O CONHECIMENTO: A QUESTÃO DA ORIGEM E DOS MODOS DE CONHECER (Resumo de conteúdo)
Como a filosofia
trabalha com conceitos, ideias, teorias, princípios racionais, é inevitável a
pergunta pelo que é o conhecimento, como ele se origina e quais os modos de
conhecer do ser humano, enquanto ser racional. Por isso, nesta aula vamos
estudar o conceito de conhecimento, a questão da origem do conhecimento e os
modos de conhecer.
O que seria o
conhecimento. Segundo Severino (p. 38) por conhecimento deve entender a relação
que estabelecida entre o sujeito e o objeto, na qual o sujeito apreende
informações a respeito do objeto. Nesse sentido, a relação que se estabelece
entre a consciência subjetiva, enquanto capacidade de conhecer, e um objeto que
pode ser conhecido tem por base a capacidade racional do ser humano de captar
sensações ou impressões de uma dada realidade e formar dela uma imagem mental
que chamamos de ideia ou conceito. No que se refere à origem do conhecimento,
se na razão ou na experiência, problema que ganhou forma na idade moderna,
costuma-se responder a partir de três tradições: o racionalismo, o empirismo e
criticismo.
O racionalismo. Trata-se de uma doutrina filosófica surgida na França, por
volta do século XVII, segundo a qual a origem do conhecimento está na razão
independente da experiência ou dos sentidos. O principal expoente dessa teoria
foi o filósofo René Descartes. Segundo ele, o ser humano possui algumas idéias
inatas, independente do contacto com objetos dos quais se pudesse abstrair
informações a seu respeito.
O empirismo. Foi uma doutrina filosófica que surgiu como uma reação ao
racionalismo, sobretudo o cartesiano, e que defendia ser a origem do
conhecimento a experiência. Aqui cabe uma rápida explicação: a palavra
experiência deriva do termo grego empeiria e significa
experiência. No caso, os filósofos empiristas chamam de experiência o contato
do sujeito com a realidade através dos sentidos. Assim, dirão eles que nada
está no nosso intelecto que primeiro não tenha passado pelos sentidos. Essa
corrente filosófica surgiu na Inglaterra por volta do século XVII e tem como
principiais representantes os filósofos John Locke e David Hume.
O criticismo. Na Alemanha do século XVIII, o filósofo Imannuel Kant
resolve abraçar o problema e tenta entendê-lo numa perspectiva diferente, pois
não podia negar o papel preponderante da razão na origem do conhecimento, nem
muito menos a importância da experiência nesse processo. Assim, depois de uma
longa analise crítica propõe uma teoria que seria denominada de Críticismo,
segundo o qual tanto a razão quanto a experiência quanto a razão são
fundamentais na construção do conhecimento. Nas palavras de Severino (p 104)
“Kant explica que o conteúdo do conhecimento procede, como queriam Hume e os
empiristas, das empiristas, das impressões sensíveis; mas esse conteúdo, para
ser conhecido, precisa ser devidamente organizado, precisa ser ordenado na
consciência, o que dá uma certa procedência às perspectivas de Descartes e dos
idealistas. Portanto, a forma que o conteúdo assume é fornecida pela
subjetividade do sujeito que conhece. Assim, o ato de conhecimento é um ato
único mas complexo, onde os dados empíricos são organizados, ordenados e
estruturados por um sujeito lógico. Assim, para conhecer, o homem precisa da
experiência sensível, única fonte do conteúdo empírico, mas precisa também de
uma estrutura lógica, independente da experiência que organize esses dados
empíricos”.
ATIVIDADE
1. Segundo o texto, como ocorre o conhecimento?
2. Qual a diferença entre conhecimento
racionalista e empirista?
3. Segundo a teoria criticista como ocorria o
conhecimento?
4. Para você qual das teorias é a mais “certa”,
e por quê?
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