segunda-feira, 6 de maio de 2024

DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA: 6 DE MAIO

Nesta data, em 6 de maio, em homenagem a Malba Tahan, pseudônimo de Júlio César Mello e Souza, notório matemático, escritor e educador brasileiro, comemoramos o dia nacional da matemática.

Julio Cesar de Mello e Souza (1895-1974), Professor, pesquisador, engenheiro, escritor e editor brasileiro. Nascido em 6 de maio de 1895, no Rio de Janeiro. Filho de pais professores. Cursou o Colégio Militar e Pedro II, formou-se Professor depois Engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia (UFRJ). Estudou a cultura Árabe e Oriental. Casou-se e teve 3 filhos. Publicou livros de ficção, fábulas, recreação e curiosidades matemáticas, livros didáticos e sobre educação. Lecionou História, Geografia e Física até fixar-se em Matemática. Faleceu em Recife vítima de um ataque cardíaco, em 18 de junho de 1974.

Autor de cerca de 123 livros, contendo romances, contos, lendas, novelas, artigos, dentre outros, com destaque maior para “O Homem que Calculava”. Nelas explorou fortemente temas da cultura oriental, da qual foi grande estudioso. Com vistas ao seu ensino, Malba Tahan foi um precursor e, devido à sua obra, se tornou um marco na história da Educação Matemática brasileira. Muitas de suas ideias estão presentes em livros didáticos atuais, cursos de formação de professores e pesquisas universitárias, dentre outras.

Entre suas principais publicações temos: “Contos de Malba Tahan” (1925); “Histórias e fantasias da Matemática” (1939), “Matemática divertida e pitoresca” (1941), “Matemática divertida e fabulosa” (1942), “Diabruras da Matemática” (1943), “As grandes fantasias da Matemática” (1945), “O escândalo da Geometria” (1946), entre outros. “O Homem que Calculava” (1937 – livro que o consagrou) e “Didática da Matemática” (1961 – obra que o posicionou forte e fundamentalmente a respeito do ensino da Matemática).

 Dança do Lili: Expressão Cultura de Caxias MA

Nossa Sociedade Caxiense tem como marca e título, de ser uma cidade de berço de grandes personalidades e manifestações artísticas e culturais. E nesse mês de maio, não podemos esquecer de nossa grandiosa: “Dança do Lili” ou popularmente Lili, de nosso ilustre Raimundo Nonato da Silva, grandioso divulgador da Cultura Caxiense, nosso "PELÉ" da Cultura de Caxias MA.

O Lili (dança que surgiu em 03 de maio de 1985), é uma expressão artística e cultural, muito importante por fazer parte da história da cidade Caxias MA, por retratar a vida do trabalhador do campo, caracterizada por tradições que são (ou foram) repassadas ao longo do tempo, e que mesmo sofrendo algumas modificações, ainda não perdeu suas raízes.

São utilizados em suas melodias: violão, sanfona, bandolim, pandeiro e violino. Dentro de seu repertorio temos: Cacimbinha de água doce, A cutia rói o coco, Canta cigarra, Casa de palha, Clarão do sol, Dança do milho, Eu vim do interior, Fui na minha roça, Leva eu, Mulher pimenta, O Besourinho, Riqueza do nordeste, Trabalho do nordeste, e a música destaque, Vamos dançar Lili.

A Dança do Lili, que começou apenas como uma pequena brincadeira de roda, praticada em momentos de descontração e de confraternização (realizadas especialmente na Semana Santa como se fosse uma tradição religiosa. Com uso de: quibano, cofo, o pilão, dentre outros utensílios, e, roupas simples, leves e coloridas, hoje é considerada um bem imaterial de Caxias MA.

Profº. Esp. Francisco das C. M. dos Santos

 ESTÉTICA: A EXPERIÊNCIA DO PRAZER (Resumo de conteúdo)

A etimologia da palavra estética vem do grego aisthetiké, que significa “perceptível pelos sentidos”. Seu uso consagrou-se, no entanto, mais especificamente para referir-se a tudo o que pode ser percebido como agradável e belo pelos sentidos.  Assim, dizemos que “algo é estético” quando causa uma sensação aprazível, de beleza.  Definida pelo filosofo Immanuel Kant (1724-1804) como o estudo das condições da percepção pelos sentidos.

O filosofo Alexander Baumgarten (1714-1762) o primeiro a utilizar esse termo no sentido de teoria do belo e das suas manifestações através da arte. A estética constitui um campo de investigação filosófica que pretende alcançar um tipo especifico de conhecimento: aquele que se refere ao que é captado pelos sentidos.  Seria, portanto, o extremo oposto do conhecimento lógico-matemático, que parte da razão para construir um conhecimento “claro e distinto”, conforme o ideal de saber proposto pelo filosofo francês René Descartes séc. XVII.

A estética, parte da experiência sensorial, da sensação, da percepção sensível para chegar a um resultado que não apresenta a mesma clareza e distinção da lógica e da matemática. Dessa forma, O que é belo? Pelo juízo estético, julgamos se algum objeto, algum acontecimento, alguma pessoa ou algum outro ser é belo. Mas o que é a beleza? Os filósofos que se dedicaram à investigação do que é a beleza não são unânimes quanto a essa questão: Para uns, a beleza é algo que está objetivamente nas coisas; Para outros, é apenas um juízo subjetivo, pessoal e intransferível a respeito das coisas.  

Visões idealistas - Para os filósofos idealistas como Platão -, a beleza é algo que existe em si, é objetiva. De acordo com a teoria platônica, a beleza seria uma forma ideal que substituiria por si mesma, como um modelo, no mundo das ideias. E o que percebemos no mundo sensível e achamos bonito só pode ser considerado belo porque se assemelharia à ideia de beleza que trazemos guardado em nossa alma.

Visões empiristas - Para os materialistas-empiristas, como o filosofo David Hume (1711-1776), a beleza não está propriamente nos objetos (não é algo puramente objetivo), mas depende do gosto individual. Da maneira como cada pessoa vê e valoriza o objetivo, ou seja, o juízo do que é ou não belo é subjetivo. Esse gosto estético seria, em grande parte, desenvolvido sob a influência da cultura em que se vive.

Visão de Kant - Kant entendia que o juízo estético não é guiado pela razão e sim pela faculdade da imaginação. Julgamos belo aquilo que nos proporciona prazer, o que não é nada lógico ou racional, e sim algo subjetivo, já que se relaciona ao prazer ou desprazer individual. Para o filosofo, “todos os juízos de gosto são juízos singulares” (relativo ou pertencente a um só, individual, particular).

Visão de Hegel - Friedrich Hegel (1770-1831) trabalhou a questão da beleza em uma perspectiva histórica. Para ele, o relativo consenso acerca de quais são as coisa belas mostra apenas que o entendimento do que é belo depende do momento histórico e do desenvolvimento cultural. Esses dois fatores determinam certa visão de mundo, a partir da qual algumas coisas seriam consideradas belas e outras não.

ATIVIDADE

1- Podemos considerar que a ideia de beleza tem como base os sentidos e o conhecimento? Por quê?

2 – O que defende a posição idealista e empirista em relação à beleza?

3 – Discorra sobre as concepções de beleza de Kant e Hegel segundo o texto.

4 – Em sua opinião, qual a concepção mais adequada para definir o que é belo? Justifique sua resposta?

 O CONHECIMENTO: A QUESTÃO DA ORIGEM E DOS MODOS DE CONHECER (Resumo de conteúdo)

Como a filosofia trabalha com conceitos, ideias, teorias, princípios racionais, é inevitável a pergunta pelo que é o conhecimento, como ele se origina e quais os modos de conhecer do ser humano, enquanto ser racional. Por isso, nesta aula vamos estudar o conceito de conhecimento, a questão da origem do conhecimento e os modos de conhecer.

O que seria o conhecimento. Segundo Severino (p. 38) por conhecimento deve entender a relação que estabelecida entre o sujeito e o objeto, na qual o sujeito apreende informações a respeito do objeto. Nesse sentido, a relação que se estabelece entre a consciência subjetiva, enquanto capacidade de conhecer, e um objeto que pode ser conhecido tem por base a capacidade racional do ser humano de captar sensações ou impressões de uma dada realidade e formar dela uma imagem mental que chamamos de ideia ou conceito. No que se refere à origem do conhecimento, se na razão ou na experiência, problema que ganhou forma na idade moderna, costuma-se responder a partir de três tradições: o racionalismo, o empirismo e criticismo.

O racionalismo. Trata-se de uma doutrina filosófica surgida na França, por volta do século XVII, segundo a qual a origem do conhecimento está na razão independente da experiência ou dos sentidos. O principal expoente dessa teoria foi o filósofo René Descartes. Segundo ele, o ser humano possui algumas idéias inatas, independente do contacto com objetos dos quais se pudesse abstrair informações a seu respeito.

O empirismo. Foi uma doutrina filosófica que surgiu como uma reação ao racionalismo, sobretudo o cartesiano, e que defendia ser a origem do conhecimento a experiência. Aqui cabe uma rápida explicação: a palavra experiência deriva do termo grego empeiria e significa experiência. No caso, os filósofos empiristas chamam de experiência o contato do sujeito com a realidade através dos sentidos. Assim, dirão eles que nada está no nosso intelecto que primeiro não tenha passado pelos sentidos. Essa corrente filosófica surgiu na Inglaterra por volta do século XVII e tem como principiais representantes os filósofos John Locke e David Hume.

O criticismo. Na Alemanha do século XVIII, o filósofo Imannuel Kant resolve abraçar o problema e tenta entendê-lo numa perspectiva diferente, pois não podia negar o papel preponderante da razão na origem do conhecimento, nem muito menos a importância da experiência nesse processo. Assim, depois de uma longa analise crítica propõe uma teoria que seria denominada de Críticismo, segundo o qual tanto a razão quanto a experiência quanto a razão são fundamentais na construção do conhecimento. Nas palavras de Severino (p 104) “Kant explica que o conteúdo do conhecimento procede, como queriam Hume e os empiristas, das empiristas, das impressões sensíveis; mas esse conteúdo, para ser conhecido, precisa ser devidamente organizado, precisa ser ordenado na consciência, o que dá uma certa procedência às perspectivas de Descartes e dos idealistas. Portanto, a forma que o conteúdo assume é fornecida pela subjetividade do sujeito que conhece. Assim, o ato de conhecimento é um ato único mas complexo, onde os dados empíricos são organizados, ordenados e estruturados por um sujeito lógico. Assim, para conhecer, o homem precisa da experiência sensível, única fonte do conteúdo empírico, mas precisa também de uma estrutura lógica, independente da experiência que organize esses dados empíricos”.

ATIVIDADE

1. Segundo o texto, como ocorre o conhecimento?

2. Qual a diferença entre conhecimento racionalista e empirista?

3. Segundo a teoria criticista como ocorria o conhecimento?

4. Para você qual das teorias é a mais “certa”, e por quê?

 PLATÃO (Resumo de conteúdo)

Dualismo platônico

Como grande parte dos pensadores de sua época, Platão também enfrentou o impasse criado pelos pensamentos de Parmênides e Heráclito, isto é, sobre o problema da permanência e da mudança, da unidade e da multiplicidade. E chegou a uma conclusão dualista, isto e, de que existem duas realidades diametralmente opostas baseados em dois aspectos antropomórficos: Mundo sensível corresponde a matéria na vida cotidiana (isto é, pelas sensações) , as quais surgem e desaparecem continuadamente. Assim, as coisas e fatos do mundo sensível são temporárias, mutáveis e corruptíveis (o mundo de Heráclito). Mundo inteligível corresponde as ideias, que são sempre as mesmas para o intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar a dimensão do eterno, do imutável, do perfeito ( o mundo de Parmênides). Todas essas ideias derivam da ideia do bem.

Demiurgo e o mundo

Apesar de, para Platão, existirem apenas essas duas realidades, ele supôs que uma terceira realidade operou na criação do mundo, pois como argumenta o filosofo no Timeu tudo o que foi gerado deve ter um principio gerador, isto é, uma causa. Desse modo, defendeu a ideia de que o universo (o mundo sensível) surgiu por obra de um demiurgo, palavra de origem grega que significa “aquele que faz”, “construtor”. De acordo com essa doutrina, o demiurgo buscou as ideias eternas do mundo inteligível como modelo para dar uma forma à matéria indeterminada. Isso quer dizer que, de um lado, as ideias da matéria já existiriam antes, sendo, junto com o demiurgo, as três realidades fundamentais da gênese platônica. De outro lado significa que o mundo sensível foi construído pelo demiurgo (uma espécie de deus artesão) a imagem das ideias eternas.

Teoria das ideias

Observe que a concepção dualista de Platão também conhecida como mundo das ideias opera uma mudança radical em relação aos pensadores anteriores ao situar o ser verdadeiro fora ou separado do mundo sensível. Não era para os filósofos pré-socráticos, que buscavam a arché das coisas nas próprias coisas. Para Sócrates a essência ou ser verdadeiro também se encontrava nas coisas. Isso significa que o ser verdadeiro é, para esses filósofos, imanente (isto é, encontra-se nesse mundo ou se cofunde com ele), enquanto para Platão é transcendente.

Processo do conhecimento

A teoria das ideias também costuma ser estudada em seus aspectos epistemológicos, isto é, como uma teoria sobre o conhecimento verdadeiro (epistemologia). É que para Platão, o processo de conhecimento desenvolve-se por meio da passagem progressiva do mundo sensível, das sombras e aparências, para o mundo das ideias ou essências (ou seres verdadeiros). A primeira etapa desse movimento é denominada pelas impressões ou sensações advindas dos sentidos. Essas impressões sensíveis são responsáveis pela opinião que temos da realidade. A opinião representa o saber que se adquire sem uma busca metódica.

ATIVIDADE

1. Exponha a concepção dualista da realidade (na sua visão).

2. O que é e o qual o papel do Demiurgo na teoria da realidade platônica?

3. Defina com suas palavras (embasada pelo texto) que significa: transcendente.

4. Qual a relação entre teoria das ideias e o processo de conhecimento?