“O
HOMEM BICENTENÁRIO”: UMA REFLEXÃO FILOSÓFICA
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
O filme “O homem bicentenário”, nos apresenta
temas diversos que podem ser fontes de reflexões e de debates filosóficos
relacionados às problemáticas sociais e humanas, dentre os quais:
relacionamento familiar, avanço tecnológico, sentimentos, relacionamento,
liberdade, vida e morte, aprendizagem e conhecimento, conflitos sociais e entre
os humanos, bem como a sensibilidade e sensações relacionadas aos sentidos e do
pensamento humano.
O conjunto de contextos temáticas encontrados
no filme nos remete às reflexões filosóficas a cerca dos “ser físico” e do “ser
mental”, da importância que as máquinas e o próprio ser humano têm no mundo e sobre
o poder dos objetos em nossa vida. Ou seja, a atribuição de valoração às coisas
materiais que em muitas das vezes toma o lugar dos sentimentos e valores
sociais, ético, morais, e, que direciona o pensamento, condutas e ações do
homem.
Dentre as questões filosóficas encontradas no
filme podemos destacar: a capacidade de aprendizado do robô chamado Andrew, mostrando-se
mais do que uma simples máquina, se apresentado como ser humano, no qual busca
conhecer as coisas, assimila os conhecimentos e reutiliza em outras situações depois
de assimilá-los, pondo em pratica o que aprendeu, através de construções (relógios,
o cavalinho de madeira e até sua própria casa).
Nesse contexto, o robô chamado Andrew, dentro
do processo de aprendizagem, “deixa de ser considerando” um simples computador,
já que um robô não poderia realizar criações a partir de conhecimentos
assimilados, faria apenas o que estivesse gravado sua memória e em seu banco de
dados, dando assim, início a uma discussão abordada na Filosofia da Mente, em
que apresenta a defesa do valor do ser humano, como um ser que aprende e cria
contrariando aqueles que julgam e valorizam o computador como sendo mais
evoluído do que o homem.
E dentro dessa situação, a reflexão
filosófica é direcionada para a discussão sobre a questão do uso das funções
que nos caracterizam como seres humanos: se temos que ter necessariamente uma
alma, ou se bastariam apenas de componentes físicos, como os de um computador,
ou seja, o importante é a estrutura física da pessoa humana ou seve-se levar em
contar o íntimo, as sensibilidades, as imperfeições e aspectos que o diferencia
dos demais seres, com suas singularidades.
Concluí-se que, a relação física e metal
ainda é um tema de reflexão a ser trabalhado tendo em vista as contribuições
para a busca da aproximação da ideia do que é preciso para que se identifiquem os
fatores físicos ou psicológicos que contribuem para que uma pessoa queira
mudar, seja fisicamente ou moralmente, na busca do homem como um autêntico ser,
além da busca sobre a compreensão do que se pode considerar como conhecimento
verdadeiro ou falso, como apreender informações e armazená-las ou mesmo
transformá-las em ações e objetos, e, diferenciar o real do artificial.
REFERÊNCIA
Título:
O homem bicentenário. Diretor: Chris Columbus. Produção: EUA. Gênero: Ficção
Científica. Duração: 130 minutos. Ano: 1999.
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