quarta-feira, 6 de novembro de 2024

 O USO DE FALSAS ENQUETES: A BUSCA DE “PODER” POLÍTICO

No Brasil, as pesquisas de enquetes sobre indicações ou escolhas de pessoas públicas para assumirem cargos acabam sendo frequentemente consideradas bússolas da opinião, “orientando” gestores na escolha de seus secretariados. Contudo, recentes evidências sugerem que estas ferramentas podem ser suscetíveis a manipulações, comprometendo sua confiabilidade no processo de escolha. “Esse tipo de ação, “maquiavélica” e muito desonesta, até mais parece a busca de “poder” ou mesmo de satisfazer o próprio ego”.

Essa prática com uso de tais mecanismos acaba provocando uma má escolha para os governos. E dentre muitas situações observadas termos: 1) A pesquisa tendenciosa, no qual o link da pesquisa é direcionado para as bases de apoios daquele (daquela) que quer a todo custo assumir uma função pública; 2) Pressões psicológicas sobre subordinados, no qual por exercer o cargo, pressiona os subordinados a votarem, mesmo que estes queiram mudanças; 3) Duplicação de votos da enquete, no qual prepara equipes para votar com estratégias de manipulação da plataforma usada. São fragilidades do processo de escolha de secretarias por meios dessas enquetes que as gestões públicas acabam no fracasso.

Nesse sentido, a medida que esse tipo de manipulação da realidade se torna mais sofisticada e disseminada (estratégia desonesta e maléfica utilizadas em todo o Brasil), quem sofre as consequências após a escolha desse secretariado, são os próprios profissionais públicos (especialmente os contratados) que acabam sofrendo represálias e assédios morais (muita perseguição) e a própria população, tendo em vista que quem assumi, não terá nenhum compromisso com a gestão nem para com o povo.

Outro ponto, não menos importante, com o uso desse tipo de falsa enquete (na atualidade é utilizada sempre após eleições municipais), que são perpetradas com o claro intuito de manipular a realidade e influenciar a opinião da melhor (ou menos pior) escolha para o secretariado, é o desrespeito e falta de ética para com outras pessoas públicas que poderiam ocupar tais cargo de secretariado. São ações maliciosas que hoje podemos chamar também de: Fake News, no qual os resultados são manipulados para o bem favorecimento de um (uns poucos) e não para os trabalhadores e nem mesmo para a população, e que, pode até desestabilizar o governo.

 O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

O dia 20 de novembro apresenta-se como um dia histórico e importante para a realização de reflexões e celebrações da cultura afro-brasileira, bem como, para refletir a respeito das raízes históricas dos afrodescendentes, sobre a luta contra o racismo, a discriminação, a desigualdade social no país, da resistência e das contribuições dos africanos e afrodescendentes para a formação da nação brasileira.

A data (instituída como feriado pela Lei 14.759/23) tem como objetivo homenagear a morte de Zumbi dos Palmares – que morreu nesse dia, em 1695 (lutou pela libertação do seu povo contra o sistema de escravidão), foi líder do Quilombo dos Palmares, uma comunidade de africanos escravizados que lutaram pela liberdade, mediante sua luta consagrou-se herói da resistência contra a escravidão no Brasil,                              

 O Dia da Consciência Negra é uma data muito relevante, pois nos remete a importantes questionamentos sobre o combate contra a desigualdade e o racismo. Data que relembra a luta dos africanos que foram escravizados no passado e que reforça a importância da realização de novas lutas para tornar mais justa nossa sociedade, por mais igualdade, solidariedade e respeito.

Na atualidade, observamos que por mais que tenham ocorrido mudanças ao longo dos séculos, ainda se encontra presente o racismo e a desigualdade impregnados na nossa sociedade no cotidiano, mostrando a necessidade clara de repensar sobre a “Consciência Negra”, não somente na teoria, mas em ações práticas mais direcionadas, para uma sociedade mais igualitária e inclusiva.

Nota: Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino sobre a História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas brasileiras. Lei 14.759/23, que torna feriado nacional o dia 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

 “PROJETOS EDUCACIONAIS” – PARA O ALUNO? PARA O PROFESSOR? OU SIMPLES APRESENTAÇÕES/EXPOSIÇÕES: CONTEXTOS CONTROVERSOS

É notório que o uso de projeto no ambiente escolar encontra-se (está) na moda, entretanto é necessário observar se o desenvolvimento do mesmo, está realmente planejado e direcionado com metas afim de que as atividades sejam significativas para o alunado, e não simplesmente um “amontoado” de ações produzidas pelo professor; e/ou mesmo um “aglomerado de apresentações/exposições” de “implementos” desconexos que não foram produzidos pelos professores, e muito menos pelos alunos.

O que devemos refletir, diante disso, é que quando falamos de projetos educacionais realizados dentro do ambiente escolar, torna-se importante saber se o projeto é para o professor (normalmente o produto final é produzido pelo professor); ou é para o aluno (quando o produto final é produzido pelo aluno); ou é meramente apresentações/exposições de produções externas que podem até serem utilizadas visando o processo educacional, mas que não são frutos do processo de ensino aprendizagem realizado em sala de aula entre os atores principais, os alunos.

O projeto educacional para ter significado reais, tem que se pensar que não cabe ao professor de forma isolada ser o produtor final, nem mesmos apresentar/expor produtos externos de “outro”, mas sim, direcionar ações no qual os próprios alunos que vão buscar os conhecimentos necessários para atingir o desenvolvimento de habilidades e competências educacionais, contando com a orientação do educador – consequentemente, um projeto no qual as produções e apresentações são frutos do trabalho dos alunos.

De fato, a realização de projetos educacionais constitui-se como uma excelente forma de aprofundar a relação entre teoria e prática, dentro do processo de ensino-aprendizagem – com vista no aluno como ator principal de produtor. Ou seja, o aluno não pode ser meramente observador, reprodutor ou apresentador de saberes produzidos por outros ou de produtos externo desconexos dos objetivos de ensino-aprendizagem, desvirtuando, as reais finalidades dos projetos educacionais no âmbito do ambiente escolar.

domingo, 6 de outubro de 2024

 O QUE É SER UM VERDADEIRO LÍDER?

Para início de conversa, para identificarmos, possivelmente, um verdadeiro líder, precisamos conhecer um pouco sobre alguns tipos:

O primeiro é o Líder Liberal – é aquele que permite total liberdade para tomada de decisões, participando apenas quando solicitado, tendo como resultado uma fraca gestão quantitativa e qualitativa, com fortes sinais de individualismo, desagregação da equipe gestora, insatisfação e pouco respeito a sua liderança.

O segundo é o Líder Autocrático – é aquele líder que centraliza totalmente a autoridade e as decisões (sendo muito temido e arrogante), tendo como resultado, uma gestão por meio de tensão, frustração e agressividade, e que se não alcança resultados, cria resultados fictícios, nos dias de hoje, do tipo midiáticos.

O terceiro é o Líder Democrático – é aquele líder comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa com o grupo, tendo como resultado, uma boa gestão de trabalho, melhor qualidade, clima de satisfação, de integração grupal, de responsabilidade e de comprometimento das (com as) pessoas.

O quarto é o Líder Liberal Tirano – é aquele líder que agrega os dois primeiros, líder liberal e líder autocrático, que tem como resultado a escolha de auxiliares de auto escalão (colaboradores) com seu mesmo perfil (ao do líder), tendo com resultado um governo autoritário que abusa de seu poder e das leis, se sustenta pelo medo. 

Por tudo isso, é muito importante conhecer o que se espera de um verdadeiro líder. Aquele que conduz de forma harmônica, sem mentiras e ameaças, e que seja: ético, empático, humilde. Essas são características (entre outras positivas) que diferenciam um líder verdadeiro com talento de gestão, de falsos líderes.

Nesse sentido, um verdadeiro e bom líder é o que consegue influenciar positivamente, com verdades, estimulando e inspirando. É aquele que conduz seus colaboradores com respeito, humildade e comprometimento, e estes (os colaboradores) fazem essa boa pratica para com seus “coordenados”.

 LISURA DE UMA ELEIÇÃO: UMA ELEIÇÃO PARA O BEM DE TODOS

Uma das mais importantes partes de uma “real” eleição, é a sua lisura, é o respeito ao cidadão, é o respeito a toda a população, é uma eleição transparente, que preserve a real vontade do povo, consequentemente, fazendo o possível para não ocorrer sua violação, seja por abuso de poder ou condutas opostas ao bem do povo. Uma eleição que transgredi a vontade do povo torna-se uma eleição ilegal e ilegítima.

Nesse contexto, para a perfeita concretização de regime democrático de direito no processo eleitoral no que se refere a “real” escolha de representantes dos cidadãos, é imprescindível que seja observado à regularidade durante todo o pleito sem que haja influência autoritária e opressora por parte dos candidatos, dando aos cidadãos o direito fundamental que é o do livre arbítrio para a elegibilidade dos representantes.

Numa “real” eleição, deve prevalecer a vontade do povo, não permitindo que condutas de candidatos de classe econômica sobreponham-se ou que estão no “poder” se sobreponha a pretensão legitima do povo, que não fira a dignidade, a ordem do progresso, para que não venha coibir a licitude ou legalidade da vontade do povo. Precisa haver a proteção da democracia e da cidadania através de um rigoroso processo eleitoral.

É salutar que todo o processo eleitoral repouse em princípios seguros, sérios, livre de opressões, estáveis, de moldes democráticos verdadeiros. Deve-se ser pautado todo o processo dentro de uma postura ética dos candidatos e eleitores no processo eleitoral em consonância com as diretrizes que regem toda legislação: constituição federal e leis infraconstitucionais que regulam o pleito eleitoral, com vista ao Estado Democrático de Direito Brasileiro.

 OPRIMIDO E OPRESSOR: POR PAULO FREIRE (Recorte de citações)

O grande problema está em como poderão os oprimidos, que “hospedam” ao opressor em si, participar da elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação. Somente na medida em que se descubram “hospedeiros” do opressor poderão contribuir para o partejamento de sua pedagogia libertadora. Enquanto vivam a dualidade na qual ser é parecer e parecer é parecer com o opressor, é impossível fazê-lo. A pedagogia do oprimido, que não pode ser elaborada pelos opressores, é um dos instrumentos para esta descoberta crítica – a dos oprimidos por si mesmos e a dos opressores pelos oprimidos, como manifestações da desumanização. (FREIRE, 1987, p. 17)

O “medo da liberdade”, de que se fazem objeto os oprimidos, medo da liberdade que tanto pode conduzi-los a pretender ser opressores também, quanto pode mantê-los atados ao status de oprimidos, é outro aspecto que merece igualmente nossa reflexão. (FREIRE, 1987, p. 18).

A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação exige uma busca, busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz.  Ninguém se liberta para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. (FREIRE, 1987, p. 18).

Sofrem uma dualidade que se instala na “interioridade” do seu ser. Descobrem que, não sendo livres, não chegam a ser autenticamente. Querem ser, mas temem ser. São eles, e ao mesmo tempo são o outro introjetado neles, como consciência opressora. Sua luta se trava entre serem eles mesmos ou serem duplos. Entre expulsarem ou não o opressor de “dentro de si. Entre se desalienarem ou se manterem alienados. (FREIRE, 1987, p. 19).

O opressor só se solidariza com os oprimidos quando o seu gesto deixa de ser um gesto piegas e sentimental, de caráter individual, e passa a ser um ato de amor àqueles. Quando, para ele, os oprimidos deixam de ser uma designação abstrata e passam a ser os homens concretos, injustiçados e roubados. Roubados na sua palavra, por isto no seu trabalho comprado, que significa a sua pessoa vendida. Só na plenitude deste ato de amar, na sua existência, nas suas práxis, se constitui a solidariedade verdadeira. Dizer que es homens são pessoas e, como pessoas, são livres, e nada concretamente fazer para que esta afirmação se objetive, é uma farsa. (FREIRE, 1987, p. 20).

O que interessava ao poder do opressor é enfraquecer os oprimidos mais do que já estão ilhando-os, criando e aprofundando as cisões entre eles, através de uma gama variada de métodos e processos. Desde os métodos repressivos da burocracia estatal, à sua disposição, até as formas de ação cultural por meio as quais manejam as massas populares, dando-lhes a impressão de ajuda. (FREIRE, 1987, p. 80).

Referência

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

 MÉTODO PAULO FREIRE NO CONTEXTO EDUCACIONAL (Recorte de textos)

Contextualizado o método

O método de Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de jovens e adultos, que busca superar o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita, buscando superar a mera técnica de alfabetização.

Conhecendo as etapas do método

O método tem como ponto de partida a etapa de investigação, no qual busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.

Posterior temos a etapa de tematização, quando ocorre o momento da tomada de consciência de mundo, através da análise dos significados sociais das palavras e dos temas.

Chegando então à etapa de problematização, momento em que o professor desafia e inspira o educando a superar a visão puramente mágica e também a crítica do mundo, com vista a uma postura conscientizada.

Conhecendo as fases do método

No decorrer das aplicações das etapas, o método se organiza em cinco fases seguintes, sendo estas:

Primeira fase: onde ocorre o levantamento do universo vocabular do grupo, objetivando escolher as palavras geradoras.

Segunda fase: ocorre a realização da escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios estabelecidos conforme a riqueza fonética, bem como as dificuldades fonéticas.

Terceira fase: é desenvolvido a criação de situações existenciais direcionadas para as características do grupo.

Quarta fase: temos a criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates a serem realizados dentro grupo.

Quinta fase: são criadas as fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.

No método de alfabetização de adultos, desenvolvido por Paulo Freire, busca proporcionar a conscientização, não somente a alfabetização, permitindo apliar o conceito e concepção de educação, buscando superar a dicotomia entre teoria e prática.

 CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO (Recorte de textos)

Introdução conceitual

O conhecimento científico apresenta-se como um produto resultante da investigação científica que surge não exclusivamente da necessidade de encontrar soluções para possíveis problemas relacionados a prática da vida diária, mas também do desejo de fornecer explicações que possibilitem serem testadas e criticadas por meio de provas empíricas e especialmente por meio de discussões.

Possíveis fontes dos conhecimentos

Sua construção parte de pensamentos oriundos do processo de obtenção do conhecimento relacionados aos sentidos, a razão e a intuição, dentre os quais:

a) Empirismo: consiste em uma doutrina baseada na afirmação de que a única forma de aquisição do conhecimento é através da experiência, onde todo conhecimento somente pode ser obtido por processos de experimentação e testes. Empirismo: projeta, constrói, monta, experimenta, ensaia, testa, simula, mede, etc.

b) Razão: consiste na afirmação que a única fonte do conhecimento humano é o pensamento racional, no qual aceita como verdade o que é universalmente aceito e amplamente podendo ser comprovado. Racionalismo: explica fisicamente por que funciona (descreve matematicamente), gera modelos científicos.

c) Intuição: considera o conhecimento como sendo produzido a partir da percepção psíquica natural dos fenômenos, no qual considera que a experimentação e a razão impedem a visão ampliada sobre os fenômenos, bloqueando a mente humana para a verdade baseada em fatos. Intuição: gera ideias sobre um novo produto ou processo.

Considerações

A ciência, no decorrer do tempo, utilizou métodos e técnicas para obtenção de conhecimentos sobre os fenômenos em estudo, conforme o desenvolvimento tecnológico da época, com a finalidade de conduzir a pesquisa os eventos e estabelecer conforme a lógica-método da época a construção do conhecimento e saberes.