sábado, 6 de abril de 2024

 PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: PAPEL DA ESCOLA (Recorte de textos: Compilação)

A escola é concebida como mediação entre o individual e o social, capaz de exercer a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, isto é, inserido num contexto de relações sociais.

Tem como um dos principais papéis, garantir a aprendizagem dos conteúdos que permitam aos alunos compreender e participar da sociedade de forma crítica., devendo buscar o desenvolvimento a partir do(a):

a) diálogo entre professores e alunos;

b) respeito ao desenvolvimento psicológico dos educandos;

c) superação da visão de senso comum;

d) incorporação do universo cultural acumulado historicamente pela humanidade.

e) socialização do saber que “permitam alcançar o saber elaborado”.

f) mediação entre o aluno e a realidade, ocupando-se com “a aquisição de conteúdos, a formação de habilidades hábitos e convicções”.

Nessa perspectiva, o “fazer que tem como resultado um produto material, no entanto, não se separa do trabalho ‘não-material’, que consiste na produção de ideias, conceitos, valores, ou seja, na produção do saber”.

Outro ponto importante, dentro desse contexto, temos: o de difundir os conteúdos concretos e indissociáveis das realidades sociais, no que se refere:

a) Conteúdos de ensino

Conteúdos culturais universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às realidades sociais.

b) Métodos de ensino

Deve-se adotar métodos que favoreçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos, de modo que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade (prática social).

c) Relação professor e aluno

Parte-se do pressuposto de que o conhecimento resulta de trocas que se estabelecem na interação entre o meio (natural, social, cultural) e o sujeito, sendo o professor o mediador; relação consiste no provimento das condições em que professores e alunos possam colaborar para fazer progredir essas trocas.

REFERÊNCIAS

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 40 ed. (comemorativa). Campinas: Autores Associados, 2008.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006. 

 POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCEITO, CONTEXTUALIZAÇÃO E DEFINIÇÃO (Recorte de textos: Compilação)

1) Política

Origem grega, politikó, que exprime a condição de participação da pessoa que é livre nas decisões sobre os rumos da cidade, a pólis. Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), “A polis faz parte das coisas naturais e que o homem é por natureza um animal político”. Ligada ao governo, mas também é praticada pela sociedade civil. Formas de organização dos grupos na sociedade: econômicos, étnicos, gênero, culturais, religiosos e outros.

2) Política institucional

a) Atividade humana relacionada ao exercício do poder;

b) Abrange o Estado e municípios;

c) Integração das pessoas às ações políticas;

d) Representa decisão diante do choque de interesses.

3) Políticas Públicas – surgimento

a) Europa – tradição de estudos sobre o Estado e instituições, se distanciando da ação dos governos;

b) EUA – como área de conhecimento e disciplina acadêmica sem estabelecer teorias sobre o papel do Estado. Estudo centrado na ação dos governos;

c) Brasil – ganha visibilidade no pós-guerra a partir das novas visões sobre o papel dos governos, com a adoção de políticas restritivas de gastos.

4) Políticas Públicas – contextualização

a) Epistemologicamente – significa participação do povo nas decisões da cidade e do território;

b) Ao logo da história a participação foi se construindo de forma direta ou indireta (representação);

c) O agente fundamental no acontecimento da política pública sempre foi o Estado.

5) Políticas Públicas – definição

a) Mead (1995) – Campo dentro do estudo da política que analisa o governo à luz de grandes questões públicas;

b) Lynn (1980) – Conjunto específico de ações do governo que irão produzir efeitos específicos;

c) Peters (1986) – Soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vidas dos cidadãos;

d) Dye (1984) – O que o governo escolhe fazer ou não fazer;

e) Laswel (1958) – Responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz.

 TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS (Recorte de textos: Compilação)

Exclusiva do governo (formulação, deliberação, implementação e monitoramento). Azevedo (2003, p. 38) define que “[...] política pública é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões”.

1) Redistributivas

Redistribuição de renda na forma de recursos e/ou de financiamento de equipamentos e serviços públicos. Ex: bolsa-escola, bolsa-universitária, cesta básica, renda cidadã, isenção de IPTU e de taxas de energia e/ou água para famílias carentes.

2) Distributivas

Ações cotidianas que todo e qualquer governo precisa fazer. Ligada à oferta de equipamentos e serviços de acordo com a demanda social ou a pressão dos grupos de interesse. Ex: podas de árvores, os reparos em uma creche, a implementação de um projeto de educação ambiental ou a limpeza de um córrego, dentre outros.

3) Regulatórias

Ligada ao campo de ação do poder legislativo. Elaboração das leis que autorizarão os governos a fazerem ou não determinada política pública redistributiva ou distributiva. Esse tipo de política possui importância fundamental, pois é por ela que os recursos públicos são liberados para a implementação das outras políticas

 PLANEJAMENTO: INSTRUMENTO DE AÇÃO EDUCATIVA – Masetto, 2007 (Recorte de textos: Compilação)

1) Planejamento em uma escola

A organização das ações da escola, da direção, dos professores, do conselho escolar, dos funcionários e dos alunos, buscando alcançar metas e objetivos educacionais bem definidos. Em vista das ações e objetivos bem definidos, a eficiência dos recursos e o acompanhamento através de uma avaliação continuada (feedback).

2) O ato de planejar

Consiste em uma atividade intencional que se busca determinar fins, que torna presentes e explícitos nossos valores, crenças; como vemos o homem; o que pensamos da educação, do mundo, da sociedade. Por isso, é um ato político-ideológico. É definir a filosofia de educação que orientará a atividade educativa.

3) Planejamento: instrumento de aprendizagem

É um instrumento útil de trabalho para professores e alunos. Existe para resolver (e não criar) problemas. Serve de roteiro para as ações do professor e dos alunos em aula e, como tal, acompanha a execução diária do que foi combinado. Adequar atividades ao tempo disponível, selecionar conteúdos, técnicas e estratégias e avaliar conforme os objetivos definidos e dentro dos limites existentes.

4) Plano de ensino-aprendizagem

Denominado também plano de curso ou plano de unidades didáticas, é um roteiro organizado das unidades didáticas para um ano ou semestre. Trata-se de um documento elaborado para cada uma das disciplinas que compõem o currículo escolar, no qual deve prever a organização sequencial da ação do professor em vista da aprendizagem do aluno e do cumprimento do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Pedagógica.

REFERÊNCIA

MASETTO, Marcos. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 2007.

 COMPONENTES DO PLANO DE ENSINO – Masetto, 2007 (Recorte de textos: Compilação)

1) Identificação

Apontar suas características, discriminar a que disciplina ou atividade se refere, quais as condições básicas em que será realizado, para quantas turmas, quem é o professor responsável, carga horária, etc.

2) Objetivos

São metas estabelecidas ou resultados determinados. Indicam aquilo que um aluno deverá ser capaz de fazer através de seu desempenho em atividades de uma determinada escola, disciplina ou mesmo de uma aula. O estabelecimento de objetivos orienta o professor para selecionar o conteúdo, escolher as estratégias de ensino e elaborar o processo de avaliação.

3) Conteúdos

Trata-se de um conjunto de temas/assuntos que são estudados durante o curso em cada disciplina. Tais assuntos são selecionados a partir da definição dos objetivos.

Alguns critérios na seleção dos conteúdos, devem trazer assuntos: atuais e atualizados e despertem o interesse e a curiosidade do aluno e adequados à sua faixa etária; que se relacionem com a vida e a realidade do aluno; que permitem integrar conhecimentos de várias áreas, disciplinas, superar a fragmentação do saber; que apontem para o futuro e que permitam diferentes ângulos de análise ou interpretações.

4) Avaliação

A avaliação é entendida como o resultado de testes, provas, trabalhos ou pesquisas que são dadas ao aluno e aos quais se atribui uma nota ou conceito. Acompanha todo o processo de aprendizagem e não só um momento privilegiado.

É um instrumento de feedback contínuo para o educando e para todos os participantes. Deve se coloca como elemento integrador e motivador e não como uma situação frequentemente carregada de ameaça, pressão ou terror.

Acontece em todas as atividades com as informações do aluno, de seus colegas, do professor e da comunidade circundante. Abrange o desempenho do aluno, do professor e a adequação do programa.

5) Bibliografia

São os textos a partir dos quais os estudos serão realizados. Podem ser livros, revistas, jornais, poemas, romances, artigos, letras de música, peças teatrais, textos escritos por professores, alunos, etc.

Bibliografia básica: Se refere aos textos que serão estudados e utilizados em aula. Poderá ser um dos textos trabalhados como complementação com outros.

Bibliografia complementar: Amplia os horizontes do conhecimento permitindo um certo aprofundamento naquele tema ou tópico específico.

REFERÊNCIA

MASETTO, Marcos. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 2007.

quarta-feira, 6 de março de 2024

 FELIZ DIA DAS MULHERES

Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. Fala com sabedoria e ensina com amor. (Provérbios 31:25-26)

Venho lhe parabenizar, por ser, essa mulher de Deus, virtuosa, princesa do Senhor Jesus, és cheia de graça. Mãe, esposa, filha, dona de casa, e além disso, exerce seus afazeres profissionais com maestria e muita competência.

Acha tempo para tudo e para todos. Atenciosa, intuitiva, e com seu sexto sentido apurado, sabe da necessidade de lutar sempre por seus direitos. E está conquistando, de forma admirável e majestosa, seu espaço cada dia mais.

A sua beleza não está somente no exterior, vem de dentro e exala o perfume do Espirito Santo de Deus, por onde passa, e semelhante a uma pedra preciosa como diz em Provérbios 31:10b “O seu valor muito excede ao de rubis”.

A cada mulher, que é uma verdadeira heroína no dia-a-dia, enfrentando diversos desafios, com graça e resiliência, receba meu carinho, elogio, admiração. Não apenas nesse dia do calendário. Mas em todos os dias do ano.

Que Deus, fonte divina de constante inspiração, coragem e força, continue lhe capacitando, mulher pedra preciosa base da família, dando sabedoria e discernimento para enfrentar todos os obstáculos que surgirem.

Parabéns mulher de Deus pelo nosso dia!

Abraço fraterno, Joselma Coelho.

 REFLEXÕES SOBRE INTERDISCIPLINARIDADE (Recorte de Textos)

1 Introdução

A interdisciplinaridade surgiu no final do século passado a partir da necessidade de justificar a fragmentação causada por uma epistemologia de cunho positivista. As ciências foram divididas em muitas disciplinas e a interdisciplinaridade restabelecia, pelo menos, um diálogo entre elas.

Considerada pela ciência da educação como uma relação interna da disciplina “matriz” e a disciplinada “aplicada”, a interdisciplinaridade passou a ser um termo aceito na educação por ser vista como uma forma de pensamento.

Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas. 

2 Princípios Norteadores

Vale ressaltar aos educadores que a interdisciplinaridade quando voltada para a educação, em especial aos projetos educacionais, baseia em alguns princípios, entre eles:

a) Noção de tempo. o aluno não tem tempo certo para aprender. Não existe data marcada para aprender. Ele aprende a toda hora e não apenas na sala de aula.

b) Na crença de que é o indivíduo que aprende. Então, é preciso ensinar a aprender, a estudar etc., estabelecendo uma relação direta e pessoal com a aquisição do saber.

c) Totalidade do conhecimento. Embora adquirido individualmente, o conhecimento é uma totalidade.

d) A criança, o jovem e o adulto aprendem quando possuem um projeto de vida e o conteúdo do ensino é significativo para eles no interior desse projeto. O aprendizado envolve emoção e razão no processo de reprodução e criação do conhecimento.

3 Objetivos da Metodologia

1º Integrar os conteúdos;

 Passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento;

3º Superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa a partir da contribuição das diversas ciências;

4º Ter o ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao longo de toda a vida, entre outros.

4 Considerações

A ação pedagógica através da interdisciplinaridade propicia a construção de uma escola participativa e decisiva na formação social do indivíduo, bem como uma prática coletiva e solidária na organização da escola.

Geralmente aplicada já nas séries iniciais do Ensino Fundamental, os professores devem incentivar os alunos a construírem relações entre os diferentes conteúdos presentes nas diversas disciplinas do currículo.

 DISCUTINDO O PLANEJAMENTO (Recorte de textos)

1 Planejamento: primeiras ideias

Planejamento é o principal instrumento por meio do qual a escola e os professores asseguram o controle autônomo de seu trabalho e o desenvolvimento de sua formação. Não é uma mera formalidade e não pode ser delegado a um método de ensino ou a um livro didático, por melhores que sejam.

A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógico, tendo como referência permanente as situações didáticas concretas, isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino. (LIBÂNEO,1992, p. 222)

2 Importância do Planejamento

a) Preparar a organização de tempo e espaço para cada atividade.

b) Controla os resultados de seu trabalho;

c) Afirma sua autonomia e seu saber específico;

d) Controla os fins de seu trabalho e define os meios para alcançar esses fins;

e) Estabelece instrumentos para sua auto avaliação;

3 Pontos reflexivos do Planejamento

Antes de planejar é preciso conhecer e considerar os direitos de aprendizagem. O planejamento precisa considerar o processo de aprendizagem. Considerar alguns questionamentos, dentre os quais:

a) Quais as prioridades para cada ano?

B) O que as crianças já sabem?

c) O que esperamos que eles aprendam?

d) Quais os direitos de aprendizagem dentro de cada ano?

4 Considerações

No planejamento é importante visar o processo intencional: clareza no que deseja fazer; precisa-se também criar oportunidades diferenciadas para cada criança; e, garantir a construção dos direitos de aprendizagem para todas as crianças em tempo oportuno, sendo imprescindível realizar uma reflexão antecipada daquilo que se planejou, objetivando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

Referência

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4 ed. Goiânia: Alternativa, 1992.

MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar? 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

 CORRENTES SOCIOLÓGICAS: ABORDAGEM METODOLÓGICAS (Resumo de Textos*)

1 Positivismo

a) Sistema filosófico que parte da crença no poder exclusivo e absoluto da razão humana para conhecer a realidade por meio da observação e da experiência e traduzi-la através das leis naturais;

b) Método preconizado por Augusto Comte como uma analogia aos métodos das Ciências Naturais;

c) O positivismo rompeu com as explicações teológicas (divinas) da sociedade;

d) Diferenciação dos princípios reguladores da natureza em: mundo físico e social. Os princípios do mundo físico são exteriores ao homem, enquanto que os acontecimentos sociais se referem ao próprio homem.

2 Funcionalismo

a) Para analisar qualquer elemento de um sistema social, é necessário saber como ele se relaciona com os outros elementos do mesmo sistema e com o todo – as consequências que interferem no sistema podem ser funcionais (mantém o sistema) ou causam disfunção;

b) Função da Sociologia – “(...) detectar e buscar soluções para os ‘problemas sociais’, restaurando a ‘normalidade social’ e se convertendo, dessa forma, numa técnica de controle social e de manutenção do poder vigente” (DURKHEIM);

c) Estudar a estrutura da ação social é tentar pôr em evidência relações e modalidades de trocas estáveis entre os atores sociais. (PARSONS)

3 Dialética

a) Aponta as contradições existentes na sociedade (na vida social) que resultam na negação (tese, antítese e síntese) ou na complementação através das polaridades existentes no interior de uma dada ordem social contextualizada;

b) A Tese (afirmação, ato) gera o seu oposto – antítese (negação do ato, da afirmação) e a interação de ambos produz uma síntese (uma nova situação, afirmação, um novo ato) que transcende as duas primeiras (a tese e antítese). A síntese gera uma nova tese e todo processo repete-se indefinidamente. (HEGEL)

4) Hermenêutica

a) Reconhecimento da subjetividade do investigador no processo de conhecimento, a partir da perspectiva dos atores sociais na percepção da realidade; interpretação da cultura como rede de significações sociais; (Weber, Habermas, Schütz);

b) Filosofia hermenêutica → amplo escopo de compreensão do mundo e das várias formas em que essa compreensão se manifesta: da comunicação entre os seres humanos à manifestação da sociedade; da experiência pessoal do indivíduo em sociedade até a maneira com que o indivíduo lida com a sociedade; e da tradição construída pela religião e lei, arte e filosofia, até uma consciência revolucionária que aparece na tradição pela reflexão emancipatória;

c) O ser, do ponto de vista dos entes, é o nada. O ser e o nada são a mesma coisa. O ser é condição para que o ente se mostre. Qualquer coisa que se mostre é um ente. A diferença entre o que se mostra e o que possibilita que o ente se mostre é o ser e o sendo. O ser é somente aquilo que dá, é apenas o envio, é possibilidade. Ao mesmo tempo em que oferece, ele se retira. Por isso é que Heidegger diz que o ser é o nada. E isso gera angústia.

*Compilação de: disciplina, Sociologia e Antropologia do Trabalho. Unidade 1 – Sociologia e Antropologia: abordagens básicas. Curso Superior de Tecnologia em segurança no Trabalho. Profª. Vera Lucia Bezerra Santos. São Luís – MA: UEMANET, 2018.

 CONCEPÇÕES SOCIOLÓGICAS BÁSICAS (Resumo de Textos*)

1) Fato social

Modo de agir, de sentir e de pensar dos indivíduos em uma determinada sociedade ou grupo social. Os fatos sociais atuam através de regras sociais, leis, costumes e tradições; são pautados por uma conduta obrigatória. Características: exteriorioridade, generalidade e coercitividade.

2) Ação social

Faz referência à conduta dos outros, possui um sentido relacionado a um caso historicamente dado, observado; à média de uma massa de dados (informações); à construção de um tipo-ideal (ou ideal-tipo) referente à atuação de determinados atores ou acontecimentos sociais.

3) As relações sociais de produção

São as formas pelas quais os homens se organizam para executar as atividades produtivas. Compõem-se pelas formas estabelecidas, pela distribuição dos meios de produção, instrumentos, habilidades técnicas, que variam de acordo com a sociedade e o momento histórico em que vivem, assim como pelas leis que regulam a apropriação do trabalho e tipo de divisão social.

4) Burocracia

O tipo puro de dominação legal, denominada como “legal-racional”. O poder legal fundamenta-se: a) Na “competência” e não sobre o costume e a força; b) Na regulação impessoal. Não pode haver arbitrariedade, clientelismo ou decisões que não estejam fundamentadas nos direitos; c) Nas funções especializadas com diretrizes metodologicamente definidas; d) Na carreira regulada por critérios objetivos: Antiguidade, qualificação, conhecimento, etc.

A burocracia é igualmente aplicável e historicamente demonstrável: a) Nas empresas econômicas com fins lucrativos; b) Nas associações de caridade (sem fins lucrativos); c) Nas empresas estatais ou para-estatais; d) Nas instituições religiosas e militares. (WEBER, Max. Economia e Sociedade).

5) Organização

Qualquer grupo social formado por pessoas, com tarefas executáveis e uma administração, que interagem no marco de uma estrutura sistêmica com a meta de cumprir certos objetivos propostos. Uma organização, para existir, precisa que as pessoas que a integram se comuniquem e estejam de acordo em atuar de forma coordenada no lucro dos objetivos propostos, que os levem a cumprir efetiva e satisfatoriamente com sua missão.

6) Instituições

Consistem em estruturas cognitivas, normativas e reguladoras, e de atividades que provêm estabilidade e sentido para o comportamento social. As instituições são transportadas por vários suportes, culturas, estruturas e rotinas que operam em múltiplos níveis de jurisdição.

Concepções sociológicas básicas

7) Globalização

Processos de grandes mudanças e transformações políticas, econômicas e sociais, acirrada no final do século XX, tornando os interesses do capital hegemônicos em todo o mundo, ao romper as fronteiras diante da expansão capitalista que tornou o mundo em aldeia global; • Interação social – determina ações e relações recíprocas entre indivíduos e/ou grupos sociais. É a base da comunicação social subjacente à sociedade.

8) Processos sociais

São os modos como os indivíduos se relacionam socialmente. Em suma, são formados por uma série de interações dinâmicas que se desenvolvem no seio da sociedade. Estes processos podem provocar alterações na estrutura social. Podem ser associativos (cooperação, acomodação e assimilação) e dissociativos (conflitos, competição).

*Compilação de: disciplina, Sociologia e Antropologia do Trabalho. Unidade 1 – Sociologia e Antropologia: abordagens básicas. Curso Superior de Tecnologia em segurança no Trabalho. Profª. Vera Lucia Bezerra Santos. São Luís – MA: UEMANET, 2018.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

 NOSSOS AGRADECIMENTOS À VOCÊ!!

"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro." (Jeremias 29:11)

Um ciclo se encerra em nossas belas vidas. É mais um momento de “despedida”. Mais uma batalha que por nós foi vencida, dia após dia.

Mas chegou o momento da ida. Não esqueceremos o que vivenciamos durante todo esse processo. Os laços de amizades que estabelecemos.

Sentimos ter que dizer “adeus”, mas devemos “partir”. Agora virão outros aprendizados. A vida é durona, mas é extremamente sábia.

Seremos cada vez mais fortes e perseverantes, seguindo em frente, sem medo, de cabeça erguida, com fé e com muita determinação.

Nova fase, novos aprendizados. Gratidão, a vocês, nossos(as) queridos(as)  amigos(as) de profissão por ter confiado em nosso trabalho.

Obrigado(a) por nos ter permitido, essas trocas de conhecimentos e experiências valiosas durante esse período que ficamos à frente das funções.

Crescemos como pessoas e profissionais. Seguimos então em frente e em um breve período de tempo nos reencontraremos nas escolas.

Lembremos sempre que é na escola, local de prática, resiliência e contínua aprendizagem, que os grandes mestres atuam com maestria.

At.te, Joselma Coelho e Francisco Moraes

 REFLEXÕES ACERCA DO PLANEJAMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM (Recorte de textos)

Cada Unidade escolar pode e precisa encontrar, dentro de seu contexto, formas de lidar com o planejamento do ensino-aprendizagem, bem como, com seus desdobramentos em planos e projetos. Sendo também importante, desencadear um real processo de repensar os objetivos, metas e todas as ações/estratégias, buscando um significado transformador para os elementos curriculares básicos:

a) objetivos da educação escolar (para que ensinar e aprender?);

b) conteúdos (o que ensinar e aprender?);

c) métodos (como e com o que ensinar e aprender?);

d) tempo e espaço da educação escolar (quando e onde ensinar e aprender?);

e) avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e aprendido?).

Os planos: escolar, de curso e de ensino, precisam dentro da prática de elaboração, superar os aspectos que dificultam o processo ensino-aprendizagem em sala de aula, devendo atuarem de forma coesos, que venham promover uma melhor integração no corpo do plano de currículo da Unidade Escolar, sendo estes:

a) O Planejamento Escolar: que é uma ação global da escola (PPP, Proposta Curricular) feito no coletivo;

b) Plano de Ensino ou Plano Didático: que é o Plano de Ação do Professor, ou seja, é o trabalho docente, sendo responsabilidade do professor, elaborar e executar, uma vez que deve acontecer o processo ensino aprendizagem;

c) Plano de Aula: que é um detalhamento do plano de ensino, uma sequência didática que deve ser preparado para as ações do dia-a-dia de sala de aula.

É importante que os professores observem e levem em conta o cotidiano da comunidade escolar no planejamento de aulas, visando superar as dificuldades dos alunos e das demais problemas enfrentados pelos e dentro do exercício docente (da aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo), visando desenvolver melhores meios para atingir os objetivos educacionais propostos.

 REGIMENTO ESCOLAR DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE CAXIAS/MA (Recorte de Texto – P. 16)

CAPÍTULO III – Da Estrutura Técnico-Pedagógica

 SEÇÃO I – Do Coordenador Pedagógico

Art. 24º A função do Coordenador(a) Pedagógico será exercida por profissional legalmente habilitado com Licenciatura em Pedagogia mais especialização na área do cargo, cujas atribuições são:

I – coordenar a elaboração, a implementação e a execução do Projeto Político Pedagógico da escola;

II – assegurar ações que viabilizem o desenvolvimento do currículo e da sistemática de avaliação, tendo em vista o processo de ensino e aprendizagem;

III – assessorar o planejamento das ações pedagógicas auxiliando na execução do Plano de Curso, Plano Mensal e Plano de Aula;

IV – auxiliar a prática pedagógica dos professores no cotidiano da escola;

V – desempenhar a função de forma articulada com a Secretaria Municipal de Educação, visando contribuir com a formação continuada dos docentes;

VI – acompanhar o processo de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos no decorrer do ano letivo, identificando as dificuldades de aprendizagens e propondo intervenções pedagógicas;

VII – criar condições de atendimento aos alunos com dificuldade de aprendizagem e/ou necessidades educativas especiais, identificando articuladamente com professores e propondo as intervenções necessárias; 

VIII – assessorar o processo de escolha do livro didático, bem como sua utilização no decorrer do ano letivo;

IX – promover a sociabilidade por meio do desenvolvimento de atividades lúdicas de interação entre os educandos no espaço escolar;

X – promover ações de natureza pedagógica e cultural que assegurem as boas relações entre escola, família e comunidade escolar.

 ATIVIDADES E AÇÕES DE ROTINAS PARA O(A) COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO(A): DIÁRIAS E SEMANAIS (*)

1) Algumas atividades e ações diárias

a) Acolher professores e estudantes;

b) Checar sua agenda, priorizando as pautas diárias mais relevantes;

c) Checar e-mail e outras mídias da escola, e verificar demandas internas e externas (Secretaria de Educação);

d) Manter-se informado sobre a frequência dos alunos e professores;

e) Fazer observações de aula, priorizando as salas de alfabetização com baixo rendimento;

f) Planejar organizar e observar a dinâmica do recreio e horários livres;

g) Garantir o tempo pedagógico (cumprimento das horas aulas conforme a modalidade e etapa).

2) Algumas atividades e ações semanais

a) Acompanhar e contribuir com o planejamento pedagógico específico por ano/série;

b) Orientar os professores considerando o planejamento das atividades e aspectos observados em sala de aula;

c) Verificar/sugerir metodologias diversificadas para o professor trabalhar em sala de aula;

d) Agendar atendimento para alunos, pais e professores, sempre que necessário;

e) Participar de reunião de alinhamento com o(a) gestor(a) escolar;

f) Selecionar textos para estudar com os professores nos planejamentos específicos;

g) Organizar rotina pedagógica para as aulas de reforço no turno ou contraturno.

* Recorte de Textos deEscola Digna – Pacto pela Aprendizagem – Caderno de orientações. Secretária de Estado da Educação. São Luís, 2023.

 ATIVIDADES E AÇÕES DE ROTINAS PARA O(A) COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO(A): MENSAIS E ANUAIS  (*)

1) Algumas atividades e ações mensais

a) Realizar o planejamento pedagógico geral na Unidade Escolar;

b) Analisar e contribuir na elaboração das atividades e avaliações mensaise devolutivas pedagógicas das mesmas;

c) Selecionar o conteúdo/descritores a serem trabalhados no mês seguinte com base nos diagnósticos dos professores;

d) Realizar, junto ao(à) gestor(a), reunião com responsáveis para devolutiva dos resultados de aprendizagem dos estudantes;

e) Reconhecer, de maneira sistemática, os estudantes que estão tendo boa frequência e bom rendimento escolar;

f) Acompanhar o cumprimento do calendário escolar;

g) Planejar reposição de aulas, quando necessário;

h) Monitorar o planejamento da escola;

i) Divulgar aos docentes o calendário de formação dos professores e acompanhar a participação deles;

j) Participar da formação de gestores e coordenadores ofertadas pela Secretaria de Educação.

2) Algumas atividades e ações Anuais

a) Colaborar com a elaboração do calendário escolar da Unidade Escolar com vista ao Calendário da Secretaria de Educação;

b) Rever o PPP junto ao(à) gestor(a),professores e demais funcionários partícipes do processo educacional;

c) Elaborar a pauta da semana/jornada pedagógica e formações dos professores;

d) Definir a lotação docente com o(a) gestor(a) e a Secretaria de Educação. Para tanto, é importante considerar as habilidades, competências e desempenho do professor nas disciplinas, principalmente observando o ciclo da alfabetização;

e) Organizar, em articulação com o(a) gestor(a) da escola, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética;

f) Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o diretor e os professores, considerando as orientações da Secretaria de Educação;

g) Participar do conselho de classe, acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre contribuir com estratégias para aprendizagem e permanência na escola;

h) Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e responsáveis.

* Recorte de Textos deEscola Digna – Pacto pela Aprendizagem – Caderno de orientações. Secretária de Estado da Educação. São Luís, 2023.

sábado, 6 de janeiro de 2024

 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, MÉTODO FOFA – FORÇAS/ OPORTUNIDADES / FRAQUEZAS / AMEAÇAS (*)

1 Introdução

O método de análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), do inglês, SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats): é uma técnica utilizada para fazer análise de contexto (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma empresa, mas podendo, devido a suas implicidade, ser utilizada para analisar o cenário escolar.

2 Estrutura do FOFA

 FOFA é uma ferramenta de planejamento que possibilita uma instituição analisar seu cenário a partir de suas forças e fraquezas (elementos internos) e oportunidades e ameaças (elementos externos).

a) Forças – Vantagens do contexto interno da empresa ou unidade analisada - Quais minhas melhores atividades/processos/recursos? Quais são os pontos de destaque da equipe que trabalha nessa unidade escolar? Quais são minhas habilidades e competências já desenvolvidas, e da equipe que trabalho?

b) Fraquezas – Desvantagens do contexto interno da empresa ou unidade analisada: Quais são as lacunas conceituais, atitudinais e procedimentais da equipe? Quais são os desafios internos à escola que precisamos superar?

c) Oportunidades – Aspectos favoráveis do contexto externo onde a empresa ou unidade analisada está inserida: O que a comunidade no perímetro escolar pode oferecer à escola como suporte? Quais são as lideranças comunitárias que temos e que podem nos auxiliar?

d) Ameaças – Aspectos desfavoráveis do contexto externo onde a empresa ou unidade analisada está inserida: O que pode chegar à escola que interfira no projeto político pedagógico? Quais fatores externos podem interferir em nossa proposta pedagógica?

3 Diagnóstico das atividades escolares

Uma das primeiras etapas da criação do planejamento deve ser avaliar as atividades que vêm sendo desenvolvidas na escola. É preciso compreender a realidade escolar para avaliar quais atividades combinam com o perfil da escola e quais ainda podem ser implementadas. Motive os professores a torná-las mais agradáveis, prazerosas, organizadas e participativas.

4 Informações sobre a realidade da escola

É preciso colocar no papel quais os pontos fortes e fracos da escola, afim de ter uma visão geral da realidade da instituição.

Analise pontos como infraestrutura, ausência e falta de capacitação de professores, situação dos laboratórios (se houver), acervo da biblioteca (sala de leitura), material didático, material de limpeza, merenda escolar, entre outros.

Priorize os setores que vão precisar de mais investimento e apoio de forma estratégica e não deixe de analisar se a estratégia pedagógica adotada na escola traz retorno e atende às necessidades da comunidade escolar.

* Recorte de Textos de: Escola Digna – Pacto pela Aprendizagem – Caderno de orientações. Secretária de Estado da Educação. São Luís, 2023.