terça-feira, 6 de dezembro de 2022

 CONCEITOS SOBRE GESTÃO ESCOLAR ((Tópicos de reflexões – Recortes de textos)

A gestão compartilhada da qual se pretende, significa não só “fazer parte”, mas também “tomar parte” na realização de suas ações, na avaliação, na reorientação das práticas, no aperfeiçoamento das escolas da Rede Municipal, no melhor alcance dos objetivos.

Gestão compartilhada significa “partilhar com”, “participar de”, “partilhar” a gestão nas suas diferentes dimensões. A dimensão administrativa não está dissociada da pedagógica e da financeira. Ao educador, monitor, coordenador local ou de polo, cabe entender e se corresponsabilizar tanto pelo pedagógico quanto pelas dimensões administrativas e financeiras. À equipe administrativa cabe entender o sentido pedagógico do trabalho que realizam. O alcance dos objetivos, implica um conjunto de ações e de pessoas. (SANTOS, 2003).

A gestão compartilhada promove o diálogo entre as dimensões administrativa, financeira, de pessoal e os diferentes sujeitos nelas envolvidos. Assim como precisamos preparar aulas, fazer avaliações, precisamos prestar contas, organizar documentos, fazer a gestão de pessoas, de arquivos, de recursos. Quando aqueles que se responsabilizam pela organização do calendário das aulas também entenderem o sentido da organização da documentação, da prestação de contas, e vice-versa, quando os responsáveis pelo administrativo e financeiro entenderem o pedagógico, mais chances teremos de ampliar o alcance dos objetivos. E é isso que almejamos buscar. Se cada um ficar cuidando de um pedacinho sem “partilhar com” todos o sentido do que está sendo feito podemos enfraquecer as forças. (SANTOS, 2003).

A gestão compartilhada significa, então, espaços de encontro e relação das diferentes perspectivas para pensar, refletir, planejar, acompanhar, avaliar, fazer a gestão do projeto, numa perspectiva democrática, por isso de forma dialógica, participativa, comunitária, visando à garantia do direito de aprender. A gestão é compartilhada também porque envolve diferentes parceiros que também participam da condução e dos rumos do projeto.

A construção dessa gestão compartilhada, em cada nível de execução municipal, está orientada por princípios democráticos, que implicaram uma redefinição dos mecanismos políticos, administrativo-financeiros, de comunicação e do papel da prática pedagógica nesse contexto.

A coerência com os princípios e referencial teórico-metodológico freiriano exige mudança cultural dos sujeitos participantes. É a compreensão da gestão como processo educativo, um movimento social, histórico e político, em permanente construção por meio do diálogo, que permite a construção compartilhada das atividades e do conhecimento. (FREIRE, 1998).

Referências

CAXIAS. Conselho Municipal de Educação – CME. Lei nº 002 de 27 de fevereiro de 2019. Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino de Caxias/Ma.

_______. Plano Municipal de Educação de Caxias/MA – PME. Decênio 2015 - 2025.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SANTOS, Maria Alice de Paula Santos; CUKIERKON, Monica M. de O. Braga (Org.). Projeto MOVA-Brasil: alfabetização, cidadania e organização social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Comitê Gestor do Projeto – Petrobras, Federação Única dos Petroleiros; São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.

SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, Leôncio J.G. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA (Tópicos de reflexões – Recortes de textos)

Cada aula é uma situação didática especifica e singular, onde objetivos e conteúdos são desenvolvidos com métodos de realização da instrução e do ensino, de maneira a proporcionar aos alunos conhecimentos e habilidades, expressos por meio da aplicação de uma metodologia compatível com a temática estudada.

A aula deve estar vinculada às temáticas abordando um conteúdo especifico. O professor responderá às demandas relacionadas ao aprendizado do aluno, deve integrar conhecimento com os princípios da LDB.

A aula ao cumprir a sua função educativa é um método de construção continuo e não isolado, o percurso se faz junto aos alunos, sustentando a partir da abertura para o novo, com flexibilidade e autonomia para ambos os lados, valorizando o trabalho, a ciência, a tecnologia e respeitando a condição humana.

O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profissional de educação escolar. Nada substitui a tarefa de preparação da aula em si. Cada aula é um encontro curricular, no qual, nó a nó, vai-se tecendo a rede do currículo escolar proposto para determinada faixa etária, modalidade ou grau de ensino.

Referências

CAXIAS. Conselho Municipal de Educação – CME. Lei nº 002 de 27 de fevereiro de 2019. Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino de Caxias/Ma.

_______. Plano Municipal de Educação de Caxias/MA – PME. Decênio 2015 - 2025.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SANTOS, Maria Alice de Paula Santos; CUKIERKON, Monica M. de O. Braga (Org.). Projeto MOVA-Brasil: alfabetização, cidadania e organização social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Comitê Gestor do Projeto – Petrobras, Federação Única dos Petroleiros; São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.

SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, Leôncio J.G. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 APRENDIZAGEM COLABORATIVA (Tópicos sobre Metodologias Ativas)

1 Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-Based Learning – PBL):

a) os alunos são apresentados a algum problema, e em grupos, organizam suas b) ideias e tentam definir o problema e solucioná-lo;

c) fundamentada na Pedagogia Construtivista;

d) autodirigido;

e) autoreflexivo;

f) o professor é um facilitador, apoiando e modelando os processos de raciocínio.

2 Problematização:

a) apresenta o problema como ponto de partida;

b) observação da realidade na identificação dos resultados;

c) arco de Maguerez

3 Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning):

a) desenvolvida por John Dewey

b) situações problema apresentadas em forma de projetos que envolveriam o conteúdo curricular

c) grupos de trabalho com número reduzido de participantes (4 – 6 alunos); definição de prazos (2 – 4 meses);

d) definição de temas por meio da negociação entre aluno e professor.

4 Aprendizagem Baseada em Times (Team-Based Learning – TBL):

a) grupos de 5 a 8 membros; Valorização do conhecimento prévio;

b) discussão interna e apresentação das propostas de solução para a classe;

5) Sala de aula invertida:

a) a sala de aula invertida constitui-se em uma modalidade de e-learning (“aprendizagem eletrônica”), com o conteúdo e as instruções sendo estudados pelos alunos de forma online e a sala de aula sendo o local para trabalhar os conteúdos já estudados de forma colaborativa.

6 Instrução por pares:

a) criada na Universidade de Harvard;

b) participação efetiva de todos os alunos durante as aulas;

c) os pares agem como facilitadores ou mediadores da aprendizagem

d) diálogo entre os pares.

 APRENDIZAGEM COOPERATIVA (Tópicos sobre Metodologias Ativas)

1 Jigsaw

a) desenvolvida pelo psicólogo Elliot Aronson em 1978, no Texas

b) divisão em grupo

c) os alunos ensinam uns aos outros

d) incentivo à liderança;

e) utiliza a aplicação de texto e recebimento de recompensa.

2 Divisão dos Alunos em Equipes para o Sucesso (Student-Teams-Achievement Divisions – STAD):

a) desenvolvido nos anos de 1970 por Robert Slavin e seus associados na Universidade Johns Hopkins;

b) o sucesso do grupo depende das contribuições individuais de cada integrante, introduzindo um fator de responsabilidade individual;

c) os alunos são organizados em grupos, nos quais se ajudam nas atividades sugeridas pelo professor;

d) o objetivo central é a aprendizagem do conteúdo, centralizada nos conceitos básicos.

3 Torneios de Jogos em Equipes (Teams-Games-Tournament – TGT):

a) desenvolvido por David Devries e Keith Edwards

b) as equipes são formadas de forma heterogênea nas dimensões de habilidade, sexo e etnia

c) os torneios de jogos são baseados em jogos de perguntas e respostas.

 CONTEXTUALIZADO AVALIAÇÃO (Tópicos de referências)

O ato de avaliar deve, ser uma forma de verificar o nível de desempenho do aluno, pois só ao ponderar o que o educando aprendeu em relação aos objetivos do ensino, é possível organizar a trajetória da aprendizagem (MAGALHÃES; MARSÍGLIA, 2013).

A avaliação pode ser considerada um processo que atende aos métodos de ensino utilizados e ao currículo proposto visando à superação da concepção de avaliação excludente, seletivista e punidora para uma avaliação que favorece aprendizagem significativa do estudante. (MARANHÃO, 2019, p. 316)

A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em todo o percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na identificação da perspectiva político social, como também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo em vista a sua construção. (LUCKESI, 2003, p.118):

As avaliações fazem parte do processo de ensino-aprendizagem por permitir ao professor, percepções que orientam as suas aulas, ou seja, como os estudantes estão aprendendo e se estão alcançando os objetivos previamente definidos. (PARANÁ, 2016, p. 1)

A avaliação tem por objetivo diagnosticar, registrar e redimensionar a aprendizagem dos estudantes, respeitando suas especificidades e níveis de desenvolvimento, o que possibilitará a auto avaliação dos envolvidos no processo educativo, levando-os à reflexão quanto aos procedimentos necessários para a efetivação das aprendizagens.   (MARANHÃO, 2019, p.24)

A avaliação deve ser realizada mediante o compromisso da escola e de seus profissionais com a aprendizagem dos estudantes como sujeitos do processo educativo. Também deve ser concebida numa perspectiva democrática e de autonomia da unidade de ensino, a partir das normas já instituídas e com foco em uma vivência marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da responsabilidade com o coletivo, da mediação e da participação. (MARANHÃO, 2019, p.24)

Referências

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. 1a ed. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

MARANHÃO. Documento Curricular do Território Maranhense: para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental (DCTM). Rio de Janeiro: FGV Editora, 2019.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de orientações pedagógicas - caderno de Avaliação de Aprendizagem. São Luís: SEDUC, 2017.

PARANÁ. Avaliação externa e interna: relações e articulações possíveis. Coordenação de planejamento e avaliação - departamento de educação básica. Curitiba, 2016. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_fafipa_ped_artigo_maria_lucia_dos_santos.pdf. Acesso em: 28 nov. 2022.

domingo, 6 de novembro de 2022

FICHAMENTO DE CITAÇÃO. TAVARES, Fernando Gomes de Oliveira. O conceito de inovação em educação: uma revisão necessária. Educação, n 44, 2019, janeiro, pp. 1-17. Universidade Federal de Santa Maria Brasil. (*)

INTRODUÇÃO

Citação: [...] sabe-se pouco sobre as origens, as características e as concepções desse fenômeno educacional, pois os esforços têm se dirigido mais a difundir e modelizar experiências do que compreendê-las em sua complexidade e integralidade [...] (p. 2)

Comentário: Isso tem por base o fato que normalmente preocupa-se com os resultados e não com o que se faz para alcança-los.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Um breve Histórico Interrompido da Inovação no Contexto Educacional.

Citação: A ideia de inovação como tem sido engendrada por muitos se originou no ambiente empresarial. (p. 3)

Comentário: As mudanças surgem da necessidade de melhoria da qualidade da produção e aumento do capital, nesta perspectiva é natural que da onde surgem a maior necessidade é que apareçam as grandes ideias.

Citação: O propósito de analisar-se aqui o desdobramento desse termo dentro do contexto educacional advém do suposto de que a educação, em qualquer dos seus moldes e em qualquer das suas características, só adquire significação quando observada como parte do processo sócio-histórico. (p. 4)

Comentário: A educação sempre se refaz tendo do contexto de mudança do processo sócio-histórico.

Citação: [...] as chamadas experiências inovadoras em educação manifestaram-se, mais intensamente, na década de 1960. (p. 4)

Comentário: Várias mudanças no campo educacional surgiram neste período em virtude do contexto político e social, portanto é natural que este também seja o momento desses conceitos surgirem mais intensamente.

Diferentes Conceitos de Inovação

Citação: Compreende-se a importância desses autores, uma vez que seus trabalhos foram pioneiros, trazendo uma contribuição fundamental ao realizarem um esforço para conceituar a inovação no campo educacional, fenômeno até então ignorado pela comunidade científica. (p.5)

Comentário: Inovar não significa que precisamos inventar algo novo, mas sim dar uma nova perspectiva de algo que possa ser melhorado e isso é importante que seja respaldado pela comunidade científica.

Citação: a inovação é um modelo centrado na resolução de problemas, ou seja, um conjunto de procedimentos que devem ser executados de modo a alcançar uma melhora da situação preexistente. (p.9)

Comentário: Fazer algo inovador, na maioria das vezes é tentar alcançar um resultado que até então não se atingia por falta de um olhar diferenciado em algo que já era bom, mas que precisava melhorar.

Citação: [...] a inovação não é apenas algo novo, mas algo que se melhora e que necessita apresentar resultados de tal melhoria. (p.9)

Comentário: É esperado que com a inovação consiga-se elevar a eficiência operacional do sistema educacional em que estas sejam inseridas.

Citação: Outro aspecto relevante reside no fato que ambos autores reconheceram as inovações nas escolas como detentoras de um caráter complexo e, por isso, decidiram interpretá-las como um processo e não como um evento. (p.10)

Comentário: Entende-se que a inovação é algo que vai se transformando e não um acontecimento isolado.

Citação: A partir de uma perspectiva marxista, ela define inovação como um processo de emancipação que procura repensar a estrutura de poder, as relações sociais e seus valores. (p.11)

Comentário: Baseando-se na ideia que a inovação educacional apoia-se em uma modernização educativa adotada para racionalizar os sistemas educativos.

CONCLUSÃO

Citação: Essa vertente explicativa sobrepõe-se àquela que enxerga a inovação como uma atividade que pertence a base do sistema escolar e que não vê razão para que as pesquisas atribuam um julgamento positivo ou negativo a priori ao termo. (p.14)

Comentário: Percebe-se a necessidade de ver a questão da inovação como uma nova forma de fazer algo já existente e não de criação do novo.

*NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Fichamento apresentado à disciplina: Oficina de Projetos de Iniciação Científica e Tecnológica – Projeto de Pesquisa, Inovação e Extensão, ministrada pelo Professor Paulo Roberto de Jesus Silva. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2022.

 AS PRINCIPAIS LACUNAS ENTRE A PROPOSTA INICIAL DA CRIAÇÃO DOS IFS E AS CIRCUNSTÂNCIAS POLÍTICAS PELAS QUAIS SE CONSOLIDOU (*)

Entre a criação ou instituição das primeiras escolas de caráter profissional no Brasil, as Escolas de Aprendizes Artífices, instituídas em 1909, e o ano em curso, a Educação profissional passou por várias transformações. Inicialmente pensadas para ajudar a manter a divisão social do trabalho, entre instrumental e intelectual, sendo seu foco a promoção de cidadãos úteis, visando a formação de mão de obra que fosse capaz de assumir seu ofício com eficiência, com uma preocupação em relação à classe mais baixa da sociedade, a qual essas escolas se destinavam.

O ensino profissionalizante era fragmentado, dispersivo e destinado aos desfavorecidos de fortuna e aos marginalizados que já perambulavam pelas ruas desde o final da escravidão, ou seja, preparar a mão de obra para o trabalho que os filhos da elite não estavam destinados a cumprir. O que não é muito diferente nos dias atuais.

Perfazendo todo o caminho de mudanças ocorridas no âmbito da educação profissional até chegarmos a condição atual em 2005, inicia-se a reorientação das políticas federais para a educação profissional e tecnológica com a alteração na lei que vedava a expansão do Sistema Nacional de Educação Tecnológica. Através de políticas do governo federal, que buscavam ampliar a educação profissional, deu-se o processo de expansão da rede federal a partir de 2005, sendo esta a maior vivenciada.

No percurso desta expansão, é publicado o Decreto nº 6.095 de 2007, com a finalidade de estabelecer diretrizes para o processo de integração de instituições federais de educação tecnológica, para a constituição dos Institutos Federais. Assim, em dezembro de 2008, é publicada a Lei nº 11.892, que criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF), resultantes da integração ou transformação de instituições que compunham a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

O histórico dessa instituição registra várias transformações na sua missão institucional. A primeira missão consistiu em capacitar os desvalidos da sorte, o que na época significava oferecer capacitação para a execução de um ofício, em nível de, hoje conhecido como, ensino fundamental. Atualmente, essas instituições se voltam para a educação do ensino médio em diante, o que inclui a educação superior e a busca de muito mais formação.

Mesmo diante de todo este processo de reformulação no contexto da educação profissional e tecnológica, ainda se percebe que muito ainda deve ser feito para atingir o ideal, pois enquanto o mundo do trabalho, da força bruta se destinar apenas as classes menos favorecidas, e esta, apenas se formar para ser dominada e fazer sempre só o que os mais favorecidos não querem fazer, a força intelectual nunca será superior a força braçal. O abismo entre a educação do menos favorecido e do mais favorecidos sempre existirá enquanto o primeiro não se libertar das amarras da ignorância e a educação não for igual para todos, independentes de se escolher a educação profissional ou a regular para sua formação.

A educação de um modo geral sempre foi e será orientada pelo contexto social e político do seu tempo e das exigências da economia nacional e mundial.

*NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Texto apresentado à disciplina: Seminário Integrador e Estudos Curriculares IV, ministrado pela Profa. Jakeline Pereira Bogéa. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2022.

 AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO E A EDUCAÇÃO: OS NOVOS DESAFIOS PARA A GESTÃO” E O CONTEÚDO DO VÍDEO, MUNDO DO TRABALHO, PANDEMÔNIO E PANDEMIA (*)

Com a leitura do texto proposto e a sugestão do vídeo temático foi possível fazer um paralelo entre os principais pontos tratados em ambos. O texto nos fala a respeito das profundas modificações que tem ocorrido no mundo do trabalho e novos desafios trazidos para o mundo. Neste universo o Capitalismo vive um novo padrão de acumulação decorrente da globalização da economia e da reestruturação produtiva, que por sua vez determina novas formas de relação entre o Estado e a sociedade.

Neste sentido o vídeo nos mostra que a pandemia que estamos vivendo não é um fenômeno da natureza que de repente desestruturou o mundo, como se um vírus estranho entrasse no planeta, como se a natureza fosse incontrolável e, portanto, tivéssemos a infelicidade de ser atacado por um vírus mortal e impiedoso. O sistema de metabolismo social de capital é destrutivo, capital como um sistema é indestrutível e incontrolável. A pandemia é uma consequência deste sistema capitalista destrutivo que só pode continuar crescendo com a destruição de força humana de trabalho em escala e só pode continuar se desenvolvendo destruindo a natureza.

Como reportar as novas exigências de competitividade que marcam o mercado globalizado, exigido cada vez mais qualidade com menor custo, a base técnica de produção fordista vai aos poucos sendo substituída por um processo de trabalho resultante de um novo paradigma. No vídeo é reportado esta questão quando nos remete a refletir acerca do quão obsoleto algumas coisas estão ficando em um curto espaço de tempo e foto do capitalismo no empurrar para acompanhar essas transformações nos tornando escravos do sistema que só massacra os menos favorecidos prevalecendo o poder das classes mais favorecidas.

A partir destas novas bases materiais de produção estabelecem-se novas formas de relação sociais que, embora não superem a divisão social e técnica do trabalho, apresentam novas características, nas formas de comunicação com suas redes interplanetárias, no acesso as informações na uniformização e integração de hábitos comuns e assim por diante. Corroborando com esta ideia do texto, o vídeo nos traz a evolução das tecnologias de informações e comunicações, onde você adquire um eletrônico, como um celular e em menos de dois anos ele se torna inferir aos avanços tecnológicos propostos pelas empresas que ofertam estes aparelhos. A durabilidade das coisas estão cada vez menor e perdem seu valor em um curto espaço de tempo.

Neste contexto a pandemia veio para agravar ainda mais a condição do trabalhador e mostrando o quanto é importante o domínio de várias habilidades para se manter no campo de trabalho o que antes funcionava, hoje na nova conjectura já não serve mais. Somos obrigados pela globalização a seguir um caminho sem volta e perigoso. Em relação a educação o vídeo nos toca profundamente quando nos leva a pensar o quanto é importante o está junto, o contato humano entre professor e alunos para a construção do conhecimento

Em decorrência, as velhas formas de organização taylorista/fordista não têm mais lugar. A linha vai sendo substituída pelas células de produção, o supervisor desaparece, o engenheiro desce ao chão da fábrica, o antigo processo de qualidade dar lugar ao controle internalizado, feito pelo próprio trabalhador.

A globalização da economia e a restruturação produtiva se deram a partir da derrubada das fronteiras no campo das ciências, constituindo-se transdisciplinares em face da problemática do mundo contemporâneo. Neste sentido o professor fala da importância de se pensar na destruição que o capitalismo brutal tem provocado no mundo todo. É importante se pensar numa forma de contornar esse descontrole que afeta fatalmente a natureza nos tornando reféns de suas consequências.

REFERÊNCIAS

KUENZER, Acácia Zeneida. As mudanças no mundo do trabalho e a educação: os novos desafios para a gestão. IN: FERREIRA, Naura Syria Carapeto (Org.).

Vídeo 1 - ANTUNES, Ricardo Luís Coutro. Mundo do trabalho, pandemônio e pandemia

*NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Texto apresentado à disciplina: Seminário Integrador e Estudos Curriculares IV, ministrado pela Profa. Jakeline Pereira Bogéa. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2022.

 OS PRINCIPAIS DESAFIOS DOS PROFESSORES E PROFESSORAS AO LONGO DA PANDEMIA DO NOVO CORONA VÍRUS (*)

A pandemia do corona vírus está sendo um divisor de aguas no espaço educacional. Grandes desafios surgiram, o mundo foi tomado por um problema de saúde de natureza imensurável e a educação foi um dos campos mais afetados com a situação. As escolas fecharam e por um curto espaço de tempo foi necessário procurar uma forma de lidar com a situação e tentar manter o espaço de aprender com uma nova roupagem.

As salas de aulas passaram a ser algum lugar da casa dos professores e alunos, mais apropriada para a situação, o professor para continuar orientando seus alunos precisou se adequar ao ambiente virtual, usar computadores, celulares, até então, usados apenas por alguns que tinham habilidades com as máquinas em questão, outros precisaram investir do próprio bolso, do pouco que ganham para adquirir estes meios para continuar atendendo seus alunos à distância. Contudo o mais difícil foi dar condição da maioria continuar estudando com pouco ou nenhum recurso tecnológico, uma realidade da classe menos favorecida que às vezes possuía apenas um celular para 3 ou mais crianças entrarem em contato com seus professores durante as aulas onlines.

Os professores fizeram o melhor possível para continuar ensinando, na maioria das vezes por falta de financiamento do poder público e do pouco poder aquisitivo de seus alunos produziam materiais e distribuíam para aqueles que não tinham acesso a internet e meios para continuar estudando. A palavra certa a atribuir ao professor neste contexto pandêmico é readaptação da sua prática docente do seu cotidiano escolar para a realidade vivenciada. Neste sentido é gritante a diferença entre as instituições públicas e privadas, as primeiras demoraram muito a se adaptar a nova realidade e a retomar o trabalho presencial por falta de condições estruturais e as segundas, por contar com uma clientela mais favorecida financeira e estrutural rapidamente continuaram suas atividades, mesmo com algumas limitações. Infelizmente a escola pública sempre estará um passo atrás das privadas.

*NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Texto apresentado à disciplina: Seminário Integrador e Estudos Curriculares IV, ministrado pela profª Jakeline Pereira Bogéa. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2022.

 REFLETINDO SOBRE A EXPERIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE PESQUISAS AO LONGO DO CURSO DE PEDAGOGIA EPT (*)

Fazer pesquisa nem sempre é algo fácil e requer dedicação e tempo. Pensar a pesquisa como parte essencial da formação acadêmica e pós acadêmica é fundamental.

Ao longo destes quase quatro anos de graduação, tivemos a oportunidade de vivenciar muitos momentos em contato com a pesquisa e neste momento estamos em processo de construção do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC e a ideia do meu trabalho veio de um dos momentos mais especiais para um formando em Licenciatura, as práticas de estágio supervisionado. A minha experiência no campo, as observações e principalmente as reflexões feitas neste período me remeteram a esta pesquisa.

Não é um processo fácil, para ser mais exato, não está sendo fácil, principalmente a pesquisa de campo que depende da colaboração do outro e da sua boa vontade em contribuir. As escolas que representa um dos principais espaços para a pesquisa em educação, nem sempre se apresentam de forma solicita para prestar informações necessárias às mesmas, o que nos faz pensar que muitas vezes a gestão tem medo de se desvelar e mostrar sua realidade. Neste sentido muita coisa precisa melhorar. Quem melhor nos recebe, mesmo que timidamente, são nossos futuros colegas de profissão, que sempre arrumam um tempo para as conversas formais e informais que necessitamos para colher informações.

Pesquisar requer tempo e disponibilidade, trabalhar, estudar e fazer pesquisa também é muito delicado, por isso acredito que muita gente deixa de fazer pesquisa. Tenho muitas pretensões neste aspecto e o espaço escolar é um campo fértil para a pesquisa, não é o único, mas com isso podemos aproveitar o próprio local de trabalho para continuar percorrendo o universo da pesquisa.

Estou muito feliz em poder está investigando um assunto tão atual e complexo, mas que poderá futuramente ajudar muitos professores e se saírem melhores e mais fortalecidos quando for necessário lidar com a situação que estamos investigando neste momento. Pesquisa e reflexão são fundamentais.

*NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Texto apresentado à disciplina: Oficina de Projetos de Iniciação Científica e Tecnológica – Projeto de Pesquisa, Inovação e Extensão, ministrada pelo Professor Paulo Roberto de Jesus Silva. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2022.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

 LOGÍSTICA (Recorte de textos*)

1 Conceito

É a técnica de planejamento processual, que envolve: implementação e controle do fluxo; armazenamento eficiente e econômico de determinadas matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como das informações relativas a eles, e que pode ser descrita desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às exigências dos clientes.

2 Tipos

2.1 De Suprimentos

É considerado um processo básico da logística, que realiza planejamento e gerenciamento de materiais que são considerados necessários para a fabricação de um determinado produto (matéria-prima), de mercadorias e de materiais essenciais, ou seja, ele busca garantir que uma determinada quantidade de suprimentos esteja de acordo com a demanda, e, até mesmo, na realização de pesquisas que visam melhores preços de compra e qualidade do material adquirido. Desse modo a logística de suprimentos, busca realizar: estocagem e preservação de material; requisição de produtos, lista de fornecimento interno, controle de utilização dos funcionários, organização de descarte de material quando finalizado e de todos os procedimentos administrativos relacionado a esses materiais.

2.2 De Produção

Esse tipo de logística cuida do procedimento de confecção e disponibilidade do produto para o mercado, compreendendo todas os domínios internas da empresa, objetivando a realização de controle do fluxo de materiais dentro da empresa, fazendo também a armazenagem intermediária e abastecimento de postos de trabalho, bem como, a realização de emissão e a expedição do produto finalizado, e, desse modo, possibilita a avaliação e previsão de demanda externa, com vista nas condições proporcionadas pelo mercado, por meio da criação de planejamentos sistematizado, de longo e/ou médio e/ou curto prazo.

2.3 De Reversa

Tal logística apresenta um estreito laço com a sustentabilidade e com a ecologia, pois seu processo busca recuperar suprimentos e materiais, objetivando reintegrar a mercadoria ao estoque, inclusive dando um destino adequado a determinados materiais que causem danos à natureza, impedindo que o mesmo seja inutilizado de maneira errada, de forma a evitar que ocorra contaminação do meio ambiente, bem como, criar também uma economia, por meio da reutilização de material, possibilitando assim, menos consumo de matéria-prima.

2.4 De Distribuição

O objetivo principal desse tipo de logística, que está subdividida em:  conferência de cargas após expedição; roteirização de entregas; administração de transportes; controle de fretes; e, monitoramento, é trazer a quantidade certa de uma determinada mercadorias e/ou material no estoque, visando alcançar o equilíbrio entre o tempo e o lugar apropriados, de forma a tomar cuidado na distribuição do material que venha a ser armazenado, por meio de acompanhamento de estoque, bem como, no monitoramento de seu uso.

2.5 De Abastecimento

Nesse tipo de logística ocorre o planejamento e o gerenciamento de produtos que servirão ou como a matéria prima da indústria e/ou empresa e/ou para venda, ou seja, é quem trás os produtos e matéria prima de uma indústria para outra empresa para que eles estejam sempre disponíveis quando solicitados, assegurando que haverá recursos necessários conforme a demanda, e, que tenham qualidade, mas também preço competitivos.

* Material produzido (compilação) por Lilian Beatriz S. dos Santos. Curso: Administração.  Ensino Médio. IFMA – Campus Caxias. 2021.

 CONFLITOS INDÍGENAS NAS REGIÕES DE MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL (Recorte de textos*)

1 GUERRAS INDÍGENAS NO BRASIL

a) Portugal e os primeiros passos para a colonização

Sem embates físicos entre portugueses e indígenas. Para iniciar a invasão, os colonizadores fizeram alianças com os povos nativos.

b) Portugal versos França: guerras no Brasil pela conquista territorial.

Ambos países objetivavam conquista das terras férteis americanas. Aliaram às diferentes tribos indígenas. A tribo Tamoios e franceses contra Tamimimós e portugueses. Inicial mente expulsão dos portugueses das regiões do Rio de Janeiro. Mas, em 1567, Portugal venceu a batalha pondo fim estadia francesa no Brasil.

c) Guerra Guarnica: resistência à desocupação da região norte e à escravidão.

No século XVIII, meados de 1750, os indígenas travaram guerras contra os portugueses e os espanhóis, negando a mudança de território. Consequência: morte de mais de 2,5 milhões de nativos. 

d) Insurreição Pernambucana: aliança entre portugueses, nativos e africanos

Esta guerra aconteceu entre 1645 e 1654, liderada pelo português João Fernandes Vieira, senhor de engenho na região. Motivo: Cobranças de impostos realizados pelos senhores de engenho aos banqueiros da Holanda. Questões religiosas também influenciaram o conflito, porque parte deles eram judeus e protestantes, contrariando os portugueses católicos.

e) Guerra dos Bárbaros: combates ocorridos entre indígenas e colonizadores

1º Período: Guerra do Recôncavo – Combates ocorridos entre 1651 e 1679, nas serras de Órobo, Aporá e São Francisco. Os indígenas Cariris lutaram contra a expansão agropecuária nas terras dessa região. Situação: Os indígenas tiveram vantagens no primeiro instante, porque já conheciam bem o território do sertão nordestino e pelas estratégias de guerra.

2º período: Guerra do Açu – Os bárbaros estenderam os conflitos para as regiões de Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí e Paraíba. O avanço indígena se tornou tão crítico que os líderes que lutavam contra o Quilombo dos Palmares tiveram que assumir a guerra. O fim do conflito só veio em 1692, com um acordo de paz feito entre os dois inimigos com liberdade e terras para os indígenas.

* Material produzido (compilação) por Lilian Beatriz S. dos Santos. Curso: Administração.  Ensino Médio. IFMA – Campus Caxias. 2021.

 MINERAÇÃO NA AMÉRICA COLONIAL: ALGUNS ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS (Recorte de textos*)

1 Na América espanhola

Eventos

Descobertas reservas: De prata em 1545

Mecanismos de controle: de fiscalização e de cobrança de impostos.

Mão de obra predominante nas minas: Indígena.

Formas de abastecimento: Urbanização, fluxos migratórios, desenvolvimento de novas profissões e diversificação de serviços, mercados e produtos.

Transformações sociais: Produção de gêneros agrícolas pelos indígenas, que trocavam mercadorias com os espanhóis ou trabalhavam compulsoriamente nas terras destes.

2 Na América portuguesa

Eventos

Descobertas reservas: Na última década do século XVII.

Mecanismos de controle: de fiscalização e de cobrança de impostos.

Mão de obra predominante nas minas: Africana.

Formas de abastecimento: Urbanização, fluxos migratórios, desenvolvimento de novas profissões e diversificação de serviços, mercados e produtos.

Transformações sociais: Ação dos tropeiros, que levavam produtos de diferentes regiões da colônia para ser comercializados nas Minas Gerais.

3 Exploração de diamantes: datas em destaques

1729: Descobertas as primeiras minas de diamante na região do arraial do Tejuco, atual cidade de Diamantina (MG);

1734: Foi fundado o Distrito Diamantino, isolado do restante da capitania e submetido a condições severas: a mineração de ouro foi proibida e mulatos e negros foram expulsos.

1734-1737: A Coroa portuguesa suspendeu a mineração de diamantes para evitar que o excesso das pedras provocasse a queda dos preços do produto no mercado europeu.

1740: Foram criados os Contratos de Monopólio: um contratador detinha o direito de explorar a região diamantífera e plena autoridade sobre seus habitantes e pagar uma taxa anual ao erário português.

1771: Foi instituída a Real Extração: a mineração de diamantes ficou sob o controle direto da Coroa, que endureceu a repressão a quem os extraísse ilegalmente.

* Material produzido (compilação) por Lilian Beatriz S. dos Santos. Curso: Administração.  Ensino Médio. IFMA – Campus Caxias. 2021.

 SITUAÇÃO ECONÓMICA, SOCIAL E CULTURAL DO CHILE DURANTE A DITADURA (Recorte de textos*)

A ditadura chilena foi o período que correspondeu ao regime liderado por Augusto Pinochet, de 1973 a 1990. Esse regime autoritário foi iniciado a partir do golpe militar de 11 de setembro de 1973, o qual derrubou o presidente constitucionalmente eleito, Salvador Allende. A ditadura chilena fez parte da tendência sul-americana do período em que houve a implantação de regimes conservadores comandados por militares e apoiados amplamente pelos Estados Unidos.

1 Situação económica

A economia chilena (cuja moeda é o peso) é conhecida internacionalmente como uma das mais sólidas do continente. Durante o período militar (1973-1990), foi adotado o modelo neoliberal, que foi mantido pelos governos posteriores.

No início da década de 70, tinha forte dependência de investimentos internacionais, especialmente, as multinacionais. Mesmo diante do bom processo de industrialização, a maior parte da população padecia em situação de pobreza.

A crise econômica chilena se agravou em 1973, onde a inflação bateu 300% e o PIB entrou em queda vertiginosa. A partir daí, houve altos índices de insatisfação com relação ao governo Allende, criando o ambiente propício para o Golpe Militar que aconteceria no mesmo ano.

Graças a uma sólida base institucional e a uma forte coesão parlamentar voltadas para a política econômica, o Chile manteve, durante a década de 90, um crescimento anual de 7% e, de 2000 a 2007, uma taxa de crescimento de 5%.

Durante esse período foi desenvolvido uma Política econômica neoliberal com abertura da economia para empresas multinacionais, privatizações de empresas estatais, redução de gastos do setor público e controle de juros através do Banco Central.

O modelo econômico escolhido teve êxito, no início, ao controlar a inflação, aplicou receitas monetaristas para estabilizar a economia e combater a inflação, ao mesmo tempo em que prescrevia as organizações políticas, mas a crise econômica internacional não permitiu que fossem superados seus efeitos negativos do governo de Salvador Allende.

2 Situação social

A crise econômica que atingiu o país na década de 1970, no entanto, e a filosofia antiestatizante do regime militar, reduziram fortemente os serviços da previdência social do estado. Nesse período houve a suspensão das garantias individuais, além de muitos estrangeiros serem perseguidos, extraditados, expulsos, torturados e mortos nesse momento de eliminação da oposição interna. 

Entre as medidas propostas pelo presidente eleito estavam a reforma agrária e a nacionalização de empresas e recursos minerais, como o cobre. Obviamente, as propostas contrariaram as Forças Armadas, a classe média, os empresários e os Estados Unidos.

Havia a censura de notícias e da mídia em geral para o controle da população, especialmente em relação a conteúdos que iam contra o governo. Casos que espelham essa medida foram as queimas de livros exercida pela ditadura.

O governo também não divulgava os seus dados verdadeiros e transmitia informações alteradas, com objetivo de não mostrar as suas falhas ao povo. A falta de transparência também facilitava a manipulação do governo pelos políticos e escondia os casos de corrupção.

3 Situação cultural

Durante o período da ditadura chilena houve restrição à liberdade de expressão, uma espécie de apagão cultural em função de dois motivos, sendo ambos frutos das medidas político-culturais da Junta Militar, sendo eles: o exílio da cultura de esquerda chilena; e as medidas e práticas culturais repressivas adotadas pelo regime militar no Chile, o qual tinha por intuito usufruir de uma cultura que não fosse nociva ao regime, repreendiam a produção cultural chilena através de uma "cultura do medo".

Ocorreu também a queda das importações de livros, que caíram de 12,4 milhões entre os anos de 1971 a 1975, para 4,3 milhões em 1979. Ademais, também houve uma intensa repressão massiva à cultura de esquerda, como o fechamento da Discoteca do Cantar Popular (DICAP), da Editora Quimantú e de diversas peñas, queima de livros, além da proibição imposta pelo general Pedro Ewing das gravadoras em produzir artistas da Nova Canção Chilena.

* Material produzido (compilação) por Lilian Beatriz S. dos Santos. Curso: Administração.  Ensino Médio. IFMA – Campus Caxias. 2022.

CONHECENDO A OPERAÇÃO ADIÇÃO

Habilidade (EF03MA11): Compreender a ideia de igualdade para escrever diferentes sentenças de adições ou de subtrações de dois números naturais que resultem na mesma soma ou diferença.

1. Conceito de adição

A adição é uma operação matemática que está associada com a ideia de agrupar elementos de um conjunto. Para indicar uma adição, utilizamos o símbolo (+). Exemplo: 5 + 4 = 9.

2 Propriedades da adição

a) Propriedade do fechamento

A soma de dois ou mais números naturais que tem como resultado um número natural. Isso significa que o conjunto dos números naturais é fechado. Exemplo: 12 + 13 = 25.

b) Propriedade comutativa

A ordem das parcelas não altera a soma. Exemplos: 14 + 16 = 30 e 16 + 14 = 30, representa a mesma operação.

c) Propriedade da associativa

A soma de três ou mais parcelas é a mesma, qualquer que seja o modo como associamos essas parcelas. Os parênteses são sinais que indicam associação. Os cálculos indicados dentro de parênteses devem ser efetuados em primeiro lugar. Exemplo: (2 + 3) + 5 = 5 + 5 = 10 ou 2 + (3 + 5) = 2 + 8 = 10.

d) Propriedade do elemento neutro

O zero adicionado a qualquer número natural não altera a soma. Exemplo: 18 + 0 = 18.

3 Cálculo da adição

Para realizar uma adição, devemos seguir o seguinte passo a passo:

Passo 1: consiste em “armar” a operação colocando o número maior em cima do número menor. Colocando unidade sob unidade, dezena sob dezena, centena sob centena e assim sucessivamente.

Passo 2: temos que somar a unidade do primeiro número com a unidade do segundo número, dezena do primeiro número com a dezena do segundo número e assim sucessivamente.

Exemplo: 1.364 + 335

Passo 1:

1.364
+ 335

Passo 2:

4 + 5 = 9 (unidade)

6 + 3 = 9 (dezena)

3 + 3 = 6 (centena)

1 + 0 = 1 (unidade de milhar)

Temos assim:

1.364
+ 335
1.699

Portanto: 1.364 + 335 = 1.699