segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Perspectivas e fatos na história da formação de professores no Brasil....
CABRAL, Lêda Ferreira[1]
Encontramos nos escritos de Saviani (2009), uma possibilidade de apresentar aspectos históricos inerentes ao desenvolvimento da formação de professores no Brasil, com fins de evidenciar discursos em torno da formação de professores. O desenvolvimento da formação de professores no Brasil na perspectiva de Saviani organiza-se em seis períodos: o período denominado de ensaios intermitentes de formação de professores que vai de 1827 a 1880; o estabelecimento e expansão do padrão das Escolas Normais caracterizado temporalmente de 1880 a 1932; período denominado como organização dos institutos de educação que data de 1932 a 1939; a implantação dos cursos de pedagogia e de licenciatura e consolidação do padrão das Escolas Normais que vai de 1939 a 1971; o período chamado de substituição da Escola Normal pela habilitação específica do Magistério, esse corresponde a data de 1971 a 1996; e o período denominado de advento dos Institutos Superiores de Educação e das Escolas Normais Superiores, esse mais recente data de 1996 a 2006 (SAVIANI, 2009).
A respeito das características predominantes no decorrer dos seis períodos, Saviani evidencia (2009) a precariedade das políticas formativas, cujas sucessivas mudanças não estabeleceram um padrão minimamente consistente de preparação docente para superar os problemas enfrentados pela educação escolar brasileira.
Nessa direção, conhecer as perspectivas referentes ao desenvolvimento da educação brasileira evidenciadas por Saviani são importantes para o entendimento dos diferentes processos formativos pelos quais passou a educação brasileira, no âmbito da formação de professores para atuar nos diferentes níveis de ensino.  Sobre a questão, é importante ainda mencionar que a legislação vigente é fruto, em alguma medida, da luta de muitos que atuaram em diferentes frentes de mobilização ao longo da história.
Consideramos relevante conhecer os períodos evidenciados pelo autor. No entanto, destacamos, especialmente, o período denotado como Implantação dos cursos de pedagogia e licenciaturas e pela consolidação do padrão das Escolas Normais que vai de 1939 a 1971. Período este que marca a elevação a nível universitário dos institutos de Educação do Distrito Federal e é considerado a base para a organização dos cursos de formação de professores, licenciatura e pedagogia. É ainda marco desse período o modelo conhecido como “3+1” em que três anos era dedicado ao estudo das disciplinas específicas, e um ano para a formação didática. Sob este registro, vale destacar que o modelo 3+1 está presente na realidade das salas de aulas, uma vez que muitos dos professores, formados com base nesse modelo, estão em pleno desenvolvimento de suas atividades docentes.

[1]Mestre e Doutoranda em Educação Matemática Pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- UNESP-RC. Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Maranhão- UEMA e em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER.
PONTO DE VISTA (DESAFIOS E ASPIRAÇÕES DE UM EDUCADOR)
Profa. Esp. Cleide C. do Nascimento
Final de férias! Até parece o último dia de aula do ano, mas não, “– acordando de um sonho e voltando para realidade”, ainda temos mais dois bimestres pela frente, o chamado terceiro e quarto período do ano letivo, o grande e segundo semestre do nosso querido ano letivo...
...Chega o início do segundo semestre. Iniciamos, e já no primeiro dia lembramos que não houve muito tempo para refletir sobre os acertos e erros, “– é claro que mais se pensou nos erros”, especialmente no pensar sobre a superação e melhoria das práticas de trabalho...
...Agora vemos que que se demos o melhor no primeiro semestre, agora temos de dar o melhor do melhor para os nossos alunos “– ensinar, orientar, educar, dar exemplo, ser exemplo, e muito mais”. Nossos alunos precisam não apenas ser aprovado e passar de ano, mais aprender para a vida...
...É isso! Essa é a profissão do professor “– na verdade um pequenininho recorte”. Uma das profissões mais nobre e bela, mas também uma das mais difíceis da atualidade. Construir cidadãos pensantes e críticos, dentro de uma sociedade que nem mesmo valoriza o professor...
....Exige-se muito dos professores. “– mas como ensinar, em uma sociedade que vem perdendo ao longo do tempo os valores éticos, morais e familiares?”, “Como superar dificuldades educacionais com políticas públicas que não valorizam realmente o profissional da educação?”...
...Mas como vimos antes, por voltarmos de uma sonho, “– e por sermos eternos sonhadores”, planejamos e replanejamos... já passamos pelos planos A, B, C, D, E... “– acho que foi isso mesmos”. O importante é que agora vai funcionar, e, nossos alunos irão superar todas e quaisquer dificuldades.
(RE)PENSANDO O USO DAS REDES SOCIAIS NO CONTEXTO ATUAL
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Primeiras reflexões sobre
A tecnologia, na atualidade, vem revolucionando cada vez mais todos os campos de conhecimento, e em especial na área de comunicação, no que diz respeito à rapidez e dinamismo, sobretudo com o desenvolvimento das “redes sociais” que, vem facilitando a forma como nos comunicamos, possibilitando o diálogo independente do tempo e do local onde se encontra cada pessoa, proporcionando um fator primordial para a estrutura das relações, e é nesse contexto, que se percebe, nos diversos ambientes (A exemplo temos: casa, trabalho, e escola), a utilização das redes sociais.
Aspectos positivos e negativos
Diante desse panorama, é de suma importância pensar sobre a função das redes sociais, sendo essa função, o de facilitar o relacionamento entre as pessoas, dentro de formas simples e rápida, permitindo aos usuários se comunicar e interagir, e dentro desse aspecto é importante é refletir sobre as possibilidades de uso positivo e negativo das redes sociais.
Dentro do aspecto positivo, podemos destacar: a utilização nas disseminações e discursões de ideias, refletindo sobre problemáticas do nosso cotidiano; Também é possível participar de grupos com objetivos e ideias em comum; Encurtar distancia entre as pessoas, conversar de forma instantânea com alguém; buscar um novo emprego, ou seja, conectar com pessoas, visando objetivos profissionais; o acesso a informações disponíveis online; reencontrar um familiar, um amigo ou conhecer novos amigos; e, mostrar algum trabalho e até mesmo vender produtos.
Por outro lado, existem também aspectos negativos temos: a divulgação de informações pessoais, fotos, deixando assim o usuário exposto a situações de crimes; a ausência de privacidades em função do compartilhamento de fotos e informações sobre a rotina; a troca do mundo real pelo mundo virtual, passando muito tempo nas redes sociais; acreditar em informações enganosas ou mesmo em pessoas mal intencionadas.
Algumas considerações
Um aspecto a ser observado é o cuidado e controle do tempo que passamos nas redes sociais, para não passar a viver em um mundo imaginário, criado de forma utópica, de maneira a se isolar e passar a viver fora do convívio da vida real.
Outro aspecto é fazer seleção e controle do participante do grupo; controlar e editar o perfil restringindo o acesso a informação de visitante que não pertence ao grupo; e, evitar a divulgação de situações e acontecimentos que pode expor o usuário.
Temos também possibilidades de trabalhar a ampliação, a construção e a troca de informações, a nível familiar, de trabalho, educacional, dentre outras situações, e nesse sentido, ampliar competências e compartilhar conhecimentos aprendidos.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA LÚDICA*
Miniprojeto: Alfabetização e letramento com uso de Histórias em Quadrinhos
Público: Alunos de 1º ao 9º ano (pode ser adaptada para outros públicos)
Período de execução: Pode ser aplicado durante o ano letivo
Materiais necessários: Histórias em quadrinhos diversas (gibis)
Reflexões contextuais (situações vivências na escola em que trabalho)
A dificuldade de leitura e escrita e o não gosto pela leitura de alunos do Ensino Fundamental é notada diariamente por professores de diversas áreas de conhecimento, e, para auxiliar nesse processo de superação, na busca do desenvolvimento de alfabetização e letramento dos alunos em situações mais críticas nessa etapa escolar e o gosto pela leitura, o referido projeto objetiva, a partir da disponibilização e incentivos aos alunos o despertar para o gosto pela leitura por meios das história em quadrinhos (gibis), por ser uma matéria atrativo e prazeroso, bem como, apresentar temáticas voltadas para as diversas questões sociais (dentre as quais: saúde, educação, meio ambiente e esporte) e personagens que conquistam pelas suas características que já vem encantando leitores há muitas gerações.
Estratégias metodológicas para o desenvolvimento do Miniprojeto
ü O projeto poderá ser desenvolvido a partir da disponibilidade de revistas em quadrinhos (gibis), que serão selecionadas de acordos com temáticas, aos alunos para a leitura nos horários de intervalos;
ü Acompanhamento dos alunos monitores para distribuição e recolhimento das histórias em quadrinhos (gibis), bem como acompanhamento dos alunos com dificuldades de leitura;
ü Leitura encenada e/ou leituras das imagens das histórias em quadrinhos (gibis), realizadas por monitores (alunos das turmas) para aqueles alunos que apresentam mais dificuldades;
ü Aos professores caberá avaliar o desempenho e desenvolvimentos dos alunos por meios de discursões em sala das temáticas das histórias em quadrinhos, recontar histórias e produção textual.
Algumas atividades que podem ser desenvolvidas
ü Discussão de pontos relevante das temáticas abordadas nas histórias em quadrinhos;
ü Análise das diversas linguagens e narrativas identificadas nas histórias em quadrinhos;
ü Realização de atividades de produção textual e re-escritas das histórias em quadrinhos;
ü Análise dos símbolos de pontuação (dentre os quais: ponto de exclamação, reticências, interrogação) encontrados nas histórias em quadrinhos;
ü Realizar atividades com utilização da linguagem dos quadrinhos (quadros, balões, legendas, caracteres gráficos);
Algumas Referências
Feijó, Mario. Quadrinhos em ação. São Paulo: Moderna, 1997.
IANNONE, Leila R.; IANNONE, Roberto. O mundo das histórias em quadrinhos. São Paulo: Moderna, 1994.
http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html
www.maquinadequadrinhos.com.br
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/
*Compilação e adaptação Profa. Esp. Cleide C. do Nascimento e Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
A SOCIEDADE, A EDUCAÇÃO E O TEMPO QUE VIVEMOS (Recortes de textos)
Devido as diversas mudanças que a educação brasileira tem passado no decorrer de sua história em busca de melhoria, ainda vivemos atualmente transformações na política nacional, a qual a sociedade necessita entender a cerca de como foi construída e os impactos na qualidade da educação com a implementação da BNCC, que visa promover a equidade e a qualidade da educação nacional.
Dados reais, como os divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), apontam que, no Brasil, algumas ações devem ser propostas para atender as metas estabelecidas pela ONU, tais como: erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater a HIV/AIDS entre outras.  Essas metas, levam-nos a pensar o que nós, educadores podemos propor para amenizar os problemas vividos pela população brasileira? Como a educação, a escola e o currículo devem entender essas problemáticas a serem superadas? E diante da atual situação da educação, qual é o papel da escola na sociedade? Aponta-se a necessidade de inclusão de aspectos pertencentes à dimensão cultural e democrática dos envolvidos no ato educativo, além de algumas experiências que tiverem como elemento sua revisão conceitual e organizacional, inseridas no conhecimento da realidade cultural de discentes e docentes.
O papel da Escola diante da sociedade: No espaço educativo, a Escola, como difusora e geradora de conhecimentos, passa a ter importância na medida em que tornam mais visíveis suas possibilidades de reflexão sobre a realidade.
A educação que ocorre nesse espaço educativo necessita ser colocada centralmente como um forte agente de oportunidades para as pessoas, principalmente ao viabilizar informações e reflexões sobre os problemas enfrentados pelos agentes sociais inseridos nessa comunidade. Dentro deste contexto, torna-se premente rever o papel de ator educativo que em suas ações facilite o descobrimento da película que pode recobrir e, consequentemente, escamotear os reais determinantes das sérias problemáticas sociais. Com isso, o espaço educativo contribuirá para o enfrentamento e adequação dos seus problemas cotidianos, uma vez que oportunizará maior visibilidade sobre os determinantes dos problemas.
Vale destacar a necessidade de revisão de alguns princípios gerais que são apontados, como solução às disparidades enfrentadas: perceber a necessidade de não conceber a educação como garantia da superação de disparidades e discrepâncias, bem como considerar fatores e contextos maiores como os blocos econômicos que determinam regras e normas, as quais os países subdesenvolvidos devem atender. Deixar de perceber estas relações de poder econômico seria o mesmo que legitimar e aceitar a desobrigação do Estado, em termos de qualidade de ensino e melhoria na qualidade de vida das pessoas.
A sociedade por meio das suas instituições vigentes deve assegurar a todos os cidadãos oportunidades que possam adquirir espaços necessários para o seu desenvolvimento intelectual, moral e assegurar oportunidades dignas e igualitárias, a realidade tem nos mostrado a necessidade de sua superação quando o foco estar na emancipação humana. Efetivamente, garantir este futuro que impõe como condição o conhecimento que os sujeitos sociais possuem implica superar alguns entraves como a irrelevância do sistema educacional brasileiro.
O Projeto Político Pedagógico. Neste aspecto, quanto se localiza, também, a importância da escola, além das outras instituições, o Projeto Político Pedagógico escolar está implícito na discussão, exigindo uma constante revisão conceitual e organizacional, priorizando a realidade dos sujeitos que procuram o sistema educativo. Com isso, o PPP escolar, sua revisão constante tanto conceitual quanto organizacional, está atrelado à concepção para além de um desenho com poder de aprisionar e reduzir os conhecimentos da cultura humana em modelos inflexíveis que devem ser transmitidos de geração a geração.
Tipos de Currículos:  A escola enquanto agência social e o currículo escolar, por ser ele um instrumento que norteia o trabalho nela desenvolvido, precisam considerar que não conseguiram a imunidade. Por isso, o currículo escolar é marcado pela visão de mundo da sociedade do momento e sua prática reflete a visão de mundo expressado nos documentos orientadores (currículo formal e escrito), por meio das formas efetivas de ação dos agentes educacionais (currículo em ação) e, dos valores, normas, hábitos, atitudes que governam as relações nas salas de aulas (currículo oculto).
O currículo, visto como um instrumento norteador de práticas escolares, conteúdos programáticos e estratégias metodológicas indicam e contribuem na formação de uma cultura local que reflita as necessidades da comunidade e da escola.
Referência
ANAYA, Viviani; TEIXEIRA, Célia Regina. A sociedade contemporânea e a flexibilidade curricular das escolas plural e kanamari: os estudos culturais e sua importância no currículo oficial. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Programa de Pós-graduação Educação: Currículo. ISSN: 1809-3876. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 2, n. 2, junho de 2007.  Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/3192/2114>. Acesso em 18 jul 2018.