segunda-feira, 6 de maio de 2024

 ESTÉTICA: A EXPERIÊNCIA DO PRAZER (Resumo de conteúdo)

A etimologia da palavra estética vem do grego aisthetiké, que significa “perceptível pelos sentidos”. Seu uso consagrou-se, no entanto, mais especificamente para referir-se a tudo o que pode ser percebido como agradável e belo pelos sentidos.  Assim, dizemos que “algo é estético” quando causa uma sensação aprazível, de beleza.  Definida pelo filosofo Immanuel Kant (1724-1804) como o estudo das condições da percepção pelos sentidos.

O filosofo Alexander Baumgarten (1714-1762) o primeiro a utilizar esse termo no sentido de teoria do belo e das suas manifestações através da arte. A estética constitui um campo de investigação filosófica que pretende alcançar um tipo especifico de conhecimento: aquele que se refere ao que é captado pelos sentidos.  Seria, portanto, o extremo oposto do conhecimento lógico-matemático, que parte da razão para construir um conhecimento “claro e distinto”, conforme o ideal de saber proposto pelo filosofo francês René Descartes séc. XVII.

A estética, parte da experiência sensorial, da sensação, da percepção sensível para chegar a um resultado que não apresenta a mesma clareza e distinção da lógica e da matemática. Dessa forma, O que é belo? Pelo juízo estético, julgamos se algum objeto, algum acontecimento, alguma pessoa ou algum outro ser é belo. Mas o que é a beleza? Os filósofos que se dedicaram à investigação do que é a beleza não são unânimes quanto a essa questão: Para uns, a beleza é algo que está objetivamente nas coisas; Para outros, é apenas um juízo subjetivo, pessoal e intransferível a respeito das coisas.  

Visões idealistas - Para os filósofos idealistas como Platão -, a beleza é algo que existe em si, é objetiva. De acordo com a teoria platônica, a beleza seria uma forma ideal que substituiria por si mesma, como um modelo, no mundo das ideias. E o que percebemos no mundo sensível e achamos bonito só pode ser considerado belo porque se assemelharia à ideia de beleza que trazemos guardado em nossa alma.

Visões empiristas - Para os materialistas-empiristas, como o filosofo David Hume (1711-1776), a beleza não está propriamente nos objetos (não é algo puramente objetivo), mas depende do gosto individual. Da maneira como cada pessoa vê e valoriza o objetivo, ou seja, o juízo do que é ou não belo é subjetivo. Esse gosto estético seria, em grande parte, desenvolvido sob a influência da cultura em que se vive.

Visão de Kant - Kant entendia que o juízo estético não é guiado pela razão e sim pela faculdade da imaginação. Julgamos belo aquilo que nos proporciona prazer, o que não é nada lógico ou racional, e sim algo subjetivo, já que se relaciona ao prazer ou desprazer individual. Para o filosofo, “todos os juízos de gosto são juízos singulares” (relativo ou pertencente a um só, individual, particular).

Visão de Hegel - Friedrich Hegel (1770-1831) trabalhou a questão da beleza em uma perspectiva histórica. Para ele, o relativo consenso acerca de quais são as coisa belas mostra apenas que o entendimento do que é belo depende do momento histórico e do desenvolvimento cultural. Esses dois fatores determinam certa visão de mundo, a partir da qual algumas coisas seriam consideradas belas e outras não.

ATIVIDADE

1- Podemos considerar que a ideia de beleza tem como base os sentidos e o conhecimento? Por quê?

2 – O que defende a posição idealista e empirista em relação à beleza?

3 – Discorra sobre as concepções de beleza de Kant e Hegel segundo o texto.

4 – Em sua opinião, qual a concepção mais adequada para definir o que é belo? Justifique sua resposta?

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