituem elemento essenciais e de mesma importância na formação do
currículo escolar, como: projetos, esportes, teatros, coreografias, atividades
em classe e extra-classe, logo interfere de maneira significativa na formação
do caráter e da personalidade dos alunos, pois não envolve somente as
disciplinas, vai muito além do currículo escolar, contudo, não pode deixar a
desejar no processo de alfabetização-letramento.
O problema do nosso
estudo para reconceitualizar a escolarização pode ser em parte ilustrado pela
etimologia básica de currículo. A palavra currículo vem da palavra latina scurrere, correr, e refere-se a curso
(ou carro de corrida) (GOODSON, 1995, p.31).
Torna-se complexo definir
sobre currículo, devido ter um sentido muito amplo, segundo o autor o currículo
refere-se a um curso a ser seguido, porém, sabe-se que nem sempre é cumprido e
o mesmo é tão necessário. Desta forma, buscam-se subsídios teóricos e práticos,
para que aconteça uma aplicabilidade do currículo mais eficiente e
significativo no 1° ano do Ensino Fundamental, tendo em vista que o educador
precisa está em formação contínua para proporcionar um ensino mais
significativo de fato.
Conforme aborda Sacristán
(1998, p. 13), “A prática que se refere o currículo, no entanto, é uma
realidade prévia muito bem estabelecida através de comportamentos didáticos,
políticos, administrativos, econômicos etc”. Observa-se que o currículo envolve
toda realidade escolar e social, além dos aspectos políticos, didáticos,
administrativos e econômicos, logo a prática curricular necessita de recursos
humanos e financeiros para ser bem sucedida, e de um educador cada vez mais
qualificado e dinâmico.
Percebe-se que o currículo é
elaborado pela instituição escolar e constitui-se assim, uma questão de
identidade sóciocultural tendo em vista que há necessidade de uma educação mais
eficiente no que se refere a leitura no 1º Ano do Ensino Fundamental, em que o
ambiente de aprendizagem, seja ele escolar ou extra-escolar, desta forma é
conveniente uma formação contínua dos educadores do contexto social caxiense,
para obter uma prática docente mais produtiva.
A LDB é a lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional estabelece, por assim dizer as diretrizes e as bases da
educação brasileira. Sancionada a partir da Lei 9394/96, a LDB, em seu título
I, artigo 1°, assim define a educação:
A educação abrange os
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organização da sociedade civil e nas manifestações culturais (LDB,
1968, p. 01).
De acordo com a LDB, a
educação é assim como o currículo, que envolve todo um processo, convivência e
interação. O currículo escolar segundo a lei se desenvolve na convivência
diária e nos faz adentrar nas manifestações culturais. Dentre estas deve-se
analisar como vem ocorrendo as práticas de leitura e escrita no contexto
escolar.
A partir da leitura sobre a LDB, compreende-se
que os currículos não é algo pronto e acabado, por isso é de extrema
importância rever no ambiente escolar o cumprimento deste, e se realmente
condiz com a realidade, no caso dos educandos do 1° ano do Ensino Fundamental,
no seu processo de escolarização.
Referências
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Silviane. Integração de crianças de 6 anos no
Ensino Fundamental.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
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FAZENDA, Ivani C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4 ed. Campinas:
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: Cartas
pedagógicas e outros escritos – 1. ed. São Paulo: UNESP, 2000.
FUSARI, J. C. A educação do educador em serviço. São
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GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995 (Ciências
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SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3 ed. Porto Alegre: Art
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SEVERINO, Antonio
Joaquim. O conhecimento pedagógico e a
interdisciplinaridade: o saber como intencionalização da prática. Campinas
– SP: Papirus, 1998.