Blog Espaço Temático: Saberes e Informações em Foco
Espaço destinado a publicações de materiais pedagógicos, culturais, escolares, acadêmicos e informativos variados, dentro das diversas abordagens temáticas e campos de conhecimentos, que visem o despertar para possíveis reflexões, disseminação e (re)construção de saberes. (Profa. C. Coelho; Profa. L. Cabral, Prof. R. Plabio, Prof. F. Santos)
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O QUE É SER UM SECRETÁRIO(A) DE EDUCAÇÃO?
Quando falamos do “ser (ou na verdade estar)”, Secretário(a)
de Educação, não se pode pensar em um simples conhecimento referente a trabalho
pedagógico e/ou administrativo-burocrático e/ou financeiro, envolve muito mais. É um
trabalho que envolvem seres humanos, relações humanas (e não desumanas),
perpassa por responsabilidade, dentre as quais: social, educacional, ética (pessoal,
profissional, religiosa...) para com os outros, e não somente agrupamento e
relacionamento com seus “parentescos” e “supostos amigos”.
Para “ser (ou na verdade estar)”, Secretário(a)
de Educação, é preciso conhecer sobre Educação, viver Educação, produzir
Educação, e saber da importância do ser profissional (ético e competente na
teoria e na prática), conhecer a realidade
de uma verdadeira gestão pública, ou seja, saber teorias e práticas da
legislação que a orienta a administração técnica/pedagógica e os recursos
financeiros com vista no crescimentos do educacional e que atenda a todos os
atores que estão envolvidos nesse mesmo processo.
Na ação organizacional de trabalho no “ser (ou
na verdade estar)”, Secretário(a) de Educação, é preciso ter uma visão holística
sobre a formação de sua equipe (não é visão de “vigiar/acorrentar” e sim considerando
o todo e não apenas as partes do processo de gestão, de conduzir – de ser líder),
agrupando profissionais de competência sem o olhar “pejorativo partidário” ou
de qualquer outra situação. Deve favorecer e criar possibilidades para que a
equipe trabalhe de maneira articulada para consolidar o plano e cumpra o
planejamento estabelecido.
No “ser (ou na verdade estar)”, Secretário(a)
de Educação, é importante lembra de Paulo Freire que nos diz que é fundamental
diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num
dado momento a tua fala seja a tua prática (que seja verdadeira prática
educadora), e não cair no famoso: faça o que eu digo (ser moral), mas não faça
o que eu faço (ser amoral) de James Farrel. É essencial garantir uma
eficiente comunicação, favorecer a interação ética de todos os liderados,
verificar os processos e pensar formas de torná-los mais ágeis.
RESPONSABILIDADES DO SECRETÁRIO(A) DE EDUCAÇÃO (Recortes de textos)
1) Visão holísticas: devem
ser realizados diagnósticos internos e externo, tanto dos processos de cada
setor ou departamento da secretaria, quanto também e externos das escolas,
visando identificar os problemas que precisam ser resolvidos. É importante analisar
de forma profunda a organização da estrutura administrativa, bem como, estudar
as políticas que têm sido realizadas no município nos últimos anos, conhecendo a
realidade histórica de trabalho.
2) Plano e programas: Criar
planos de ação com base em diagnósticos, para poder definir os melhores
caminhos para alcançar possíveis soluções, além é claro, de elabora um esquema
de cronograma e colocar em prática as ações estratégicas com atenção especial dentre
os quais, a infraestrutura das escolas, a merenda, o transporte, a relação com
a comunidade, o uso dos recursos públicos e a aprendizagem, a valorização dos
profissionais da educação.
3) Trabalho cooperativo e
colaborativo: Trabalhar em parceria real, por meio de
articulação com outras secretarias da rede municipais e estaduais, também junto
com as instituições educacionais formadoras de profissionais, as universidades,
faculdades, centros universitários, institutos e escolas, públicas e/ou
privadas, para que as ações planejadas sejam sustentáveis e cumpram as metas e
objetivos do plano de governo, garantir o pleno desenvolvimento do educando.
4) Analisar os resultados: estar
atento aos indicadores de aprendizagem e planejar ações com todo o quadro de
educadores para melhorar o desempenho dos estudantes, para uma melhor
compreensão do sistema educacional municipal (o acompanhamento de desempenho de
alunos da gestão pedagógica da secretaria e sistemas de ensino) de forma a
utilizar os indicadores para que possa revelar os melhores caminhos para
alcançar uma educação pública de qualidade.
5) Ter maior atenção aos recursos financeiros e
aplicação dos mesmo: as verbas da Educação devem ser administradas
conforme determina a lei. Há diversas peculiaridades sobre como e quando
utilizá-las. Cabe à equipe conhecer o funcionamento real do orçamento para
tornar o trabalho mais ágil e correto (aplicações direcionadas eticamente), e
estabelecer parcerias com outras áreas da gestão municipal ou mesmo de outra instância
publica sempre que necessário.
FUNÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (Recortes de textos)
1) Função Consultiva –
Responder a consultas sobre credenciamento e leis educacionais e suas
aplicações, submetidas a ele por entidades da sociedade pública ou civil
(Secretaria Municipal da Educação, escolas, universidades, sindicatos, câmara
municipal, Ministério Público), cidadão ou grupo de cidadãos.
2) Função Propositiva –
sugerir políticas de educação, sistemas de avaliação institucional, medidas
para melhoria de fluxo e de rendimento escolar e propor cursos de capacitação
para professores.
3) Função Mobilizadora – estimular
a sociedade no acompanhamento dos serviços educacionais; informá-la sobre as
questões educacionais do município; tornar-se um espaço de reunião de esforços
do executivo e da comunidade para melhoria da educação.
4) Função Deliberativa – essa
atribuição deverá ser definida na lei que cria o conselho, que pode, por
exemplo, aprovar regimentos e estatutos; autorizar cursos, séries ou ciclos; e deliberar
sobre os currículos propostos pela secretaria.
5) Função Fiscalizadora –
promover sindicâncias, solicitar esclarecimento dos responsáveis ao constatar
irregularidades e denunciá-las aos órgãos competentes. (Secretaria Municipal de
Educação, Ministério Público, Tribunal de Contas, Câmara dos Vereadores).
6) Função Normativa – só é
exercida quando existe o sistema de ensino próprio. Ele pode assim, elaborar
normas complementares às nacionais em relação às diretrizes para regimento
escolar, determinar critérios para acolhimento de alunos sem escolaridade e
interpretar a legislação e as normas educacionais.
O
PODER E OS PODEROSOS DENTRO DA “POLITICAGEM MAQUIAVÉLICA”
Ao se pensar em “poder”, pensamos no que “tal” pode
causar, no que se refere ás transformações na(s) vida(s) da(s) pessoa(s) que o detém
e especial na(s) pessoa(s) que o “sentirão” com ações advindas desse poder. Poder
este que pode ter origem de: primeiro, de “leis” que regem e normatizam/estabelecem
as condutas sociais, ou, segundo, de “forças” opressoras que reprimem de forma
animalesca maquiavélica, sendo esta fonte, nosso ponto de uma pequena reflexão.
Aqui, podemos lembrar que o termo maquiavélico,
é utilizado para descrever atitudes dolosas, que segundo Maquiavel, são ações
enérgicas maldosas visando à conquista e a manutenção do poder. Estratégia
utilizada por muitos “politiqueiros maquiavélicos” (falsos políticos) que simplesmente
buscam alcançar os interesses próprios com ações enérgicas, e nos dias atuais, baseando-se
no fato que o poder consiste na capacidade de influenciar midiaticamente a
sociedade.
Certamente, dentro desse viés, observamos que “poder
não é somente liderança e governo”, pode ser também “opressão/alienação e
desgoverno”, no qual, não é sinônimo de liderança. São desgovernos que
midiaticamente impõem a sua vontade sobre o comportamento de outras pessoas com
ações de autopromoção, ideia contrária à democracia, na qual o poder é
oferecido a uma pessoa para que ela represente o interesse dos demais.
Deste modo, muitos politiqueiros maquiavélicos (falsos
políticos), buscam e querem o poder, para disseminar seus próprios valores e
interesses pessoais, é o meio através do qual os conflitos de interesses são direcionados
não para a resolução de problemas sociais nem para o bem-estar e bem como da
sociedade, mas tolhendo o povo (por ameaças, opressões e muita enganação midiática),
é simplesmente a busca pela sua conservação em seu reinado maquiavélico.
FUNÇÃO DO LÍDER POLÍTICO: LIDERANÇA E GESTÃO PARA E COM O POVO
Para falarmos de gestão democrática com e para
o povo, é necessário falarmos da pessoa que irá gerir, ou seja, precisamos
falar do líder dessa gestão, sendo este, aquele que: honra todos os seus
compromissos assumidos e cumpre tudo o que promete e que beneficie aqueles que
mais precisam (o foco dever a gestão para o bem-estar do povo) e não
simplesmente pequenos grupos (“politiqueiros”) que buscam benefícios próprios
(que procuram a manutenção do poder, como fazem muitos políticos maquiavélicos).
Líder é aquele que trabalha pelo povo e não contra o povo.
Nesse sentido, na verdadeira gestão democrática, o líder, deve ser uma pessoa (dentre outras características): 1) honesta, que busca sempre fazer ações para o povo de forma confiável (o líder precisa ser honesto, e isso é fato); 2) proativa, ser capaz de resolver problemas da coletividade de maneira autônoma e antecipada (o líder precisa resolver problema e não causar mais problemas); e, 3) empática, capacidade de se colocar no lugar do outro (sentir o que o povo precisa, ver o outro e não a si mesmo – seus próprios desejos “medíocres, insanos e egoístas”).
Portanto, para termos uma verdadeira gestão democrática, é preciso ter antes de tudo , um líder, que tenha capacidade de conduzir uma gestão de forma ética e positiva, para alcançar os objetivos do bem-estar e bem-comum da sociedade – é preciso haver compromisso em todos os níveis, a partir de proposta de ações planejadas dentro da realidade (identificar e resolver problemas sociais com o uso da legislação e utilização correta dos recursos públicos), deve se apresentar como uma pessoa sincera e autêntica, capaz de inspirar confiança e que interaja socialmente de forma ética com o povo (e não um simples “palhaço midiático maquiavélico”).