O VIDEO NA SALA DE AULA
O uso pedagógico do vídeo se
inicia quando o professor, ao identificar o conteúdo a ser trabalhado dentro de
um determinado tema, reconhece a necessidade de ampliar sua abordagem a partir
de outras problemáticas, com outras linguagens além da oral e escrita, a qual
já está disponível nos livros didáticos. A eficácia do uso do vídeo irá ocorrer
se o professor fizer uma análise competente do material disponível e proceder a
uma seleção consciente e em consonância com os objetivos do planejamento
educacional.
Para a seleção consciente do
vídeo, é necessário que professor, antes de exibi-lo na sala de aula, se
aproprie do mesmo assistindo-o para verificar sua adequação ao processo de mediação
dos significados e aprendizagens em sala de aula. Esta verificação de
potencialidades para o processo de ensino e aprendizagem contribui para a
construção dos planos de aula.
De acordo com Mandarino (2002,
p.7-12), na escolha do vídeo em sala de aula, alguns princípios devem ser
questionados:
Questões para aproveitamento
pedagógico:
Qual a
função básica do vídeo: informar, motivar, ilustrar, sensibilizar, fixar conteúdos,
facilitar a compreensão, aplicar conteúdos em situações variadas, reforçar
conteúdos, etc?
O
vídeo foi concebido didaticamente?
Há
clareza e precisão no tratamento da mensagem (tema / conteúdo)?
Há
erros conceituais?
Os
assuntos são encadeados com nível crescente de dificuldade?
O
vídeo possibilita ou suscita a comunicação e um trabalho posterior à exibição?
Sugere,
de alguma forma, a ampliação da informação por outros meios?
Estimula
a curiosidade, a pesquisa, a discussão, a polêmica?
A
duração do vídeo permite que sejam planejadas as atividades complementares
necessárias a uma verdadeira compreensão e exploração do tema / conteúdos?
A
duração é adequada ao tema e à idade dos alunos?
A
duração de cada parte é adequada ao conjunto da obra?
O
vídeo seria mais bem aproveitado se trabalhado em partes? Por quê?
Há pontos
de corte para se trabalhar o vídeo por partes? Quantos? Quais? Em que tempos da
fita?
Valoriza
o conhecimento prévio dos alunos? A cultura popular?
O
espectador participa ou não da construção do conhecimento?
No
caso de vídeos didáticos ou científicos, que procedimentos são usados?
Que
atitudes são valorizadas?
Como o
conhecimento é concebido?
O
programa valoriza a exposição, a discussão, a prática/aplicação ou a crítica?
Como o
ato de estudar é concebido e estimulado?
Caso o
programa seja de comunicação social – dirigido ao público em geral – como
poderá ser utilizado para fins educativos?
Estas questões são imprescindíveis para o
professor decidir sobre a exibição do vídeo, a qual poderá, de acordo com a
atividade planejada pelo professor, ser editada em trechos relevantes para a
discussão acerca do conteúdo curricular abordado.
Referência
Textos
compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização
Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7.
UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.