terça-feira, 6 de novembro de 2018


EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES HUMANA
Francisco Luciano S. Pereira
A ergonomia vem ao longo do tempo se desenvolvendo a partir das necessidades do ser humano (intrinsecamente ligada à vida humana) com vista nas características, dentre as quais: físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do trabalho, juntamente com o desenvolvimento das tecnologias, e, também, do desenvolvimento nas diversas áreas de conhecimento, com, por exemplo: anatomia, fisiologia e psicologia, visando a melhoria dos meios, métodos e ambiente do trabalho.
Todo o contexto evolutivo da ergonomia vem ao longo do tempo contribuído para o relacionamento do sistema homem, tarefa e máquina, ou seja, tem sua origem nos relacionamentos entre os homens e entre estes e o seu ambiente de trabalho, bem como, no relacionamento com os equipamentos e ferramentas (máquinas) criadas ao longo do tempo, de a integrada e coerente os critérios de conforto, eficiência e segurança.
Nesse sentido, observamos que a ergonomia surgiu juntamente com a necessidade de sobrevivência do homem, desde os primórdios (que sem querer, começou a aplicar seus princípios, desde a pré-história, quando os homens das cavernas adaptavam suas armas para sobrevivência) até os dias atuais. Estando ela presente, desde atividades mais simples e rotineira, até as mais complexas, características das interações humanas entre si e com os sistemas.
Portanto a ergonomia (formado pelos termos gregos ergon, trabalho e nomos, regra) vem contribuindo com estudos e regras que buscam a compreensão do sistema homem tarefa e máquina dentro de uma abordagem holística do trabalho, na qual considerações de ordem física, cognitiva, social, organizacional e ambiental, dentre outros aspectos, relevantes para tornar compatíveis as condições com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
REFERÊNCIAS
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA NA VIDA DO TRABALHADOR. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=A_Odw-2iqr4> . Acesso em: 30 agos. 2018.
CARVALHO, Rossane Cardoso. Unidade I: Conceitos e Evolução da Ergonomia. São Luís: UEMAnet, 2018.
CARVALHO, Rossane Cardoso. Unidade III: A Norma Regulamentadora 17 (NR17) - Ergonomia. São Luís: UEMAnet, 2018.
CIÊNCIAS NATURAIS E BIOLÓGICAS: objetivos de ensino (Recorte de texto)
1. Objetivos do ensino de ciências naturais (PCN, 2001)
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; e saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e Cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
Compreender: a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva; a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.
2. Objetivos do ensino de ciências biológicas (PCN, 2001)
Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em microscópio ou a olho nu;
Apresentar: suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo; e, forma organizada do conhecimento biológico apreendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes etc;
Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo;
Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;
Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos;
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável;
Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações;
Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos;
Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos (lógica externa).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: ME – SEF, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: ME – SEMT, 2001.
DELIZOICOV, Demétrio. Et al. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
HRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
CIÊNCIAS NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Recordando contextos históricos (Recorte de texto)
A Partir de 1996, à luz de políticas públicas federais, o ensino de Ciências teve o objeto de estudo redirecionado. Seus conteúdos clássicos se esvaziaram em decorrência da publicação e ampla distribuição dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio – Ciências Naturais e Biológicas (PCN, 2001) e Temas Transversais.
Os amplos campos de estudo da disciplina de Ciências, como Saúde, Sexualidade, Meio ambiente, entre outros, passaram a ser tratados por outras disciplinas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – para o Ensino Fundamental e Médio – Ciências Naturais e Biológicas se valeram de alguns eixos temáticos para orientar o trabalho pedagógico: Terra e Universo; Vida e Ambiente; Ser humano e Saúde; Tecnologia e Sociedade.
O currículo de Ciências é formado por um conjunto de ciências que se somam historicamente numa mesma disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais nessa etapa da escolarização.
Os conhecimentos físicos, químicos e biológicos são contemplados na disciplina com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que compõem a área de ciências naturais, no processo pedagógico:
ü Conhecimentos físicos – a partir dos conhecimentos científicos em relação aos diversos fenômenos naturais e tecnológicos, com a abordagem de conteúdos como: movimento, som, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas, entre outros;
ü Conhecimentos químicos – contemplam as noções e conceitos científicos sobre matérias e substâncias, sua constituição, propriedades e transformações, necessárias para compreender os processos básicos da Química;
ü Conhecimentos biológicos – orientam progressivamente na interpretação e compreensão dos processos biológicos e contribuem para o entendimento dos ambientes e da manutenção da vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: ME – SEF, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: ME – SEMT, 2001.
DELIZOICOV, Demétrio. Et al. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
HRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
O COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUA FUNÇÃO NA ESCOLA (Recorte de texto)
O coordenador pedagógico possui uma função estratégica na escola, atuando na formação continuada dos professores no que diz respeito às questões pedagógicas. Ele faz a mediação entre o currículo e os docentes, e também entre os pais da escola e os professores.
Dentro da rotina da coordenação pedagógica, é importante organizar uma agenda que garanta ao coordenador atuar em três frentes principais:
1. auxiliando e acompanhando as ações pedagógicas do professor em sala de aula por meio de observações planejadas;
2. planejando e conduzindo as reuniões pedagógicas na escola;
3. acompanhando o resultado das aprendizagens dos alunos por meio das avaliações internas e externas.
Nesse cenário, o coordenador pedagógico não deve ser o profissional que somente “apaga incêndios” nas escolas. O principal desafio do coordenador pedagógico é conseguir lidar com as dificuldades do dia a dia, mas também pensar em ações de longo prazo que possam agir na raiz do problema da instituição.
É preciso desenvolver alternativas para que o trabalho do coordenador pedagógico tenha a função de prevenção, desenvolvendo projetos para esse fim e que esses estejam em consonância com as reais necessidades da escola, pois só assim poderemos alcançar níveis educativos cada vez melhores.
O coordenador pedagógico pode formar sua equipe para lidar com situações emergenciais e também na gestão de sala de aula, ajudando a criar um ambiente mais favorável para a aprendizagem dos alunos. Este fato, inclusive, colabora para reduzir casos de indisciplina na escola.
Nesse contexto, uma parceria sólida entre o coordenador pedagógico e o diretor escolar é fundamental. O diretor precisa enxergar o coordenador como um agente de formação na escola, garantindo que o dia a dia pedagógico aconteça de forma fluida e eficiente.
Ambos assumem o papel de líderes da aprendizagem na escola, com o compromisso de colocar em prática o projeto político-pedagógico, sempre com foco no aprendizado dos alunos.
AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DA LINGUAGEM (Recorte de texto)
Sabemos que não se entra em sala de aula sem antes ter a consciência de dois pontos básicos: por que ensinamos o que ensinamos e como ensinamos o que ensinamos.
TRAVAGLIA (1996: 10) insiste que não bom ensino sem o conhecimento profundo do objeto de ensino “no nosso caso, da língua Portuguesa e dos elementos que dão forma ao que realizamos na sala de aula em função de muitas opções que fazemos e que não fazemos.
O mais importante é perceber que existe a possibilidade de se trilharem vários caminhos, e o professor deve estar atento para optar por aquele que seja mais pertinente e produtivo para as suas atividades em sala de aula.
Agora, vamos fazer mais um questionamento: para que os alunos aprendem o que aprendem?
Justamente a resposta, ou respostas, a essas perguntas envolve uma concepção de linguagem e também uma postura nossa para com a educação que, no nosso caso especifico, tem a ver com a língua materna.
Relativamente ao que se pensa sobre a língua/linguagem pode ser resumida em três concepções sobre as quais vamos refletir agora.
1ª concepção: linguagem com expressão do pensamento
É a mais antiga das concepções, muito presente entre nós. Segundo ela o homem representa para si o mundo através da linguagem. Representar, então, significa refletir e, desse modo, a língua é o reflexo do pensamento e conhecimento de mundo que o homem tem.
Assim, para tudo que se tem a dizer há uma expressão adequada, pronta e disponível: com ela, vamos representando um mundo e as ações que nele praticamos.
Nesta concepção, o sujeito da linguagem corresponde à linguagem do sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de sua s ações. Trata-se de um sujeito determinado pelo ego que constrói uma representação metal e deseja que essa representação mental seja percebida pelo seu interlocutor da mesma forma como ela foi mentalizada.
Surge, então, a um conceito sobre o qual temos que tomar bastante cuidado. Vejamos.
Nesse modo de entender a linguagem, se a pessoa não sabe se expressar é porque ela não pensa. É como se a linguagem fosse a exteriorização, uma tradução daquilo que se constrói no interior da mente. Assim, a linguagem é um ato individual, que não é influenciado pelo outro nem pelas circunstâncias da situação social em que a linguagem ocorre.
A linguagem, então, será bem articulada e organizada como consequência da capacidade de cada um organizar de maneira lógica o seu pensamento.
A nossa conhecida Gramática Tradicional (ou normativa, ou prescritiva) tem como base essa concepção de linguagem: as normas gramaticais do falar e escrever “bem” representam uma boa organização mental dos indivíduos que as usam.
Observe, professor, que o preconceito está justamente aí, à medida que exclui aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de aprender a Gramatica Tradicional. Seria o caso de dizer que essas pessoas não sabem pensar?
2ª concepção: linguagem como instrumento de informação
A linguagem é como instrumento da comunicação: por meio dessa concepção, a língua é vista apenas como código (conjunto de signos que se combinam de acordo com regras) e que possibilita a transmissão ao receptor de uma determinada mensagem (informações). Há apenas uma possibilidade de entender a mensagem – aquela dada pelo autor (emissor). Assim, o que se dizer fala por si e cabe ao receptor (destinatário) entender e assimilar.
Nessa concepção, o falante tem em sua mente uma mensagem para transmitir a um ouvinte, ou seja, informações que quer que cheguem ao outro. Para isso, ele coloca-a em código e remete-a para o outro através de um canal. O outro recebe os sinais codificados e transforma-os de novo em mensagens. É a decodificação.
Assim, como uso do código (que é a língua) é um ato social, envolve pelo menos duas pessoas – os interlocutores. Para que a comunicação seja estabelecida entre esses interlocutores, é necessário que o código seja utilizado de maneira semelhante, convencionado entre eles.
Aparece, então, o novo conceito de Gramática – a Gramática Descritiva. Essa Gramática admite a língua falada ou escrita como um dado variável, isto é, não uniforme. Gramatical será tudo o que atende às regras de funcionamento da língua de acordo com determinada variedade linguística. Assim, uma pessoa entende a mensagem da outra em função das características da variedade da língua que elas utilizam.
3ª concepção: linguagem como forma de interação
Segundo essa concepção, o indivíduo emprega a linguagem não só para expressar o pensamento ou para transmitir informações para um outro indivíduo, mas é o lugar de ação ou “inter-ação”.
Dessa forma, a linguagem é vista como uma atividade, com forma de ações que constitui e é constituída pelos sujeitos. A evidência de que as línguas só existem para promover a interação entre as pessoas, de forma funcional e contextualizada, pode, legitimamente, fundamentar de língua que seja, individual e socialmente, produtiva e relevante.
Baseado nesta concepção de linguagem é que os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam os seus princípios.
Qualquer pessoa que tenha acesso a esses princípios pode perceber que aí está uma grande colaboração para a atuação dos professores a fim de dar uma bela direção à s suas atividades de ensino da língua portuguesa, de uma maneira geral, e principalmente, aos nossos alunos jovens e adultos.
A Gramática, nesta perspectiva, viria incluída naturalmente, pois ela não entra em nossa atividade verbal porque e quando queremos: ela está incorporada na língua, é uma das condições para que uma língua seja uma língua (ANTUNES, 2013: 119).
Nesta concepção encontramos um bom suporte para as atividades de oralidade, leitura e escrita da língua portuguesa e, por isso, professor, sugere-se que partilhemos de suas reflexões.
Assim, o ensinar língua não pode ter outro objetivo senão o de chegar aos usos sociais desta língua, como ela acontece no dia a dia das pessoas. É a língua-em-função, que somente ocorre entre as pessoas, com alguma finalidade dentro de um determinado contexto.
Só desse modo se poderá ampliar a competência comunicativa do nosso aluno para falar, ouvir, ler e escrever textos fluentes, adequados e socialmente relevantes.
E como como a proposta é de uma linguagem interativa, temos que interagir com os nossos alunos, explicando-lhes o porquê de cada atividade: para que que a aquisição desta ou daquela noção ou habilidade é importante para eles.
Só assim podemos elaborar uma construção conjunta: Professor e alunos/ aluno e professor.
Um professor que nunca está pronto, mas aquele que se reinventa, que revê suas concepções, que se autocritica, se autoavalia... Um eterno aprendiz.