terça-feira, 6 de maio de 2014

A DIDÁTICA NO CAMPO EDUCACIONAL

1. Didática no contexto educacional

Em seu foco, tem um direcionamento para a educação escolar, investigando os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. (LIBÂNEO,1991) objeto de estudo da didática é o processo de ensino-aprendizagem. Para ser adequadamente compreendido, ele precisa ser analisado de tal modo que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e político-social.

O vocábulo Didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar e estão presentes nos seus estudos várias áreas do conhecimento que pesquisam o desenvolvimento humano como: Filosofia, Sociologia, Psicologia, Antropologia, História, Política, Estatística, Biologia, Teorias da Comunicação, entre outras.

A Pedagogia é a ciência que se dedica ao estudo da educação, investigando a natureza de suas finalidades numa determinada sociedade. Seu campo de ação é bastante amplo. Assim, a Didática apresenta-se como um dos ramos de estudos da Pedagogia. É uma disciplina fundamental nos cursos de formação de professores.

2. Como a didática pode ajudar

Colocando ao alcance do professor as pesquisas e os conhecimentos produzidos. Incentivando os professores a pesquisarem sobre novos problemas que afetam sua atividade. Criando oportunidades para os professores trocarem entre si e com especialistas suas experiências sucessos ou fracassos.

A articulação entre as três dimensões é o centro configurador da concepção do processo de ensino-aprendizagem, e nesta perspectiva de uma “multidimensionalidade” que articula organicamente, as diferentes dimensões do processo de ensino aprendizagem é que propomos que a Didática se situe.

3. A multidimensionalidade da didática

O objeto de estudo da didática é o processo de ensino-aprendizagem. E, para ser adequadamente compreendido, ele precisa ser analisado de tal modo que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e político-social.

Por APRENDIZAGEM entendemos o desenvolvimento da pessoa como um todo: - inteligência, - afetividade, - padrões de comportamento moral, - relacionamento com a família, amigos cidade, país, etc; - desenvolvimento da coordenação motora, capacidades artísticas, comunicação.

a) Dimensão humana

Ensino-aprendizagem é um processo em que está sempre presente, de forma direta ou indireta, o relacionamento humano. O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal muito forte entre: alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores; enfim: entre alunos, professores e direção. O componente afetivo é fator essencial nesse processo.

b) Dimensão político-social

A prática educativa não é um processo neutro; Todo o processo de ensino-aprendizagem é "situado". Acontece num local determinado, numa certa época histórica. Acontece numa cultura específica, trata com pessoas concretas que têm uma posição de classe definida na organização social em que vivem.

Segue orientações e diretrizes de profissionais da Educação e das políticas governamentais. Políticas Governamentais: têm uma influência muito grande através da legislação e normas que afetam a escola. Grande parte dos estabelecimentos de ensino básico está diretamente subordinada ao Estado.

Sabemos que professores, diretores, alunos, pais, técnicos, funcionários, autores de livros didáticos, editores que produzem material pedagógico são pessoas reais, que vivem num tempo e numa cultura específica. Têm posições políticas e sociais que são transmitidas em seus trabalhos e nas suas relações com a escola. A prática educativa precisa ser analisada e discutida de forma concreta e contextualizada.

c) Dimensão técnica

Interessa a esse processo que os alunos consigam aprender bem o que se propõe, através da organização de condições apropriadas. Aspectos como definição de objetivos, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de ensino, organização do processo de avaliação e escolha de técnicas avaliativas, planejamento de curso e de aulas constitui o núcleo da dimensão técnica do processo de aprendizagem.

Trata-se do aspecto instrumental, técnico, considerado objetivo e racional através do qual se organiza o processo de ensino-aprendizagem, e em nosso trabalho docente somos frequentemente levados a realizar uma série de questionamentos com vista no planejamento da prática docente...

Como fazer com que os alunos se interessem pela matéria?

Como motivar os alunos para que eles estudem?

Como resolver os casos dos alunos indisciplinados ou descontentes?

Como despertar e manter sua atenção?

Como avaliar os alunos?

Como nos comunicar para que eles nos entendam?

O que fazer para que aprendam?

Como preparar bem uma aula?

Como nos relacionar com os pais dos alunos?

Referências

DALMÁS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortéz, 1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1992.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo. ANDE, Revista da Associação Nacional de Educação, n. 10, São Paulo, 1986.

OLIVEIRA, Alaíde. Nova Didática. Belo Horizonte: EDDAL, 1973.

PARRA, Nelio. Planejamento de Curículo. Revista Escola, nº 5, São Paulo, Abril, 1972.

MASETTO, Marcos. Didática a Aula como Centro. São Paulo: F.T.D, 1997.

SENTIDO SOCIAL & SENTIDO INDIVIDUAL DA EDUCAÇÃO

1. Do ponto de vista social

É a ação que as gerações adultas exercem sobre as gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de conhecimentos, normas, valores, crenças, usos e costumes aceitos pelo grupo social. O termo educação tem sua origem no verbo latino educare, que significa alimentar, criar. Expressa, portanto, a ideia de que a educação é algo externo, concedido a alguém.

Assim concebida, a educação é uma manifestação da cultura e depende do contexto histórico e social em que está inserida. Seus fins variam, portanto, com as épocas e as sociedades. "Não há grupo humano, por mais rudimentar que seja sua cultura, que não empreenda esforços, de um ou de outro tipo, para educar suas crianças e seus jovens." A educação, como fato social, possibilita que as aquisições culturais do grupo sejam transmitidas às novas gerações, contribuindo, assim, para a subsistência do grupo como tal.

Quando a sociedade é muito simples e a cultura do grupo rudimentar, como nas civilizações pré-letradas, a educação se realiza assistematicamente. As crianças e os jovens participam das atividades dos adultos, e, pela experiência direta, aprendem as lendas, os mitos, as normas que regulam a conduta, as técnicas de trabalho, as formas de convívio e de recreação.

Nas sociedades complexas, em que o acervo cultural é muito vasto, torna-se necessário sistematizar uma parte significativa desse patrimônio cultural, para garantir sua transmissão às novas gerações, em um certo espaço de tempo e dentro de uma determinada sistemática, achada a mais conveniente naquele momento histórico e dentro daquele quadro cultural. Surge, então, a escola instituição social criada, especificamente, para educar e ensinar. A escola, sendo instituída e regulamentada pelo grupo, reflete seus valores e seu nível cultural.

Portanto, a escola surgiu como instituição social, ao longo da história, à medida que a organização das sociedades foi se tornando mais complexa, a tecnologia mais avançada e as aquisições culturais mais vastas e sistematizadas.

2. Do ponto de vista individual

A educação refere-se ao desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento de sua personalidade. Nesse sentido, o termo educação se refere ao verbo latino educare, que significa fazer sair, conduzir para fora. O verbo latino expressa, nesse caso, a ideia de estimulação e liberação de forças latentes. Como podemos verificar, nos dois sentidos a palavra educação está ligada ao aspecto formativo.

Ao falar da necessidade de conciliar os interesses de uma educação centrada no indivíduo com os interesses básicos da ordem social, Walter Garcia afirma que "é necessário verificar em que medida um sistema de ensino coletivo pode, mantendo sua orientação marcadamente social, conservar, em seu interior, elementos que permitam a solução dos problemas de adaptação individual. A convergência dos aspectos sociais e individuais talvez seja um dado fundamental ao qual os novos educadores devam dedicar maior atenção".

Enquanto a educação pode se processar tanto de forma sistemática como assistemática, o ensino é uma ação deliberada e organizada. Ensinar é a atividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos.

Referências

DALMÁS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortéz, 1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1992.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo. ANDE, Revista da Associação Nacional de Educação, n. 10, São Paulo, 1986.

OLIVEIRA, Alaíde. Nova Didática. Belo Horizonte: EDDAL, 1973.

PARRA, Nelio. Planejamento de Curículo. Revista Escola, nº 5, São Paulo, Abril, 1972.

MASETTO, Marcos. Didática a Aula como Centro. São Paulo: F.T.D, 1997.

ÉTICA AMBIENTAL (Recortes de textos & Reflexões)

1. Sistema econômico & pressupostos éticos

Todo sistema econômico e social é construído sobre pressupostos éticos, quer estejam incorporados ao aparelho instintivo da raça ou da espécie – como doutrina sociobilógicas (WILSON, 1975), então, quer provenham do desenvolvimento da cultura e do processo de assimilação-adaptação-transformação do meio através das práticas produtivas, ou se concebam como princípios morais intrínsecos do ser humano.

2. A racionalidade econômica & princípio de igualdade

A racionalidade econômica fundou-se no pressuposto de agentes econômicos que, conduzidos por uma “mão invisível”, traduzem suas condutas egoístas num bem comum; e a ética do trabalho, a frugalidade e a poupança estiveram associadas à reinversão de lucros e excedentes para acelerar a acumulação do capital. (LEFF, 2002).

Assim, em torno do princípio da igualdade dos direitos individuais, da poupança e do trabalho, do lucro e da acumulação, do progresso e da eficiência, construiu-se uma ordem internacional que levou à concentração do poder econômico e político, à homogeneização dos modelos produtivos, dos padrões de consumo e dos estilos de vida. Levando ao desequilíbrio ecológico, a desarraigar os sistemas culturais e a dissipar os sentidos da vida humana.

3. Crise econômica & valores éticos alternativos

Crise econômica leva a fundar um desenvolvimento alternativo sobre outros valores éticos, outros princípios de produção e outros sentidos societários, sem os quais a vida humana não será sustentável. Nesse sentido, toda formação social e todo tipo de desenvolvimento estão fundados num sistema de valores, em princípios que orientam as formas de apropriação social e transformação da natureza.

Portanto, a racionalidade ambiental se funda numa nova ética que se manifesta em comportamentos humanos em harmonia com a natureza; em princípios de uma vida democrática e em valores culturais que dão sentido à existência humana.  Esses se traduzem num conjunto de práticas sociais que transformam as estruturas do poder associadas à ordem econômica estabelecida, mobilizando um potencial ambiental par a construção de uma racionalidade social alternativa.

4. Algumas considerações

a) A ética ambiental propõe um sistema de valores associado a uma racionalidade produtiva alternativa;

b) A novos potenciais de desenvolvimento e uma diversidade de estilos culturais de vida, supõe a necessidade de ver como princípios éticos de uma racionalidade ambiental opondo-se com outros valores;

c) Para que ocorra equilíbrio entre o crescimento econômico e conservação da natureza, há a necessidade de ver os princípios éticos do ambientalismo como sistemas que regem a moral individual e os direitos coletivos;

d) O discurso ambientalista questiona os princípios morais, as regras de conduta e os interesses promovidos pela racionalidade econômica, gerando uma consciência crítica a respeito das instituições que mantêm as estruturas econômicas e de poder dominantes.

A Dança do Lili: Contexto Histórico
Nasceu em 03 de maio de 1985, a Dança do Lili, originou-se a partir de brincadeiras da Semana Santa na zona rural do município de Caxias-MA, onde as pessoas da comunidade se reuniam em frente às suas casas, dançando e cantando cantigas em versos (que falavam de sua vida cotidiana) sem o uso de instrumentos.
Ao chegar na cidade, a dança, assume características peculiares, sofrendo mudanças incorporando novos elementos (sem deixar as suas raízes, da viva do campo - histórias culturais e tradições), a começar pelo uso de instrumentos musicais, dentre os quais: de percussão, solo, violão, sanfona, bandolim pandeiro e violino.
O Lili (uma forma abreviada), como é conhecido em muitos locais, brincando ao som de passos e ritmos, tem como autor de sua letra musical (que fala das vivências do dia-a-dia do homem do campo, na forma de versos), Raimundo Nonato da Silva, popular e grandioso divulgador da cultura caxiense, PELÉ.
Assim, a dança caracteriza-se por sua simplicidade, expressando a cultura do trabalhador rural dentro de seu trabalho cotidiano, e tem em seu gingado, expressões rítmicas, corporais e vestuários (roupas leves e estampadas) que lembram intimamente a natureza, vida e os costumes do homem do campo.
Raimundo N. da Silva (Pelé)
Profº. Esp. Francisco das C. M dos Santos
DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA
No dia 6 de maio é comemorado o Dia Nacional da Matemática. Este foi instituído pelo projeto de Lei n. 3.482/2004, de autoria da deputada professora Raquel Teixeira.
A intenção é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história, suas aplicações no mundo e sua ligação com outras áreas de conhecimento, buscando derrubar o mito de que aprender Matemática é difícil e privilégio de poucos.
A data foi escolhida em homenagem ao aniversário de nascimento de Malba Tahan. Júlio César de Mello e Souza (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895 — Recife, 18 de junho de 1974), foi um escritor e matemático brasileiro mais conhecido pelo pseudônimo de Malba Tahan, através de seus romances foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil e no exterior por seus livros de recreação matemática e fábulas e lendas passadas no Oriente, muitas delas publicadas sob o pseudônimo de Malba Tahan. Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites.
Malba Tahan escreveu quase uma centena de livros sobre matemática recreativa, história e didática da matemática e livros de matemática (lógica, geometria analítica, geometrias não euclidianas, matemática comercial, etc.). Junto Euclides Roxo e Cecil Thiré escreveu livros didáticos que revolucionaram tanto a linguagem como o currículo da época.