domingo, 6 de junho de 2021

 AS EXPERIÊNCIAS DO VER E SER VISTO NA CONTEMPORANEIDADE: POR QUE A ESCOLA DEVE LIDAR COM ISSO? – FICHAMENTO COMENTADO

TOURINO, Irene. As experiências do ver e ser visto na Contemporaneidade: por que a escola deve lidar com isso? Disponível em https://docente.ifrn.edu.br/isabeldantas/festa-e-ludicidade/arte-educacao/imagem-identidade-e-escola.-martins-raimundo (nas páginas 9-14). 2011

Citação direta: “Compreender a experiência do ver e ser visto não significa, apenas, restringir-se a um olhar, a uma visão ou a uma perspectiva” (p. 10).

Comentário: Essa compreensão perpassa pelos significados construídos e (re)construídas das mais diversificadas maneiras de como essas imagens podem ser representadas e transformadas quando são recebidas quando entram em circulação.

Citação direta: “As experiências do ‘ver e ser visto’ guardam outra peculiaridade que aprofunda suas marcas culturais” (p. 10).

Comentário: O sentido que damos às imagens que vemos no mundo traz sempre um traço da cultura em que estamos inseridos.

Citação direta: “As experiências de ‘ver e ser visto’ na contemporaneidade consideram a condição de hipervisualização da existência” (p. 11).

Comentário: Essa exposição a hipervisualização da existência pode gerar além de dependência, sintomas da fragmentação da subjetividade contemporânea, comportamentos que sinalizam um individualismo que se alastra e se dilui em modos de vida frágeis.

Citação direta: “A amplitude da questão do ver e ser visto, que inclui não apenas as imagens que vemos, mas as imagens e artefatos através das quais nos vemos. Inclui, também, como as imagens nos veem” (p. 11).

Comentário: A questão não se defini em quem tem a posse da imagem, mas compreender como somos vistos por esta imagem.

Citação direta: “Cabe à escola lidar não apenas com materiais visuais tangíveis, palpáveis, mas, também, com modos de ver, sentir e imaginar através dos quais os artefatos visuais são usados e entendidos” (p. 12).

Comentário: As imagens visuais podem assinalar diferentes sentidos conferidos à formação educacional e à pesquisa aproximando alunos do conhecimento e dos problemas relacionados ao contexto social e cultural em que vivem.

Citação direta: “As experiências do ‘ver e ser visto’ podem agregar condições que exigem de nós uma atualização constante” (p. 14).

Comentário: Ao refletir sobre a forma que nos vemos e como o outro nos ver e como nós gostaríamos de ser visto é o mecanismo que nos movimenta a sempre estamos nos reinventando.

Citação direta: “Rever, enfrentar questões problemáticas e inserir pequenas mudanças nos processos educativos nos ajuda a nos ver e a buscar sermos vistos como ensinadores e aprendedores da nossa inevitável condição de imperfeição e ignorância” (p. 14).

Comentário: A predisposição a mudança, por menor que seja, nos conduz a condição de sermos vistos como seres imperfeitos, mas em constante busca para atingir a perfeição e estarmos ao mesmo tempo na condição de quem aprende e ensina ao mesmo tempo.

* NASCIMENTO, Cleide Coelho do. Fichamento apresentada à disciplina Metodologias e Estratégias de Ensino de Artes ministrada pelo Prof. Tissiana dos Santos Carvalhêdo. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2021.

 PROJETO: MÚSICA E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL*

1 INQUIETAÇÕES

A música acalma o coração, relaxa o corpo, conduz o pensamento a grandes voos, alimenta o espírito, e acima de tudo, nos dar sensação de felicidade e com as crianças ela tem o mesmo efeito. No contexto da educação Infantil, ela tem servido a muitos propósitos, que em sua maioria se distancia do trabalho realizado na área de música e nas demais áreas do conhecimento. Na perspectiva de reverter esta situação, surge a ideia do projeto: Música e Movimento na Educação Infantil.

2 INTRODUÇÃO

A música no contexto da educação Infantil, vem ao longo do tempo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios as questões próprias dessa linguagem. Tem sido em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como: a formação, hábitos, atitudes e comportamentos (FERREIRA et al., 2007). Percebe-se neste contexto, um distanciamento entre o trabalho realizado na área de música e nas demais áreas do conhecimento, evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e à elaboração musical. A música está presente em várias situações da vida humana e as crianças entram em contato com a cultura musical muito cedo e assim começam a construir suas tradições musicais. Compreende-se a música como linguagem e forma de conhecimento.

O Referencial Curricular Nacional (p.44) garante que a música é uma linguagem universal capaz de comunicar e expressar sentimentos e pensamentos. Ela está presente em diversas culturas em inúmeros eventos sociais como: festas, rituais, comemorações, manifestações cívicas, políticas entre outros. Ensinar música na educação infantil consiste em: "[...] garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos (RCN, p.15)".

Charelli e Barreto (2005), a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

Charelli e Barreto (2005), afirmam que atividades podem contribuir consideravelmente como reforço no desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, esclarece sobre a conexão entre o movimento corporal e a música.

O gesto e o movimento corporal estão intimamente ligados e conectados ao trabalho musical. A realização musical implica tanto em gesto como em movimento, porque o som é também, gesto e movimento vibratório, e o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexão, balanceio, torção, estiramento etc., e os de locomoção como andar, saltar, correr, saltitar, galopar etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros (RCN,1998, p.61).

Nossa proposta de ensino considera toda esta diversidade e vai oportunizar um espaço para que o aluno vivencie a música de forma contextualizada e significativa. Nesta perspectiva o projeto: Música e movimento na educação infantil visa contemplar esses princípios básicos de vivência e contextualização para uma aprendizagem significativa.

Assim, procuraremos responder por meio da realização do projeto, a seguinte questão: Como diminuir o distanciamento entre o trabalho realizado na área de música e nas demais áreas do conhecimento, evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e à elaboração musical?

3 OBJETIVOS

3.1 Desenvolver relações afetivas e sociais através das atividades de música e movimento;

3.2 Identificar elementos da música como forma de expressão possibilitando o conhecimento de mundo;

3.3 Refletir sobre as percepções, sensações e sentimentos através das músicas;

3.4 Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento através de gestos diversos e ritmos corporais;

3.5 Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando e ajustando suas habilidades motoras.

3.6 Construir instrumentos musicais a partir de sucatas;

3.7 Montar um musical com o acompanhamento dos instrumentos construídos pelas crianças.

4 PÚBLICO ALVO

Alunos da turma do Infantil II da escola: Educandário Girassol

5 DURAÇÃO

5 (cinco) Semanas

6 AULAS PROPOSTAS

6.1 Aula 1: avaliação iniciante

Atividade 1: Roda de conversa – Em uma roda de conversa falar com a turma sobre os sons, para que servem, como seriam viver sem eles. Aproveitar o ambiente escolar que é quase rural e levá-los a um passeio exploratório em espaço aberto onde poderão se acomodar para desenharem os sons que identificarem no ambiente. No retorno a sala de aula, fazer uma exposição dos materiais produzidos.

6.2 Aula 2: Introdução contextual

a) Atividade 2: Apreciação de músicas e movimentos diversos.

b) Conteúdos: Conhecimento de vários estilos musicais comparando ritmos, timbres, tonalidades entre outras características; Exploração da linguagem corporal para explorar sons e ritmos diversos; Apreciação musical.

c) Metodologia: Na primeira semana de desenvolvimento do projeto, será levado para sala de aula uma coletânea de música com cantor(a) / compositor (a) e gêneros diversos como MPB, música clássica, cantigas de rodas, para que as crianças ouçam. Em consonância com a apreciação musical, será recomendado que os alunos expressem nos movimentos: os ritmos, timbres, tonalidades.

d) Tarefa de casa: Para casa, levarão a missão de ouvir e escolher uma música da sua preferência para em sala de aula escolherem a preferida da maioria, que será aproveitada para apresentação do musical orquestrado. Será solicitado que as crianças levem para a escola materiais de sucatas, como: garrafas pet, latas de leite, caixas de leite e outros matérias que podem ser usados como instrumentos musicais.

6.3 Aula 3: Aprofundamento contextual 

a) Atividade 3: Escolha da música e construção dos instrumentos musicais.

b) Conteúdos –   Participação em situações de identificação de elementos sonoros do dia a dia; Utilização de gestos para cantar expressando-se livremente; Incentivo à criação e a livre expressão musical e motora.

c) Metodologia: Escolher com as crianças quais das músicas selecionadas agrada a maioria delas. No segundo momento do dia, todos devem confeccionar os instrumentos musicais usando os materiais de sucatas que as crianças trouxeram para a sala de aula.

d) Tarefa de casa: Para casa neste dia, as crianças levarão seus instrumentos musicais de sucata e continuarão seu treino para a apresentação no pátio da escola para as outras crianças da educação infantil.

6.4 Aula 4: Aprimoramento contextual

a) Atividade 4: Ensaio e organização da apresentação

b) Conteúdo: Participação em situações de identificação de elementos sonoros do dia a dia; Utilização de gestos para cantar expressando-se livremente; Incentivo à criação e a livre expressão musical e motora.

c) Metodologia: Esta aula será destinada a organização da apresentação, será definido os instrumentos que cada criança irá tocar, como serão organizados no pátio. Em seguida, será iniciado os treinos para a apresentação da nossa pequena “orquestra musical.

d) Tarefa de casa: Para casa neste dia, as crianças levarão seus instrumentos musicais de sucata e continuarão seu treino para a apresentação no pátio da escola para as outras crianças da educação infantil.

6.5 AULA 5: Prática Contextual

a) Culminância do projeto

b) CONTEÚDO: Utilização de gestos para cantar expressando-se livremente; Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio da dança e outro movimento; Valorização e respeito em relação às conquistas pessoais, em relação ao movimento e o gosto musical de cada um;  Incentivo à criação e a livre expressão musical e motora.

c) Metodologia Nesta última aula destinada ao projeto, será apresentada a todos os alunos das turmas de Educação Infantil a nossa pequena “orquestra musical” com toda a percussão criada pelas crianças. Esta apresentação será feita no pátio da escola como forma de incentivo para as outras turmas e para as crianças envolvidas no projeto.

7 AVALIAÇÃO

As crianças serão avaliadas continuamente de acordo com sua interação e participação nas atividades propostas.

8 REGISTRO

Durante toda execução do projeto, serão feitas anotações no caderno de registro reflexivo da turma para acompanhar a evolução das crianças e possíveis alterações em ações futuras e na perspectiva de validar cada ação realizada, serão fotografadas cada etapa do projeto e montado um mural com exposição à escola ao fim das atividades.

9 AUTO AVALIAÇÃO

Em cada etapa do projeto as crianças serão avaliadas de acordo com os objetivos esperados e alcançados por elas nestas etapas, individualmente e no desenvolvimento do trabalho em equipe. Quanto as professoras, iremos refletir sobre nossas ações e efeitos provocados nas crianças no desenvolvimento das atividades e verificando a importância de realizar na educação infantil atividades que promovam liderança e trabalho coletivo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

CHIARELLI, L. K. M.; BARRETO, S. DE J. A importância da musicalização na educação infantil e no ensino fundamental: a música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser. Revista Recre@rte. n. 3, 2005.

FERREIRA, D. L. DE A.; GOES, T. A.; PARANGABA, C. DE O.; SILVA, M. DA R.; FERRO, O. M. DOS R. A Influência Da Linguagem Musical Na Educação Infantil. In: jornada do HISTEDBR, 7, 2007, Campo Grande. Anais da VII Jornada do HISTEDBR – História, Sociedade e Educação no Brasil, Campo Grande, 2007.

* NASCIMENTO, Cleide Coelho do SANTOS, Ivanylde Pinto dos; CHAVES, Jéssica Oliveira; FERREIRA, Laiane Cunha; SILVA, Marlene Cardoso da. Projeto apresentado à disciplina Metodologias e Estratégias de Ensino de Artes ministrada pelo Prof. Tissiana dos Santos Carvalhêdo. Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Maranhão Campus Caxias. Coordenação do Curso de Pedagogia. Curso de Licenciatura em Pedagogia – EPT. 2021.

 TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC): COMPETÊNCIA E PRÁTICA EDUCACIONAL *

A competência informacional e a educação

Podemos afirmar que a competência informacional é indispensável para transformar a informação em conhecimento. Neste sentido, quando nos referimos aos processos educativos mediados pelas TDIC, asseveramos que esta competência é de fundamental importância para o professor, pois o mesmo tem o papel de organizar e mediar o conhecimento dos seus alunos possibilitando assim a aprendizagem.

De acordo com Dudziak (2002) e Le Coadic (2004, p.112) “Para que as pessoas adquiram competência informacional, é preciso que a educação insira esse aprendizado nos seus currículos. Competência informacional é uma questão de educação”.

Ademais, os professores podem – através da aquisição desta competência informacional transitar de forma mais eficaz nos processos de ensino e aprendizagem mediados pelas TDIC, na medida em que contribuem na construção de significados a partir da informação. Conforme afirma Le Coadic (2004, p.112):

O montante de informação na Internet leva a que se proponham questões sobre as habilidades necessárias para aprender a se informar e aprender a informar, sobre onde adquirir a informação e chama a atenção de que essa aprendizagem é totalmente inexistente no sistema de ensino.

A competência informacional do professor

Diante do exposto, podemos afirmar que é de fundamental importância que o professor adquira estas habilidades para tornar a sua prática mais eficaz, considerando que o professor competente em informação é capaz de reconhecer dentro do contexto de sala de aula mediado pelas TDIC, quando uma informação é necessária para o seu aluno e deve ter a habilidade de localizar, avaliar e usar de fato a informação, ou seja, neste processo de aquisição do conhecimento, o professor competente informacional é aquele que aprendeu a aprender, pois na medida em que ele sabe aprender, ele entende como o conhecimento é organizado, como encontrar a informação e como usá-las, possibilitando que seus alunos aprendam a partir dela.

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 A APRENDIZAGEM MEDIADA POR TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO*

A sociedade brasileira hoje já se caracteriza pelo uso intenso de tecnologias da informação e da comunicação. Um dos exemplos deste fato é a presença da televisão quase que na totalidade das unidades residenciais, bem como a posse do telefone celular. Além destes dispositivos, cada vez mais os serviços prestados são baseados nestas tecnologias, como podemos observar nos bancos, nas empresas etc. Além disto, a presença destas tecnologias e, em particular, dos computadores e da internet, diversifica as linguagens e as formas para representar o conhecimento.

No contexto educacional, as mídias estão presentes nas unidades escolares através da existência de salas de TV e vídeo, rádio, câmera digital, filmadora e computador. No entanto, a presença destas tecnologias não é suficiente para que as mídias estejam integradas na educação.

Para tanto, são necessárias formas de ensinar e aprender integrando ao currículo metodologias que utilizem as diversas mídias em sala de aula, potencializando suas especificidades de modo a tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficaz. Assim, a TV dispõe de imagens que podem ser também discutidas de forma crítica; o rádio possui outra linguagem para comunicar fatos e que também podem ser objeto da reflexão na escola; a internet, ao possibilitar o confronto de várias fontes, potencializa esta reflexão.

Neste contexto, para que as tecnologias tragam avanços substanciais para escola, é preciso compreender as potencialidades inerentes às mídias e suas contribuições no processo de ensino e aprendizagem.

O uso das mídias para o processo de ensino e aprendizagem

Segundo Lèvy (1999, p.61), “a mídia é o suporte ou veículo da mensagem. O impresso, o rádio, a televisão, o cinema ou a internet, por exemplo, são mídias”. Tomamos como princípio que o uso destas mídias é fundamental, porém devemos estar cientes de que as mesmas não funcionam sem a interação com os sujeitos e entre os sujeitos, como procura representar a, abaixo. Em outras palavras, o uso destas mídias em sala de aula deve permitir ao indivíduo produzir, criar, manter, atualizar e processar informações e conhecimentos.

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

 CONTEMPORANEIDADE E A DOCÊNCIA: CENÁRIOS E COMPETÊNCIAS*

Os Professores no cenário contemporâneo

Diante deste cenário, cabe aos professores que atuam neste mundo em mudanças constantes, refletir sobre as possibilidades de promoção de mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem dos sujeitos, desenvolvendo atividades de humanização implicadas na responsabilidade social e ética de dizer não apenas o quê fazer, mas o porquê e como fazer, efetivando práticas pedagógicas que concorram para o fortalecimento do sujeito e de suas identidades em meio ao processo de globalização.

Quando nos referimos a sujeitos e identidades, podemos afirmar que a atuação do educador deve se basear na observação diária dos interesses e necessidades emergentes em seu grupo de alunos, bem como em seu conhecimento sobre as especificidades de cada estágio de desenvolvimento do sujeito em que as identidades são construídas e reconstruídas, principalmente quando nos referimos à ideia básica do conhecimento em rede em que os conhecimentos disciplinares, assentados na visão moderna da razão, devem ceder lugar aos conhecimentos tecidos em redes relacionadas à ação cotidiana. Nos dizeres de Nóvoa (2004):

É difícil dizer se ser professor, na atualidade, é mais complexo do que foi no passado, porque a profissão docente sempre foi de grande complexidade. Hoje, os professores têm que lidar não só com alguns saberes, como era no passado, mas também com a tecnologia e com a complexidade social, o que não existia no passado. Isto é, quando todos os alunos vão para a escola, de todos os grupos sociais, dos mais pobres aos ricos, de todas as raças e todas as etnias, quando toda essa gente está dentro da escola e quando se consegue cumprir, de algum modo, esse desígnio histórico da escola para todos, ao mesmo tempo, também, a escola atinge uma enorme complexidade que não existia no passado.

As competências necessárias para o professor

Vale salientar que para exercer a profissão de professor hoje, pressupõe-se que o mesmo deve ter domínio do conteúdo de sua área, entender os processos de aprendizagem dos estudantes, saber ensinar, criando situações que favoreçam ao aluno encontrar sentido para aquilo que está aprendendo, e proporcionar acesso às culturas emergentes, de modo que estes possam interagir de modo crítico e eficaz para o próprio desenvolvimento.

Cabe destacar que o professor adequado às novas demandas educacionais, não será substituído pelas tecnologias. Ao contrário, estas tecnologias ampliam a sua função, a sua atuação, na medida em que novas possibilidades de aprendizagens são criadas. Interessa à educação na contemporaneidade a perspectiva do uso da razão (criticidade) diante do crescimento vertiginoso de informações e de acesso às mesmas. Além desta criticidade, é fundamental a visão sistêmica, em detrimento da visão linear que vem prevalecendo desde a Modernidade. Esta visão sistêmica atende à complexidade e heterogeneidade que vem marcandova construção do conhecimento para garantir a sustentabilidade de nossa existência física e social.

*Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.