segunda-feira, 6 de maio de 2024

 O CONHECIMENTO: A QUESTÃO DA ORIGEM E DOS MODOS DE CONHECER (Resumo de conteúdo)

Como a filosofia trabalha com conceitos, ideias, teorias, princípios racionais, é inevitável a pergunta pelo que é o conhecimento, como ele se origina e quais os modos de conhecer do ser humano, enquanto ser racional. Por isso, nesta aula vamos estudar o conceito de conhecimento, a questão da origem do conhecimento e os modos de conhecer.

O que seria o conhecimento. Segundo Severino (p. 38) por conhecimento deve entender a relação que estabelecida entre o sujeito e o objeto, na qual o sujeito apreende informações a respeito do objeto. Nesse sentido, a relação que se estabelece entre a consciência subjetiva, enquanto capacidade de conhecer, e um objeto que pode ser conhecido tem por base a capacidade racional do ser humano de captar sensações ou impressões de uma dada realidade e formar dela uma imagem mental que chamamos de ideia ou conceito. No que se refere à origem do conhecimento, se na razão ou na experiência, problema que ganhou forma na idade moderna, costuma-se responder a partir de três tradições: o racionalismo, o empirismo e criticismo.

O racionalismo. Trata-se de uma doutrina filosófica surgida na França, por volta do século XVII, segundo a qual a origem do conhecimento está na razão independente da experiência ou dos sentidos. O principal expoente dessa teoria foi o filósofo René Descartes. Segundo ele, o ser humano possui algumas idéias inatas, independente do contacto com objetos dos quais se pudesse abstrair informações a seu respeito.

O empirismo. Foi uma doutrina filosófica que surgiu como uma reação ao racionalismo, sobretudo o cartesiano, e que defendia ser a origem do conhecimento a experiência. Aqui cabe uma rápida explicação: a palavra experiência deriva do termo grego empeiria e significa experiência. No caso, os filósofos empiristas chamam de experiência o contato do sujeito com a realidade através dos sentidos. Assim, dirão eles que nada está no nosso intelecto que primeiro não tenha passado pelos sentidos. Essa corrente filosófica surgiu na Inglaterra por volta do século XVII e tem como principiais representantes os filósofos John Locke e David Hume.

O criticismo. Na Alemanha do século XVIII, o filósofo Imannuel Kant resolve abraçar o problema e tenta entendê-lo numa perspectiva diferente, pois não podia negar o papel preponderante da razão na origem do conhecimento, nem muito menos a importância da experiência nesse processo. Assim, depois de uma longa analise crítica propõe uma teoria que seria denominada de Críticismo, segundo o qual tanto a razão quanto a experiência quanto a razão são fundamentais na construção do conhecimento. Nas palavras de Severino (p 104) “Kant explica que o conteúdo do conhecimento procede, como queriam Hume e os empiristas, das empiristas, das impressões sensíveis; mas esse conteúdo, para ser conhecido, precisa ser devidamente organizado, precisa ser ordenado na consciência, o que dá uma certa procedência às perspectivas de Descartes e dos idealistas. Portanto, a forma que o conteúdo assume é fornecida pela subjetividade do sujeito que conhece. Assim, o ato de conhecimento é um ato único mas complexo, onde os dados empíricos são organizados, ordenados e estruturados por um sujeito lógico. Assim, para conhecer, o homem precisa da experiência sensível, única fonte do conteúdo empírico, mas precisa também de uma estrutura lógica, independente da experiência que organize esses dados empíricos”.

ATIVIDADE

1. Segundo o texto, como ocorre o conhecimento?

2. Qual a diferença entre conhecimento racionalista e empirista?

3. Segundo a teoria criticista como ocorria o conhecimento?

4. Para você qual das teorias é a mais “certa”, e por quê?

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